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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Lula e Alckmin recebem diplomas de presidente e vice-presidente da República no TSE

 

Diplomação atesta que Lula e Alckmin foram eleitos pelo povo e estão aptos a tomar posse dia 1º de janeiro de 2023

Riselda Morais

Lula recebe diploma de Presidente pela terceira vez. 
Foto reprodução transmissão TSE.

Vice-presidente Geraldo Alckmin recebe diploma no TSE.
Foto reprodução transmissão TSE.



Foram diplomados, nesta segunda-feira (12/12), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente  Geraldo Alckmin. Os diplomas foram entregues pelo Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes.

   Através da solenidade de diplomação, a Justiça Eleitoral atesta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e  o vice-presidente Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho foram eleitos pelo povo e estão aptos a tomar posse dia 1º de janeiro de 2023.
Em discurso, o Presidente do TSE Alexandre de Moraes afirmou que Lula foi eleito pelo voto direto e secreto, em eleições livres e transparentes: “Vossa Excelência foi eleito por 60.345.999 eleitoras e eleitores. Mas, a partir de 1º de janeiro de 2023, Vossa Excelência será o presidente de 215.461.715 brasileiras e brasileiros, todos com fé e esperança para que, num futuro breve, possamos extirpar a fome e o desemprego que assolam milhões”.
    Alexandre ressaltou ainda que “A Justiça Eleitoral se preparou para garantir com coragem e segurança a transparência e a lisura das eleições e a legitimação dos vencedores por meio da presente diplomação”.

   Lula começou o discurso agradecendo ao povo brasileiro por ser eleito presidente pela terceira vez e emocionado lembrou a primeira diplomação em 2002.” Na minha primeira diplomação, em 2002, lembrei da ousadia do povo brasileiro em conceder – para alguém tantas vezes questionado por não ter diploma universitário – o diploma de presidente da República”, disse entre lágrimas.

Reafirmou seu compromisso de campanha de tornar o Brasil  melhor: “Reafirmo hoje que farei todos os esforços para, juntamente com meu vice Geraldo Alckmin, cumprir o compromisso que assumi não apenas durante a campanha, mas ao longo de toda uma vida: fazer do Brasil um país mais desenvolvido e mais justo, com a garantia de dignidade e qualidade de vida para todos os brasileiros, sobretudo os mais necessitados”.
    Lula falou quão ameaçada a democracia esteve nos últimos anos e enfatizou: “Quero dizer que muito mais que a cerimonia de diplomação de um presidente eleito, esta é a celebração da democracia”.

    Destacou a importância da atuação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) na preservação da democracia e das instituições democráticas do Brasil. “A democracia não nasce por geração espontânea. Ela precisa ser semeada, cultivada, cuidada com muito carinho por cada um, a cada dia, para que a colheita seja generosa para todos. Mas além de semeada, cultivada e cuidada com muito carinho, a democracia precisa ser todos os dias defendida daqueles que tentam, a qualquer custo, sujeitá-la a seus interesses financeiros e ambições de poder”.

    Lula exaltou a coragem e a firmeza das autoridades do STF e TSE para assegurar a lisura do processo eleitoral. “Além da sabedoria do povo brasileiro, que escolheu o amor em vez do ódio, a verdade em vez da mentira e a democracia em vez do arbítrio, quero destacar a coragem do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que enfrentaram toda sorte de ofensas, ameaças e agressões para fazer valer a soberania do voto popular”.

    Além de Lula, Alckmin e Moraes, participaram da mesa de honra da cerimonia de diplomação o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber; os presidentes do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; o vice-presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski; os ministros da Corte Cármen Lúcia, Benedito Gonçalves, Raul Araújo, Sérgio Banhos e Carlos Horbach; o procurador-geral eleitoral, Augusto Aras; e o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti.

sexta-feira, 11 de novembro de 2022

COVID 19: Nova variante BQ.1 e aumento de casos em São Paulo

 Baixa adesão as doses de reforço da vacina e aglomerações contribuem para o aumento de casos

Riselda Morais

   A sensação que a pandemia da COVID-19 acabou é falsa, o vírus continua circulando, sofrendo mutações e se proliferando no Brasil e no mundo. Quem faz a grande diferença hoje são as vacinas que estão nos protegendo de termos casos graves da COVID como antes da vacinação. No entanto, a volta das aglomerações, a baixa adesão as vacinas e principalmente as doses de reforço estão trazendo de volta o aumento no número de casos.

   A BQ.1 subvariante da Ômicron foi identificada agora no Brasil. Mas ela já foi detectada em 65 países, é uma das mais de 300 sublinhagens da Ômicron que circula pelo mundo. 

  A nova cepa que está crescendo rapidamente na Europa e Estados Unidos  foi identificada, aqui no Brasil,  por meio do sequenciamento genético, feito pela Fiocruz  - Fundação Oswaldo Cruz.  Os cientistas ainda trabalham para identificar a transmissibilidade da BQ.1, bem como, seus impactos para vacinas e testes de diagnósticos.

Casos da BQ.1 no Brasil.

  A Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou, nesta terça-feira (08), dois casos da BQ.1 na cidade de São Paulo. Uma mulher de 72 anos, com comorbidades, morreu dia 17 de outubro no Hospital São Paulo, onde ficou internada no período entre os dias 10 a 17 quando faleceu . Não se sabe sobre o esquema vacinal da mesma. E um homem de 71 anos, teve os primeiros sintomas em 7 de outubro, seu quadro clínico evoluiu bem, teve alta.

  Outro caso foi identificado no Amazonas dia 20 de outubro. Também foi identificado um caso no Rio Grande do Sul e outro no Rio de Janeiro, uma mulher de 35 anos, transmissão local, moradora da Zona Norte e sem sintomas graves.

    No Brasil, no período de 6 a 11 de novembro, foram notificados 57.825 casos de COVID-19 e 314 mortes. A média móvel dos sete dias ficou em 8.448 diagnósticos diários, representando um aumento de 120% em relação à semana anterior, com 3.834. A média móvel de óbitos foi de 46, um acréscimo de 28% se comparado com a última semana, com 36 óbitos por coronavírus.

  A cidade de São Paulo tem até esta quinta-feira (10), 2.315.233 casos confirmados de COVID-19 e 542.634  casos estão em investigação, segundo Boletim da Secretaria Municipal de Saúde. 

  Nesta sexta-feira (11) são 3.780 novos casos na cidade de São Paulo.  A média móvel dos últimos 7 dias é de 1.698 casos.

  Nos três últimos meses, foram confirmados na cidade de São Paulo, 4.110 casos de COVID-19 e 21 óbitos em Setembro; saltou para 10.549 casos confirmados e 18 óbitos em outubro e a primeira semana de novembro já confirma 7.210 casos e 1 óbito; segundo o eSUS. Um aumento significativo no número de casos. 

Conforme dados da SMS,  1.324.147 (57,31%) das pessoas com COVID são mulheres e 983.676 (42,57%) homens, em 2.691 (0,12%) registros não tem informação.

  Destes, quanto aos sintomas,  54,78% apresentaram tosse; 36,22% tiveram febre; 30,95% problemas na garganta; 20,92% tiveram perda de paladar;  19,53 % tiveram perda de olfato; 16,61% dispneia; 4,79 tiveram a saturação menor que 95%; 3,99% tiveram desconforto respiratório; 0,83% diarreia; 0,515 vômito e 0,26% dor abdominal. 

  Os principais fatores de risco e comorbidades foram cardiopatia em 4,66%; diabetes em 4,56% seguidas por pneumonia em 1,16% dos pacientes, segundo dados do eSUS.  Diante do quadro epidemiológico, vale manter os cuidados de sempre. Usar álcool gel, higienizar as mãos com água e sabão e sempre que possível evitar aglomerações.

Forças Armadas condenam excessos em manifestações e criticam restrição de direitos

Em nota a imprensa, a cerca das manifestações, Forças Armadas – a Marinha, o Exército e a Força Aérea Brasileira – reafirmam compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil!

Riselda Morais

Fotos Oficiais



 Na manhã desta sexta-feira, (11), os comandantes das Forças Armadas divulgaram nota conjunta, a imprensa, sobre as manifestações Bolsonaristas que vêm acontecendo em frente aos Quartéis e nas estradas brasileiras.

  A nota assinada pelos Comandantes do Exército General Marco Antônio Freire Gomes , da Marinha Brasileira Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos e da Aeronáutica Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, informa as instituições e ao povo brasileiro que não haverá intervenção Militar como os manifestantes Bolsonaristas, que não aceitam os resultados das urnas, vêm sistematicamente pedindo.

   As Forças Armadas afirmam  que “são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade“.

Leia a Nota das Forças Armadas à Imprensa na íntegra:

Às Instituições e ao Povo Brasileiro

    Acerca das manifestações populares que vêm ocorrendo em inúmeros locais do País, a Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e a Força Aérea Brasileira reafirmam seu compromisso irrestrito e inabalável com o Povo Brasileiro, com a democracia e com a harmonia política e social do Brasil, ratificado pelos valores e pelas tradições das Forças Armadas, sempre presentes e moderadoras nos mais importantes momentos de nossa história.
    A Constituição Federal estabelece os deveres e os direitos a serem observados por todos os brasileiros e que devem ser assegurados pelas Instituições, especialmente no que tange à livre manifestação do pensamento; à liberdade de reunião, pacificamente; e à liberdade de locomoção no território nacional.
    Nesse aspecto, ao regulamentar disposições do texto constitucional, por meio da Lei nº 14.197, de 1º de setembro de 2021, o Parlamento Brasileiro foi bastante claro ao estabelecer que: “Não constitui crime […] a manifestação crítica aos poderes constitucionais nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais, por meio de passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política com propósitos sociais”.
    Assim, são condenáveis tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações que possam restringir os direitos individuais e coletivos ou colocar em risco a segurança pública; bem como quaisquer ações, de indivíduos ou de entidades, públicas ou privadas, que alimentem a desarmonia na sociedade.
   A solução a possíveis controvérsias no seio da sociedade deve valer-se dos instrumentos legais do estado democrático de direito. Como forma essencial para o restabelecimento e a manutenção da paz social, cabe às autoridades da República, instituídas pelo Povo, o exercício do poder que “Dele” emana, a imediata atenção a todas as demandas legais e legítimas da população, bem como a estrita observância das atribuições e dos limites de suas competências, nos termos da Constituição Federal e da legislação.
    Da mesma forma, reiteramos a crença na importância da independência dos Poderes, em particular do Legislativo, Casa do Povo, destinatário natural dos anseios e pleitos da população, em nome da qual legisla e atua, sempre na busca de corrigir possíveis arbitrariedades ou descaminhos autocráticos que possam colocar em risco o bem maior de nossa sociedade, qual seja, a sua Liberdade.
    A construção da verdadeira Democracia pressupõe o culto à tolerância, à ordem e à paz social. As Forças Armadas permanecem vigilantes, atentas e focadas em seu papel constitucional na garantia de nossa Soberania, da Ordem e do Progresso, sempre em defesa de nosso Povo.
Assim, temos primado pela Legalidade, Legitimidade e Estabilidade, transmitindo a nossos subordinados serenidade, confiança na cadeia de comando, coesão e patriotismo. O foco continuará a ser mantido no incansável cumprimento das nobres missões de Soldados Brasileiros, tendo como pilares de nossas convicções a Fé no Brasil e em seu pacífico e admirável Povo.

Brasília/DF, 11 de novembro de 2022.

Almirante de Esquadra ALMIR GARNIER SANTOS
Comandante da Marinha

General de Exército MARCO ANTÔNIO FREIRE GOMES
Comandante do Exército

Tenente-Brigadeiro do Ar CARLOS DE ALMEIDA BAPTISTA JUNIOR
Comandante da Aeronáutica

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

Lula é eleito Presidente da República do Brasil

 

Derrotado por Lula nas urnas, Jair Messias Bolsonaro torna-se primeiro presidente da história a não conseguir se reeleger

Riselda Morais

   

Créditos:@lulaoficial

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o novo Presidente da República do Brasil.  Lula foi eleito neste domingo, 30 de outubro, com 50,90% dos votos válidos e um total de 60.345.999 votos. Enquanto o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) teve 49,10%, um total de 58.206.354 votos. Uma vitória apertada, mas Lula teve 2.139.645 votos a mais que Bolsonaro.

    Decidida no segundo turno, a eleição computou um total de 124.252.796, sendo 118.552.353 votos válidos, 3.930.765 um percentual de 3,16% votos nulos e 1.769.678  (1,43%) votos brancos.

Essa é a terceira vez que Lula é eleito presidente, voltando ao poder 12 anos depois.

Entre as capitais Bolsonaro venceu em 16, enquanto Lula venceu em 11 capitais.

  Entre os Estados, Lula ganhou em 13 estados,  enquanto Bolsonaro ganhou em 14 estados.

Veja a divisão de votos na eleição presidencial por capital e por estado brasileiro.

2º Turno 2022 - Presidente por capital.

CapitalLuiz Inácio Lula da Silva (PT)Jair Messias Bolsonaro (PL)
Aracajú - SE57,26%42,74%
Belém - PA50,28%49,72%
Belo Horizonte - MG45,75%54,25%
Boa Vista - RR20,53%79,47%
Brasília - DF41,19%58,81%
Campo Grande - MS37,35%62,65
Cuiabá - MT38,50%61,50%
Curitiba - PR35,22%64,78%
Florianópolis - SC46,67%53,33%
Fortaleza - CE58,18%41,82%
Goiânia - GO36,05%63,95%
João Pessoa - PB50,10%49,90%
Macapá - AP45,08%54,92%
Maceió - AL42,82%57,18%
Manaus - AM38,72%61,28%
Natal - RN52,96%47,04%
Palmas - TO39,68%60,32%
Porto Alegre - RS53,50%46,50%
Porto Velho - RO35,37%64,63%
Recife - PE56,32%43,68%
Rio Branco - AC27,49%72,51%
Rio de Janeiro - RJ47,34%52,66%
Salvador - BA70,73%29,27%
São Luís - MA60,38%39,62%
São Paulo - SP53,54%46,46%
Teresina - PI66,44%33,56%
Vitória - ES45,30%54,70%

2º Turno 2022 - Presidente por estado.

EstadoLuiz Inácio Lula da Silva (PT)Jair Messias Bolsonaro (PL)
Acre29,70%70,30%
Alagoas58,68%41,32%
Amapá48,64%51,36%
Amazonas51,10%48,90%
Bahia72,12%27,88%
Ceará69,97%30,03%
Distrito Federal41,19%58,81%
Espírito Santo41,96%58,04%
Goiás41,29%58,71%
Maranhão71,14%28,86%
Mato Grosso34,92%65,08%
Mato Grosso do Sul40,51%59,49%
Minas Gerais50,20%49,80%
Pará54,75%45,25%
Paraíba66,62%33,38%
Paraná37,60%62,40%
Pernambuco66,93%33,07%
Piauí76,86%23,14%
Rio de Janeiro43,47%56,53%
Rio Grande do Norte65,10%34,90%
Rio Grande do Sul43,65%56,35%
Rondônia29,34%70,66%
Roraima23,92%76,08%
Santa Catarina30,73%69,27%
São Paulo44,76%55,24%
Sergipe67,21%32,79%
Tocantins51,36%48,64%

 

 

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

São Paulo volta as urnas para eleger o Governador

 

Zona Leste concentra o maior número de votantes na capital, volta as urnas com 3,2  milhões de eleitores

Riselda Morais

   


No próximo domingo, 30 de outubro de 2022, o maior colégio eleitoral do País volta as urnas para escolher o novo Governador do Estado de São Paulo.
Tendo o poder do voto nas pontas dos dedos e representando 22,16% do eleitorado  brasileiro, 34.667.793 eleitoras e eleitores aptos a votar, poderão escolher entre  o candidato carioca Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o paulista e ex-prefeito Fernando Haddad (PT) para ocupar o cargo.
Os candidatos Haddad e Tarcísio aparecem tecnicamente empatados nas pesquisas, nestes últimos dias de campanha.
    Com 9.314.259 milhões de eleitoras e eleitores, a capital paulista concentra 26,8% do eleitorado do estado, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Ainda segundo o TRE-SP , a Zona Leste da capital concentra, portanto, o maior número de eleitores com 3,2 milhões de votantes, sendo que 255.289 deles estão registrados no maior colégio eleitoral da ZL que é a 375ª ZE – São Mateus.
   Entres as regiões, o segundo maior contingente de eleitores está na Zona Sul com 3,04 milhões, sendo que deste total, 282.827 estão cadastrados na 372ª ZE Piraporinha, maior zona eleitoral da capital.

Mulheres são maioria 

   As mulheres são maioria na volta as urnas, 53,06% do eleitorado paulista. São 18.395.545 milhões de eleitoras e 16.255.921 milhões de eleitores (46,89%), mas de acordo com o TRE-SP, 16.327 pessoas aptas a votar (0,05%) não informaram gênero no cadastro.
    Jovens, menores de 18 anos, totalizam 358 mil votantes no Estado e 426.552 eleitores e eleitoras são pessoas com deficiência e precisam de acessibilidade.
    Para este segundo turno, 45.645 eleitoras e eleitores paulistas solicitaram voto em trânsito.
Segundo informações do TRE-SP, no estado 67,13% do eleitorado,  23.271.151 milhões de pessoas concluíram a identificação biométrica. O cadastramento biométrico foi concluído por 586 dos 645 municípios paulistas.
   De acordo com informações do TRE-SP, no primeiro turno a porcentagem de votos brancos e nulos foi de 13,98%, com 6,06% de votos em branco e 7,92% em votos nulos. Cerca de 7,5 milhões de pessoas deixaram de votar, com 21,61% de abstenções.

Além do Estado de São Paulo, mais 11 Estados brasileiros voltam as urnas para eleger seu governador, veja a lista:

Alagoas - Paulo Dantas (MDB) x Rodrigo Cunha (União)
Amazonas - Wilson Lima (União) x Eduardo Braga (MDB)
Bahia - Jerônimo Rodrigues (PT) x ACM Neto (União)
Espírito Santo - Renato Casagrande (PSB) x Manato (PL)
Mato Grosso do Sul - Capitão Contar (PRTB) x Eduardo Riedel (PSDB)
Paraíba - João Azevêdo (PSB) x Pedro Cunha Lima (PSDB)
Pernambuco - Marília Arraes (Solidariedade) x Raquel Lyra (PSDB)
Rio Grande do Sul - Onyx Lorenzoni (PL) x Eduardo Leite (PSDB)
Rondônia - Coronel Marcos Rocha (União) x Marcos Rogerio (PL)
Santa Catarina - Jorginho Mello (PL) x Décio Lima (PT)
Sergipe - Rogério Carvalho (PT) x Fábio (PSD)
São Paulo - Tarcísio de Freitas (Republicanos) x Fernando Haddad (PT).

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Brasil 2022: Poder emana do povo para eleger o presidente da República na maior eleição dos últimos 90 anos

 Depois de campanhas em que candidatos deixaram de apresentar planos de governo para atacar o adversário, finalmente é chegada a hora do povo votar consciente e mostrar o seu poder na tomada de decisão!

 

Riselda Morais



Urna eletrônica. Créditos TSE

      O voto é secreto e só o eleitor saberá em quem votou, mas ele é rigorosamente computadorizado pelas urnas para o candidato escolhido.

Logo, quem sofreu assédio para votar em um ou outro candidato, seja na empresa em que trabalha, na igreja que frequenta ou até mesmo dentro da família, em casa…. pode tranquilamente deixar tudo para trás na hora do voto, este é um poder seu, escolha sua, da qual só você saberá. Vote de acordo com a sua consciência.

   Vale lembrar também que, eleitores que não fizeram o cadastro biométrico, não votaram no primeiro turno e não justificaram o voto também podem votar normalmente, basta apresentar documento original com foto.

     Agora a escolha é entre apenas dois candidatos a Presidência. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o candidato a reeleição Jair Messias Bolsonaro (PL). Sendo que no primeiro turno, Lula teve 57.259.504 votos, 48,4% dos votos válidos, enquanto o atual presidente e candidato a reeleição Jair Messias Bolsonaro teve 51.072.345 votos, 43,2% dos votos válidos. Uma diferença de 6.187.159 votos a mais para o petista Lula.


Ex-presidente e candidato a presidência
 Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Foto: reprodução rede social


Candidato a reeleição Jair Messias Bolsonaro (PL). 
Foto reprodução rede social


   Depois de uma fase estressante, na qual o povo brasileiro tem sido vítima de desinformação, coação, fake news, ameaças verbais e físicas, ofensas gratuitas e assédio eleitoral, como jamais visto ou sofrido antes, finalmente é chegada a hora da tomada de decisão, de votar e impor o poder que tem o voto diante de tudo que tem acontecido.

    No próximo domingo, dia 30 de outubro de 2022, irão as urnas no Brasil, 156,5 milhões de eleitoras e eleitores, além de 697 mil pessoas no exterior, totalizando 157.197.000 eleitores aptos a votar e eleger democraticamente seu representante para governar o Brasil.

Destes, 314.803 eleitoras e eleitores solicitaram votar em trânsito aos cartórios eleitorais, ou seja, votarão fora do domicílio eleitoral.

     Segundo o TSE, mais de 118 milhões de eleitores estão com a biometria cadastrada, o que representa 75,52% do total do eleitorado, e cerca de 38,4 milhões (24,48%), ainda não realizaram a coleta das impressões digitais que foi suspensa em 2020 para evitar o contágio pelo Coronavírus.

   O eleitor que vai usar a biometria, pode apresentar o e-Titulo ao mesário e deixar o celular na bandeja ao lado, não pode no entanto, entrar com o celular na cabine de votação.

   O Presidente da República, assim como governadores, senadores e prefeitos são eleitos pelo sistema majoritário. Portanto, será eleito Presidente da República o candidato que tiver metade mais um dos votos válidos.

   São considerados votos válidos, os recebidos diretamente pelo candidato. Não são computados votos brancos e nulos.

Segundo a Justiça Eleitoral essa é a maior eleição dos últimos 90 anos.

Para a realização serão utilizadas 577 mil urnas eletrônicas em 472.075 sessões eleitorais em 5.570 municípios brasileiros e 181 cidades em outros países.

    Ainda de acordo com a Justiça Eleitoral, a mega eleição, conta com 1,8 milhão de mesárias e mesários, entre eles, mais de 857 mil são voluntários.  A eleição também conta com o contingente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em Brasília e de 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de cada Estado brasileiro, totalizando 22 mil servidores e colaboradores, além de 2,6 juízas e juízes eleitorais e 2,6 mil promotoras e promotores do Ministério Público.

    Além do mais, para garantir o livre exercício do voto, bem como, a normalidade da votação e da apuração dos resultados, o Tribunal Superior Eleitoral requisitou Forças Federais em muitas localidades de votação.

    Vale lembrar que, nas 24 horas que antecedem a eleição e nas 24 horas que o sucedem, está proibido o transporte de armas e munições, em todo o território nacional, por parte de colecionadores, atiradores e caçadores.

O descumprimento pode acarretar em prisão em flagrante.

    Neste segundo turno da eleição os eleitores poderão dispor de transporte público gratuito para ir ao local de votação.
   De acordo com medida aprovada pelo TSE e incluída na Resolução nº 23.669/2021, que trata dos atos gerais do processo eleitoral, os órgãos federados não poderão reduzir a oferta do transporte coletivo de passageiros ou seja, não pode reduzir a frota.
   

Veja por estado, o número de eleitores, em ordem decrescente, segundo dados do TSE:

São Paulo: 34.667.793

Minas Gerais: 16.290.870

Rio de Janeiro: 12.827.296

Bahia: 11.291.528

Rio Grande do Sul: 8.593.469

Paraná: 8.475.632

Pernambuco: 7.018.098

Ceará: 6.820.673

Pará: 6.082.312

Santa Catarina: 5.489.658

Maranhão: 5.042.999

Goiás: 4.870.354

Paraíba: 3.091.684

Espírito Santo: 2.921.506

Amazonas: 2.647.748

Piauí: 2.573.810

Rio Grande do Norte: 2.554.727

Mato Grosso: 2.469.414

Alagoas: 2.325.656

Distrito Federal: 2.203.045

Mato Grosso do Sul: 1.996.510

Sergipe: 1.671.801

Rondônia: 1.230.987

Tocantins: 1.094.003

Acre: 588.433

Amapá: 550.687

Roraima: 366.240

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Eleições 2022: Lula e Bolsonaro disputam presidência no 2º turno

 

"Para nós é apenas uma prorrogação", disse Lula sobre resultado do primeiro turno no qual venceu em 14 estados enquanto Bolsonaro venceu em 12 estados e Distrito Federal. 

 Riselda Morais

 


 As eleições 2022 terão segundo turno para presidente. No próximo dia 30 de outubro os brasileiros voltam às urnas para eleger além do Presidente da República, 12 governadores.

   O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva  (PT) e o presidente Jair Bolsonaro disputarão o segundo turno das eleições.

   Neste domingo, 2 de outubro, Lula obteve 48,43% dos votos válidos e venceu em 14 estados. Enquanto isso, o atual presidente Bolsonaro teve 43,20% dos votos válidos, venceu em 12  estados e Distrito Federal.

   No total de votos válidos, o ex-presidente Lula somou um total de 57.257.473, já Jair Bolsonaro totalizou 51.071.106, uma vantagem de 6.186.367 votos para o petista.

    Com 99,99% das urnas apuradas, dados dos resultados mostram que os votos válidos no primeiro turno alcançaram 118.226.172 (95,59%). Foram registrados 1.964.761 votos em branco (1,59%) e 3.487.835 votos nulos (2,82%). A abstenção chegou a 20,95%.

    Logo depois da apuração, Lula agradeceu os votos dos brasileiros, lembrou que nunca venceu no primeiro turno, enfatizou que adora fazer política e subir em palanques e afirmou: "Há uma coisa na minha vida que me motiva,  me estimula e me faz renascer a cada dia que é a crença de que nada acontece por acaso".

   Jair Bolsonaro no entanto, discursou contra as pesquisas de intenções de voto, afirmou que venceu a mentira e enfatizou que as mudanças que "alguns querem vão ser para pior".

Confira lista de candidatos que disputarão eleições para Governos Estaduais:

Confira, a seguir, quem disputará as eleições 2022 para os governos estaduais no segundo turno:

Alagoas

Paulo Dantas (MDB) x Rodrigo Cunha (União)

Amazonas

Wilson Lima (União) x Eduardo Braga (MDB)

Bahia

Jerônimo Rodrigues (PT) x ACM Neto (União)

Espírito Santo

Renato Casagrande (PSB) x Marato (PL)

Mato Grosso do Sul

Capitão Contar (PRTB) x Eduardo Riedel (PSDB)

Paraíba

João Azevêdo (PSB) x Pedro Cunha Lima (PSDB)

Pernambuco

Marília Arraes (Solidariedade) x Raquel Lyra (PSDB)

Rio Grande do Sul

Onyx Lorenzoni (PL) x Eduardo Leite (PSDB)

Rondônia

Coronel Marcos Rocha (União) x Marcos Rogerio (PL)

Santa Catarina

Jorginho Mello (PL) x Décio Lima (PT)

Sergipe

Rogério Carvalho (PT) x Fábio (PSD)

São Paulo

Tarcísio de Freitas (Republicanos) x Fernando Haddad (PT)

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Bolsonarista lambe cano de escopeta e ordena golpe no Supremo e no Congresso

 Riselda Morais


Bolsonarista é José Sabatini de Artur Nogueira, interior de São Paulo, tem histórico de violência e fez ameaças a Lula em 2021

   Na quarta-feira (28), o vídeo de um Bolsonarista, no qual um homem lambe o cano de uma escopeta e manda recado ordenando ao Bolsonaro que, se eleito, dê golpe no Congresso e no Supremo, chamou muito a atenção nas redes sociais de internautas e também da Polícia Civil. 

Depois de lamber o cano da arma, o homem caminha pela rua carregando a arma, a pé, em via pública.

“Estamos na luta aí, Bolsonaro. Vou mandar um recado para você. Recado não, é uma ordem que eu estou te dando: quando você colocar a faixa de vencedor das eleições você vai dar um golpe no Congresso e no Supremo”, diz no vídeo em que postou nas próprias redes sociais.



Quem é este apoiador de Bolsonaro que ordena golpe?

 Trata-se do empresário José Sabatini da cidade de Artur Nogueira, cidade do interior com pouco mais de 54.408 habitantes, localizada a 148 km da cidade de São Paulo.

José Sabatini tem histórico de violência, tem por hábito se exibir com armas nas redes sociais e postar vídeos.

     Em 2021, José Sabatini postou um vídeo no qual disparava contra alvos em um clube de tiro enquanto mandava um recado para o presidente: “Você (Lula) vai ter problema”,  diz ameaçando o ex-presidente Lula.



Polícia Civil investiga José Sabatini

A Polícia Civil do 3º Distrito Policial, do bairro de Campos Elísios, região central da capital paulista abriu inquérito para investigar o empresário e seu comportamento nos vídeos.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Estado afasta professor que levou arma para escola em Suzano

 

   Professor de matemática deixa cair arma de fogo na quadra  durante jogo de vôlei com alunos

Riselda Morais

 

Professor Esdra Bandeira da Silva. Foto reprodução rede social

Na tarde desta terça-feira (20) o Governador Rodrigo Garcia determinou o afastamento do professor de matemática que levou, dia 23 de junho, uma arma para a Escola Estadual José Benedito Leite Bartholomei, em Suzano, São Paulo.

  O professor Esdra Bandeira da Silva estava jogando Vôlei na quadra da escola, com os alunos, quando deixou a arma cair no chão. Na ocasião, o professor alegou para a diretoria da escola que possui registro de arma e certificado de CAC (colecionador, atirador e caçador) o que, segundo Esdra lhe dá direito a Porte de Arma em Trânsito.

  Certificado de CAC - colecionador, atirador e caçador não é porte de arma

  No entanto, o porte em trânsito só dá direito que ele esteja com a arma durante o deslocamento de sua residência para o local de treino de tiro.

   De acordo com posts feitos nas redes sociais pelo professor Esdra, ele conseguiu tirar o Certificado CAC uma semana antes do ocorrido. Entre fotos e vídeos postados em que Esdra aparece no estande de tiros segurando a arma, tem uma postagem de 25 de junho, na qual ele comemora ter conseguido o Certificado, mas ele não tem a legalidade do Porte de Arma.

"Inadmissível a conduta desse professor. Determinei o afastamento imediato dele. Isso não é exemplo pra nenhum jovem", afirmou o governador Rodrigo Garcia por meio de suas redes sociais na manhã desta quarta-feira (21).

   Com efeito, o afastamento do professor de matemática Esdra Bandeira da Silva  foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quarta (21).
Além do afastamento do docente, foi aberto um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil e aberto um processo de apuração do caso.

   Entretanto, para que novos casos não se repitam, a Secretaria de Educação encaminhou comunicado aos dirigentes regionais de ensino de todo Estado, com parecer da Procuradoria Geral do Estado quanto ao porte de arma dentro das escolas estaduais.

O que diz a PGE

   No entanto, de acordo com a PGE - Procuradoria Geral do Estado de São Paulo os documentos que o professor apresentou não lhe autoriza o porte de arma de fogo.

. "Trata-se de documentos que autorizam a posse de arma (que não se confunde com porte) para tiro desportivo e o porte de trânsito de arma de fogo. Como a escola, por óbvio, não faz parte do trajeto entre a origem e os locais de prática de tiro, a documentação não autoriza ao professor portar arma dentro da unidade escolar", diz o parecer da PGE assinado pelo Procurador Wesley de Castro Dourado Cordeiro.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Bolsonaro discursa na ONU com "pautas" de campanha eleitoral

 

Presidente Jair Bolsonaro diz ter extinguido a corrupção no Brasil, que tem sido defensor incondicional da liberdade de expressão e ainda, que o Brasil chega ao final de 2022 com  emprego em alta e inflação em baixa


Riselda Morais

   

Foto reprodução transmissão ao vivo

Na 77  Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o Presidente Jair Bolsonaro diz ter extinguido a corrupção no Brasil, que tem sido defensor incondicional da liberdade de expressão e ainda, que Brasil chega ao final de 2022 com  emprego em alta e inflação em baixa.

 Nesta terça feira, 20 de setembro, o Presidente Jair Bolsonaro (PL) e candidato a reeleição 2022 discursou na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York. Em tom de campanha eleitoral Bolsonaro usou o tempo de cerca de 20 minutos e 24 segundos para dizer, entre outras coisas, que extirpou a corrupção no Brasil.

Veja discurso de Jair Messias Bolssonaro na íntegra:

Bolsonaro 

"Senhor Csaba Kőrösi, Presidente da Septuagésima Sétima Assembleia-Geral das Nações Unidas,

Senhor António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas,

Senhoras e Senhores chefes de Estado, de governo e de delegações,

Senhoras e Senhores,

Começo por cumprimentá-lo, Embaixador Csaba Kőrösi, pela eleição para presidir esta Assembleia Geral. Esteja certo de contar com o apoio do Brasil.

O tema escolhido para este Debate Geral gira em torno de um conceito que se aplica perfeitamente ao momento que vivemos: um divisor de águas.

Senhor Presidente,

Nossa responsabilidade coletiva, nesta Assembleia Geral, é compreender o alcance dos desafios que compõem esse divisor de águas. E, a partir daí, construir respostas que tirem sua força dos objetivos que são comuns a todos nós.

A tarefa não é simples. Mas, a rigor, não temos alternativa.

Esse esforço tem de começar no interior de cada um dos nossos países. Antes de tudo, é aquilo que realizamos no plano interno que dá a medida da autoridade com que agimos no plano internacional.

Deixe-me falar da perspectiva do meu país.

Quando o Brasil se manifesta sobre a agenda da saúde pública, fazemos isso com a autoridade de um governo que, durante a pandemia da Covid-19, não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos.

Como tantos outros países, concentramos nossa atenção, desde a primeira hora, em garantir um auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados.

O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a 1/3 da nossa população.

Em paralelo, lançamos um amplo programa de imunização, inclusive com produção doméstica de vacinas. Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a Covid-19. Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual de cada um.

Da mesma forma, no terreno da economia, o Brasil traz a autoridade de um país que, em nome de um crescimento sustentável e inclusivo, vem implementando reformas para a atração de investimentos e melhoria das condições de vida de sua população.

No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e em desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares.

O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas.

Esse é o Brasil do passado.

Aprimoramos os serviços públicos com redução de custos e investimento em ciência e tecnologia. Hoje, por exemplo, o Brasil é o 7º país mais digitalizado do mundo: são 135 milhões de pessoas que acessam 4.900 serviços do meu governo. O Brasil foi pioneiro na implantação do 5G na América Latina.

Levamos adiante uma abrangente pauta de privatizações e concessões, com ênfase na infraestrutura. Concluímos o projeto de transposição do Rio São Francisco, levando água para o Nordeste brasileiro. Adotamos novos marcos regulatórios, como o do saneamento básico, o das ferrovias e o do gás natural. Além disso, melhoramos o ambiente de negócios, com a lei de liberdade econômica e a lei de start-ups. Como resultado, criamos oportunidades para o jovem empreender e ter empregos de qualidade.

Coroando todo esse esforço de modernização da economia brasileira, estamos avançando, a passos largos, para o ingresso do Brasil como membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada.

Os números falam por si só. A estimativa é de que, no final de 2022, 4% das famílias brasileiras estejam vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%. Isso representa uma queda de mais de 20%. O Auxílio Brasil, programa de renda mínima criado pelo meu governo, durante a pandemia, que atende 20 milhões de famílias, faz pagamentos de quase US$ 4 por dia às mesmas.

O desemprego caiu 5 pontos percentuais, chegando a 9%, taxa que não se via há 7 anos. Reduzimos a inflação, com estimativa de 6% no corrente ano. Tenho a satisfação de anunciar que tivemos deflação inédita no Brasil nos meses de julho e agosto.

Desde junho, o preço da gasolina caiu mais de 30%. Hoje, um litro no Brasil custa cerca de US$ 0,90. O preço da energia elétrica também teve uma queda de mais de 15%. Quero ressaltar que o custo da energia não caiu por causa de tabelamento de preços ou qualquer outro tipo de intervenção federal. Foi resultado de uma política de racionalização de impostos formulada e implementada com o apoio do Congresso Nacional.

Em 2021, o Brasil foi o 4º maior destino de investimento estrangeiro direto do mundo. Nosso comércio exterior alcançou a marca histórica de 39% do PIB, mesmo diminuindo ou zerando impostos de milhares de produtos.

No plano interno, também estamos batendo recordes em três áreas: arrecadação fiscal, lucros das empresas estatais e relação entre dívida pública e PIB. Aliás, em 2021 tivemos superávit no resultado consolidado de contas públicas. O PIB brasileiro aumentou 1,2% no segundo trimestre. A projeção de crescimento para 2022 chega a 3%.

Temos a tranquilidade de quem está no bom caminho. O caminho de uma prosperidade compartilhada. Compartilhada entre os brasileiros e, mais além, compartilhada com nossos vizinhos e outros parceiros mundo afora.

É isso que vemos, por exemplo, na produção de alimentos. Há quatro décadas, o Brasil importava alimentos. Hoje, somos um dos maiores exportadores mundiais. Isso só foi possível graças a pesados investimentos em ciência e inovação, com vistas à produtividade e à sustentabilidade. Faço aqui um tributo à pessoa de Alysson Paulinelli, candidato brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz, por seu papel na expansão da fronteira agrícola brasileira com o uso de novas tecnologias. Este ano, o Brasil já começou a colheita da maior safra de grãos da nossa história. Estima-se pelo menos 270 milhões de toneladas. O Brasil também, em poucos anos, passará de importador a exportador de trigo.

Para o período 2022/2023, a previsão é que a produção total ultrapasse as 300 milhões de toneladas. Como afirmou a Diretora-Geral da Organização Mundial do Comércio, em recente visita que nos fez, se não fosse o agronegócio brasileiro, o planeta passaria fome, pois alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.

O nosso agronegócio é orgulho nacional.

Senhor Presidente,

Quero lembrar que, também na área do desenvolvimento sustentável, o patrimônio de realizações do Brasil é fonte de credibilidade para a ação internacional do nosso país. Em matéria de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, o Brasil é parte da solução e referência para o mundo.

Dois terços de todo o território brasileiro permanecem com vegetação nativa, que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto, em 1500. Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional.

É fundamental que, ao cuidarmos do meio ambiente, não esqueçamos das pessoas: a região amazônica abriga mais de 20 milhões de habitantes, entre eles indígenas e ribeirinhos, cuja subsistência depende de algum aproveitamento econômico da floresta. Levamos internet a mais de 11 mil escolas rurais e a mais de 500 comunidades indígenas.

O Brasil começou sua transição energética há quase meio século, em reação às crises do petróleo daquela época. Hoje, temos uma indústria de biocombustíveis moderna e sustentável. Indústria que contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do G20.

Cerca de 84% da nossa matriz elétrica atualmente é renovável, e esse é o objetivo que muitos países desenvolvidos esperam alcançar somente depois de 2040 ou 2050.

No ano passado, o Brasil foi escolhido pelas Nações Unidas como país “campeão da transição energética”. Temos capacidade para ser um grande exportador mundial de energia limpa. Contamos com um excedente, já em construção, que pode chegar a mais de 100 Gigawatts entre biomassa, eólica, terrestre e solar, além da oportunidade, ainda não explorada, de eólicas marítimas de 700 Gigawatts, com um dos menores custos de produção do mundo. Essas fontes produzirão hidrogênio verde para exportação.

Parte desta energia 100% limpa abre a possibilidade de sermos fornecedores de produtos industriais altamente competitivos, especialmente no Nordeste brasileiro, com uma das menores pegadas de carbono do mundo.

A agenda do desenvolvimento sustentável é afetada, de várias maneiras, pelas ameaças à paz e à segurança internacional. Erguemos as Nações Unidas em meio aos escombros da Segunda Guerra Mundial. O que nos motivava, naquele momento, era a determinação de evitar que se repetisse o ciclo de destruição que marcou a primeira metade do século XX. Até certo ponto, podemos dizer que fomos bem-sucedidos.

Mas, hoje, o conflito na Ucrânia serve de alerta. Uma reforma da ONU é essencial para encontrarmos a paz mundial. No caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debates, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras. O Brasil fala desse assunto com base em uma experiência que remonta aos primórdios da ONU.

É pela décima-primeira vez que ocupamos assento não permanente no Conselho. Temos buscado dar o melhor de nós para a solução pacífica e negociada dos conflitos internacionais, sempre guiados pela Carta da ONU e pelo Direito Internacional.

O Brasil também tem um longo histórico de participação em missões de paz da ONU. De Suez a Angola, do Haiti ao Líbano, sempre estivemos ao lado da manutenção da paz.

Também contribuímos para a paz ao abrirmos nossas fronteiras para aqueles que buscam uma chance de reconstruir suas vidas em nosso país. Desde 2018, mais de seis milhões de irmãos venezuelanos foram obrigados a deixar seu país. Muitos deles vieram para o Brasil.

Nossa resposta a esse desafio foi a “Operação Acolhida”, que se tornou referência internacional. Já são mais de 350 mil venezuelanos que encontraram, em território brasileiro, assistência emergencial, proteção, documentação e a possibilidade de um recomeço. Todos têm acesso ao mercado de trabalho, a serviços públicos e a benefícios sociais.

Nos últimos meses, chegam por dia ao Brasil, a pé, cerca de 600 venezuelanos, a grande maioria dos quais mulheres e crianças pesando em média 15 quilos a menos do que tinham antes, fugindo da violência e da fome.

A política brasileira de acolhimento humanitário vai além da Venezuela. Temos também recebido haitianos, sírios, afegãos e ucranianos.

Senhor Presidente,

O conflito na Ucrânia já se estende por sete meses e gera apreensão não apenas na Europa, mas em todo o mundo.

Quero, em primeiro lugar, renovar o agradecimento do Brasil aos países que ajudaram na evacuação de brasileiros que se encontravam na Ucrânia quando começou o conflito. Refiro-me especialmente à Eslováquia, Hungria, Polônia, Romênia e República Tcheca. A operação foi exitosa. Não deixamos ninguém para trás, nem mesmo seus animais de estimação.

Diante do conflito em si, o Brasil tem-se pautado pelos princípios do Direito Internacional e da Carta da ONU. Princípios que estão consagrados também em nossa Constituição. Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Esses são os primeiros passos para alcançarmos uma solução que seja duradoura e sustentável.

Temos trabalhado nessa direção. Nas Nações Unidas e em outros foros, temos tentado evitar o bloqueio dos canais de diálogo, causado pela polarização em torno do conflito. É nesse sentido que somos contra o isolamento diplomático e econômico.

As consequências do conflito já se fazem sentir nos preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos. Estes impactos nos colocam a todos na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Países que se apresentavam como líderes da economia de baixo carbono agora passaram a usar fontes sujas de energia. Isso configura um grave retrocesso para o meio ambiente.

Apoiamos todos os esforços para reduzir os impactos econômicos desta crise. Mas não acreditamos que o melhor caminho seja a adoção de sanções unilaterais e seletivas, contrárias ao Direito Internacional. Essas medidas têm prejudicado a retomada da economia e afetado direitos humanos de populações vulneráveis, inclusive em países da própria Europa.

A solução para o conflito na Ucrânia será alcançada somente pela negociação e pelo diálogo.

Faço aqui um apelo às partes, bem como a toda a comunidade internacional: não deixem escapar nenhuma oportunidade de pôr fim ao conflito e de garantir a paz. A estabilidade, a segurança e a prosperidade da humanidade correm sério risco se o conflito continuar.

Senhor Presidente,

Tenho sido um defensor incondicional da liberdade de expressão. Além disso, no meu governo, o Brasil tem trabalhado para trazer o direito à liberdade de religião para o centro da agenda internacional de direitos humanos. É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação. Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que tem sofrido perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo.

Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos direitos humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero.

Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso.

Combatemos a violência contra as mulheres com todo o rigor. Isso é parte da nossa prioridade mais ampla de garantir segurança pública a todos os brasileiros.

Os resultados aparecem em nosso governo: a queda de 7,7% no número de feminicídios e a diminuição do número geral de mortes por homicídio. Em 2017, eram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19.

A violência no campo também caiu ao mesmo tempo em que aumentamos a regularização da propriedade da terra para os assentados. No meu governo, entregamos 400 mil títulos rurais, 80% deles para as mulheres.

Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem. A Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro, trouxe novo significado ao trabalho de voluntariado desde 2019, com especial atenção aos portadores de deficiências e doenças raras.

Senhor Presidente, Senhor Secretário-Geral, Senhoras e Senhores chefes de Estado e de governo.

Senhoras e Senhores,

Neste 7 de setembro, o Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira.

Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade.

Muito obrigado a todos os senhores."