Riselda Morais
No segundo domingo de maio, vamos comemorar o Dia das Mães. Mas porque homenageamos em um único dia essas mulheres que merecem ser agradadas, amadas, elogiadas, presenteadas todos os dias?
Para responder a esta pergunta, vamos buscar a origem do Dia das Mães. A data surgiu em virtude ao sofrimento da americana Anna M. Jarvis que entrou em depressão após perder a mãe que havia trabalhado na guerra civil do país, para a ajudar, as amigas fizeram uma homenagem a mãe de Anna e a comemoração fez tanto sucesso que o presidente Thomas Woodrow Wulson oficializou a data em 1914. Ainda mais antigas são as comemorações dos povos gregos à mãe dos deuses, Reia e a comemoração dos trabalhadores da Idade Média que moravam longe da família e ganhavam um dia para visitar suas mães, chamado pelos ingleses de “motherning day”. No Brasil, a data foi escolhida em 1932, segundo decreto do então presidente Getúlio Vargas.
Homenagear nossas mães é mais que merecido. Uma mãe começa a amar seu bebê desde o momento que o gera, nos primeiros sintomas da gravidez, ela já ama esse ser que é menor que uma semente de ervilha, mas para ela já é tudo de mais importante no mundo, durante nove meses ela foca todas suas energias e esforços nos preparativos para receber esse ser especial, pensa tudo, roupinhas, berço, quarto, nome, enquanto acaricia a barriga e lhe diz quão amado já é, mas o momento mais especial mesmo é quando o bebê faz seu primeiro movimento na barriga.
A emoção de ser mãe, ter este ser tão amado nos braços a ilumina e amamentar é compartilhar do momento mais intimo e sublime entre mãe e filho, observar sua boquinha sugando seu leite e saber que aquele alimento representa a saúde, a vida e o amor da forma mais plena. Neste momento a mãe observa seu bebê com ternura, busca em seu rosto suas próprias características ou do parceiro e encontra no(a) filha(a) uma junção física do amor do casal, nariz, olhos, boca de um ou do outro. São momentos únicos e especiais como o primeiro sorriso, primeira mamada, quando a criança ouve sua voz e procura ver, que fazem a mãe superar o medo e a insegurança na hora de dar o primeiro banho, enfrentar a primeira febre, as noites em claro, a troca de fraldas, o nascimento dos dentes, a angustia ao ver o bebê chorar e não identificar seu choro.
Mais que gerar e dar a luz, a mãe é o anjo da guarda de sua criança, cuida-a em todos os momentos, no sorriso e nas lágrimas, só ela tem o poder de curar um machucado com um simples beijinho e ainda arrancar um sorriso e oferecer segurança no aconchego de um abraço. Também a mãe segura sua criança e a ensina a dar os primeiros passos, pronunciar as primeiras palavras, usar suas pequeninas mãos para alimentar-se sozinha, educa e ama incondicionalmente. Ajudar a criança a largar a chupeta, a mamadeira, segurar sua mãozinha ao atravessar a rua ou caminhar em lugar público, deixar na escolinha chorando na primeira semana, festejar suas descobertas e sua interação com o mundo são coisas de mãe. As mães são capazes de tudo para ver seus filhos felizes, sofrem junto no momento das dores, comemoram suas vitórias e lhes ampara nas derrotas. Uma mãe pode ser a melhor mãe do mundo sem ter gerado a criança, sendo mãe de coração, no dia a dia, no criar, amar, educar, cuidar. Também pode ser mãe e pai ao mesmo tempo.
Em reconhecimento a esse amor incondicional recebido todos os dias e durante toda a vida, os filhos, as filhas, biológicos ou de coração, aquecem o mercado, quando se aproxima o dia das mães, em uma corrida às compras em busca do presente perfeito para essa pessoa especial e para agradá-la vale tudo, perfumes, roupas, sapatos, flores, celulares, relógios, jóias, mas o melhor dos presentes é o beijo e o abraço ofertado junto e a companhia durante o almoço do Dia das Mães, porque assim é o coração de mãe, nobre, grandioso, generoso e cheio de amor! A todas as Mães de todos os dias, Feliz dia e mês das Mães e um beijo no coração!