Por: Riselda Morais
Resgate é feito pelo Corpo de Bombeiros, Agentes de Segurança do Metrô e equipes do SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Emergência |
Acidente faz vitimas com ferimentos leves, nenhum usuário em estado grave |
Dois trens da Linha Vermelha - Metrô Corinthians Itaquera/Barra Funda, colidiram nesta quarta-feira, 16/05 por volta das 10hs , entre as estações Penha e Carrão, Zona Leste da capital paulista. Durante algumas horas o trecho da linha ficou interrompido e os trens passaram a circular entre a estação Tatuapé e a Barra Funda, as demais linhas passaram a operar com velocidade reduzida.
Segundo o Corpo de Bombeiros, o acidente fez 48 vítimas com ferimentos leves e não deixou vítimas graves. Participaram do resgate 68 homens da corporação, 23 veículos, Agentes de Segurança do Metrô e equipes do SAMU - Serviço de Atendimento Móvel de Emergência.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que 103 pessoas passaram por atendimento em hospitais municipais devido a colisão, mas nenhum caso grave e todos tiveram alta.
O acidente teria ocorrido, segundo o Sindicato dos Metroviários, por causa de uma falha no sistema de freio automático, que em vez de frear, teria acelerado e provocado o choque. O operador do metrô declarou que ao perceber o erro na informação, - que é enviada por uma placa do sistema - puxou o freio de emergência, conseguiu diminuir a velocidade e evitar que o acidente tivesse maior gravidade.
Os trens envolvidos no acidente foram removidos para uma área próxima a estação Vila Matilde para perícia. O Paese foi acionado, os ônibus das linhas de ônibus que circulam na Radial Leste seguiram direto para a estação Tatuapé do Metrô, deixando de atender as estações Itaquera, Arthur Alvim, Patriarca, Guilhermina Esperança, Vila Matilde, Penha, e Carrão, os veículos formaram fila próximo a estação Tatuapé para fazer o transporte dos passageiros.
Segundo o Secretário de Transportes Metropolitano, Jurandir Fernandes, a colisão se deu a uma velocidade estimada entre 9 e 12 km/h. “É quase um acoplamento. Foi um acidente muito raro, provavelmente a primeira vez que aconteceu no Metrô”, declarou.
Para o secretário-geral do Sindicato dos Metroviários, Paulo Pasin, o choque se deu por falha no sistema de automatização. “Não pode ter havido falha humana porque esse sistema é automático. Quando há um trem à frente, a composição atrás recebe um código de via. Se o código é zero, o trem para. Houve uma falha no sistema e o equipamento mandou um sinal diferente disso, por isso a composição atrás seguiu, pelo que parece”, declarou Pasin, logo após o acidente. “Em 20 anos de Metrô, eu nunca vi nada disso acontecer.”
O Metrô é o principal meio de transporte na capital paulista, o meio mais rápido e até agora, considerado o mais seguro, diariamente tem suas plataformas lotadas e chega a transportar mais de 4 milhões de pessoas por dia, em horário de pico, chega a transportar 8,6 pessoas por metro quadrado de vagão. Com lotação além do limite suportável e com frequentes problemas que provocam atrasos, tem sido alvo de frequentes reclamações dos usuários, que mal conseguem respirar durante o trajeto em horário de pico, quando o embarque ou desembarque torna-se uma tarefa árdua, pela dificuldade de movimentar-se dentro do vagão, devido a super lotação. Apesar dos mais de 100 problemas ocorridos este ano, ninguém consegue abrir mão do transporte sobre trilhos para chegar ao trabalho, a faculdade, ao hospital, aos shoppings, em casa, pois ele continua sendo o mais rápido e o mais importante meio de transporte para a capital paulista.