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quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Bolsonarista lambe cano de escopeta e ordena golpe no Supremo e no Congresso

 Riselda Morais


Bolsonarista é José Sabatini de Artur Nogueira, interior de São Paulo, tem histórico de violência e fez ameaças a Lula em 2021

   Na quarta-feira (28), o vídeo de um Bolsonarista, no qual um homem lambe o cano de uma escopeta e manda recado ordenando ao Bolsonaro que, se eleito, dê golpe no Congresso e no Supremo, chamou muito a atenção nas redes sociais de internautas e também da Polícia Civil. 

Depois de lamber o cano da arma, o homem caminha pela rua carregando a arma, a pé, em via pública.

“Estamos na luta aí, Bolsonaro. Vou mandar um recado para você. Recado não, é uma ordem que eu estou te dando: quando você colocar a faixa de vencedor das eleições você vai dar um golpe no Congresso e no Supremo”, diz no vídeo em que postou nas próprias redes sociais.



Quem é este apoiador de Bolsonaro que ordena golpe?

 Trata-se do empresário José Sabatini da cidade de Artur Nogueira, cidade do interior com pouco mais de 54.408 habitantes, localizada a 148 km da cidade de São Paulo.

José Sabatini tem histórico de violência, tem por hábito se exibir com armas nas redes sociais e postar vídeos.

     Em 2021, José Sabatini postou um vídeo no qual disparava contra alvos em um clube de tiro enquanto mandava um recado para o presidente: “Você (Lula) vai ter problema”,  diz ameaçando o ex-presidente Lula.



Polícia Civil investiga José Sabatini

A Polícia Civil do 3º Distrito Policial, do bairro de Campos Elísios, região central da capital paulista abriu inquérito para investigar o empresário e seu comportamento nos vídeos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Estado afasta professor que levou arma para escola em Suzano

 

   Professor de matemática deixa cair arma de fogo na quadra  durante jogo de vôlei com alunos

Riselda Morais

 

Professor Esdra Bandeira da Silva. Foto reprodução rede social

Na tarde desta terça-feira (20) o Governador Rodrigo Garcia determinou o afastamento do professor de matemática que levou, dia 23 de junho, uma arma para a Escola Estadual José Benedito Leite Bartholomei, em Suzano, São Paulo.

  O professor Esdra Bandeira da Silva estava jogando Vôlei na quadra da escola, com os alunos, quando deixou a arma cair no chão. Na ocasião, o professor alegou para a diretoria da escola que possui registro de arma e certificado de CAC (colecionador, atirador e caçador) o que, segundo Esdra lhe dá direito a Porte de Arma em Trânsito.

  Certificado de CAC - colecionador, atirador e caçador não é porte de arma

  No entanto, o porte em trânsito só dá direito que ele esteja com a arma durante o deslocamento de sua residência para o local de treino de tiro.

   De acordo com posts feitos nas redes sociais pelo professor Esdra, ele conseguiu tirar o Certificado CAC uma semana antes do ocorrido. Entre fotos e vídeos postados em que Esdra aparece no estande de tiros segurando a arma, tem uma postagem de 25 de junho, na qual ele comemora ter conseguido o Certificado, mas ele não tem a legalidade do Porte de Arma.

"Inadmissível a conduta desse professor. Determinei o afastamento imediato dele. Isso não é exemplo pra nenhum jovem", afirmou o governador Rodrigo Garcia por meio de suas redes sociais na manhã desta quarta-feira (21).

   Com efeito, o afastamento do professor de matemática Esdra Bandeira da Silva  foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta (21).
Além do afastamento do docente, foi aberto um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e aberto um processo de apuração do caso.

   Entretanto, para que novos casos não se repitam, a Secretaria de Educação encaminhou comunicado aos dirigentes regionais de ensino de todo Estado, com parecer da Procuradoria Geral do Estado quanto ao porte de arma dentro das escolas estaduais.

O que diz a PGE

   No entanto, de acordo com a PGE - Procuradoria Geral do Estado de São Paulo os documentos que o professor apresentou não lhe autoriza o porte de arma de fogo.

. "Trata-se de documentos que autorizam a posse de arma (que não se confunde com porte) para tiro desportivo e o porte de trânsito de arma de fogo. Como a escola, por óbvio, não faz parte do trajeto entre a origem e os locais de prática de tiro, a documentação não autoriza ao professor portar arma dentro da unidade escolar", diz o parecer da PGE assinado pelo Procurador Wesley de Castro Dourado Cordeiro.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Bolsonaro discursa na ONU com "pautas" de campanha eleitoral

 

Presidente Jair Bolsonaro diz ter extinguido a corrupção no Brasil, que tem sido defensor incondicional da liberdade de expressão e ainda, que o Brasil chega ao final de 2022 com  emprego em alta e inflação em baixa


Riselda Morais

   

Foto reprodução transmissão ao vivo

Na 77  Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o Presidente Jair Bolsonaro diz ter extinguido a corrupção no Brasil, que tem sido defensor incondicional da liberdade de expressão e ainda, que Brasil chega ao final de 2022 com  emprego em alta e inflação em baixa.

 Nesta terça feira, 20 de setembro, o Presidente Jair Bolsonaro (PL) e candidato a reeleição 2022 discursou na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York. Em tom de campanha eleitoral Bolsonaro usou o tempo de cerca de 20 minutos e 24 segundos para dizer, entre outras coisas, que extirpou a corrupção no Brasil.

Veja discurso de Jair Messias Bolssonaro na íntegra:

Bolsonaro 

"Senhor Csaba Kőrösi, Presidente da Septuagésima Sétima Assembleia-Geral das Nações Unidas,

Senhor António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas,

Senhoras e Senhores chefes de Estado, de governo e de delegações,

Senhoras e Senhores,

Começo por cumprimentá-lo, Embaixador Csaba Kőrösi, pela eleição para presidir esta Assembleia Geral. Esteja certo de contar com o apoio do Brasil.

O tema escolhido para este Debate Geral gira em torno de um conceito que se aplica perfeitamente ao momento que vivemos: um divisor de águas.

Senhor Presidente,

Nossa responsabilidade coletiva, nesta Assembleia Geral, é compreender o alcance dos desafios que compõem esse divisor de águas. E, a partir daí, construir respostas que tirem sua força dos objetivos que são comuns a todos nós.

A tarefa não é simples. Mas, a rigor, não temos alternativa.

Esse esforço tem de começar no interior de cada um dos nossos países. Antes de tudo, é aquilo que realizamos no plano interno que dá a medida da autoridade com que agimos no plano internacional.

Deixe-me falar da perspectiva do meu país.

Quando o Brasil se manifesta sobre a agenda da saúde pública, fazemos isso com a autoridade de um governo que, durante a pandemia da Covid-19, não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos.

Como tantos outros países, concentramos nossa atenção, desde a primeira hora, em garantir um auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados.

O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a 1/3 da nossa população.

Em paralelo, lançamos um amplo programa de imunização, inclusive com produção doméstica de vacinas. Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a Covid-19. Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual de cada um.

Da mesma forma, no terreno da economia, o Brasil traz a autoridade de um país que, em nome de um crescimento sustentável e inclusivo, vem implementando reformas para a atração de investimentos e melhoria das condições de vida de sua população.

No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e em desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares.

O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas.

Esse é o Brasil do passado.

Aprimoramos os serviços públicos com redução de custos e investimento em ciência e tecnologia. Hoje, por exemplo, o Brasil é o 7º país mais digitalizado do mundo: são 135 milhões de pessoas que acessam 4.900 serviços do meu governo. O Brasil foi pioneiro na implantação do 5G na América Latina.

Levamos adiante uma abrangente pauta de privatizações e concessões, com ênfase na infraestrutura. Concluímos o projeto de transposição do Rio São Francisco, levando água para o Nordeste brasileiro. Adotamos novos marcos regulatórios, como o do saneamento básico, o das ferrovias e o do gás natural. Além disso, melhoramos o ambiente de negócios, com a lei de liberdade econômica e a lei de start-ups. Como resultado, criamos oportunidades para o jovem empreender e ter empregos de qualidade.

Coroando todo esse esforço de modernização da economia brasileira, estamos avançando, a passos largos, para o ingresso do Brasil como membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada.

Os números falam por si só. A estimativa é de que, no final de 2022, 4% das famílias brasileiras estejam vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%. Isso representa uma queda de mais de 20%. O Auxílio Brasil, programa de renda mínima criado pelo meu governo, durante a pandemia, que atende 20 milhões de famílias, faz pagamentos de quase US$ 4 por dia às mesmas.

O desemprego caiu 5 pontos percentuais, chegando a 9%, taxa que não se via há 7 anos. Reduzimos a inflação, com estimativa de 6% no corrente ano. Tenho a satisfação de anunciar que tivemos deflação inédita no Brasil nos meses de julho e agosto.

Desde junho, o preço da gasolina caiu mais de 30%. Hoje, um litro no Brasil custa cerca de US$ 0,90. O preço da energia elétrica também teve uma queda de mais de 15%. Quero ressaltar que o custo da energia não caiu por causa de tabelamento de preços ou qualquer outro tipo de intervenção federal. Foi resultado de uma política de racionalização de impostos formulada e implementada com o apoio do Congresso Nacional.

Em 2021, o Brasil foi o 4º maior destino de investimento estrangeiro direto do mundo. Nosso comércio exterior alcançou a marca histórica de 39% do PIB, mesmo diminuindo ou zerando impostos de milhares de produtos.

No plano interno, também estamos batendo recordes em três áreas: arrecadação fiscal, lucros das empresas estatais e relação entre dívida pública e PIB. Aliás, em 2021 tivemos superávit no resultado consolidado de contas públicas. O PIB brasileiro aumentou 1,2% no segundo trimestre. A projeção de crescimento para 2022 chega a 3%.

Temos a tranquilidade de quem está no bom caminho. O caminho de uma prosperidade compartilhada. Compartilhada entre os brasileiros e, mais além, compartilhada com nossos vizinhos e outros parceiros mundo afora.

É isso que vemos, por exemplo, na produção de alimentos. Há quatro décadas, o Brasil importava alimentos. Hoje, somos um dos maiores exportadores mundiais. Isso só foi possível graças a pesados investimentos em ciência e inovação, com vistas à produtividade e à sustentabilidade. Faço aqui um tributo à pessoa de Alysson Paulinelli, candidato brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz, por seu papel na expansão da fronteira agrícola brasileira com o uso de novas tecnologias. Este ano, o Brasil já começou a colheita da maior safra de grãos da nossa história. Estima-se pelo menos 270 milhões de toneladas. O Brasil também, em poucos anos, passará de importador a exportador de trigo.

Para o período 2022/2023, a previsão é que a produção total ultrapasse as 300 milhões de toneladas. Como afirmou a Diretora-Geral da Organização Mundial do Comércio, em recente visita que nos fez, se não fosse o agronegócio brasileiro, o planeta passaria fome, pois alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.

O nosso agronegócio é orgulho nacional.

Senhor Presidente,

Quero lembrar que, também na área do desenvolvimento sustentável, o patrimônio de realizações do Brasil é fonte de credibilidade para a ação internacional do nosso país. Em matéria de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, o Brasil é parte da solução e referência para o mundo.

Dois terços de todo o território brasileiro permanecem com vegetação nativa, que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto, em 1500. Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional.

É fundamental que, ao cuidarmos do meio ambiente, não esqueçamos das pessoas: a região amazônica abriga mais de 20 milhões de habitantes, entre eles indígenas e ribeirinhos, cuja subsistência depende de algum aproveitamento econômico da floresta. Levamos internet a mais de 11 mil escolas rurais e a mais de 500 comunidades indígenas.

O Brasil começou sua transição energética há quase meio século, em reação às crises do petróleo daquela época. Hoje, temos uma indústria de biocombustíveis moderna e sustentável. Indústria que contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do G20.

Cerca de 84% da nossa matriz elétrica atualmente é renovável, e esse é o objetivo que muitos países desenvolvidos esperam alcançar somente depois de 2040 ou 2050.

No ano passado, o Brasil foi escolhido pelas Nações Unidas como país “campeão da transição energética”. Temos capacidade para ser um grande exportador mundial de energia limpa. Contamos com um excedente, já em construção, que pode chegar a mais de 100 Gigawatts entre biomassa, eólica, terrestre e solar, além da oportunidade, ainda não explorada, de eólicas marítimas de 700 Gigawatts, com um dos menores custos de produção do mundo. Essas fontes produzirão hidrogênio verde para exportação.

Parte desta energia 100% limpa abre a possibilidade de sermos fornecedores de produtos industriais altamente competitivos, especialmente no Nordeste brasileiro, com uma das menores pegadas de carbono do mundo.

A agenda do desenvolvimento sustentável é afetada, de várias maneiras, pelas ameaças à paz e à segurança internacional. Erguemos as Nações Unidas em meio aos escombros da Segunda Guerra Mundial. O que nos motivava, naquele momento, era a determinação de evitar que se repetisse o ciclo de destruição que marcou a primeira metade do século XX. Até certo ponto, podemos dizer que fomos bem-sucedidos.

Mas, hoje, o conflito na Ucrânia serve de alerta. Uma reforma da ONU é essencial para encontrarmos a paz mundial. No caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debates, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras. O Brasil fala desse assunto com base em uma experiência que remonta aos primórdios da ONU.

É pela décima-primeira vez que ocupamos assento não permanente no Conselho. Temos buscado dar o melhor de nós para a solução pacífica e negociada dos conflitos internacionais, sempre guiados pela Carta da ONU e pelo Direito Internacional.

O Brasil também tem um longo histórico de participação em missões de paz da ONU. De Suez a Angola, do Haiti ao Líbano, sempre estivemos ao lado da manutenção da paz.

Também contribuímos para a paz ao abrirmos nossas fronteiras para aqueles que buscam uma chance de reconstruir suas vidas em nosso país. Desde 2018, mais de seis milhões de irmãos venezuelanos foram obrigados a deixar seu país. Muitos deles vieram para o Brasil.

Nossa resposta a esse desafio foi a “Operação Acolhida”, que se tornou referência internacional. Já são mais de 350 mil venezuelanos que encontraram, em território brasileiro, assistência emergencial, proteção, documentação e a possibilidade de um recomeço. Todos têm acesso ao mercado de trabalho, a serviços públicos e a benefícios sociais.

Nos últimos meses, chegam por dia ao Brasil, a pé, cerca de 600 venezuelanos, a grande maioria dos quais mulheres e crianças pesando em média 15 quilos a menos do que tinham antes, fugindo da violência e da fome.

A política brasileira de acolhimento humanitário vai além da Venezuela. Temos também recebido haitianos, sírios, afegãos e ucranianos.

Senhor Presidente,

O conflito na Ucrânia já se estende por sete meses e gera apreensão não apenas na Europa, mas em todo o mundo.

Quero, em primeiro lugar, renovar o agradecimento do Brasil aos países que ajudaram na evacuação de brasileiros que se encontravam na Ucrânia quando começou o conflito. Refiro-me especialmente à Eslováquia, Hungria, Polônia, Romênia e República Tcheca. A operação foi exitosa. Não deixamos ninguém para trás, nem mesmo seus animais de estimação.

Diante do conflito em si, o Brasil tem-se pautado pelos princípios do Direito Internacional e da Carta da ONU. Princípios que estão consagrados também em nossa Constituição. Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Esses são os primeiros passos para alcançarmos uma solução que seja duradoura e sustentável.

Temos trabalhado nessa direção. Nas Nações Unidas e em outros foros, temos tentado evitar o bloqueio dos canais de diálogo, causado pela polarização em torno do conflito. É nesse sentido que somos contra o isolamento diplomático e econômico.

As consequências do conflito já se fazem sentir nos preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos. Estes impactos nos colocam a todos na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Países que se apresentavam como líderes da economia de baixo carbono agora passaram a usar fontes sujas de energia. Isso configura um grave retrocesso para o meio ambiente.

Apoiamos todos os esforços para reduzir os impactos econômicos desta crise. Mas não acreditamos que o melhor caminho seja a adoção de sanções unilaterais e seletivas, contrárias ao Direito Internacional. Essas medidas têm prejudicado a retomada da economia e afetado direitos humanos de populações vulneráveis, inclusive em países da própria Europa.

A solução para o conflito na Ucrânia será alcançada somente pela negociação e pelo diálogo.

Faço aqui um apelo às partes, bem como a toda a comunidade internacional: não deixem escapar nenhuma oportunidade de pôr fim ao conflito e de garantir a paz. A estabilidade, a segurança e a prosperidade da humanidade correm sério risco se o conflito continuar.

Senhor Presidente,

Tenho sido um defensor incondicional da liberdade de expressão. Além disso, no meu governo, o Brasil tem trabalhado para trazer o direito à liberdade de religião para o centro da agenda internacional de direitos humanos. É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação. Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que tem sofrido perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo.

Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos direitos humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero.

Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso.

Combatemos a violência contra as mulheres com todo o rigor. Isso é parte da nossa prioridade mais ampla de garantir segurança pública a todos os brasileiros.

Os resultados aparecem em nosso governo: a queda de 7,7% no número de feminicídios e a diminuição do número geral de mortes por homicídio. Em 2017, eram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19.

A violência no campo também caiu ao mesmo tempo em que aumentamos a regularização da propriedade da terra para os assentados. No meu governo, entregamos 400 mil títulos rurais, 80% deles para as mulheres.

Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem. A Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro, trouxe novo significado ao trabalho de voluntariado desde 2019, com especial atenção aos portadores de deficiências e doenças raras.

Senhor Presidente, Senhor Secretário-Geral, Senhoras e Senhores chefes de Estado e de governo.

Senhoras e Senhores,

Neste 7 de setembro, o Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira.

Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade.

Muito obrigado a todos os senhores."

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Após ameaças, Governador Rodrigo Garcia passa a usar colete e tem segurança reforçada

 

Discursos incisivos de combate a criminalidade feitos por Rodrigo Garcia, transferências de presos entre presídios do interior e aumento de quase 30% nas apreensões de drogas dentro do Estado incomoda crime organizado


Riselda Morais

    O Governador do Estado de São Paulo e candidato a reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB) passou a usar colete a prova de balas e teve a segurança dele e da família reforçada depois de sofrer ameaças da facção criminosa PCC.

Foto: Governo do Estado de São Paulo
    As ameaças foram constatadas através de interceptações telefônicas e um bilhete escrito a mão encontrado no telhado de um dos presídios do interior de São Paulo.

Bilhete encontrado e atribuído ao PCC


    O Governador Rodrigo Garcia tem feito discursos contundentes sobre o combate ao crime organizado. Em um de seus recentes discursos, durante entrega de armas a Polícia Militar do Estado de São Paulo ele enfatizou: "A polícia n
ão vai fazer cafuné na cabeça de bandido".

     Outros motivos que estariam incomodando ao crime organizado seriam transferências de presos da facção entre presídios e o aumento da apreensão de drogas no Estado de São Paulo.

    A Casa Militar responsável pela Segurança do Governador enviou solicitação de imediato reforço de efetivo e material bélico para garantir a integridade do Governador Rodrigo Garcia e sua família.

Considerando a insatisfação do crime organizado, relacionada às movimentações de presos ligados às facções criminosas do Estado de São Paulo, e às informações sigilosas oriundas do Serviço de Inteligência da Secretaria de Assuntos Penitenciários, que tratam do aumento do risco de atentado contra a vida e integridade física do Exmo Sr Governador do Estado e familiares, solicito imediato reforço de efetivo e de material bélico para, com isso, reforçar a segurança institucional prestada por esta Casa Militar”, diz a solicitação do coronel da Polícia Militar Henguel Ricardo Pereira, Secretário-Chefe da Casa Militar.

Foto: Riselda Morais

    Em nota a imprensa, o Governo do Estado de São Paulo informou que sobre às ameaças recebidas pelo governador Rodrigo Garcia:

- A segurança do governador é realizada pela Casa Militar, com planejamento do seu Setor de Inteligência e execução pelo seu efetivo policial especializado.

- A Casa Militar não comenta dados estratégicos elaborados pelo Setor de Inteligência e não detalha o planejamento de segurança da autoridade estadual, com o objetivo de não expor a riscos o governador de São Paulo e seus familiares.

- A Casa Militar vai manter o constante monitoramento de qualquer ameaça e a readequação do planejamento da segurança, de acordo com o cenário.

Bicentenário da Independência terá mais de 50 atividades na capital paulista

 



Comemorações terá remontagem histórica do Grito de Dom Pedro I no Parque da Independência e desfile cívico-militar na Avenida D. Pedro I


Riselda Morais

  A Independência do Brasil proclamada por D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, emancipou o Brasil de Portugal. Neste dia, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro ergueu sua espada e gritou “Independência ou Morte”, frase hoje conhecida como "Grito do Ipiranga".

Independência do Brasil teve assinatura feminina

  Anteriormente, em 2 de setembro de 1822, cinco dias antes do Grito,  a Independência do Brasil foi assinada, não por D. Pedro, mas sim, por Maria Leopoldina.

   Sabe-se no entanto que, durante a viagem de D. Pedro a então província de São Paulo, Leopoldina permanece no Palácio Imperial no Rio de Janeiro e, como regente do Brasil, convoca e preside uma reunião com o Conselho de Estado na qual sanciona a deliberação para que fosse Proclamada a República.

Portanto, mostra a história que Carolina Josepha Leopoldina d’Áustria foi a primeira mulher a presidir o Brasil mesmo que por curto período de tempo. 

    Mas, ao passo que a história vai sendo contada, esse fato muitas vezes, parece ser ignorado. E mesmo neste, 02 de setembro de 2022, duzentos anos depois, os créditos da Independência continuam sendo comemorados para Dom Pedro I, enquanto a assinatura documentada na história é de Maria Leopoldina.

Comemorações do Bicentenário em São Paulo

    Como parte do Projeto Vozes da Independência, a Prefeitura de São Paulo tem mais de 50 atividades na programação comemorativa do Bicentenário que estará presente em mais de 200 pontos da cidade.

 Conforme programação o evento contará com atividades  artísticas, marcadas por vozes diversas, dentre elas, música, teatro, cinema, artes visuais, literatura, dança, intervenções artísticas e debates.

Destaques para o Parque da Independência e o desfile cívico-militar na Avenida D. Pedro I

  De acordo com a programação, o tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro, será realizado na Avenida D. Pedro I, das 9 h as 11h. Além da presença de autoridades e grupos integrantes da sociedade civil, o evento terá a parceria do Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira.

   O evento contará também com participações dos Paraquedistas Cometas, da Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira e da Cavalaria do Exército com uniforme oficial dos Dragões da Independência.

    No Parque da Independência às 15h haverá o espetáculo Vozes da Independência, para recontar a história do Grito do Ipiranga.    O ator Caco Ciocler encenará de forma apoteótica o personagem de Dom Pedro I.

    A remontagem histórica é, acima de tudo, uma encenação a céu aberto que aborda, de forma lúdica, os processos e personagens históricos importantes que fazem parte da história e da independência do Brasil. Nesse sentido, o público poderá perceber, principalmente, quais estruturas se alteram e quais se perpetuam até os dias atuais.  O objetivo é, principalmente, valorizar a cultura brasileira e sua importância na construção social, cultural e econômica do país.