Um queijo suíço chamado São Paulo! Chamar a capital paulista de queijo suíço não é exagero, é só mais uma forma de protesto de quem transita pelas ruas de São Paulo.
Riselda Morais
Abandono em Vila Guilhermina é visível, mato cresce dentro das rotatórias e praças, estruturas quebradas e buracos nas ruas |
As condições do asfalto obriga os motoristas a guiarem fazendo malabarismos, muitas vezes fazendo manobras perigosas, ao tentar livrar-se de um buraco, cai em outro buraco. Além de provocar diversos danos aos veículos, ainda podem provocar acidentes, lesões em pedestres e estimulam o estresse das pessoas, especialmente dos motoristas.
A dificuldade em trafegar, de carro, de moto, bicicleta ou a pé, pelas ruas esburacadas da cidade de São Paulo está tamanha, que os moradores já realizaram várias formas de protestos para chamar à atenção da Prefeitura de São Paulo para o problema.
Cansados de reclamar e solicitar o serviço tapa-buracos da Prefeitura e não ser atendidos, em Vila Guilhermina moradores sinalizaram o buraco com pedaços de madeira, outros colocaram um vaso de plantas para chamar a atenção.
Um vigilante noturno, cansado de ter seu veículo danificado pelos buracos e de ouvir os moradores do bairro dizerem que, solicitam os serviços a Prefeitura mas ela não os executa, foi mais além para evitar que as pessoas caiam nos buracos sem perceber. Reuniu um grupo de amigos e pintaram, com 18 litros de tinta amarela, mais de 100 buracos no bairro.
Uma volta pela Vila Guilhermina e percebe-se que sobrou buracos e faltou tinta mas valeu o esforço e a intenção.
Um dos lugares premiados com mais cor para mostrar o abandono é a rotatória que divide os bairros de Vila Guilhermina, Cidade Patriarca e Jardim Assunção. Com cinco saídas, a rotatória, assim divide os bairros: Rua Joaçaba e Rua Jordânia em Vila Guilhermina, Rua Sebastião Daniel de Souza, Jardim Assunção e Rua Pedro Morcilla Filho, Cidade Patriarca. Independente do destino, rua ou bairro que o motorista escolher encontrará mais e mais buracos no caminho, matos crescidos nas praças, rotatórias quebradas ou cheias de mato.
Não é de hoje que os munícipes tentam chamar a atenção da prefeitura para a necessidade de realização do serviço tapa-buracos de forma eficiente em toda a cidade.
Em toda a capital paulista, todos simplesmente são vítimas dos buracos. Os moradores são unanimes em dizer que reclamam, mas o serviço não é executado e, quando executam o serviço é insatisfatório e o buraco reaparece, torna-se um problema crônico na vida do munícipe.
O tapa-buracos é o serviço municipal mais solicitado pelos moradores da cidade de São Paulo, que recebeu, nos últimos dois meses, mais de 25 mil pedidos.
O aumento no número de reclamações sobre buracos aumentou 32%, no período de um ano, na capital paulista. Com as chuvas fortes no período de janeiro à março, o problema se agravou deixando ruas quase que intransitáveis e aumentando o risco de acidentes para pedestres, motoqueiros e motoristas, pararam as chuvas e os buracos permaneceram.
A população pode solicitar o serviço tapa-buracos através da Central 156, o atendimento é gratuito e o prazo para o atendimento é de até 45 dias. A execução do serviço é de responsabilidade das Subprefeituras.