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terça-feira, 28 de junho de 2022

O Amor não deve machucar

 

Crises de ciúmes, agressões verbais, xingamentos, destruição de objetos, explosões de violência, brigas, agressão física e morte. A vítima precisa quebrar o silêncio e buscar ajuda à tempo!

Riselda Morais

 


  Quando uma mulher se apaixona, tudo que ela quer é viver um grande amor, constituir família, ter um lar. Mas para muitas mulheres este sonho torna-se pesadelo, para umas ainda na fase de namoro e para outras só depois do casamento. Este pesadelo vivido por muitas mulheres não se restringe as brasileiras, mas a mulheres de muitas outras nacionalidades e culturas.
    Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1/3 das mulheres em todo o mundo, sofrem agressões físicas e abusos sexuais de seus maridos ou namorados que resultam em ossos quebrados, contusões, complicações na gravidez, depressão e outras doenças psicológicas e para muitas, a morte. Mais de 600 milhões dessas mulheres vivem em países onde a violência doméstica não é considerada um crime, isto significa impunidade.
     Aqui não muda muito, o que muda é a forma do feminicídio e esta é uma das principais preocupações das mulheres brasileiras que sofrem mais agressões dentro de casa do que fora.
     O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de 84 países onde mais se matam mulheres. São cerca de 700 mil brasileiras alvo de agressões dos companheiros, sendo os principais fatores para motivos das agressões os ciúmes e o álcool.


O ciclo de agressões de tais “homens“ contra as companheiras ou namoradas é composto de três fases:


- A primeira fase é composta por crises de ciúmes, agressões verbais, xingamentos e destruição de objetos;
- A segunda fase com explosões de violência, as brigas e discussões chegam ao limite levando a agressão física.
- Na terceira fase, o agressor demonstra arrependimento e medo de perder a companheira, passa a tentar agradar a vítima e muitas vezes ela faz as pazes acreditando que a agressão não vai se repetir e, muitas vezes, além de se repetir é de uma forma que leva-a a morte.
Este é o mal feminino, perdoar aquele que lhe agride e quando perdoa ela participa do ciclo de violência contra si mesma. É na primeira fase desse ciclo violento, o das agressões verbais que a mulher deve repensar seu relacionamento e ver se vale a pena continuar, pensar as consequências para ela e para os filhos (se os tem).

Quebrar o silêncio e buscar apoio é necessário

    Ao sofrer ataques verbais e ameaças, a mulher já tem direito a uma rede de apoio, tem direito a psicólogos, assistente social e de afastar o agressor de casa, antes que chegue a fase da agressão física, afinal, é nessa fase que os muitos Boletins de Ocorrência que ela faz, acaba não conseguindo protegê-la, até que as agressões acabam levando-a ao óbito.
Precisa a sociedade libertar-se da ideia que mulher gosta de apanhar e percebê-la como uma vítima que se acha fraca diante da situação, que muitas vezes é chantageada pelo ex ou companheiro que ameaça matar seus filhos, seus pais, sua família, se ela o deixar.
      Precisam os machistas perceberem que a mulher não é sua propriedade, não é obrigada a se submeter a tudo que querem e muito menos aos seus maus tratos.
Precisam as mulheres, perder a vergonha que sentem de dizer que sofrem agressões de seus ex ou atuais companheiros, se encorajar e perceber-se fortes para denunciar, jamais deixar de lado, pois o silêncio pode ser o pior inimigo em casos de violência doméstica. Quanto mais você mulher silenciar, mais será agredida e mais a impunidade reinará e a consequência do silêncio diante das agressões pode ser a sua morte. Se uma mulher agredida pedir medida protetiva e for deferida, se o agressor descumprir a ordem judicial, principalmente se ele se aproximar dela poderá ser preso, mesmo após uma injúria.


Denuncie! O Ligue 180, da Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas, no ano passado, registrou mais de 79.661 mil queixas de mulheres de todo o Brasil, sendo 42 mil no estado de São Paulo. 

   O crime de violência física é o mais registrado, seguido de violência psicológica e violência sexual. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Mulher, lembre-se que você é capaz de se cuidar, se sustentar e de viver bem e que em caso de violência doméstica o silêncio é seu pior inimigo.

Só porque sou Mulher?

 Evite ser enganada, veja como e quando você deve verificar a água e o óleo de motor de seu veículo

Riselda Morais

 

Zumbido crônico no som do Honda City e provocado por aquecimento no imã do alto-falante  da porta traseira lado do passageiro. Autoretrato.

 A cultura machista arraigada de que carro é coisa de homem e que mulher não entende nada de carro ou dirige mal está ultrapassada senhores, vamos nos atualizar? Essa é a mesma cultura machista, que até hoje, ano 2022, tempos de mulheres independentes, que em nada lembram as submissas de antigamente, dificulta a vida feminina quando precisamos  de um profissional de manutenção de veículos.

   Trago-lhes neste artigo, uma experiência vivida esta semana, para solucionar um zumbido que apareceu no som do meu carro, cuja solução seria apenas trocar ou desativar um alto-falante.

   Trago-lhes também algumas informações úteis sobre como e quando verificar a água e o óleo de motor de seu veículo, para não se deixar enganar pelas inúmeras abordagens quando  vai abastecer.

   Sou Mulher e amo meu carro, então senhor profissional de manutenção de veículos, não tente me enrolar! O machismo arraigado na sociedade brasileira, especialmente nos homens, mas lamentavelmente em muitas mulheres também, faz, infelizmente, com que ao procurar um profissional para manutenção do carro, nós mulheres sejamos tratadas como total ignorantes a respeito de nossos veículos.

      No trânsito a mulher mesmo dirigindo melhor que muitos homens, muitas vezes sofre fechadas, é provocada por motoristas homens, que se enfiam na frente mesmo quando não é deles a preferência e sofre até agressões verbais, como palavrões, pelo simples fato de ser uma mulher ao volante.

    Muitos homens não suportam ver uma mulher agindo de igual para igual e se incomodam, visivelmente, até quando o carro da mulher que vê no trânsito é melhor que o deles.

    Essa semana pude constatar mais uma vez a desonestidade de profissionais que trabalham na manutenção de veículos quando se trata de atender uma mulher.

      Proprietária de um Honda City, percebi um zumbido agudo no som do veículo, além do som saindo bagunçado, com um certo pipoco.

No entanto enquanto ligado, o som saia ruim em todas os alto-falantes, mas com o som desligado o zumbido permanecia mais forte e apenas no alto-falante da porta traseira do lado do passageiro. O zumbido era tão incômodo que parecia que o escutava até quando estava dormindo, rs...

    Falando com minha filha, uma advogada apaixonada por carros, ela enfatizou: “É um problema crônico do Honda, é só mal contato ou um alto-falante que queimou. Fica esperta que vão tentar te enfiar um monte de coisa, dizer que é a central de multimídia de seu carro, não entra nessa”. Logo depois, ela me enviou um vídeo do Sound Store que demonstrava exatamente o mesmo problema em um City que usava exatamente o mesmo som que o meu.

    No dia seguinte, fui em três lugares que trabalham com som automotivo, sendo dois em Vila Matilde e um em Vila Guilhermina, São Paulo.

  No primeiro informei: “Preciso desativar o alto-falante dessa porta que está provocando zumbido no som. Quanto custa?

- Só para desmontar a parte interna da porta cobro 60 reais. Posso ver o carro?

- Claro. Abri a porta para ele entrar!

- Aaah, é um mal contato no som, mas pode ser em qualquer lugar, preciso desmontar tudo até achar onde é.

- Não moço, só quero mexer no alto-falante dessa porta. Só desativar.

- Já disse, preciso desmontar tudo, é mal contato no som, preciso achar onde é.

Disse OK e parti para um segundo profissional em Vila Matilde.

Mais uma vez, repeti: “Preciso desativar um alto-falante que está provocando zumbido”.

Ele entrou no carro, ligou o som e falou: É o módulo. Preciso desmontar tudo aqui por baixo para ver onde fica esse módulo.

- Não moço, não precisa desmontar tudo não. Só a parte interna de uma porta.

Ele foi enfático: - “Você compra o carro de outra pessoa, não sabe com quantos problemas o carro vem”.

Assustei: - Opaa! Comprei esse carro zero. Então é melhor levar na autorizada que eles sabem onde está o módulo.

    No terceiro ele mostrou que conhece bem de som. Ligou e afirmou: 

- “O problema é o som. A senhora pode comprar um aparelho desse aqui por uns 1.700 reais na internet. Mas se quiser um mais simples, tenho aqui uns de 700 a 900 reais que vai suprir suas necessidades”.

Fui para casa indignada!

     Diante de tanta esperteza, eu e minha filha, sob a supervisão de meu marido, desmontamos a parte interna  porta e desconectamos o bendito alto-falante, que estava com o ímã quente. O som ficou ótimo e o zumbido acabou.

   Outro lugar que nós mulheres precisamos saber dizer não, são os postos de combustíveis. Mal se estaciona e o frentista gentilmente oferece: 

- Quer dar uma olhada na água, no óleo?

Junto com um simpático sorriso, digo sempre: - Não, obrigada!

  Quando chego ao posto, meu carro esteve em funcionamento, o motor está quente, logo o óleo e a água estão circulando pelas galerias de condução dos fluidos no motor.  Ao conferir o nível do óleo na vareta, ele estará abaixo do nível ideal. Se completar o óleo com o motor quente teremos excesso do fluido quando ele voltar do motor para o cárter, isso vai sobrecarregar o motor para funcionar, o veículo vai gastar mais combustível e ter sua eficiência comprometida.

Devemos sim, manter os níveis dos fluídos, água e óleo de acordo com o recomendado, nos níveis ideais. 

Como verificar os níveis dos fluídos

Para verificar corretamente os níveis dos fluídos, faça-o em local plano, com o motor frio e desligado. Se tiver que ligar espere uns dez minutos até o óleo voltar ao cárter e se acomodar. 

Como abrir e fechar o capô do carro: 

Puxe a alavanca interna embaixo do painel, do lado esquerdo do banco do motorista. Você irá escutar o estalo da trava do capô soltando. Na frente do veículo, bem no meio e na ponta, com a mão localize a trava e aperte para abrir totalmente o capô. Na lateral à direita, está a haste que segura a tampa aberta.

Para fechar o capô, abaixe a tampa até que ela fique a 20 centímetros de distância da trava e então solte a tampa.

Para verificar o óleo de motor:

Próximo ao motor, há uma vareta com uma argola na ponta. Retire a vareta e limpe a extremidade com uma flanela branca. 

  Verifique a cor do óleo que deve estar amarelo-esverdeada. Se estiver escuro, significa que está na hora de fazer a troca.

  Reintroduza a vareta, gire para um lado e para o outro e retire mais uma vez, observe o nível que deve estar entre os riscos de mínimo e máximo. Abaixo do mínimo, precisa completar ou seu motor vai ficar sem lubrificação. Mas acima do máximo também não pode, precisa drenar ou o excesso vai causar problemas! Verifique o tipo de óleo no manual de seu veículo.

Para verificar a água do reservatório do radiador:

Abra o capô do carro, à direita e na parte mais próxima do farol, está o reservatório de água do radiador. Observe se o nível da água está acima do mínimo indicado pela seta do reservatório. Para completar a água do carro, abra a tampa do reservatório (sempre com o motor frio, nunca abra essa tampa com o motor quente) e complete com água aditivada. Verifique o tipo de aditivo no manual de seu veículo.

Como colocar água no limpador de para-brisa:

Completar a água do limpador de para-brisa é o muito fácil. O reservatório fica bem no cantinho superior direito, próximo ao vidro da frente.Não tem marcação de quantidade mínima e nem máxima de água.  É só abrir a tampa e colocar água de torneira o tanto que couber. Feche a tampa apertando bem e pronto. Somos mulheres e merecemos bons profissionais!

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Varíola dos Macacos: Brasil registra 17 casos, 11 deles em São Paulo

 

Infectologista do Hcor explica como prevenir a contaminação pela “Varíola dos Macacos”

Riselda Morais

Reprodução

Nesta sexta-feira, (24/06), o Ministério da Saúde informou que subiu para 17 o número de casos da Varíola dos Macacos registrados no Brasil.

     Dos 17 casos confirmados em território nacional, onze pacientes foram diagnosticados em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul.

    Entre estes, 5 casos são autóctones, isto significa que a transmissão da doença foi local, sendo 3 em São Paulo e 2 no Rio de Janeiro.

   Em todos os casos, segundo o Ministério da Saúde, foram realizados o isolamento dos pacientes e o rastreamento das pessoas que com eles, tiveram contato.
    Ainda de acordo com o MS, dez casos suspeitos da doença estão sendo investigados, sendo, quatro no Rio de Janeiro, dois no Ceará, dois no Rio Grande do Sul, um em Santa Catarina e um no Acre.

     O primeiro caso no Brasil foi confirmado em São Paulo dia 9 de junho, no entanto, depois de 14 dias internado em isolamento no Hospital Emílio Ribas, ontem o paciente Anderson Ribeiro recebeu alta.

Como prevenir o contágio

      Diante do aumento no número de casos da “Varíola dos Macacos” confirmados no Brasil, é importante estarmos cientes sobre as formas de prevenir o contágio.
    De acordo com o Dr. Ingvar Ludwig, infectologista do Hcor, a transmissão para humanos pode ocorrer por:
    Contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou membranas mucosas de animais infectados;
    Contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou, de forma menos importante, no contato com objetos recentemente contaminados;
   Relação sexual (diante do maior contato íntimo com eventuais lesões cutâneas infecciosas);
   Via gotículas respiratórias, usualmente por contato mais próximo com a pessoa infectada;
    Via placentária (da gestante para o bebê).
      O infectologista explica que o período médio de incubação é de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 e a transmissão a partir de um indivíduo infectado pode ser longa: entre 2 e 4 semanas, sobretudo na presença de lesões ativas. “Os principais sintomas são: febre, mialgia, fadiga, cefaleia, astenia (diminuição da força física), dor nas costas e linfadenopatia (aumento gânglios, tecidos próprios do sistema imunológico). Três dias após o início das manifestações, a pessoa apresenta erupção cutânea, que se espalha rapidamente para outras partes do corpo, a partir da lesão inicial. De maneira geral, o prognóstico é bom e o cuidado habitual das lesões é o tratamento para os casos, não havendo terapia específica”, esclarece o Dr. Ludwig.