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quinta-feira, 25 de maio de 2023

Dia da Indústria é comemorado com grande evento na Fiesp

 

Evento que contou com a Presença do Presidente e do Vice-Presidente da República, ministros e industriais teve a Reforma Tributária para o Crescimento Econômico, Desindustrialização e os Novos Desafios da Geopolítica e do Reshoring, Financiamento para o Desenvolvimento da Indústria e Fortalecimento das Pequenas e Médias Empresas (MPMES) como principais temas em debate.

 

    Riselda Morais

Presidente Lula, vice-presidente Alckmin, ministra e ministros encerraram o evento com pronunciamentos aos industriais, empresários e ao povo brasileiro. Foto: Riselda Morais

 

     No Dia da Indústria (25/05), durante discurso na Fiesp, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre sua ida ao G7 e as expectativas internacionais sobre o Brasil; sobre as mudanças que a Comissão do Congresso resolveu mexer sobre os Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas; a Política externa com a Argentina, Agronegócio, exportações e a volta dos carros populares.
   O Vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin falou sobre a necessidade de melhorar o sistema dos impostos, da reforma tributária, da votação do novo regime fiscal e de uma construção coletiva. Alckmin também fez uma análise sobre o Câmbio, juros e impostos.
  O Presidente do Senado Rodrigo Pacheco fez um reconhecimento público da importância da indústria para o desenvolvimento do Brasil, para geração de divisas, de empregos, para a promoção do bem estar social e da dignidade das pessoas.
   O Presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva enfatizou que a indústria encolheu nos últimos anos e defendeu a redução da taxa de juros, da Selic e de empréstimos bancários.
O Ministro da Fazenda Fernando Haddad reconheceu que “ o sistema tributário é o grande vilão das baixas taxas de crescimento do País”, falou sobre o arcabouço fiscal; em arrumação da casa, ao tempo da transição ecológica, estimulando a reindustrialização.
   Também no Dia da Indústria o Presidente do BNDES Aloizio Mercadante anunciou recursos para a exportação, inovação, digitalização e modernização, safrinha e Pequenas Empresas.

     Também estiveram presente, a Ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos Ester Dureck; Presidente da CNI Robson Braga de Andrade; Presidente do Ciesp Rafael Cervone; Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo; Diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES Uallace Moreira Lima; Presidente da Desenvolve SP, Ricardo Brito; José Luis Gordon; Assessor da Diretoria da Inovação da FINEP, Ronaldo Gomes Carmona; Diretor Financeiro e de Crédito Digital para MPME’s do BNDES, Alexandre Abreu; Professor do Curso de Doutorado do IDP e Senior Follow do CEBRI José Roberto Afonso; Secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC Uallace Moreira Lima; Clemente Ganz Lucio da Industriall; Prefeitos, Industriais, Empresários e membros da Imprensa.

 

Alckmin defende a volta do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos - CCR

 

 Riselda Morais

  

Alckmin faz análise sobre Câmbio, juros e impostos. Foto: Riselda Morais

  No dia da Indústria (25/05), durante evento no Fiesp, o Vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin manteve sua fala sobre a necessidade de melhorar o sistema dos impostos, da reforma tributária, da votação do novo regime fiscal e de uma construção coletiva.
Alckmin fez uma análise sobre Câmbio, juros e impostos: “O Câmbio está bom, competitivo. Os juros têm que cair. Mas o juro futuro já está em queda.”
     Citou a volta da lei de garantias para derrubar o custo do crédito. Defendeu a volta do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos - CCR firmado em agosto de 1982 e exemplificou:

“Se vendo 10 bilhões para a Colômbia, ela vende 8 para mim, tenho 18 bilhões hoje para financiar. Com o Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos eu só tenho 2 para financiar, os outros 8 é entre nós da América Latina e, ainda poderemos ter os Brics participando”, explicou Alckmin.

   O CCR foi concebido, originalmente, com o propósito de facilitar o intercâmbio comercial da região, ao reduzir as transferências internacionais num cenário de escassez de divisas que marcou a década de 80. São signatários do Convênio os bancos centrais dos países membros da Aladi - Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela (exceto Cuba) - e da República Dominicana, no total de doze participantes.

 

“Eu não voltaria a ser presidente do Brasil para ser menor do que já fui em dois mandatos”, afirmou Lula durante evento no Dia da Indústria na Fiesp

 Riselda Morais 

   No dia 25 da maio, industriais, empresários, especialistas e autoridades políticas se reuniram em um evento na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) na Avenida Paulista. O evento teve produção conjunta da Fiesp, Ciesp, BNDES e Cebri e foi dividido em 5 painéis que debateram a “A Reforma Tributária para o Crescimento Econômico”, “Desindustrialização e os Novos Desafios da Geopolítica e do Reshoring”, “Financiamento para o Desenvolvimento da Indústria”, “Fortalecimento das Pequenas e Médias Empresas (MPMES)” e foi encerrado por Ministros, pelo Vice-presidente e Ministro Geraldo Alckmin e pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirma compromisso
com o povo brasileiro. Foto: Riselda Morais

 

Participação no G7 e reuniões paralelas

        O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou o evento. Durante seu discurso falou com entusiasmo sobre sua viagem ao Japão, para participar do G7, declarou que conversou com 2 países no sábado e 10 países no domingo e que a perspectiva sobre o Brasil é muito maior do que teve no primeiro mandato. Segundo ele, as pessoas estão depositando muitas expectativas no Brasil. Lula não citou números, mas em suas viagens internacionais já trouxe mais de 97 bilhões para o Brasil, destes, muitos milhões para o Fundo Amazônia.

Sobre os Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas

     Sobre as alterações na composição dos Ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas, Lula declarou que ao receber a notícia através de sua assessoria as pessoas agiam como se o mundo tivesse acabando, mas ao ler as matérias, viu que o que estava acontecendo “era completamente normal”, declarou: “Até então a gente tava mandando a visão de governo que nós queríamos; a Comissão do Congresso Nacional resolveu mexer, na coisa que é quase que impossível na estrutura de governo, porque é o governo quem faz. E agora começou o jogo, vamos começar a jogar, conversar com o Congresso e vamos fazer a governança daquilo que nós precisamos fazer”, enfatizou Lula e alertou ao povo brasileiro: “O que a gente não pode é se assustar com a política, toda vez, que a sociedade se assusta com a política e ela começa a culpar a classe política, o resultado é absolutamente pior.” Lula lembrou que isso já aconteceu antes e enfatizou: “Por pior que seja a política, é nela e com ela, que tem a solução”.

Política externa com a Argentina

    Quanto as críticas que vem recebendo pela política externa com a Argentina, Lula foi firme ao dizer que mais do que querer ajudar a Argentina, quer ajudar aos empresários brasileiros que exportam para a Argentina.

Carros Populares

   Ao falar sobre o atual preço dos carros populares, que estão muito acima do preço para ser popular, Lula enfatizou: “Nós precisamos fazer uma política industrial ativa e altiva. Falou sobre o pacote de medidas para a redução do IPI e Pis/Cofins e que o desconto vai levar em consideração preço, eficiência energética e quantidade de peças nacionais usadas na produção. “Quando eu deixei a presidência em 2010, a Indústria Automobilística Brasileira tinha previsão de produzir 6 milhões de carros em 2015. Nós estamos em 2023 e a indústria brasileira, não está mais produzindo 2 milhões de carros. E nós sabemos que 60% dos carros foram vendidos a vista porque não tem política para financiar. E a classe média não está comprando mais carro, porque o carro popular de 90 mil reais não é mais popular”, lembrou Lula.

Agronegócio e exportações

O presidente falou sobre exportações e declarou mais incentivos para o Agronegócio ser mais competitivo. “A gente quer que o agronegócio continue crescendo. O Brasil precisa ser cada vez mais exportador de grãos, de carnes. Eles precisam comprar mais máquina. Vocês não imaginam o quanto de tecnologia tem em um grão de soja, quanto de investimento genético tem em um frango. Em um boi que antigamente se levava 48 meses para matar e hoje se mata com 15 meses. É preciso que a gente tenha clareza que o Brasil precisa de tudo”.

Compromisso com o povo brasileiro

    Depois de reafirmar seu compromisso com o povo brasileiro: “Eu não voltaria a ser presidente do Brasil para ser menor do que já fui em dois mandatos. Não tenha ilusão! Eu voltei para Presidente da República, porque eu acredito que é possível a gente recuperar esse país. Esse país tem que voltar a crescer corretamente, o povo tem que voltar a comer três vezes por dia. O povo tem que voltar a estudar. Nós precisamos fazer mais universidades, mais escolas técnicas, melhorar o ensino fundamental e tudo isso, eu não vejo como um gasto, eu vejo como um investimento necessário para que a gente possa ter competitividade a nível internacional.”. Lula finalizou o evento com uma forte crítica sobre os juros altos: “É uma excrescência, nos dias de hoje, a taxa de juros ser 3,75%. É uma excrescência!”.


Retrocesso: Deputados aprovam marco temporal sobre terras indígenas!

 

   Câmara dos Deputados tem tentado retrocessos contra o povo indígena e seus territórios ao aprovar urgência para o marco temporal na demarcação de terras indígenas.

Riselda Morais

Retrocesso
Demarcação de Terras Indígenas. Fonte: FUNAI 2017.


   Foram 324 votos a favor e 131 contra a PL 490/07. O PL do  deputado Arthur Oliveira Maia (União-BA), restringe a demarcação de terras indígenas àquelas já tradicionalmente ocupadas por esses povos em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal.

  Quanto custou ao povo brasileiro em dinheiro, todo esse tempo dos nobres deputados e esse movimento em torno do marco temporal? Qual a despesa dos cofres PÚBLICOS?

    Então o deputado não lembra das aulas de História do Brasil que ensina e mostra que os índios já existiam no Brasil antes da chegada dos Portugueses, espanhóis, africanos, antes da miscigenação étnica da qual somos descendentes?

    Por ser os direitos indígenas garantidos pela Constituição Federal, em Cláusula Pétrea,  quando garante os direitos fundamentais de caráter coletivo e individual e ao considerar que os índios já existiam em terras brasileiras antes mesmo do descobrimento do Brasil, os deputados estão realmente perdendo seu tempo e o dinheiro do povo para satisfazer a ganância e a fome de poder de uma parte dos grandes agricultores e pecuaristas e principalmente de parte dos próprios políticos que levam vantagens sobre o retrocesso.

  Mas o que vem a ser a cláusula Pétrea da Constituição Federal? O que ela representa?

     A maioria das leis da Constituição Federal podem sofrer alterações se votadas por 3/5 dos senadores e 3/5 dos deputados, devendo ser votada duas vezes em cada casa. Mas o mesmo não se aplica para as Cláusulas Pétreas, elas não podem ser alteradas e muito menos sofrerem retrocessos.

Cláusula Pétrea é a parte da Constituição do Brasil de 1988, que jamais pode ser alterada ou revogada.

 O Parágrafo 4º, artigo 60 da Constituição Federal de 1988 dispõe:

Da Emenda à Constituição
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
 
   Entende-se por Federativa a União (Governo Federal, Estados, Municípios); poderes Executivo, Legislativo e Judiciário (os 3 poderes da República).
O voto direto - o eleitor vai a urna e vota no candidato de sua escolha, sem inferências; seu voto é secreto, sigiloso, pessoal e intransferível. E universal, independe de cor, raça, religião, opção sexual, o direito é igual e periódico, cada 4 anos.
  A separação dos poderes Legislativo  que cria e altera as leis que não são Cláusula Pétrea; O Executivo que executa as leis e o Judiciário que fiscaliza as leis e julga os transgressores. Os três poderes precisam agir de forma harmônica e justa para o bem de toda a nação.
 
      Direitos e garantias individuais incluem direito a vida, a moradia, a saúde, a educação, ao trabalho remunerado, a liberdade de ir e vir, a liberdade de expressão.
    Portanto, assim como a Pena de morte jamais poderá existir no Brasil enquanto existir a nossa lei maior que é a Constituição; a terra indígena também não poderá lhes ser uzurpada, lhes é de direito individual e coletivo.
 

Brasil - Riselda Morais

Poesia registrada - Brasil - L.D.A. 9.610/98



A vinda de Cabral foi intencional?
Ou o acaso trouxe-lhe ao rico presente?
O Cabral é o descobridor oficial
Mas o nativo, nesta terra já era gente

Índios, brancos e negros a originar
O povo brasileiro, a formação
As terras férteis passaram a ambiciar
Com o pau-brasil deu-se início a exploração

Assim começou a colonização
Do Rei, Cartas de Doação e Foral
Fracassada parte da expedição
Criou-se o governador-geral

Do Brasil Independente a organização
as regências, os reinados, a revolução
Abolição, "direito à vida e a liberdade"
A Ditadura, "A triste realidade"

Duas de crises, agitação, nação oprimida
a terceira é do povo a alegria
Finalmente na República é exercida
a liberdade da real democracia

Parabéns meu Brasil pelas vitórias
fauna, flora, mares e rios
Que celebremos com louvor as tuas glórias
E que vençamos os presentes desafios

Parar a violência, encontrar a solução
E unidos, extinguir a corrupção
Libertar-lhe dos ambiciosos, famintos de poder
Que não governam, só pensam em enriquecer

Quinhentos anos da história
Lembramos a comemorar
Esta festa na memória
Os teus filhos vão guardar.

(Poesia escrita quando o Brasil comemorava seus 500 anos)

Riselda Morais

Poesia registrada - Brasil - L.D.A. 9.610/98