A inadimplência no Brasil bateu o recorde de 63,4 milhões de pessoas em julho, chegando a um volume de dívidas de R$ 272,5 bilhões, uma média de R$ 4.426 em contas atrasadas por pessoa, segundo o SPC - Serviço de Proteção ao Crédito. No mesmo período do ano passado, o número de inadimplentes era de 60,4 milhões.
A população mais pobre, com idade entre 36 e 40 anos, é a mais endividada. Cerca de 47,2% dos brasileiros nesta faixa etária está endividada com cartões de crédito, telefonia, bancos ou financeira. Nos últimos dois anos, a inadimplência entre os idosos foi quem mais cresceu. Em julho 35,1% dos idosos com mais de 61 anos de idade estavam com contas atrasadas. Comparado a julho do ano passado, a taxa de inadimplentes cresceu 2,6 pontos percentuais .
Trata-se do maior índice de inadimplência apurado desde a série histórica em 2016, que havia apresentado uma leve melhora entre março e setembro de 2017.
Os altos índices se deve ao enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico que contribui para manter a taxa de desemprego em nível elevado. Considerando a população adulta, em todo o país, 40,3% da população está endividada.