Pesquisar

sábado, 26 de fevereiro de 2022

Rússia não tem direito de atacar a Ucrânia, diz embaixador do Brasil na ONU

 

Brasil se posiciona sobre invasão da Ucrânia e condena Rússia em discurso na ONU

Riselda Morais

Embaixador brasileiro na ONU, Ronaldo Costa Filho endurece discurso e deixa clara a posição do Brasil: "Rússia não tem direito de atacar a Ucrânia" Foto reprodução da ONU

    O embaixador brasileiro Ronaldo Costa Filho endureceu seu discurso em reunião nesta sexta-feira(25) no Conselho de Segurança da ONU e deixou clara a posição do Brasil sobre a guerra. 

    Ronaldo Costa Filho defendeu o fim imediato do ataque da Rússia a Ucrânia, criticou a invasão e fez um apelo para a retirada das tropas da Rússia do território Ucraniano.

“Renovamos nosso apelo para a interrupção completa das hostilidades, a retirada das tropas e a imediata retomada do diálogo”, enfatizou  o embaixador brasileiro na ONU e acrescentou, “Não há alternativa à negociação para solucionar a presente crise”.

O embaixador brasileiro criticou a justificativa da Rússia para atacar a Ucrânia e afirmou que elas não dão o direito a Rússia  de ameaçar a integridade territorial e a soberania e outro Estado.

Veja o discurso completo do Embaixador do Brasil Ronaldo Costa Filho, no Conselho de Segurança da ONU.

“Vivemos circunstâncias sem precedentes de ameaça à ordem internacional e à Carta da ONU. Estamos seriamente preocupados com as operações militares russas contra alvos no território soberano da Ucrânia. Acreditamos que este conselho deve se esforçar para mostrar uma decisão unida de buscar soluções diplomáticas a todas as ameaças à segurança internacional e, também, perseguir um acordo para a crise ucraniana, à medida que ouvimos relatos de crescentes vítimas civis, medo e devastação na Ucrânia. É um cenário que toda guerra, inevitavelmente, proporciona. Nosso principal objetivo agora é interromper imediatamente as hostilidades.

Como deveríamos fazer isso? Primeiro, o Conselho de Segurança deve reagir imediatamente ao uso da força contra a integridade territorial de qualquer dos Estados-membro. Uma linha foi cruzada, e este Conselho não pode permanecer em silêncio.

Segundo, e não menos importante, precisamos criar condições para o diálogo entre todas as partes envolvidas. O mundo não pode proporcionar um ponto de não retorno, em que as partes vejam a vitória militar como a única avenida para encerrar o conflito.

Durante a negociação desta resolução, o Brasil tentou buscar esse equilíbrio para manter o espaço para o diálogo, enquanto ainda sinalizava que o uso da força contra a integridade territorial de um país-membro não é aceitável no mundo de hoje.

Estamos, também, profundamente preocupados com a decisão da Rússia de engajar suas tropas em operações militares e com a perda de vidas e com o perigo à população civil. Continuamos a sustentar a firme convicção de que ameaças e força não levarão a crise a uma solução duradoura. A ação militar infringirá danos à fé na lei internacional e colocará milhões de vidas em perigo.

A missão do Conselho de Segurança não terminou, se nossos esforços falharam em evitar a guerra. É nosso dever perseverar e buscar a suspensão imediata das hostilidades. Devemos nos esforçar para encontrar meios de restaurar a paz na Ucrânia e em toda a região.

Renovamos nosso apelo para a interrupção completa das hostilidades, a retirada das tropas e a imediata retomada do diálogo. Não há alternativa à negociação para solucionar a presente crise. As preocupações com a segurança, expressas pela Federação Russa nos últimos anos, particularmente em relação ao balanço estratégico de forças na Europa, não dão direito à Rússia de ameaçar a integridade territorial e a soberania e outro Estado.

O Conselho de Segurança tem a legitimidade e, com a boa vontade de todos, adotar medidas para reparar essa perigosa situação. O sistema coletivo de segurança das Nações Unidas repousa, em última instância, sobre o pilar da lei internacional. A igualdade de soberania e de integridade territorial de um membro da ONU não são palavras vazias.

É nosso dever dar um significado concreto às mais elevadas aspirações aos idealizadores da Carta da ONU. Este é o nosso legado mais precioso. Livrarmo-nos do flagelo da guerra foi a verdadeira razão para o estabelecimento da ONU.

No fim, a paz e a ordem internacionais devem prevalecer, e não devemos descansar até que nossa missão esteja cumprida.”

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Despreparo de Jair Bolsonaro deixa o Brasil em situação delicada

 

Jair Bolsonaro visita Putin, desautoriza o vice-presidente da República em público, passa pelo cercadinho e vai para motociata

Riselda Morais

Bolsonaro desautoriza vice-presidente Hamilton Mourão em rede social. Print de tela.

Despreparado e imaturo, é assim que Jair Bolsonaro tem se demonstrado como Presidente do Brasil. 

Tanto porém, que pela primeira vez o Brasil foi visto como não amigável no exterior.

    Sua recente visita a Rússia, mais especificamente a Vladimir Putin no momento que precedia o ataque a Ucrânia, deixou o Brasil em uma situação extremamente delicada. Tirando do Brasil o reconhecimento na competência de sua diplomacia e colocando-o como pária internacional, trazendo prejuízo moral ao povo brasileiro e colocando sua paz em risco.

    Para piorar Jair Bolsonaro declarou-se "solidário" ao Russo e enfatizou "Putin é uma pessoa que busca a paz".

    A empatia entre Vladimir Putin e Jair Bolsonaro é menor do que um péssimo hábito que os dois têm em comum. "Mentir descaradamente".  Ao mesmo tempo que Putin falava de diplomacia, preparava suas tropas para uma guerra desigual para a Ucrânia.

 O comportamento avesso à realidade, apresentado por Bolsonaro repercutiu entre presidentes e diplomatas de muitos países.

      Na sexta-feira, 18, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse: “o Brasil parece estar do outro lado”. A frase deixa claro que para os EUA, o Brasil já não é mais um aliado  e nem um  país a favor da paz. Menos ponto para o Brasil na visão mundial.

   A falta de maturidade para lidar com a situação, calou o governo brasileiro que se mantém em silêncio e criou desconforto no meio diplomático.

    Ao invés de se posicionar diante do conflito, Jair Bolsonaro passou pelo cercadinho de 'bois de piranha" que o segue as cegas e o blinda da realidade brasileira e depois seguiu para uma motociata no interior de São Paulo. São milhões do dinheiro público gastos em segurança para o Presidente da República se divertir nas motociatas por todo o país.

  Não obstante, o Departamento de Estado americano afirmou que o Brasil “parece ignorar a agressão armada por uma grande potência contra um vizinho menor, uma postura inconsistente com sua ênfase histórica da paz".

   Na quinta-feira (24) o vice-presidente do Brasil, General Hamilton Mourão declarou que condena os ataques russos, que o Brasil não está neutro e que respeita a soberania da Ucrânia.

“O Brasil não está neutro. O Brasil deixou muito claro que ele respeita a soberania da Ucrânia. Então, o Brasil não concorda com uma invasão do território ucraniano.”, afirmou Mourão.

    Preocupado em mostrar que é quem manda e não em proteger a paz do Brasil, fazendo birra feito um aborrecente, Bolsonaro preocupou-se em ler manchetes de jornal em live no dia 24/02 as 19 h e desautorizou publicamente o vice-presidente da República Hamilton Mourão.

"Deixar bem claro: O artigo 84 da Constituição diz que quem fala sobre esse assunto é o presidente. E o presidente chama-se Jair Messias Bolsonaro. E ponto final', disse Bolsonaro sem se posicionar como presidente da República sobre o ataque desigual da Rússia contra a Ucrânia.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Desmoronamento em obra do Metrô abre cratera na Marginal Tietê

Marginal tem trânsito interditado no sentido Castelo Branco e Ayrton Senna

 

Riselda Morais

  

Reprodução Imagem Globocop

 Um desmoronamento na obra da Linha 6 - Laranja do Metrô abriu uma cratera na Marginal Tietê, na manhã desta terça-feira, (01/02). 

O desabamento aconteceu na pista local da Marginal Tietê.  A via teve que ser totalmente interditada, nas três pistas, entre a Ponte do Piqueri e Freguesia do Ó, no sentido Ayrton Senna e Castelo Branco.

   Segundo informações a obra é parceria do Governo do Estado com uma empresa privada e a previsão de inauguração era para 2025. A Linha 6 - Laranja do Metrô fará a ligação entre a Vila Brasilândia, Zona Norte com a estação São Joaquim na região Central de São Paulo.

   A escavação feita por um "tatuzão" atingiu o leito do rio ou uma adutora, fazendo com que o túnel fique inundado pela água do Tietê.

   Segundo informações dos Bombeiros, que foram chamados por volta das 8 horas da manhã, todos os funcionários conseguiram sair, mas dois funcionários tiveram contato com a água contaminada.

  Até que se solucione o problema, o transtorno para a população será grande, tanto para quem mora em lugares onde a linha-6 vai passar, quanto para os usuários da Marginal Tietê que geralmente tem trânsito diário pesado, principalmente com caminhões.