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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Setembro amarelo alerta sobre a prevenção de morte por suicídio

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade de 15 a 29 anos

Riselda Morais


     
Apoio/Divulgação

     O amarelo simboliza a luz, a alegria e a vida e 10 de setembro é o Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio. 
     O setembro amarelo é o mês em que é realizada uma campanha nacional organizada pelo Ministério da Saúde, desde 2015, para conscientizar a população sobre esse problema que leva, por ano, cerca de 11 mil brasileiros a tirar a própria vida.

      Segundo dados da Organização Mundial da Saúde a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida, são mais de 800 mil pessoas que cometem suicídio por ano, no mundo, é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

     A taxa de mortalidade por suicídio no Brasil vem aumentando nos últimos anos, segundo dados do Sistema de Informação por mortalidade, entre jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos, é a terceira maior causa de morte entre os homens, ficando atrás apenas de agressões com 110,6 por 100 mil habitantes e acidentes de transporte com 41,3 pessoas a cada 100 mil.

     Entre as mulheres com idades entre 15 e 29 anos, as lesões autoprovocadas voluntariamente são a 8ª maior causa com 2,4 a cada 100 mil, sendo que agressões, parto e puerpério aparecem com 8,0; acidentes de transportes com 7,4 e agressões 7,0.
     Segundo dados do Ministério da Saúde, no período entre 2011 e 2016 foram notificadas 176.226 lesões autoprovocadas no Brasil, destes 48.204, o equivalente a 27,4% foram tentativas de tirar a própria vida.

     Apesar da maioria das tentativas de tirar a própria vida, 31,3 terem sido cometidas por mulheres, os dados apontam que os homens morrem mais por suicídio, foram 62.804 homens no período, sendo a maioria, 8,9 a cada 100 mil, homens com mais de 70 anos, destes 60,4% eram solteiros, viúvos ou divorciados.
     
      Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, o aumento no número de suicídios entre 2010 e 2015, aconteceram em todo o país, sendo 23% concentrados na Região Sul e 14% da população e 38% na Região Sudeste, 42% da população.

     A Cartilha “Falando Abertamente sobre Suicídio” do CVV - Centro de Valorização da Vida esclarece que, o desejo de dar fim a própria vida, é um gesto auto destrutivo que pode ser motivado por um conjunto de situações como perdas, sensação de fracasso ou humilhação, depressão na forma simples ou bipolar, ansiedade, medo, dependência química - álcool e drogas, esquizofrenia, entre outras.

      Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos. É importante que ao sentir-se deprimido(a), sem vontade de viver, a pessoa procure ajuda profissional, fale sobre o assunto com a família, o sofrimento emocional pode ser tratado, vai passar.

     Ao perceber que um familiar ou amigo está perdendo o prazer pela vida, se isolando dos demais, angustiado, mostra-se sempre indisposto, prostrado ou excessivamente triste, se disponha a ajudar, apoiar, ouvir e jamais criticar ou julgar.

     O apoio familiar é muito importante para quem se encontra deprimido. Ao perceber estes sinais, incentive a pessoa a falar sobre o que está sentindo e a buscar ajuda de um profissional.

    Falar sobre suicídio é um tema delicado, porém necessário, uma vez que a depressão pode ser uma das causas, que por si só, é uma doença silenciosa, no entanto, nem sempre a depressão leva a morte, porque pode ser tratada.

     A psicóloga Marisa de Mello esclarece que “a depressão é uma doença clinicamente comprovada, não um caso de falta de religião ou “do que fazer”, como pensam alguns. A síndrome está listada na Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS e é uma enfermidade que gera efeitos físicos no indivíduo. O cérebro humano é formado por células, os neurônios, que se comunicam por meio de substâncias chamadas neurotransmissores. As vítimas da depressão têm alterações em alguns neurotransmissores envolvidos, por exemplo, na sensação de bem-estar. Esse mal em muitos casos começa devido a fatores externos, como a perda do emprego ou de um ente querido, e com o tempo se torna físico, ficando mais grave conforme a passagem do tempo e necessitando de tratamento profissional”.

É importante não ter preconceito, quebrar o tabu e procurar ajuda.

     O Centro de Valorização da Vida (CVV), realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atende voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone pelo número 188 e chat 24 horas todos os dias no site https://www.cvv.org.br/.

    O Sistema Único de Saúde dedica atenção especial à área da saúde mental em todo o Brasil, atuando em vários níveis através de Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Além de tratamentos psicológicos oferecidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), oferece também, tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial, mais conhecidos como CAPS.

   O CAPS é um serviço de saúde referência no tratamento para pessoas que sofrem com depressão, transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros que necessite de ajuda profissional psicológica.

     Ao procurar ajuda, a pessoa terá acesso a uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e terapeutas ocupacionais que avaliam o quadro do paciente e indicam o tratamento adequado para cada caso. A internação só é indicada quando esgotadas todas as possibilidades terapêuticas disponíveis no CAPS, que também atua nos momentos de crise, nos estados agudos da dependência e de intenso sofrimento psíquico.

       O CAPS possui três modalidades de atendimento: Infanto-juvenil, Adulto e Álcool e Drogas (AD), o último dedicado a transtornos causados pelo uso de substâncias psicoativas.
       Os Centros também são divididos nos níveis I, II e III, o último se caracterizando por um acolhimento integral do paciente, com permanência por até 15 dias, para casos mais graves. 

      Existem também as Unidades de Acolhimento (UA), que são moradias provisórias destinadas aos usuários que estejam em tratamento nos CAPS AD e não têm família, residência, ou se encontram em situação de risco e vulnerabilidade nos locais em que habitam.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Riselda Morais


    Muitas doenças infecciosas já poderiam ter sido erradicadas no mundo se todas as pessoas que tem acesso as vacinas se imunizassem e vacinassem seus filhos. 

    Entre as doenças evitáveis que poderiam estar extintas está o sarampo e a poliomielite.
    
No Brasil, das oito principais vacinas, disponibilizadas gratuitamente e obrigatórias para bebês, apenas a BCG, vacina que previne tuberculose, tem alcançado a meta de cobertura da vacinação por ser aplicada nas maternidades. As outras sete vacinas alcançaram no ano passado, cobertura bem abaixo da meta de 95% do público alvo.

    Apesar da vacinação proteger contra doenças potencialmente graves e que levam a morte, da vacina estar disponível gratuitamente na rede pública, das campanhas terem seus prazos, na maio-ria das vezes, prorrogados para alcançar uma maior cobertura... a adesão continua baixa, como é o caso das vacinas contra sarampo, gripe e febre amarela.
     A resistência a vacinação dos menores tem trazido de volta ao Brasil doenças antes erradica-das como é o caso do Sarampo.

     O Sarampo é uma doença transmitida por vírus e altamente contagiosa. É transmitido por meio de contato direto e pelo ar.

Antes da existência da vacinação, em 1963, ele causou aproximadamente 2,6 milhões de mortes, segundo a Organização Pan-americana da Saúde.
     
    A Organização Mundial da Saúde tem alertado sobre o surto de sarampo em outros países.
    Apesar da maior incidência do Sarampo ser na Ásia e na África, em 2017, os casos de sarampo aumentaram em 400% em 53 países da Europa. No mesmo ano, 110 mil pessoas morreram por sarampo, sendo a maioria, crianças menores de 5 anos.
       Segundo dados da OMS, os casos de sarampo cresceram, neste ano, 300% em comparação a 2018. Foram registrados casos da doença em 170 países.
       
   No Brasil mais de 10 mil pessoas tiveram sarampo na região norte em 2018, já neste ano, o epicentro do surto foi no estado de São Paulo que contabilizou 484 casos de janeiro a julho., a maioria na capital paulista.

Mas afinal porque alguns grupos optam por não vacinar seus filhos?

       O movimento antivacinas surgiu em 1998, quando foi publicado na revista Lancet, um artigo científico, uma pesquisa fraudulenta na qual, o médico inglês Andrew Wakefield associou o aumento no número de crianças autistas com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
A partir daí muitos pais deixaram de vacinar seus filhos.
       Alguns anos depois a revista se retratou. O trabalho foi investigado e os dados eram falsos. Foi descoberto que o médico recebia pagamentos de advogados em processos por compensação de danos vacinais.
       
Nas redes sociais, em especial no Facebook existem grupos antivacinas com mais de 11 mil membros que trocam informações, em sua maioria, falsas.

       A informação é a melhor forma de se proteger e proteger as crianças. Se tem dúvidas converse com o pediatra do seu filho, ouça suas recomendações.
    A vacinação deve fazer parte da vida da pessoa desde seu nascimento, é a melhor forma de prevenir doenças e reforçar o sistema imunológico da criança.

Pela legislação brasileira, não vacinar as crianças é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal, prevê que “Família, sociedade e Estado devem assegurar a criança, com absoluta prioridade, o direito à vida e a saúde.

     Já o Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 14, diz que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.
    Não se trata de os pais terem direito de escolher se os filhos vão ou não tomar as vacinas e sim, do direito da criança receber a vacina.
     Logo, os pais que optam por não vacinar os filhos, podem ser legalmente responsabilizados.
Vale lembrar que a vacinação além de prevenir doenças na criança é também uma questão de saúde coletiva. É importante manter a carteira de vacinação atualizada e as vacinas em dia.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Brasil e 11 países da America Latina assumem compromissos para prevenção e enfrentamento do AVC até 2030

Foto e edição: Riselda Morais



      Com o objetivo de melhorar a prevenção e reduzir a mortalidade por AVC - Acidente Vascular Cerebral, o Brasil e mais 11 países assinaram a Carta de Gramado que estabelece 16 compromissos sobre o cuidado do AVC em seus territórios, promover a saúde mental e o bem-estar da população até 2030.
     O documento foi assinado em 08 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Colesterol Alto, durante o XXI Congresso Iberoamericano de Doenças Cerebrovasculares, no Encontro Interministerial Latinoamericano de AVC.
      A cooperação internacional para avançar nas estratégias de combate ao AVC foi firmada pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. A doença é a segunda causa de morte na maioria desses países.
     O AVC acontece quando a circulação do sangue é alterada em parte do cérebro. Podendo ser isquêmico quando falta sangue na região do cérebro ou hemorrágico quando há rompimento de vasos. As células podem ser lesionadas ou até morrer. Os movimentos e a fala podem ser afetados.
      Entre os países da América Latina e Caribe, o Brasil apresenta a quarta maior taxa de mortalidade por AVC, com mais de 100 mil casos  de vitimas fatais por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Os dados apontam também que diariamente cerca de 300 pessoas morrem vítimas de AVC no Brasil e que em 2015 mais de 228 mil pessoas foram hospitalizadas no país com diagnóstico de AVC.
     O estado de São Paulo totaliza cerca de 60 vítimas fatais por dia e mais de 21.724 casos de AVC por mês.
      No mundo são 17 milhões de AVC por ano com 6,5 milhões de mortes. 
      O AVC atinge uma em cada seis pessoas durante a vida. É uma das maiores causas de morte e incapacidade, é uma das principais causas de afastamento das rotinas cotidianas e funcionais e traz enormes custos financeiros e sociais para o país.
     Na Carta de Gramado, os países se comprometem a implementar políticas públicas eficazes ligados aos fatores de risco para evitar o AVC:  proporcionar educação da população quanto aos sinais de alerta, urgência no tratamento e controle dos fatores de risco; promover ambientes seguros e saudáveis para estimular a realização de atividade física; implantar políticas para o controle do tabaco; estimular a alimentação saudável, para reduzir o consumo de sal, uso prejudicial de álcool e controlar o peso; visando diminuir a incidência de doenças cardio e cerebrovasculares.
     Os compromissos também incluem estabelecer estratégias de detecção de fatores de risco tratáveis como hipertensão, fibrilação atrial, diabetes e dislipdemias; promover a atenção, visando ao controle dos fatores de risco tratáveis; organizar o atendimento pré-hospitalar, priorizando o paciente com AVC; priorizar a estruturação de centros de AVC, organizar unidades de AVC com área física definida e equipe multidisciplinar capacitada, disponibilizar tratamentos de fase aguda baseados em evidência, disponibilizar exames para investigação etiológica mínima, promover alta hospitalar para prescrição de prevenção secundária, estimular o uso de telemedicina nos hospitais sem acesso e especialista em tempo integral para orientação do tratamento agudo.


quinta-feira, 24 de maio de 2018

Rússia acolhe o mundo! Seleção Russa dá boas vindas vestindo as camisas de todos os países participantes da Copa do Mundo 2018

Riselda Morais


Seleção russa com kit dos países competidores. Foto: Divulgação Fifa_ Mikhail Shapaev. 

O zagueiro da seleção russa, brasileiro Mario Fernandes  (Марио Фигейра Фернандес)vestiu a camisa do Brasil. Fotos: Divulgação Fifa - Mikhail Shapaev. 

    A seleção russa interrompeu os treinos neste sábado(19) para vestir os kits de jogo de todos os países que irão jogar nesta Copa do Mundo 2018. Os jogadores posaram para fotos e gravaram o vídeo de boas vindas "Rússia acolhe o mundo" com saudação as equipes competidoras.
"Congratulamo-nos com todas as equipes que estão vindo aqui para a Copa do Mundo", disse o goleiro Igor Akinfeev, vestindo a camisa do atual campeão mundial Alemanha. "Acho que eles logo se convencerão de que a Rússia está 100% pronta para sua chegada. Nosso país já realizou muitos eventos esportivos importantes e jogos importantes. Espero que todos os jogadores, treinadores e fãs gostem da Rússia e da sua hospitalidade. ”
"Espero que todos gostem da Rússia", acrescentou o zagueiro Sergei Ignashevich. "É verão aqui, o clima é maravilhoso e as pessoas são amigáveis. Tenho certeza de que você ficará feliz".
Fonte: Fifa

 

sexta-feira, 27 de abril de 2018

Mais de 17 milhões de brasileiros de até 14 anos vivem na pobreza

Foto e redação: Riselda Morais



     Segundo estudo “Cenário da Infância e da Adolescência no Brasil” da Abrinq, divulgado nesta terça-feira (24), 40,2%% das crianças e adolescentes, o que representa 17,3 milhões de jovens brasileiros vivem em situação de pobreza. As famílias vivem com rendimento per capita de até 1/2 salário mínimo.
    Os que vivem  com até 1/4 do salário mínimo, considerados na extrema pobreza são 13,5%, o correspondente a 5,8 milhões de jovens brasileiros.
Entre os crianças que vivem na pobreza 4 milhões vivem em favelas e 12,5% tem estatura abaixo da média.
    No total de 206 milhões de brasileiros de todas as faixas etárias, 68 milhões são crianças, adolescentes e jovens de até 19 anos e cerca de 30% ou 55 milhões vivem em situação de pobreza e 18 milhões em situação de extrema pobreza.
Segundo o estudo, as regiões Norte e Nordeste apresentam os piores cenários, com 54% e 60% das crianças, respectivamente, vivendo em condição de pobreza, enquanto a média nacional é de 40,2% – definida por renda domiciliar per capita mensal igual ou inferior a meio salário mínimo. 
    A porcetangem de crianças e adolescentes que vivem na pobreza é de 40,2%, enquanto entre a população que vive em melhores condições financeiras a porcentagem de crianças e adolescentes é de 33%. 
    Relacionando 20 indicadores sociais, entre eles mortalidade, nutrição, gravidez na adolescência, cobertura de creche, escolaridade, trabalho infantil, saneamento básico, acesso a equipamentos de cultura e lazer, violência, entre outros, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso global para a promoção de metas de desenvolvimento até 2030, do qual o Brasil é signatário junto a outros 192 países, o estudo mostra que “se não houver um investimento maciço em políticas sociais básicas voltadas à infância e para as populações mais vulneráveis o Brasil não vai conseguir cumprir algumas metas”.
    Entre as metas difíceis de ser alcançadas, o estudo aponta a educação, 15% dos adolescentes abandonaram o ensino médio e o acesso à creche cuja meta é oferecer vagas para 50% das crianças de 0 a 3 anos de idade mas ainda oferece na verdade, vagas para apenas 27% das crianças nesta idade.
    Segundo o estudo 17,5%  das crianças nascidas em 2016 foram de mães adolescentes com menos de 17 anos e 1/3 delas não tiveram pré-natal adequado.
    A erradicação do trabalho infantil e escravo até 2025, conforme acordo com a ONU, é outra meta que o Brasil não vai conseguir cumprir se não investir. Segundo o estudo, ainda existem 2,5 milhões de crianças em situação de trabalho em nosso país.
    O relatório mostra também que 10.676  jovens com menos de 19 anos de idade, o correspondente a 18,4%,  foram vítimas de homicídio em 2016. 
    O Nordeste apresenta a maior proporção de homicídios de crianças e jovens por armas de fogo (85%) e supera a proporção nacional, com 19,8% de jovens vítimas de homicídios sobre o total de ocorrências na região.
   Heloisa Oliveira, administradora executiva da Fundação Abrinq alerta que “o melhor indicador da segurança pública é a evasão escolar zero” e que há uma relação direta dos altos índices de violência com as estatísticas de pobreza. 
“A prova de que isso é uma relação direta é que, entre esses 10,6 mil crianças e adolescentes assassinados [em 2016], a maioria deles, mais de 70%, são jovens negros, pobres e que vivem em periferia. Portanto, são adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social, ou seja, poderia ser evitado com investimento em enfrentamento da pobreza, melhorando a qualidade de moradia, educação e saúde”, afirma.

terça-feira, 30 de maio de 2017

A corrupção e suas consequencias sociais

Brasileiros sofrem os efeitos danosos da corrupção no País

Riselda Morais


           O Brasil tem vivido um verdadeiro furacão, cujos ventos da corrupção tem derrubado os alicerces políticos, destruido o mercado financeiro, tirado o pouco que os brasileiros tinham de acesso a educação, abandonado o falido sistema de saúde e aumentado o desemprego em todas as regiões do País.
Abandonados os princípios da moralidade e da legalidade, o que deveria ser governança e transparência transformou-se em uma desventurada ameaça a população, envolta a um mar de lama contaminada pelo egoísmo, ganância, desrespeito, imoralidade e falta de ética, alimentados pela ambição e fome de poder a qualquer custo. “Duela a quien duela”. E dói mesmo ver o País tendo seus recursos desviados, usurpados, desperdiçados enquanto a população sofre com a inflação, o aumento da pobreza, o desemprego, a falta de acesso à saúde, a educação, a má qualidade no transporte.
No mundo das cifras, onde se fala de milhões e bilhões, corruptos e corruptores se favorecem de propinas, fazem mal uso do dinheiro público e superfaturam obras. A única lei que percebe-se aplicada no danoso mundo da corrupção formado por presidentes, ministros, senadores, deputados, governadores e prefeitos é a “lei de Gerson”, segundo a qual deve-se sempre “levar vantagem em tudo”.
 O lamaçal da corrupção está presente em todas as formas de poder visando o enriquecimento ilícito e deixando que cada brasileiro se pergunte: - No final ficará alguém? - Nosso voto lhes deu o poder... somos vítimas ou cumplices?
 Há os que obtem valores que não são devidos através de favorecimentos. Há político que paga pelo voto. Há funcionário que lança mão do dinheiro público. Há quem compre o silencio do outro. Há negociatas de todos os tipos em troca de apoio político. Há os que querem o poder a qualquer custo. Há os que já tem o poder mas são capazes de tudo para se manter nele. Há os que já são muito ricos mas querem cada vez mais dinheiro. Há os que vieram de bases menos favorecidas e visam enriquecer. Só não sabemos se há alguém que vise governar o País com dignidade, respeito a população, que aplique o dinheiro público nos direitos fundamentais, direitos sociais básicos garantidos pela Constituição ao cidadão como educação, saúde, emprego, transporte e habitação.
O brasileiro é cúmplice quando pensa eu faria o mesmo ou quando em pequenos atos diários também só tenta levar vantagem. 
É vitima quando vota na esperança de um Brasil melhor e recebe serviços públicos ineficazes. Quando ao tentar uma colocação no mercado de trabalho não consegue; quando vê-se desempregado tendo que pagar água, luz, alimentar a família, e quando não consegue pagar o aluguel é despejado, lá se vai uma família para debaixo de uma ponte; quando tenta colocar os filhos na creche e não tem vaga; quando não tem vaga na escola; quando não tem transporte escolar; quando um membro da família fica doente e ao procurar um hospital não tem pediatra, ginecologista, especialista de plantão; quando espera meses por uma consulta; quando espera horas para ser atendido; quando ao ser internado fica em uma maca no corredor do hospital. 
A corrupção no Brasil tem registros desde o século XVI no período da Colonização portuguesa, quando os funcionários públicos encarregados de fiscalizar contrabando e outras transgressões contra a coroa, ao invés de cumprir suas funções praticavam o comércio ilegal de produtos brasileiros como pau-brasil, ouro, diamante, especiarias e tabaco. 
Depois, em 1850, com o tráfico de escravos, estimulados por políticos como o Marquês de Olinda e o então Ministro da Justiça Paulino José de Souza, ao comprarem escravos recém-chegados da África, usando-os em suas propriedades.
A corrupção eleitoral  vem desde o Brasil Império (1822-1889) quando o alistamento de eleitores era permitido apenas para aqueles que tivessem uma determinada renda mínima e ficou mais forte no Brasil República (1889) com o voto de “cabresto” quando um latifundiário apelidado de “coronel” impunha coercitivamente o voto desejado aos seus empregados, agregados e dependentes. Havia a venda de voto ao empregador e troca de voto por par de sapatos (no dia da eleição o eleitor ganhava um pé do sapato e somente após a apuração das urnas o coronel entregava o outro pé). 
A corrupção de concessão de obras públicas surgem no Brasil República quando Visconde de Mauá, recebeu licença para a exploração de cabo submarino e a transferiu a uma companhia inglesa da qual se tornou diretor.
Nas últimas décadas a corrupção se tornou mais visível aos olhos da população. Ela contaminou a política brasileira, os grandes partidos e grandes empresários em um jogo de favorecimento entre corruptos e corruptores com enriquecimento ilícito para uso próprio, para os partidos, para comprar apoio político, para comprar o silencio de delatores, para caixa 2  e fundos de campanhas políticas. Sendo mais percebida, tem sido mais combatida através das operações Anões do Orçamento (década de 80 e início dos anos 90); Jorgina de Freitas (1991);  Juiz Lalau e o TRT-SP (1992-1998); Banestado (1996); Banco Marka (1999); Vampiros da Saúde (1990-2004); Navalha na Carne (2007); Zelotes (2015); Fundos de Pensão (2015); e a Operação Lava Jato que já dura mais de dois anos e tornou-se a maior operação de combate a corrupção da história do Brasil.

Hoje o Brasil sofre as graves consequencias da corrupção e a população vai para as ruas protestar, mostrar sua insatisfação e indignação em um clamor coletivo e  moral pela transparência e responsabilidade da coisa pública. Cabe a mídia e a população, cobrar mais, fiscalizar aqueles a quem deram o poder através da influencia e do voto.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Fome no Brasil caiu 66%, em 15 anos, segundo IGV 2015

16,1 milhões de crianças integram a primeira geração brasileira sem fome, mas no mundo, 795 milhões de pessoas ainda passam fome.

Riselda Morais
Crianças famintas da Africa Subsaariana


Crianças brasileiras que saíram da extrema pobreza
    O mundo está menos faminto, segundo dados do Índex Global Sobre a Fome (IGV) 2015, que realizou estudo em 128 países e constatou que a luta contra a fome no mundo registrou “progressos significativos”, nos últimos 15 anos.   Mas não ter o suficiente para comer ainda é uma realidade para muita gente.
   Elaborado pelo Instituto Internacional de Investigação sobre Políticas Alimentares (IFPRI, na sigla em inglês), o estudo mostrou que o Brasil é um dos países que mais diminuíram a subnutrição; no período de 2000 a 2015, reduziu em 66% os casos de fome e já se encontra entre os países mais próximos de erradicar a fome, ficando com pontuação 5 no IGF, em uma escala que vai de 0 a 7,9 no combate a fome. 
    O Brasil encontra-se entre os 17 países que obtiveram resultados “notáveis” de redução da fome, baixando em 50% ou mais os percentuais.
  No Brasil, neste mês das crianças, temos essa boa notícia para comemorar, mas também temos a certeza de que ainda há muito a se fazer. Por uma lado, o Brasil tem hoje 16,1 milhão de crianças, que integram a primeira geração sem fome no País. Estas crianças têm acesso a direitos básicos, como saúde, educação e são beneficiárias do Bolsa Família. Através do Brasil Carinhoso, 8,1 milhões de crianças saíram da pobreza extrema.
   A mortalidade infantil também diminuiu - 19% em crianças de até 5 anos – e 14% na diminuição do número de nascimentos prematuros. Os números mostram que a redução da mortalidade foi ainda maior quando observadas causas específicas, como desnutrição (65%) e diarréia (53%). Combatida a morte nos primeiros anos de vida, as crianças também têm superado a deficiência nutricional crônica, que caiu pela metade - de 17,5%, em 2008, para 8,5 %, em 2012.
  O IGF utilizou os critérios de pontuação considerando que entre 8 e 13,2 representam níveis baixos ou moderados de fome; entre 13,3 e 19,9, valores médios, e entre 20 e 34,9, são considerados “sérios”. Acima de 35 pontos são considerados alarmantes, estando nessa situação o Timor-Leste, que obteve 40,7 pontos.
     Apesar da fome no mundo ter diminuído, 52 países continuam com níveis de “sérios” a “alarmantes”. Países como Angola, Ruanda e Etiópia registraram quedas na redução da fome, considerados “níveis sérios” ficaram entre 25 a 28 pontos, na mesma lista está Guiné-Bissau (30,3 pontos) e Moçambique (32,5).      As áreas mais afetadas pela fome continuam sendo a África Subsaariana (média de 32,2 pontos) e o Sul da Ásia (média de 29,4). Já o Sudeste asiático, o Oriente Médio, o Norte da África, a América Latina e as Caraíbas, o Leste da Europa e os Estados independentes da Comunidade Britânica registraram valores entre 8 e 13,2 pontos. 
   As regiões que sofrem grave escassez de alimentos estão na África subsaariana, e os problemas mais graves estão na República Centro-Africana, no Chade e na Zâmbia. Países como Eritreia, Burundi e Sudão, estes sequer entraram nas estatísticas de 2015, por falta de dados sobre desnutrição.
   Na lista dos dez países que mais reduziram os níveis de fome está três latino-americanos (Brasil, Peru e Venezuela), um da Ásia (Mongólia), quatro antigas repúblicas soviéticas (Azerbaijão, República da Quirguízia, Lituânia e Ucrânia) e dois ex-Estados iugoslavos (Bósnia-Herzegovina e Croácia).
   Apesar dos avanços, 795 milhões de pessoas passam fome; uma em cada quatro crianças; 25% das crianças do mundo sofrem subnutrição crônica e consequente interrupção do crescimento e 9% sofrem de desnutrição aguda.
   Segundo o relatório, os conflitos armados como os da Síria, do Iraque e do Sudão do Sul são os maiores impulsionadores da fome.  O IGV alerta que a principal causa da fome de 172 milhões de pessoas são as guerras e conflitos e reitera que todo o sucesso do combate a fome terá sido em vão se os conflitos não forem encerrados.
   Acabar com a fome no mundo até 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
   Como brasileira e como ser humano, desejo que todos tenham o suficiente para comer; que nossas crianças sejam bem alimentadas, educadas, cuidadas, amadas. Que no futuro desta nação e de todo o mundo não haja fome, mas sim, a felicidade de sabermos que todas as mesas terão alimentação farta!  

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Massacre em escola do Rio de Janeiro

Por: Riselda Morais

Na manhã desta quinta-feira, 07 de abril, o ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira no bairro de Realengo, zona Oeste do Rio de Janeiro, matou 12 estudantes e deixou 14 feridos.
As crianças com idades entre 12 e 14 anos ocupavam o 1º e o 2º andar da escola, assistiam às aulas, quando o assassino Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, adentrou a escola e começou a disparar.
Alguns momentos do massacre foram gravados em vídeo do circuito interno da escola e exibidos nas redes de televisão e Internet de todo o Brasil, onde se pode ver as crianças desesperadas correndo, tentando fugir do assassino, uns caídos no chão e outros tentando escapar e sobreviver ao massacre enquanto o assassino recarrega a arma demonstrando habilidade e intimidade com o material bélico.
Um cinegrafista amador filmou as primeiras imagens da tragédia, mostra crianças ensangüentadas fora e dentro da instituição educacional que não foi capaz de garantir a segurança de seus alunos.
O meliante usou dois revólveres, sendo um 38 e outro 32, cinturão de balas e recarregador de armas, deixou uma carta onde instrui seu enterro, diz que seu corpo deve ser despido, banhado e para ser envolvido em um lençol branco que teria levado ao local do crime e para ser enterrado ao lado da mãe, fez referências religiosas e anunciou o suicídio depois do massacre, o que prova que o crime foi premeditado.
"Deverão saber que os impuros não poderão me tocar sem usar luvas, somente os castos ou os que perderam suas castidades após o casamento e não se envolveram em adultério poderão me tocar sem usar luvas", diz a carta encontrada pela polícia nas roupas de Weillington e distribuída à imprensa.
O que salvou muitas crianças que ocupavam o terceiro andar do prédio foi à coragem de dois alunos feridos que fugiram e pediram ajuda a um policial que participava de uma operação de fiscalização de vans ilegais, há duas quadras da escola, quando o sargento Marcio Alexandre Alves chegou ao local feriu o criminoso na perna impossibilitando-o de continuar subindo as escadas, o meliante suicidou-se com um tiro na cabeça, região que deu preferência ao matar e atingir crianças inocentes, outro fato que chama a atenção é que o assassino preferiu atingir mais as meninas, entre os estudantes mortos são dez meninas e dois meninos.
O massacre aconteceu por volta das 08h00min e a escola é freqüentada por cerca de 400 alunos, muitos pais e visinhos da escola entraram em desespero sem saber notícias de suas crianças.
A presidenta do Brasil, Dilma recebeu a notícia em Brasília e emocionada declarou: "Não era e não é característica deste país viver este tipo de crime. Estamos todos unidos em repúdio a este ato de violência contra crianças indefensas. Por isso quero prestar homenagem a estas crianças inocentes que perderam a vida e o futuro neste crime", disse Dilma com voz embargada e pediu um minuto de silêncio, "nossa homenagem a estes brasileirinhos que foram retirados tão prematuramente da vida", disse ela.
Vários hospitais do Rio receberam os feridos, a maioria atingida na cabeça e, alguns estão em estado grave.
Este foi o primeiro massacre que aconteceu dentro de escolas no Brasil, que seja o último para o bem da sociedade.
E fica a pergunta: - O que leva um ser humano a se transformar em um monstro?

Ato de Fé (Por: Riselda Morais)

Sou apenas uma centelha de um brilho eterno que é Deus, minha vida é apenas uma fagulha momentânea perto da eternidade, parte de um “Todo” e apenas um grão de areia entre tantos existentes, isto me faz uno com o “pai”, protegida e guardada pela luz divina, por isto, estou em paz e que esta paz esteja com todas as pessoas.

De meu “Pai” (Deus) vem a minha força e o meu poder fazer, que Ele guie divinamente meus passos e a minha vida.

Que meus lábios pronunciem palavras sábias.
Que cada um dos meus atos esteja em comunhão com a inteligência divina, que meus pensamentos sejam positivos, calmos, tranqüilos, serenos.
Que Jesus habite em meu coração e nele more a Paz, a alegria, a felicidade, a bondade e o amor verdadeiro.

Que meu corpo tenha saúde e minha mente seja sempre lúcida.

Que em mim resida à grandeza e a justiça e meus descendentes sejam abençoados.

Que de coração, eu saiba perdoar a mim mesma e ao meu próximo, irradiando bondade e boa vontade para com todos.
Que eu ame, ao meu próximo e a mim mesma, e saiba me fazer por todos bem amada e, envolvida pelo amor e o poder infinito, possa viver em um mundo repleto de harmonia, união, fraternidade e paz.
Sou feliz e perfeita física e mentalmente, contemplo a mim mesma, a natureza e as belezas da vida.
Estou radiante e divido minhas alegrias com todos aqueles que estão dispostos a recebê-la, por que estou em harmonia com o universo, com o mundo, com a vida e que a bondade infinita derrame suas bênçãos sobre tudo e todos.

Que o meu caminho seja próspero, triunfante, cheio de vitórias.

Que ao percorrê-lo, eu esteja semeando boas sementes, e que ele me leve, a colheita farta dos melhores frutos, e que percorrido esse caminho eu esteja perfeita e agradecida porque “Ele” é perfeição e habita em meu coração e em toda a humanidade, filhos de Deus, Irmãos em Deus, filhos de meu “Pai”.