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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Metrô: 36 Estações terão portas de plataformas instaladas

Riselda Morais



    Para melhorar a segurança dos usuários e reduzir o número de interferências nas vias, aumentando a regularidade da circulação dos trens, serão instaladas portas de plataforma em 88 fachadas de 36 estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, do Metrô.

    O anúncio foi feito pelo Governador João Doria, na terça-feira (11). Os serviços incluem toda a elaboração e execução do projeto, além da implantação de um simulador de testes e manutenção. 
As estações beneficiadas são: Ana Rosa, Anhangabaú, Armênia, Artur Alvim, Belém, Brás, Bresser-Mooca, Carandiru, Carrão, Conceição, Consolação, Guilhermina Esperança, Jardim S. Paulo, Liberdade, Luz, Marechal Deodoro, Paraíso, Parada Inglesa, Patriarca, Pedro II, Penha, Portuguesa-Tietê, Praça da Árvore, República, Santa Cecília, Santa Cruz, Santana, São Bento, São Joaquim, São Judas, Saúde, Sé, Tatuapé, Tiradentes, Vila Mariana e Vergueiro.

A implantação dos equipamentos de segurança nas estações, custarão R$ 342,4 milhões e será feita pelo Consórcio Kobra – selecionado por meio de licitação internacional - ao longo de 56 meses, prazo previsto no contrato para a elaboração de todas as etapas de execução: desenvolvimento e aprovação dos projetos executivos; fabricação e instalação das portas de plataforma; testes, comissionamento e operacionalização do sistema. 

    De acordo com o contrato, as portas deverão ter características básicas como 2,10 metros de altura, sensor de presença de pessoas no vão entre os trens e as portas, transparência mínima de 70% nas áreas das fachadas, além de uma estrutura modular que permita a montagem por etapas, facilitando a logística de instalação e diminuindo as interferências na operação ao longo do processo.
As estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente (Linha 2-Verde); Vila Matilde (Linha 3-Vermelha); Adolfo Pinheiro (Linha 5-Lilás); todas das linhas 4-Amarela e 15-Prata já possuem portas de plataforma.

     Nas estações terminais Jabaquara e Tucuruvi, da Linha 1-Azul; Corinthians-Itaquera e Palmeiras-Barra Funda, da Linha 3-Vermelha; e Vila Madalena, da Linha 2-Verde; as portas já estão contratadas e o serviço deve ser concluído até 2021.

   Ainda segundo informações do governo, na Linha 5-Lilás, os equipamentos fazem parte do projeto de ampliação do ramal até Chácara Klabin. A fornecedora Bombardier atrasou os trabalhos e foi multada em mais de R$ 50 milhões. Na estação Brooklin os equipamentos foram instalados e funcionam em operação assistida fora do horário de pico. A estação Santa Cruz está em fase final de testes.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

São Paulo intensifica ações de combate a violência doméstica e a feminicídios

Riselda Morais

Governador João Doria; a Sec. de Desenv. Social, Celia Parnes; a Delegada Elisabete Sato; a Sub-procuradora Geral da Justiça, Lídia Passos; a Procuradora Geral do Estado, Lia Porto Corona;  Fabíola Sucasas .Foto: Riselda Morais


Evento contou com a presença do Secretário de Comunicação Cleber Mata e do publicitário Duílio Malfatti
  Fotos: Riselda Morais


      O conjunto de medidas foi anunciado em uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (13/06) no Palácio dos Bandeirantes, pelo governador João Dória e por uma equipe de mulheres empoderadas que representaram as áreas do Desenvolvimento social, segurança pública e judiciário.

     O governador João Doria reforçou a necessidade de criar políticas públicas de proteção a mulher, cujas violências sofridas, são cometidas em 71% dos casos, pelos atuais ou ex-companheiros e lamentou que, este tipo de crime tenha aumentado em todo o País, tendo o Estado de São Paulo registrado 54 casos nos meses de janeiro a abril. “Sensibilizar a opinião pública para denunciar, defender a vida e a integridade física das mulheres, prender os agressores”[...] não podemos permitir que mulheres continuem a sofrer ameaças, chingamentos, constrangimentos, a ser espancadas ou mortas, dentro ou fora de casa, por seus atuais ou ex-companheiros”, afirmou Doria.
      
      Em todo o Estado, existem 1.408 centros de referência de assistência social para identificar e amparar vítimas de violência. Destes centros, 291 são especializados no combate à violência doméstica. Há ainda 23 abrigos para mulheres e seus filhos, cada um com capacidade para atender até 20 mulheres durante seis meses.
       
      Para a Secretária de Desenvolvimento Social, Celia Parnes, a rede de apoio com ações intersecretariais será fundamental para tirar a mulher do ciclo de violência em que se encontra. “Nessa linha, estamos atuando firmemente com várias ações que envolvem saúde, educação, habitação e segurança pública, [...] recebendo as denúncias, fazendo visitas domiciliares e realizando o atendimento, declarou Celia.
      
O Estado de São Paulo conta com 133 Delegacias da Mulher, 6 ficam na Grande São Paulo e 108 estão no interior e litoral. Apenas 10 delegacias ficam abertas 24 horas por dia. Segundo o governador, ainda não tem mais DDMs abertas 24 hs porque “todas as DDMs devem ser comandadas por delegadas” e para que isso aconteça terá concursos para o cargo.
      
      Para a Procuradora Geral do Estado, Lia Porto, é importante atuar não só no combate, mas também, na prevenção da violência contra a mulher. “Informar, prevenir e combater, essas três fazes são importantes”, enfatizou Lia.
Já a Subprocuradora geral de Justiça, Lidia Passos afirmou que ações como esta “já fazem parte do DNA do Ministério Público, instituição cuja maior atuação são problemas sociais, de juventude, mulheres, idosos e ao grupo de gênero”.

    Foi lançado o aplicativo SOS Mulher, em que mulheres que já contam com medidas protetivas podem acionar a polícia com um simples toque na tela do celular em caso de risco iminente. O tempo limite para a chegada a polícia ao local solicitado é de 15 minutos e, segundo Doria, já tem 70 mil mulheres cadastradas na aplicativo. 

    A Promotora de Justiça, Fabiola Sucasas lembrou que a violência contra a mulher se encontra em 5º lugar no cenário mundial e que por trás do feminicídio existe um histórico de violência sofrido por essas mulheres. “ O feminicídio se encontra no final de uma etapa, de uma série de diversas formas de violência, que sofrem as mulheres vítimas de atentados ou assassinatos”; depois de falar sobre o papel do MP e sobre os pilares do enfrentamento da violência doméstica, “a prevenção, proteção e assistência a mulher”, lembrou da frase usada por todos os agressores de mulheres: “ Se você não for minha, não será de mais ninguém. Um dia vou te matar”, e completou: “Que esse dia não chegue nunca mais”.
     A Delegada Geral da Polícia Civil, Elisabete Sato falou sobre o papel da polícia, na repressão e investigação. “No combate a violência doméstica e ao feminicídio estamos todas prontas para executarmos nossas missões”, falou sobre a dignidade da pessoa [...] e alertou; “Há um antecedente antes do feminicídio que começa com a ameaça a honra”, disse a delegada e encerrou sua fala afirmando: “Quando não há respeito entre homens e mulheres, crimes graves acontecem”.

    O Novo Hospital Pérola Byington, na nova Luz, capital paulista, tem como meta, ampliar em 50% os serviços de atendimento à saúde da mulher, em comparação ao atual Centro de Referência de Saúde da Mulher que no ano passado, realizou cerca de 4.200 atendimentos. As obras devem começar em agosto.

    Outro serviço em fase de implantação é a Casa da Mulher Brasileira. O centro especializado vai oferecer serviços como acolhimento 24h, delegacia e juizado de violência doméstica, cela de detenção para agressores e equipe multidisciplinar de apoio a vítimas.

    A campanha publicitária foi desenvolvida pelas agências TBWA\Lew Lara e Z515, com coordenação da Secretaria de Comunicação.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Enamorados - Poetisa Riselda Morais




O pulsar forte do coração
sintomas ardentes da paixão
revelando os enamorados
os pares agora encontrados

A loucura do desejo ardente
vontade de estar junto que se sente
O olhar com um que de apaixonado
O toque suave, leve e delicado

A beleza encontrada no carinho
Os risos que brotam com alegria
A felicidade que logo contagia
As palavras pronunciadas baixinho


O calor e aconchego de um ninho
A saudade quando se está sozinho
O respeito que logo vai surgindo
e o amor que sem avisar está vindo

A magia que torna tudo lindo
O olhar que brilha como o sol
Os atos que parecem desatino
Os corpos se unem como um só

O contentamento sentido no peito
cheiros, sensações e pensamentos
dizem que esse amor já foi aceito
e tem que ser vivido, são momentos

Mas para que falar de sentimento
ou se enganar que o amor é eterno
o que importa é que seja  intenso
e o prazer venha com gemido terno

Enamorar é muito mais que querer ver
é guardar este momento na lembrança
mas sem ter que manter a esperança
de um amor infinito estar a viver

É se entregar sem ter medo de sofrer
e que o amor te toque como o vento
que logo pode ter um contratempo
e a tempestade logo irá se fazer

É simplesmente não ter medo de sentir
e deixar que apareça em seu rosto
o que você está vivendo tem o gosto
e o sabor de um amor e do prazer

Sabendo que o ser amado
que agora está bem ao teu lado
seguirá seu caminho sossegado
sem te fazer chorar e nem sofrer!

Primeiro Amor - Poetisa Riselda Morais




Cabeça e corpo de menina
Cheia de boa intenção
Muitos sonhos de beleza
Mas nenhuma curtição

Quão belo, era este tempo
Em tudo, tinha emoção
Elevava o pensamento
Até outra dimensão

Mas quando ele chegou
Enchendo o mundo de cor
Sorrindo ele me olhou
E todo o céu se estrelou

Foi ao se aproximar
Tocar-me a mão e falar
Que senti meu coração
Feliz a me avisar

Estou entrando em ação
Aceite o meu clamor
Sinta a minha reação
É o meu primeiro amor

A encantar na adolescência
Na simplicidade da palavra
A revelar a inocência
Dos beijos com que sonhava

Ao sentir-me tocada
Todo o corpo estremeceu
Quis-me tua, te quis meu
Senti-me tão desejada

Plenamente apaixonada
Entreguei-me ao sentimento
E não quis pensar em nada
Só quis viver o momento

Lembro e não volto atrás
Suspiro, mas não lamento
Deixar esse amor já faz
Parte do meu crescimento

Com o passar do tempo
Esse amor adormeceu
E a menina se escondeu
Em um corpo de mulher!

No Brasil, cinco pessoas morrem vítimas de acidente de trânsito por hora

Riselda Morais

     
Flagrante de acidente na Radial Leste, motoqueiro colide na traseira e vai para no banco dianteiro do veículo. Foto: Riselda Morais
Os acidentes de trânsito, seja nas ruas das grandes cidades ou nas estradas, são responsáveis por 5 óbitos por hora. 

    Segundo dados do levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), nos últimos dez anos, os acidentes de trânsito deixaram mais de 1,6  milhão de pessoas feridas  ao custo direto de quase R$ 3 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). 

No período de 2008 a 2016, foram a óbito pelas mesmas causas 368.821 pessoas em nosso país.

Ainda a nível nacional, o levantamento do CFM mostra que, a cada hora, em média, cerca de 20 pessoas dão entrada em um hospital da rede pública de saúde com ferimento grave decorrente de acidente de transporte terrestre. 
Ao avaliar o volume total de 1.636.878 vítimas graves do tráfego nos últimos dez anos, é possível verificar que 60% desses casos envolveram vítimas com idade entre 15 e 39 anos, sendo menor a frequência nas faixas etárias que vão de zero a 14 anos (8,2%) e em maiores de 60 anos (8,4%). 

Outra constatação: quase 80% das vítimas eram do sexo masculino.  

Para o coordenador da Câmara Técnica de Medicina de Tráfego do CFM, José Fernando Vinagre, o levantamento mostra que os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública e que provoca sobrecarga nos serviços de assistência, em especial nos prontos-socorros e nas alas de internação dos hospitais. “É preciso reconhecer o importante aprimoramento da legislação ao longo dos anos e também o aumento na fiscalização, especialmente após a Lei Seca. No entanto, precisamos avançar nas estratégias para tornar o trânsito brasileiro mais seguro”, destacou.

Por Estado, o levantamento mostra que no período de 2019 a 2018, houve um crescimento de 33% na quantidade de internações em todo o País. 

O pior cenário, identificado  pelo CFM, foi no estado de Tocantins, que saiu das 60 internações, em 2009, para 1.348, no ano passado (aumento de 2.147%). Na sequência aparece Pernambuco, onde o salto foi de 725% na última década. Apenas cinco estados registraram queda no número de internações por acidente de transporte: Maranhão (redução de 40%), Rio Grande do Sul (22%), Paraíba (20%), Distrito Federal (16%) e Rio de Janeiro (2%).

  O Estado de São Paulo teve um total de 379.793 internações por acidentes de trânsito no período de 2009 a 2018. O ano com maior número de internações foi 2011 com 40.664, com menor número foi 2009 com 35.076 e 36.849 em 2018.
As despesas de internação em São Paulo foram R$759.109.440,73 no mesmo período e o número de óbitos foi de 62.930.

     Em números absolutos, 43% do volume total de internações registradas no SUS no período ficou concentrado em estados do Sudeste, região que reúne também metade da frota de veículos automotores do País. Outros 28% dos casos graves ficaram no Nordeste e o restante ficou diluído entre o Sul (12%), Centro-Oeste (9%) e Norte (7%).

    Para a presidente da CFM, Carlos Vital, a solução para reduzir os acidentes depende de uma série de fatores de prevenção, reforço na fiscalização e sinalização, além de questões de infraestrutura e aprimoramento dos itens de segurança dos veículos. “Neste contexto, os médicos desempenham papel fundamental nas discussões sobre direção veicular segura. O impacto desses acidentes nos serviços de saúde é alto. Leitos são ocupados, hospitais e médicos se dividem no atendimento entre os acidentados e os que procuram assistência médica para patologias que não poderiam prevenir, diferentemente dos acidentes de trânsito, que podem ser reduzidos e prevenidos”, destacou.

     Em todo o Brasil, os números do levantamento do CFM, que considerou também dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, mostram que em 2016, foram registrados 37.345 óbitos decorrentes de acidentes de transportes terrestres. Segundo o levantamento, embora a quantidade seja a menor registrada no período analisado (2007 a 2016), o número de mortes tem avançado em alguns estados, sobretudo das regiões Nordeste e Norte do País.

    Na região Norte, a mortalidade por acidentes subiu 30%. Da mesma forma, no Nordeste houve um crescimento de 28% dos casos. No Centro-Oeste também houve aumento do indicador (7%), enquanto nas regiões Sul e Sudeste apresentaram menor quantidade de óbitos em 2016, frente à 2007, com queda de 15% e 18%, respectivamente.

    Embora os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná liderem o ranking nacional em números absolutos de mortes no trânsito durante os últimos dez anos, o Piauí foi a federação que apresentou o maior crescimento proporcional no período: 56%. Em 2007, 670 óbitos haviam sido registrados naquele estado, número que saltou para 1.047 dez anos depois. 
Na mesma proporção, de 56%, cresceram os registros vítimas fatais no Maranhão no período. 

    Ao todo, 16 estados notificaram aumento desse tipo de agravo.
    De outro lado, o estado de São Paulo, que é o mais populoso do País, informou queda na quantidade de óbitos desta natureza. Em 2016 foram 5.740 mortes, 24% a menos que o indicado em 2007 (7.550). 

    No quadro nacional, também figuraram com redução significativa de casos fatais no período os estados de Santa Catarina e Roraima, ambos com queda de 23%; Distrito Federal (22%); e Espírito Santo (20%).

     Antonio Meira Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e membro da Câmara Técnica do CFM, enfatiza que os custos com os acidentes de trânsito vão além das hospitalizações. “Estamos falando de um custo médio de aproximadamente R$ 290 milhões ao ano, que obviamente foi investido para salvar vidas, o que é justificável. Se conseguíssemos diminuir o número de vítimas do trânsito, no entanto, teríamos um impacto muito grande também nas contas públicas. São recursos que poderiam ser direcionados para outras áreas prioritárias da assistência em saúde no País”, pontua.