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quinta-feira, 30 de abril de 2020

Coronavírus: Regionais Penha, Santana e São Miguel Paulista registraram 140 óbitos cada

Riselda Morais

  Os bairros da periferia de São Paulo concentram o maior número de mortes pelo novo coronavírus, segundo mapa do COVID-19 por distrito administrativo de residência da Secretaria Municipal da Saúde.  Do total de 2.361 óbitos registrados até 21/04 na capital paulista, o bairro da Brasilândia na Zona Norte registrou 67 óbitos. No outro extremo, o número de óbitos aumentou também no bairro de Sapopemba, região Sudeste, subiu para 64 óbitos e São Mateus, na Zona Leste registrou 52 óbitos. 
      O levantamento mostra o risco de morte por COVID-19 mais elevado nas regionais Leste, Norte e parte da região Sudeste. 
    Na Coordenação Regional de Saúde (CRS) Norte destacam-se os distritos da Brasilândia e Casa Verde. Na CRS Leste Penha, São Miguel Paulista, Itaquera, São Mateus e Iguatemi; na Sudeste, Pari, Brás, Belém, Água Rasa e Artur Alvim. Fora dessas regiões aparecem ainda Liberdade e Marsilac. Grande parte das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste apresentam, no momento, taxas padronizadas de mortalidade inferiores à média municipal 16,5/100.000, o que também se verifica em Pirituba e Santana (CRS Norte).
Por número de casos confirmados destacam-se os bairros do Morumbi com 332 casos confirmados, Jardim Paulista com 238, Vila Mariana com 264 e Itaquera com 227.
Por Regionais, Sé  registra 764 casos confirmados, seguida do Campo Limpo que registra 745; mas em número de óbitos a Penha, Santana e São Miguel Paulista registraram 140 óbitos cada.

Quando se soma por Regionais temos os seguintes registros de óbitos  e casos confirmados da COVID-19:
  •  Aricanduva registra  81 óbitos por COVID-19 e 239 casos confirmados assim distribuídos: Vila Formosa 35 óbitos e 87 casos confirmados,  Vila Aricanduva 23 óbitos e 73 casos confirmados Vila Carrão 23 óbitos e 79 casos confirmados.
  • Butantã  registra 55 óbitos por COVID-19  e 638 casos confirmados assim distribuídos: Morumbi 7 óbitos e 331 casos confirmados,  Raposo Tavares 7 óbitos e 52 c.c., Rio Pequeno 22 óbitos e 101 c.c., Butantã 4 óbitos e 35 c.c., Vila Sônia 15 óbitos e 119 casos confirmados.
  • Campo Limpo registra 106 óbitos e 745 casos confirmados por COVID-19, assim distribuídos: Jardim São Luis 36 óbitos e  177 c.c., Capão Redondo 40 óbitos e 186 c.c., Campo Limpo 16 óbitos e 156 c.c., Vila Andrade 14 óbitos e 226 casos confirmados.
  • Capela do Socorro registra 81 óbitos por COVID-19 e 275 casos confirmados assim distribuídos: Grajaú 35 óbitos e 162 c.c., Cidade Dutra 40 óbitos e 87 c.c., Socorro 6 óbitos e 26 casos confirmados.
  • Casa Verde registra 97 óbitos por COVID-19 e 241 casos confirmados, assim distribuídos: Casa Verde 28 óbitos e 72 c.c., Limão 31 óbitos e 71 c.c., Cachoeirinha 38 óbitos e 98 casos confirmados
  • Cidade Ademar registra 37 óbitos e 148 casos confirmados da COVID-19.
  • Cidade Tiradentes registra 44 óbitos por COVID-19 e 132 casos confirmados.
  • Ermelino Matarazzo registra 30 óbitos por COVID-19 e 52 casos confirmados.
  • Freguesia do Ó registra 109  óbitos por COVID-19 e  231 casos confirmados assim distribuídos: Brasilândia 67 óbitos 130 c.c.  e Freguesia do Ó 42 óbitos 101 c.c.
  • Guaianases registra 24 óbitos e 87 casos confirmados da COVID-19.
  • Ipiranga registra  98 óbitos por COVID-19 e 365 casos confirmados assim distribuídos: Ipiranga 44 óbitos e 112 c.c., Cursino 24 óbitos e 93 c.c. e Sacomã 30 óbitos e 160 casos confirmados.
  • Itaim Paulista registra 30 óbitos e 160 casos confirmados de COVID-19.
  • Itaquera  registra 105 óbitos por COVID-19 e 519 casos confirmados assim distribuídos: Itaquera 37 óbitos e 227 c.c., Parque do Carmo 15 e 64 c.c., José Bonifácio 27 óbitos e 123 c.c e Cidade Líder 26 óbitos 109 casos confirmados.
  • Jabaquara registra  33 óbitos 188 casos confirmados da COVID-19.
  • Jaçanã/Tremembé registra 20 óbitos e 45 casos confirmados da COVID-19.
  • Lapa registra 64 óbitos por COVID-19 e 433 casos confirmados assim distribuídos: Jaguaré 8 óbitos e 21 c.c., Vila Leopoldina 8 óbitos e 66 c.c., Jaguara 3 óbitos e 24 c.c., Lapa 17 óbitos e 95 c.c., Barra Funda 3 óbitos e 30 c.c., Perdizes 25 óbitos e 197 casos confirmados.
  • M'Boi Mirim/ Jd. Angela registra  32 óbitos por 201 casos confirmados da COVID-19.
  • Mooca  registra 119 óbitos por COVID-19 e 442 casos confirmados, assim distribuídos :  Água Rasa 37 óbitos e 89 c.c., Belém 18 óbitos e 66 c.c., Brás 9 óbitos e 30 c.c., Mooca 24 óbitos e 108 c.c., Pari 8 óbitos e 18 casos confirmados e Tatuapé 23 óbitos e 131 casos confirmados.
  • Parelheiros registra 14  óbitos e 201 casos confirmados da COVID-19.
  • Penha registra 140 óbitos por COVID-19 e 406 casos confirmados  assim distribuídos:  Penha 33 óbitos e 129 c.c., Cangaíba 38 óbitos e 93 c.c, Vila Matilde 30 óbitos e 98 c.c. e Artur Alvim com o maior número, 39 óbitos e 86 casos confirmados.
  • Perus registra registra 16 óbitos e 55 casos confirmados da por COVID-19.
  • Pinheiros registra  67 óbitos por COVID-19 e 664 casos confirmados assim distribuídos: Pinheiros 14 óbitos e 144 c.c., Alto de Pinheiros 17 óbitos e 81 c.c., Jardim Paulista 12 óbitos e 239 c.c. e Itaim Bibi 24 óbitos e 200 casos confirmados.
  • Pirituba registra 16 óbitos e 291 casos confirmados da por COVID-19, assim distribuídos: Pirituba 37 óbitos e 99 c.c, Jaraguá 33 óbitos e 113 c.c, São Domingos 17 óbitos e 79 casos confirmados.
    Santana/Tucuruvi registra 140  óbitos por COVID-19 e 490 casos confirmados, assim distribuídos: Santana 32 óbitos e 152 c.c, Tucuruvi 25 óbitos e 82 c.c, Mandaqui 28 óbitos e 114 c.c., Jaçanã 20 óbitos 45 c.c., Tremembé 35 óbitos e 97 c.c.
  • Santo Amaro registra  40 óbitos por COVID-19, e 275 assim distribuídos: Santo Amaro 12 óbitos e 110 c.c., Campo Grande 14 óbitos e 91 c.c., Pedreira 14 óbitos e 74 casos confirmados.
  • São Mateus registra 104 óbitos por COVID-19 276 casos confirmados, assim distribuídos: São Mateus 52 óbitos e 131 c.c., Iguatemi 35 óbitos e 87 c.c. , e São Rafael 17 óbitos e 58 casos confirmados.
  • São Miguel Paulista registra 140 óbitos e 414 por COVID-19 e  assim distribuídos: São Miguel 28 óbitos e 73 c.c, Vila Jacuí 27 óbitos 62 c.c., Vila Curuça 27 óbitos e 106 c.c., Jardim Helena 26 óbitos  71 casos confirmados e Lajeado 32 óbitos e  102 casos confirmados.
  • Sapopemba/Vila Prudente registra 130 óbitos por COVID-19 e 328 casos confirmados , assim distribuídos: Sapopemba 64 óbitos e 126 casos confirmados , Vila Prudente 25 óbitos  95 casos confirmados e Parque São Lucas 41 óbitos e 107 casos confirmados.
  •  registra  110 óbitos por COVID-19 e 764 casos confirmados, assim distribuídos: Bela Vista 11 óbitos e 234 c.c., Bom Retiro 7 óbitos e 27 c.c., Cambuci 11 óbitos e  57 c.c., Consolação 16 óbitos e 104 c.c.,  Liberdade 27 óbitos e 119 c.c., República 10 óbitos e 69 c.c., Santa Cecília 22 óbitos e 114 c.c., e Sé 6 óbitos e 40 casos confirmados.
  • Vila Maria/Vila Guilherme registra  73 óbitos por COVID-19 e 151 casos confirmados, assim distribuídos: Vila Maria 30 óbitos e  56 c.c., Vila Guilherme 9 óbitos e 39 c.c. e Vila Medeiros 34 óbitos e 56 casos confirmados.
  • Vila Mariana registra 77  óbitos por COVID-19 e 674 casos confirmados, assim distribuídos: Vila Mariana 31 óbitos e 264 c.c., Saúde 28 óbitos e 196 c.c.e Moema 18 óbitos e 214 casos confirmados.

Semana epidemiológica, óbitos em SP 21/04.[/caption]
   O número de óbitos pela COVID-19 na capital paulista já é percebido em todos os bairros, mas a escalada se destaca nos bairros mais carentes da cidade, onde a concentração de pessoas é maior e moram maior número de pessoas por residência.
   No início da pandemia, os casos da COVID-19 era concentrados nos bairros nobres e entre pessoas que haviam viajado para o exterior, mas o vírus migrou para as regiões periféricas aumentando o número de infectados por transmissão comunitária.

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sexta-feira, 24 de abril de 2020

Riselda Morais
      

   

    Nesta sexta-feira (24/04), o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou a rede nacional, a presença do vice-presidente Hamilton Mourão, de seu filho e deputado federal, Eduardo Bolsonaro e de seus atuais Ministros para  fazer um pronunciamento, no Palácio do Planalto, cheio de respostas diretas e cheio de mágoas e alfinetadas ao ex-ministro Sergio Moro. "Eu sempre abri o coração para ele, eu já duvido se ele abriu o coração para mim", queixou-se Bolsonaro durante o discurso.
   
  Em outro momento falou sem citar o nome de Moro: "tem um compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil. O que eu tenho ao meu lado, e sempre tive, foi o povo brasileiro. Hoje, essa pessoa vai buscar um maneira de botar uma cunha entre eu e o povo brasileiro."
  
   Bolsonaro afirmou que a exoneração do ex-diretor da Polícia Federal, Mauricio Valeixo, foi a pedido e negociada, mas não citou o fato da exoneração no Diário Oficial da União constar o nome de Moro sem ele ter assinado.
   
  Bolsonaro citou situações pessoais, que dizem respeito a família dele e não perdeu a oportunidade de atacar imprensa. "Eu não conto com a isenção da imprensa por parte das matérias publicadas. Desde o começo, passou-se a falar que eu estava dificultando as operações contra a corrupção. [...] eu estou lutando contra o sistema. Coisas que aconteciam no Brasil, quase não acontecem mais. E em grande parte pela minha coragem em indicar um time de ministros preocupados com o Brasil", disse.
   
  Em outro momento do pronunciamento, Bolsonaro acusou a Polícia Federal de se preocupar mais com o caso Marielle do que com o caso em que tomou a facada durante a campanha política a presidência. "Será que é interferir na Polícia Federal quase que exigir e implorar  a Sergio Moro quem mandou matar Bolsonaro? A PF de Sergio Moro se preocupou muito mais com Marielle do que com quem resolveu me matar", reclamou o presidente.

Sergio Moro acusa Bolsonaro de "interferência política" na Polícia Federal e pede demissão do Ministério da Justiça

Riselda Morais

    
   

   Na manhã desta sexta-feira (24/04) o ex-juiz Sergio Moro pediu demissão do Ministério da Justiça, após segundo ele, tomar conhecimento da troca do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto, por ele, através do Diário Oficial em decreto que constava seu nome e do Presidente, sem que ele tivesse assinado; outra discordância foi o fato de constar a troca de comando "a pedido", sendo que não havia nenhum pedido formal.
    
   Moro pontuou vários motivos para pedir demissão e o fez primeiro através da imprensa, depois esvaziando as gavetas e só depois entregando a Carta de Demissão". Um dos motivos foi não concordar com interferência política na Polícia Federal; Outro não ter autonomia "Foi-me prometido carta branca para nomear todos os assessores", disse Moro e enfatizou que Jair Bolsonaro "não apresentou motivo específico para trocar o diretor-geral da PF Mauricio Valeixo".

   "Vou começar a empacotar minhas coisas e vou providenciar o encaminhamento da minha carta de demissão", [...] e acrescentou "Infelizmente, não tenho como persistir com o compromisso que assumi sem que eu tenha condições de trabalhar, sem que eu tenha condições de preservar a autonomia da Polícia Federal para realizar seus trabalhos. Ou sendo forçado a sinalizar uma concordância com uma inferência política na Polícia Federal cujos resultados são imprevisíveis".
   
   O ex-ministro Sergio Moro declarou também que o Presidente Jair Bolsonaro lhe afirmou mais de uma vez que:  "queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, para quem ele pudesse ligar e colher relatório de inteligência". Sem concordar Moro afirmou: "Realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. [...] A autonomia da Polícia Federal como um respeito à autonomia da aplicação da lei, seja a quem for isso, é um valor fundamental que temos que preservar no Estado de direito", enfatizou Mouro.
  
   O ex-ministro declarou que buscou uma solução alternativa para evitar um crise política durante um pandemia. "Acho que o foco devia ser o combate à pandemia. Mas entendi que eu não podia deixar de lado esse meu compromisso com o Estado de direito", concluiu.
    
   Moro é o nono Ministro a sair do governo Bolsonaro e uma das principais reclamações de quem sai é "ele me prometeu carta branca", ou como o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta sempre falava é que "precisamos de paz para trabalhar" e ao invés de paz e apoio o presidente age sempre  no sentido oposto ao recomendado pelo Ministério da Saúde.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Periferia de São Paulo concentra maior número de óbitos por coronavírus


Riselda Morais

   
     Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, a cidade de São Paulo registrou, no período de 23 fevereiro a 11 de abril, 1.207 mortes confirmadas ou suspeitas de coronavírus.



   Segundo dados divulgados pela SMS, que mostra a distribuição de óbitos por distrito, a periferia concentra o maior número de mortes na cidade no mesmo período, sendo os bairros com maior incidência da pandemia a Brasilândia com 33, Sapopemba com 28; Itaquera com 27 óbitos; Parque São Lucas com 24; Capela do Socorro, Freguesia do Ó, Jaraguá, Cangaíba e Cidade Tiradentes com 22 óbitos cada; Sacomã, Casa Verde, Cachoeirinha, Santana, Limão, Tremembé, Ponte Rasa; São Mateus; Arthur Alvim  e São Miguel 21 óbitos cada; demais bairros 20 óbitos ou menos.


Número de óbitos na Zona Leste, por bairro:


Sapopemba 28 óbitos; Itaquera 27; Parque São Lucas 24; Cangaíba e Cidade Tiradentes 22 óbitos cada; Água Rasa, Arthur Alvim, São Mateus e São Miguel com 21 óbitos cada; Penha 19; Vila Formosa 18; Vila Matilde e Ponte Rasa 17 óbitos cada; Aricanduva e Ermelino Matarazzo 15; Guaianases, Lageado e Cidade Líder, 14 óbitos cada; Mooca 13; Tatuapé, Vila Jacuí e Iguatemí, 12 óbitos cada; Conjunto José Bonifácio 11; demais bairros entre 10 e 7 óbitos cada.


Coronavírus: SMS de SP tem 532 profissionais da Saúde com COVID-19 e 11 foram a óbitos

A rede soma 80.880 funcionários, destes 3.876 estão afastados, 532 testaram positivo para Covid-19, 3.333 com Síndrome Gripal e 11 foram à óbitos.


Riselda Morais

 
Profissionais de Saúde pedem que a população fique em casa. 
 A cidade de São Paulo, tem nesta quarta-feira (15/04) um total de 3.876 funcionários da Saúde municipal afastados, 532 destes profissionais da saúde estão com COVID-19, 3.333 estão com Síndrome Gripal - SRAG E 11 foram a óbitos, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde.
  Ainda segundo a Secretaria, a rede municipal de Saúde conta com 80.880 funcionários, estando assim distribuídos:
    A Rede de Atenção Básica de Saúde possui 59.364, destes 4,75% estão afastados, um total de 2.821 profissionais; 2.525 por SRAG - Síndrome Gripal, 292 estão com COVID-19 e 4 já foram a óbitos. 
   Os Hospitais Municipais contam com 18.930 profissionais mas 5,3% ou 1.005 estão afastados; por SRAG - Síndrome Gripal são 775 , por COVID-19 223 funcionários afastados e 7 foram a óbitos.
   O Hospital do Servidor Público Municipal conta com 2.586 profissionais mas 1,9% do quadro, 50 funcionários estão afastados; 33 deles dor SRAG - Síndrome Gripal, 17 porque estão com COVID-19 e felizmente não teve nenhuma morte.

Mandetta anuncia que foi demitido do Ministério da Saúde e enfatiza: " A ciência é a luz"

  Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta é demitido pelo Presidente Jair Bolsonaro, durante a pandemia de COVID-19, no dia em que o Brasil registrou 30.425 casos confirmados de Coronavírus e 1.924 óbitos por COVID-19.


Riselda Morais

     

  Durante a pandemia de COVID-19, no dia em que o Brasil registrou 30.425 casos confirmados de Coronavírus e 1.924 óbitos por COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS).
   A discórdia na relação entre Bolsonaro e Mandetta já se fazia pública, há mais de 30 dias, enquanto os dois divergiam em suas visões; enquanto médico e Ministro da Saúde Mandetta sempre recomendou o isolamento social, sempre tratou bem a imprensa e sempre fez questão de dizer que age pela ciência e pela saúde do Brasil, já Bolsonaro sempre fez questão de querer o comércio aberto e o povo nas ruas, publicando sua posição todos os dias nas redes sociais.
   Mandetta já havia falado que era claro o "descompasso" entre ele e Bolsonaro e que a população ficava sem saber quem ouvir, ao Ministro da Saúde ou ao Presidente". Bolsonaro sempre defendeu o que chama de "isolamento vertical", para ele, significa isolar apenas o grupo de risco, idosos e pessoas com doenças crônicas e demonstra como preocupação maior a economia, cuja queda ele considera mais grave que as mortes por coronavírus.
    A demissão do Mandetta foi comunicada em breve reunião entre os dois no Palácio do Planalto.
Mandetta sai do cargo com 76% de aprovação. Logo após a demissão publicou na rede social.



     Com o profissionalismo de sempre, Mandetta declarou em coletiva que "a equipe montada por ele e empossada em 2019 trabalhará em conjunto e ajudará na transição para evitar uma ruptura na política de combate a disseminação da COVID-19.E durante sua última coletiva enfatizou: "A ciência é a luz".
    Jair Bolsonaro nomeou para Ministro da Saúde o também médico oncologista Nelson Luiz Sperle Teich.