Na manhã desta quarta-feira (08/12), cinquenta casas foram interditadas, vinte e duas diretamente afetadas em sua estrutura, 14 desabaram e 30 corre o risco de cair, entre as Ruas Fernandes Portalegre e Mendonça Drummond em Jardim Maringá, região da Vila Matilde na Zona Leste da capital paulista.
Segundo os moradores, eles perceberam rachaduras e outros sinais de desabamento por volta das 5 hs da manhã, alguns moradores começaram a retirar objetos de dentro de casa e chamaram a Defesa Civil que chegou ao local por volta das 9 hs da manhã e iniciaram o trabalho de interdição do local que se prolongou durante todo o dia. Por volta do meio dia houve movimentação de terra e mais cinco residências desabaram. As famílias tiveram que deixar suas casas e não aceitam ir para abrigo, umas estão indo para casa de parentes e muitas permanecem na rua.
A área do desabamento é uma ocupação irregular em uma encosta, onde antes funcionava um aterro sanitário, os antigos moradores das ruas lembram que havia um homem, cujo apelido era Zé pinguinha que guardava um caminhão no local, os invasores colocaram fogo no caminhão e começaram a construir.
"A noite não tinha nada, na manhã seguinte havia um barraco contruído", diz Dna. Ivonete esposa do Kadu sapateiro que trabalha e mora na Fernandes Portalegre, ela não teve problemas em sua casa que é em terreno regularizado; na época, a regional (hoje subprefeitura) Penha, vinha até o local e jogava terra em cima.
A ocupação foi muito rápida e as casas foram construídas em cima de uma mistura de lixo e terra que não proporciona a menor segurança e permite que o solo seja abalado facilmente, com o passar dos anos os barracos se transformaram em casas de dois e até três andares, porém, feitos sem nenhuma engenharia, ao longo dos anos muitas dessas casas foram vendidas e quem comprou talvez não soubesse que tipo de negócio estava fazendo já que muitas dessas casas pareciam típicas de classe média.
"A noite não tinha nada, na manhã seguinte havia um barraco contruído", diz Dna. Ivonete esposa do Kadu sapateiro que trabalha e mora na Fernandes Portalegre, ela não teve problemas em sua casa que é em terreno regularizado; na época, a regional (hoje subprefeitura) Penha, vinha até o local e jogava terra em cima.
A ocupação foi muito rápida e as casas foram construídas em cima de uma mistura de lixo e terra que não proporciona a menor segurança e permite que o solo seja abalado facilmente, com o passar dos anos os barracos se transformaram em casas de dois e até três andares, porém, feitos sem nenhuma engenharia, ao longo dos anos muitas dessas casas foram vendidas e quem comprou talvez não soubesse que tipo de negócio estava fazendo já que muitas dessas casas pareciam típicas de classe média.
Segundo a Defesa Civil, um conjunto de fatores pode ter sido responsável por esse desabamento, entre eles está o fato do terreno ser inclinado e a água não tem para onde correr.
Por volta das 00:22 hs muitas pessoas que viram tudo que construiram durante toda a vida ser destruido em segundos, ainda estão na rua, com o inicio da chuva, sem ter para onde ir alguns moradores tentam se abrigar nas casas interditadas e são impedidas.
"Ofereceram albergues, mas muitos não querem ir", diz Zildinha, uma agente da Defesa Civil do Jaçanã.
"Tenho 6 filhos e a minha amiga Telma morava comigo, ela tem 5 crianças e não temos para onde ir. A Sabesp fez obras o dia inteiro por aqui ontem, mas não sei se tem a ver. O Cassio Freire Laschiavo, subprefeito da Penha, esteve aqui hoje (mostra um cartão), prometeu fraldas, alimentação, liberar a escola e a Emei próxima para nos abrigar, mas nada aconteceu", desabafa dona Elizabeth sentada em um sofá que salvou e colocou no meio da rua, "até agora comemos um lanche que alguns moradores da rua nos deram", acrescentou.
Já o gesseiro Erisvaldo Cerqueira que morava no número 743 da Rua Fernandes Portalegre, uma das casas do bloco que caiu pareceu desolado enquanto falava: "Morava só com meus três filhos, ontem percebi que a casa rachou, hoje de manhã ouvi o barulho, vi os trincados e tijolos caindo. Sai, avisei o pessoal e chamei a Defesa Civil que chegou a minha casa por volta das 2 hs de hoje. Meus filhos estão com a mãe, vou ficar por aqui", declarou Erisvaldo.
Estavam presente nas ruas do desabamento viaturas e Policiais Militares, a Defesa Civil de Ermelino Matarazzo e do PASE Jaçanã.
Telma (5 filhos) morava na casa de Elisabete (6 filhos) a casa desabou e as duas passaram a noite no meio da rua |
"Ofereceram albergues, mas muitos não querem ir", diz Zildinha, uma agente da Defesa Civil do Jaçanã.
"Tenho 6 filhos e a minha amiga Telma morava comigo, ela tem 5 crianças e não temos para onde ir. A Sabesp fez obras o dia inteiro por aqui ontem, mas não sei se tem a ver. O Cassio Freire Laschiavo, subprefeito da Penha, esteve aqui hoje (mostra um cartão), prometeu fraldas, alimentação, liberar a escola e a Emei próxima para nos abrigar, mas nada aconteceu", desabafa dona Elizabeth sentada em um sofá que salvou e colocou no meio da rua, "até agora comemos um lanche que alguns moradores da rua nos deram", acrescentou.
Já o gesseiro Erisvaldo Cerqueira que morava no número 743 da Rua Fernandes Portalegre, uma das casas do bloco que caiu pareceu desolado enquanto falava: "Morava só com meus três filhos, ontem percebi que a casa rachou, hoje de manhã ouvi o barulho, vi os trincados e tijolos caindo. Sai, avisei o pessoal e chamei a Defesa Civil que chegou a minha casa por volta das 2 hs de hoje. Meus filhos estão com a mãe, vou ficar por aqui", declarou Erisvaldo.
Estavam presente nas ruas do desabamento viaturas e Policiais Militares, a Defesa Civil de Ermelino Matarazzo e do PASE Jaçanã.