Há dez anos, adquirir um cartão de crédito era mais difícil, os bancos faziam uma infinidade de exigências para fornecer um cartão de crédito ao cliente. Nos tempos atuais, o telefone não para de tocar, são operadores de telemarketing oferecendo cartões de crédito sem anuidade, são tantas as ofertas que é possível encher a carteira de cartões ou colecioná-los, não se pode mesmo é empolgar-se e sair comprando tudo com as facilidades que os cartões oferecem e entrar em uma bola de neve de dívidas.
Prudências a parte, a base de cartões das modalidades crédito, débito, loja e rede já ultrapassam 406 milhões de cartões em circulação no país.
Considerando apenas a modalidade crédito, houve um crescimento de 327% entre o ano 2000 e 2008, passando de 29 milhões para 124 milhões de cartões de crédito em circulação, em 2008 o valor transacionado por fatura teve uma média mensal de R$ 140,00 e o valor total de transações atingiu R$ 223,5 bilhões, teve crescimento em relação a 2007 que teve uma cifra de R$ 174 bilhões.
Segundo a ABECS (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Créditos e Serviços) o setor de cartões teve um desempenho acima do esperado em 2008 e o crescimento persistirá em 2009.
O volume financeiro negociado por meio de todas as modalidades de cartões no ano passado chegou a R$ 388,8 bilhões, um crescimento de 24% em relação a 2007, as projeções eram de fechar 2008 com crescimento de 22%. A alta deve-se a migração de outros meios de pagamento para o cartão e aumento da população bancarizada.
Os cartões de crédito movimentaram R$ 223,5 bilhões em 2008, o cartão de débito apresentou um avanço mais expressivo, aumento de 32% com volume financeiro de R$ 112,3 bilhões. Os cartões de loja e rede tiveram um volume de R$ 53 bilhões, crescimento de 17%.
Segundo a Abecs, o bom resultado do setor reflete a combinação de três fatores: continuidade da migração de meios de pagamento como cheque e dinheiro para o cartão, crescimento das vendas no comércio e ingresso de novos portadores de cartões.
As projeções da Associação para este ano é que o volume financeiro negociado através dos cartões aumente 15% a 20% na indústria, crescendo 14% a 18% no segmento crédito e 20% a 27% no débito , o de loja e rede de 10% a 14%, considerando um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) entre 2,5% e 3%.