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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Setembro amarelo alerta sobre a prevenção de morte por suicídio

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o suicídio é a segunda principal causa de morte entre jovens com idade de 15 a 29 anos

Riselda Morais


     
Apoio/Divulgação

     O amarelo simboliza a luz, a alegria e a vida e 10 de setembro é o Dia Internacional de Prevenção ao Suicídio. 
     O setembro amarelo é o mês em que é realizada uma campanha nacional organizada pelo Ministério da Saúde, desde 2015, para conscientizar a população sobre esse problema que leva, por ano, cerca de 11 mil brasileiros a tirar a própria vida.

      Segundo dados da Organização Mundial da Saúde a cada 40 segundos uma pessoa tira a própria vida, são mais de 800 mil pessoas que cometem suicídio por ano, no mundo, é a segunda maior causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

     A taxa de mortalidade por suicídio no Brasil vem aumentando nos últimos anos, segundo dados do Sistema de Informação por mortalidade, entre jovens na faixa etária entre 15 e 29 anos, é a terceira maior causa de morte entre os homens, ficando atrás apenas de agressões com 110,6 por 100 mil habitantes e acidentes de transporte com 41,3 pessoas a cada 100 mil.

     Entre as mulheres com idades entre 15 e 29 anos, as lesões autoprovocadas voluntariamente são a 8ª maior causa com 2,4 a cada 100 mil, sendo que agressões, parto e puerpério aparecem com 8,0; acidentes de transportes com 7,4 e agressões 7,0.
     Segundo dados do Ministério da Saúde, no período entre 2011 e 2016 foram notificadas 176.226 lesões autoprovocadas no Brasil, destes 48.204, o equivalente a 27,4% foram tentativas de tirar a própria vida.

     Apesar da maioria das tentativas de tirar a própria vida, 31,3 terem sido cometidas por mulheres, os dados apontam que os homens morrem mais por suicídio, foram 62.804 homens no período, sendo a maioria, 8,9 a cada 100 mil, homens com mais de 70 anos, destes 60,4% eram solteiros, viúvos ou divorciados.
     
      Ainda segundo dados do Ministério da Saúde, o aumento no número de suicídios entre 2010 e 2015, aconteceram em todo o país, sendo 23% concentrados na Região Sul e 14% da população e 38% na Região Sudeste, 42% da população.

     A Cartilha “Falando Abertamente sobre Suicídio” do CVV - Centro de Valorização da Vida esclarece que, o desejo de dar fim a própria vida, é um gesto auto destrutivo que pode ser motivado por um conjunto de situações como perdas, sensação de fracasso ou humilhação, depressão na forma simples ou bipolar, ansiedade, medo, dependência química - álcool e drogas, esquizofrenia, entre outras.

      Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos. É importante que ao sentir-se deprimido(a), sem vontade de viver, a pessoa procure ajuda profissional, fale sobre o assunto com a família, o sofrimento emocional pode ser tratado, vai passar.

     Ao perceber que um familiar ou amigo está perdendo o prazer pela vida, se isolando dos demais, angustiado, mostra-se sempre indisposto, prostrado ou excessivamente triste, se disponha a ajudar, apoiar, ouvir e jamais criticar ou julgar.

     O apoio familiar é muito importante para quem se encontra deprimido. Ao perceber estes sinais, incentive a pessoa a falar sobre o que está sentindo e a buscar ajuda de um profissional.

    Falar sobre suicídio é um tema delicado, porém necessário, uma vez que a depressão pode ser uma das causas, que por si só, é uma doença silenciosa, no entanto, nem sempre a depressão leva a morte, porque pode ser tratada.

     A psicóloga Marisa de Mello esclarece que “a depressão é uma doença clinicamente comprovada, não um caso de falta de religião ou “do que fazer”, como pensam alguns. A síndrome está listada na Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS e é uma enfermidade que gera efeitos físicos no indivíduo. O cérebro humano é formado por células, os neurônios, que se comunicam por meio de substâncias chamadas neurotransmissores. As vítimas da depressão têm alterações em alguns neurotransmissores envolvidos, por exemplo, na sensação de bem-estar. Esse mal em muitos casos começa devido a fatores externos, como a perda do emprego ou de um ente querido, e com o tempo se torna físico, ficando mais grave conforme a passagem do tempo e necessitando de tratamento profissional”.

É importante não ter preconceito, quebrar o tabu e procurar ajuda.

     O Centro de Valorização da Vida (CVV), realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atende voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone pelo número 188 e chat 24 horas todos os dias no site https://www.cvv.org.br/.

    O Sistema Único de Saúde dedica atenção especial à área da saúde mental em todo o Brasil, atuando em vários níveis através de Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Além de tratamentos psicológicos oferecidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), oferece também, tratamento nos Centros de Atenção Psicossocial, mais conhecidos como CAPS.

   O CAPS é um serviço de saúde referência no tratamento para pessoas que sofrem com depressão, transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e demais quadros que necessite de ajuda profissional psicológica.

     Ao procurar ajuda, a pessoa terá acesso a uma equipe multiprofissional composta por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e terapeutas ocupacionais que avaliam o quadro do paciente e indicam o tratamento adequado para cada caso. A internação só é indicada quando esgotadas todas as possibilidades terapêuticas disponíveis no CAPS, que também atua nos momentos de crise, nos estados agudos da dependência e de intenso sofrimento psíquico.

       O CAPS possui três modalidades de atendimento: Infanto-juvenil, Adulto e Álcool e Drogas (AD), o último dedicado a transtornos causados pelo uso de substâncias psicoativas.
       Os Centros também são divididos nos níveis I, II e III, o último se caracterizando por um acolhimento integral do paciente, com permanência por até 15 dias, para casos mais graves. 

      Existem também as Unidades de Acolhimento (UA), que são moradias provisórias destinadas aos usuários que estejam em tratamento nos CAPS AD e não têm família, residência, ou se encontram em situação de risco e vulnerabilidade nos locais em que habitam.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Amor Silenciado - Poetisa Riselda Morais


Há um quê, de querer e não querer
Há um porquê, de amar ou não amar
Há uma dor de viver e não se ter
a vontade de pertencer, o desejar

Há vontade de dizer o que se sente
verdade não se esconde com o olhar
mas quando fala parece indiferente
pensa esquecer, ao fingir e se calar

Há a verdade constante na mente
que insiste em dizer, o que é amar
envolta em fantasias simplesmente
isto é o amor e não adianta negar

Ah, se na vida sonhar bastasse
ah, como é bom querer e encontrar
se o querer um do outro adivinhasse
não precisávamos o amor disfarçar

Se um dia minha alma contar-te
o que quero e não ouso falar
não mais terei medo de amar-te
pois verei que estás a me amar

Assim tão logo interesse revelasse
sonhos começariam a se realizar
quando corpo e alma se encontrasse
o universo estaríamos a completar

Quando há reciprocidade no amor
O amor ingênuo, vale a pena viver
o amor sereno, para toda vida ter
amar com inocência e sem dor

Amar-te com cumplicidade
permitindo fluir toda a pureza
deixando que a ingenuidade
mostre-nos do amor a beleza

Se um dia o amor idealizado
substituir no coração a frieza
trocar pelo o real, o imaginado
aquecer o coração é certeza

Se o amor é apenas fantasia
para ti devo parecer insana
mas saiba que ele contagia
e pode ensinar como se ama

É preferível um amor ousado
que faz-se perceber com emoção
a um amor que morre calado
com medo de abrir o coração

Quando o amor estiver contigo
e veres que nele não há razão
lembrarás que estará comigo
uma parte chamada de paixão

Pensarás se tivesse tido
permitido-se viver essa paixão
terias em tua vida refletido
a luz de um dia de verão

Perceberás o anoitecer
chegando com a solidão
mas logo ao amanhecer
novas flores se abrirão

Quem sabe as contemplarás
percebendo quão singelas são
e tua forma de pensar mudarás
e ser feliz será tua missão

Verás que na vida há verdade
quando há também a sensação
de ter com o amor a intimidade
de se entregar, sentir, interação

Quando buscares a felicidade
e perceberes toda a imensidão
do sentimento, a grandiosidade
quando se tem amor no coração!

Permitida reprodução desde que citado o nome da autora.

Estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços têm até 9 de setembro para realizarem Cadastro Obrigatório para controle de resíduos

Quem não se cadastrar no site de Prefeitura estará sujeito à multa de R$ 1.639,60
   Riselda Morais

    Todos os estabelecimentos privados, comerciais, industriais e de serviços, todas as empresas com CNPJ inscritos no Município de São Paulo, como condomínios comerciais, Shoppings, restaurantes, supermercados, padarias, farmácias e as empresas com sede fora da capital paulista, mas que prestam serviços no processo de transporte, manuseio, reciclagem ou destino final de resíduos sólidos gerados na cidade de São Paulo, têm até a segunda-feira, 09 de setembro, para se regularizar, realizando um cadastro obrigatório no site da prefeitura https://www.ctre.com.br/login e declarar o volume de lixo que seu estabelecimento gera diariamente. 
   
     O cadastramento é gratuito e tem validade de 1 ano. Os estabelecimentos que não se cadastrarem estarão sujeitos à multa de R$ 1.639,60.
     O sistema é auto declaratório, quer dizer que, ao realizar o cadastro, “é o próprio estabelecimento quem vai declarar a quantidade de lixo que gera”, e o sistema irá identificar se ele é “grande ou pequeno” gerador de resíduo”.
    
    São enquadrados como grandes geradores de resíduos, aqueles estabelecimentos que geram mais de 200 litros ou dois sacos de 100 litros de lixo por dia; empresas que geram mais de 50 quilos de entulho, terra ou materiais de construção e condomínios de edifícios empresariais, residenciais ou de uso misto, em que a soma dos resíduos do tipo domiciliar gerados pelos condôminos some volume médio diário acima de 1.000 litros.
   
    Os estabelecimentos classificados como grandes geradores deverão pagar uma taxa anual estabelecida pelo Decreto de Preços Publico de R$ 228 (duzentos e vinte e oito reais) e para os Transportadores R$ 117 (cento e dezessete reais).
  
    Uma vez identificado, o comerciante que se enquadrar como grande gerador de resíduo, deverá contratar uma empresa privada para a execução dos serviços de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos gerados, de acordo com o artigo 141. da Lei 13.478 de 2002.
     
   Com a identificação dos estabelecimentos a Prefeitura, por meio da Amlurb, pretende diminuir os gastos com a coleta pública do lixo, melhorar as ações de zeladoria da cidade e aumentar o controle das etapas do sistema, além de minimizar a proliferação de pragas urbanas (roedores, aves e insetos) a partir da melhoria do sistema de coleta e destinação do lixo.
    
  O cadastro eletrônico ou CTRE-RGG integra as iniciativas do poder público do município de São Paulo de facilitar o controle e o cumprimento da Lei 13.478, de 2002, regulamentada pelo Decreto nº 58.701, de 2019, que trata do lixo gerado nos estabelecimentos comerciais”.
   
     O sistema auto declaratório criado pela Prefeitura de São Paulo e administrado pela Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana), que integra a política de controle e gestão de resíduos na cidade. Por ser feito de maneira online, a ferramenta permite o acompanhamento quase que em tempo real de todas as etapas da cadeia de resíduos sólidos no município, incluindo a geração, o armazenamento, o transporte e o tratamento e disposição final.
    
     O lixo só poderá ficar em caçambas que possuam códigos de rastreamento, que será monitorado desde o descarte até a chegada aos aterros.
  
    Para Julio Mirage, diretor-executivo da Associação Brasileira de Empresas de Gerenciamento de Resíduos (Abrager), “A implantação do Cadastro Eletrônico não só traz importantes avanços na gestão, controle e fiscalização dos órgãos ambientais, como também estabelece uma eficaz ferramenta de gestão e para os geradores, para os transportadores e para os destinadores de resíduos, significando aumento da segurança ambiental para todos, bem como ampliação das melhorias na zeladoria urbana e na saúde pública, além de economia de recursos públicos”.

Amazônia em Chamas

Desmatamento não é progresso, a biodiversidade da Amazônia precisa ser preservada

Riselda Morais

     A Floresta Amazônica, ou a Amazônia, está localizada na região norte do Brasil, ocupa cerca de 5,5 milhões de km², faz parte dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.
Mas a Amazônia não é só nossa, ela faz parte do território de nove países: Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru, Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Porém a maior parte de sua extensão é nossa, 61% da Amazônia está em território brasileiro e os outros 29% estão divididos nos territórios dos outros países.
   
  Na Amazônia Legal, a parte que pertence aos estados brasileiros, vivem mais de 23 milhões de pessoas, o correspondente a 12,32% dos habitantes brasileiros. Dentre estes, 55,9% são indígenas, cerca de 250 mil índios habitam naquela região, segundo a Funasa - Fundação Nacional de Saúde.Essa gigante é a maior floresta tropical do mundo e nela encontra-se a maior biodiversidade mundial.
    Toda a riqueza natural da Amazônia desperta a ganância daqueles que visam lucro e não respeitam o meio ambiente. Lamentavelmente, a Floresta Amazônica vem sofrendo diversas atividades predatórias, que vão desde a extração ilegal da madeira, a mineração, a conversão da floresta em pastagens para gado, para uso na agricultura e até grandes e inúmeros incêndios que chamam a atenção do Brasil e do mundo.
     A perda anual da Floresta Amazônica segue em níveis alarmantes e muitos tentam fechar os olhos ou negar a sua devastação.
Brasileiros e estrangeiros, por mais leigos que sejam, sabem que a Amazônia deve ser preservada, protegida para o bem de todos. A sua destruição pode ter um grande impacto na biodiversidade e nas mudanças climáticas, podendo ocasionar em menos chuvas e mais secas a nível mundial.
   A Amazônia tem em sua biodiversidade mais de 2.500 espécies de árvores, mais de 30 mil espécies de plantas, entre elas, a castanheira, a seringueira, a vitória-régia e o cacaueiro.
    A Amazônia tem também, mais de 2 milhões de espécies, sendo 1.900 espécies de aves catalogadas, entre elas muitas ameaçadas de extinção, como o Gavião real, Cigana, araras, papagaios, tucano, mutum e socó.
    São mais de 400 espécies de anfíbios, mais de 100 mil invertebrados, 40 mil espécies de vegetais, 427 espécies de mamíferos, entre eles a Onça pintada, anta, lobo guará, veado, capivara, lontra e tatu, além das muitas espécies de primatas.
A Amazônia tem a maior bacia hidrográfica do mundo. Em seus rios vivem cerca de 85% das espécies de peixes da América do Sul, mais de 3 mil espécies de peixes, sendo 450 catalogadas só no Rio Negro.
   A necropolítica dos últimos tempos vem provocando um efeito muito nocivo a Amazônia, não obstante ter sido autorizado 152 novos tipos de agrotóxicos que envenenarão muitas espécies em todo o Brasil, em especial as abelhas que estão desaparecendo do mundo, já aconteceram ataques a indígenas, aumento no desmatamento, aumento da mineração e aumento no número de incêndios na região Amazônica. Enquanto isso, muitos fazendeiros estão prontos para usar as terras de preservação se a Política do Meio Ambiente não souber realizar o papel de proteger a Amazônia.
    No período de janeiro a agosto de 2019, as queimadas dominaram a paisagem, a fumaça e as chamas substituíram a beleza da Amazônia e mataram muitas espécies da fauna de flora.
     Foram registrados neste período 72.843 focos de incêndios, um aumento de 83% nas queimadas em relação ao mesmo período do ano passado.
    Em 2018 a Amazônia teve 7.536 km² desmatados, segundo dados consolidados pelo Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
     Apenas em julho deste ano, a Amazônia sofreu desmatamento de 1.287 km², segundo o Sistema de Alerta do Imazon.
Preserve a natureza, respeite a biodiversidade.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Musical ‘Dona Ivone Lara - Um Sorriso Negro’ estreia temporada em São Paulo

Espetáculo foi prestigiado e aplaudido por estrelas da TV, da música, do teatro e do cinema
Redação e fotos: Riselda Morais

   
 O espetáculo musical ‘Dona Ivone Lara - Um Sorriso Negro’, iniciou temporada as 20h desta quinta-feira (29), no Teatro Sérgio Cardoso, onde permanecerá até 20 de outubro, com apresentações de quinta a domingo as 20h.

    'É um espetáculo de samba no pé e poesia na garganta', é a linda história de uma mulher guerreira que enfrentou preconceitos, dificuldades, mas lutou até se tornar a ‘Rainha do Samba’.

     A apresentação de estreia foi apenas para convidados e contou com a presença de muitos famosos do mundo da música, TV, teatro e cinema, entre eles Isabel Fillardis, Adriana Lessa, Jonathan Azevedo, Sula Miranda, Jennifer Nascimento e muitos outros.

     O Musical conta com 23 atores que retratam em 135 minutos, a vida e obra de Dona Ivone Lara, em dois atos, que representam três tempos diferentes de sua vida. Criança, aos 12 anos é representada por Di Ribeiro e Belize Pombal, aos 26 por Heloisa Jorge (Gilda de A Dona do Pedaço) e aos 80 anos por Fernanda Jacob. Além de música Afro e muito Samba, o espetáculo retrata as dificuldades enfrentadas por Dona Ivone, enquanto mulher, esposa e mãe até se tornar compositora e cantora de sucesso. 

     Retrata o empoderamento feminino e homenageia pessoas que fizeram parte de sua vida como Zaira Oliveira, Nize da Silveira, Clementina de Jesus, Elizeth Cardoso, Maria Bethânia e Gal Costa.

Adriana Lessa - Foto: Riselda Morais





Isabel Fillardis - Foto: Riselda Morais 




Lázaro Ramos - Foto: Riselda Morais

Sula Miranda - Foto: Riselda Morais

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Asas de Borboleta - Poetisa Riselda Morais




Buscando a magia do Universo,
vôo rumo ao desconhecido,
criando rimas e fazendo verso,
para um símbolo já conhecido.

Simplesmente como a borboleta,
com diversos tamanhos e cores,
ou como a “personificação da alma”,
batendo asas, brincando sobre flores!

Representa o renascimento,
a mudança e a imortalidade,
transformação e crescimento,
no matrimônio a felicidade!

A mais profunda fonte da vida,
que exprime voto de longevidade,
são as fases da alma refletida,
na crisálida, o ser da potencialidade!

Quando existe apenas a idéia,
eis o ovo, o ponto de criação,
logo transforma-se em larva,
quando se toma uma decisão!

Quando casulo é o projeto,
em fase de desenvolvimento,
é a etapa do quase concreto,
o que antes era pensamento!

Com a realização,
o casulo vai deixar,
houve a transforma,ção
chegou a hora de voar!

É o ciclo da borboleta,
é o criar e o transformar,
é nossa capacidade, 
de mudar e aceitar!

O homem, assim como a borboleta,
que abandona a crisálida para voar,
liberta-se do invólucro corpo físico,
para uma vida eterna conquistar!

São etapas da alma, para a iluminação,
metamorfose, a arte da transformação,
habilidade de conhecer a própria mente,
com capacidade e poder para melhorar!

A alma é feminina,
mais menina que mulher,
com asas de borboleta,
renascendo quando quer!

Permitida reprodução desde que citado o nome da autora.

sábado, 10 de agosto de 2019

São Paulo registrou média de 23 desaparecimentos de crianças e adolescentes no primeiro semestre

Riselda Morais


Mães da Sé - Foto: Divulgação


     Um luto sem fim, a tortura de não saber onde está um ente querido, se está com fome, com frio, se está vivo ou morto. 
     O sofrimento da perda sem explicação, a incerteza é o sentimento de muitas famílias brasileiras.
     
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo foram registrados no primeiro semestre deste ano, uma média de 23 desaparecimentos de crianças e adolescentes, por dia, o que nos leva a ter mais de 4.197 menores desaparecidos em São Paulo nos últimos seis meses. No mesmo período foram encontradas 5.135 pessoas.
     
     Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estado de São Paulo registrou 24.368 desaparecimentos de pessoas em 2018.  Desse total, 1/3 era criança ou adolescente - 215 eram crianças de 0 a 7 anos, 1.035 eram crianças de 8 a 12 anos e 7.255 eram adolescentes. Isso representa 8.505 crianças e adolescentes  desaparecidos no estado. Número inferior a 2017, quando São Paulo registrou mais de 25 mil desaparecidos.
    
Em todo o Brasil são cerca de 226 desaparecimentos por dia. Em 2017, foram registrados em todo o Brasil 82.684 desaparecimentos, aumento considerável se comparado a 2016, quando o país registrou 71.796 casos de pessoas desaparecidas.
    
Um estudo realizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha no Brasil indicou que foram registrados de 2007 a 2016, 693.076 boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas. Neste período desapareceram em média 190 pessoas por dia no Brasil. Nesse levantamento, o estado de São Paulo também lidera as estatísticas com um total de 242 mil pessoas desaparecidas no mesmo período.
      
 É considerado desaparecimento o sumiço de alguém sem avisar familiares ou amigos. Quando a pessoa não for encontrada  nos lugares que costuma frequentar, nem em hospitais ou IML, considera-se desaparecido. 
A recomendação é que não se deve esperar 24 horas para procurar ajuda, porque quando o desaparecimento é involuntário ou forçado, procurar ajuda rápido aumenta as chances do reencontro.
    Os desaparecimentos de pessoas são classificados de três formas: 

Voluntário (fuga do lar devido a desentendimentos familiares, violência doméstica ou outras formas de abuso dentro de casa).

- Involuntário (afastamento do cotidiano por um evento sobre o qual não se possui controle, como acidentes ou desastres naturais).

- Forçado (sequestros realizados por civis ou agentes de Estados autoritários).
    O desaparecimento forçado, em geral, é provocado por redes de pedofilia, tráfico de órgãos, prostituição ou escravidão.

     A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos divulgou, em julho desse ano, o balanço anual do Disque 100 referente ao tráfico de pessoas no Brasil. Em 2018, foram registradas 159 denúncias, destes 36 foram em São Paulo.

     Os dados apontam as violações mais registradas durante 2018, entre elas: tráfico interno para exploração sexual (16,9%), internacional para exploração sexual (8,1%), interno para adoção (7,5%), interno para exploração de trabalho (6,9%), internacional para exploração de trabalho (5,0%), internacional para adoção (2,5%), internacional para remoção de órgãos (1,8%) e, por fim, interno para remoção de órgãos (0,63%). Outros representam 57,23% das violações.

     Entre as vítimas 53,1% são do sexo feminino, seguidas por sexo masculino (11,7%), e de sexo não informado (35,14%). 

    O balanço também informou o percentual de vítimas com idade entre 15 a 17 anos (18,9%), 0 a 3 (7,2%), 25 a 30 (6,31%), 12 a 14 (4,50%), 18 a 24 (3,6%) e recém-nascido (1,8%). Desses, 54,9% não informaram a faixa etária.
    Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) Brasil, estima que o tráfico de pessoas movimenta 32 bilhões de dólares anualmente, e ocupa a segunda atividade ilícita mais lucrativa do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas em termos de rentabilidade.

     A Cartilha de Enfrentamento ao Desaparecimento do Ministério Público de São Paulo orienta que em caso de desaparecimento, deve-se primeiro fazer Boletim de Ocorrência do desaparecimento imediatamente, quanto mais rápido se iniciar as buscas mais chances de encontrar. 

   É importante que constem no BO todas as informações do desaparecido que possam auxiliar na investigação:
• Características físicas;
• Cicatrizes, marcas de nascença, tatuagens, piercings, pintas visíveis, próteses etc.;
• Roupas e pertences pessoais usados na última vez em que foi visto/a;
• Hábitos e estado emocional recente;
• Último lugar em que foi visto/a;
• Dados do aparelho celular, se for o caso;
• Contexto do desaparecimento: qual o último lugar em que a pessoa foi
vista, como ela estava vestida, para onde ela estava indo, com quem ela estava,
etc.
   Procurar outros órgãos que possam auxiliar na busca, em São Paulo tem o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), Mães da Sé, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo, por meio do setor conhecido como SMADS-Desaparecidos e o Balcão de Atendimento da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, também da Prefeitura.

   Descartar o possibilidade de falecimento, procurar em hospitais e prontos-Socorros, no Instituto Médico Legal (IML) e no Serviço de Verificação de Óbitos da Capital (SVOC).

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Casos de mordidas de morcego aumentam 54% na capital paulista em 2019

Riselda Morais

   
Morcego. Foto: Reprodução
Segundo informações da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) , a capital paulista registrou no período de janeiro a agosto deste ano, 164 casos de mordidas de morcego, um aumento de 54% em relação aos 106 casos registrados no ano passado, no entanto, o número de casos pode ser bem maior, uma vez que nem todas as pessoas atacadas procuram o serviço de saúde.

    O maior número de casos foi registrado em Cidade Tiradentes, Zona Leste da capital paulista, que teve entre os meses de maio e agosto deste ano, 49 pessoas atacadas por morcegos. Em 2018 foram registrados apenas 19 casos de mordidas de morcego na região.

Apesar de nenhum dos casos de ataque, a pessoa ter contraído da raiva humana, o aumento no número de casos preocupa o serviço de saúde. 
Dois morcegos foram capturados durante uma operação na Área de Proteção Ambiental da Cidade Tiradentes, onde  9 pessoas foram atacadas. Os morcegos foram encaminhados para análise laboratoriais para saber se são portadores do vírus da hidrofobia (raiva humana). 

A operação de caça aos morcegos foi realizada pela Supervisão Técnica de Saúde com a parceria da Polícia Militar Ambiental, Guarda Civil Metropolitana, Polícia Militar, UVIS, Zoonose Central e Subprefeitura de Cidade Tiradentes.
Os morcegos podem transmitir a raiva através da mordida, arranhadura, contato direto com o mamífero.

      Se tiver algum contato com morcego, lave bem o ferimento com muita água corrente, sabão ou detergente e procure o serviço de saúde que realiza tratamento para a raiva imediatamente. Pode ser necessário tomar doses da vacina antirrábica, única forma de prevenir a doença que pode ser fatal.

    Se seu animal foi mordido, leve-o ao veterinário e comunique a Divisão de Vigilância de Zoonoses pelo telefone 156. 

    Os morcegos são mamíferos de hábitos noturnos que vivem em pedras, grutas, pendurados nas árvores, mas na área urbana podem se abrigar em forros, telhados, porões, sótãos ou entre vãos da paredes das residências e prédios. É importante fechar, vedar espaços onde os morcegos possam se esconder.

    Existem mais 1.000 espécies de morcegos no mundo, vivem entre 10 e 30 anos, são considerados úteis aos homens e a natureza, por isso são protegidos pela Lei Federal nº 9605 de fevereiro de 1998. (Lei do Meio Ambiente) que torna matar morcego crime ambiental passível de multa e até prisão.

    Entre as espécies estão os que se alimentam de insetos, frutas, néctar das flores e apenas uma espécie é vampira, ou seja, são hematófagos que se alimentam de sague de animais ou de sangue humano. No entanto, todos podem transmitir a raiva.
   
    Aqui no município de São Paulo, os morcegos que se alimentam de sangue e atacam pessoas podem ser encontrados na APA - Área de Proteção Ambiental entre o Iguatemi e a Cidade Tiradentes, Parque  e reserva do Carmo, do Bororé, do Capivari-Mono, Parque Anhanguera, Parque da Cantareira, entre outros parque e reservas, é importante evitar estes locais à noite.

A Vigilância de Saúde alerta que quando contaminados pela raiva, os morcegos podem apresentar mudanças em seu comportamento, como: atividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contrações musculares e paralisia, óbito.

    O Centro de Controle de Zoonozes recomenda que “Nunca se deve tocar nos morcegos que eventualmente adentrem as edificações ou apareçam caídos no chão. Neste caso, se possível, imobilizar o animal jogando um pano ou caixa de papelão emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso. Em seguida, entrar em contato com  o 156, que enviará equipe para retirar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial de raiva e identificação da espécie”.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Vítimas da Desigualdade Social – Riselda Morais

Páteo do Colégio_morador de rua. Foto_Riselda Morais
A tristeza desta gente
Chega a me dar calafrio
Ver um ser inteligente
A tremer, a morrer de frio!
Cruel é seu sofrimento
Sua dura realidade
Sua pobreza, seu tormento
Sua grande penalidade
Embaixo do viaduto
Ou jogadas nas calçadas
Outrora já trabalharam
e já foram respeitadas
Agora perderam tudo
por mendigos são tratadas
Com desprezo e desdém
como ovelhas desgarradas
Não precisam os excluídos
de nossa sociedade
Que lhes viremos a cara,
lhes tratemos com maldade
Precisam de nossa ajuda,
A chamada caridade
Que lhes estendamos a mão,
com muita generosidade
E se você estivesse,
em igual situação?
Iria querer que lhe tivessem,
bondade de coração?
Que lhes dessem a mão amiga,
respeito e atenção?
De sua parte ganhariam
amizade e gratidão?

Aquela roupa usada,
Que serve para aquecer
Aquela cama quentinha,
É tudo que querem Ter
Um trabalho lhes faria,
outra vez querer viver
Teriam uma família,
alimento para comer
Não precisa ter poder,
para fazer uma doação
é importante que dê,
a sua colaboração
Com humildade para Deus,
a sua contribuição
poderá simbolizar
Da alma a salvação!
Permitida reprodução desde que citado o nome da autora.
Riselda Morais


    Muitas doenças infecciosas já poderiam ter sido erradicadas no mundo se todas as pessoas que tem acesso as vacinas se imunizassem e vacinassem seus filhos. 

    Entre as doenças evitáveis que poderiam estar extintas está o sarampo e a poliomielite.
    
No Brasil, das oito principais vacinas, disponibilizadas gratuitamente e obrigatórias para bebês, apenas a BCG, vacina que previne tuberculose, tem alcançado a meta de cobertura da vacinação por ser aplicada nas maternidades. As outras sete vacinas alcançaram no ano passado, cobertura bem abaixo da meta de 95% do público alvo.

    Apesar da vacinação proteger contra doenças potencialmente graves e que levam a morte, da vacina estar disponível gratuitamente na rede pública, das campanhas terem seus prazos, na maio-ria das vezes, prorrogados para alcançar uma maior cobertura... a adesão continua baixa, como é o caso das vacinas contra sarampo, gripe e febre amarela.
     A resistência a vacinação dos menores tem trazido de volta ao Brasil doenças antes erradica-das como é o caso do Sarampo.

     O Sarampo é uma doença transmitida por vírus e altamente contagiosa. É transmitido por meio de contato direto e pelo ar.

Antes da existência da vacinação, em 1963, ele causou aproximadamente 2,6 milhões de mortes, segundo a Organização Pan-americana da Saúde.
     
    A Organização Mundial da Saúde tem alertado sobre o surto de sarampo em outros países.
    Apesar da maior incidência do Sarampo ser na Ásia e na África, em 2017, os casos de sarampo aumentaram em 400% em 53 países da Europa. No mesmo ano, 110 mil pessoas morreram por sarampo, sendo a maioria, crianças menores de 5 anos.
       Segundo dados da OMS, os casos de sarampo cresceram, neste ano, 300% em comparação a 2018. Foram registrados casos da doença em 170 países.
       
   No Brasil mais de 10 mil pessoas tiveram sarampo na região norte em 2018, já neste ano, o epicentro do surto foi no estado de São Paulo que contabilizou 484 casos de janeiro a julho., a maioria na capital paulista.

Mas afinal porque alguns grupos optam por não vacinar seus filhos?

       O movimento antivacinas surgiu em 1998, quando foi publicado na revista Lancet, um artigo científico, uma pesquisa fraudulenta na qual, o médico inglês Andrew Wakefield associou o aumento no número de crianças autistas com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
A partir daí muitos pais deixaram de vacinar seus filhos.
       Alguns anos depois a revista se retratou. O trabalho foi investigado e os dados eram falsos. Foi descoberto que o médico recebia pagamentos de advogados em processos por compensação de danos vacinais.
       
Nas redes sociais, em especial no Facebook existem grupos antivacinas com mais de 11 mil membros que trocam informações, em sua maioria, falsas.

       A informação é a melhor forma de se proteger e proteger as crianças. Se tem dúvidas converse com o pediatra do seu filho, ouça suas recomendações.
    A vacinação deve fazer parte da vida da pessoa desde seu nascimento, é a melhor forma de prevenir doenças e reforçar o sistema imunológico da criança.

Pela legislação brasileira, não vacinar as crianças é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal, prevê que “Família, sociedade e Estado devem assegurar a criança, com absoluta prioridade, o direito à vida e a saúde.

     Já o Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 14, diz que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.
    Não se trata de os pais terem direito de escolher se os filhos vão ou não tomar as vacinas e sim, do direito da criança receber a vacina.
     Logo, os pais que optam por não vacinar os filhos, podem ser legalmente responsabilizados.
Vale lembrar que a vacinação além de prevenir doenças na criança é também uma questão de saúde coletiva. É importante manter a carteira de vacinação atualizada e as vacinas em dia.

Projeto Lei torna toda pessoa doadora de órgãos, salvo manifestação contrária e crime hediondo retirada ilegal de órgãos

Projeto Lei 3.176/2019 de Major Olimpio, altera a Lei nº 9.434/97 e a Lei nº 8.072/90, para tornar presumida a doação de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, tornar hediondos os crimes de retirada ilegal de órgãos, permitir campanhas para arrecadação de fundos para financiamento de transplante ou enxerto
 Por: Riselda Morais

 
Major Olimpio - Foto Pedro França - Agencia Senado
Tramita no Senado o Projeto Lei 3.176/2019 de Major Olimpio que torna a doação de órgãos e tecidos um ato de consentimento presumido, isto quer dizer que, se uma pessoa maior de 16 anos não se manifestar contrária a doação, será considerada doadora até que se prove o contrário.
    O projeto Lei do Major Olimpio propõe que  "a retirada do material em menores de 16 e pessoas com deficiência mental sem discernimento depende de autorização do parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o quarto grau, inclusive".
O projeto lei propõe também que os crimes ligados à remoção ilegal de órgãos sejam enquadrados na Lei 8.072, de 1990 que trata de Crimes Hediondos.
O PL 3.176/2019 torna a lei de doação de órgãos mais flexível em relação à veiculação de anúncio ou apelo público por doação a uma pessoa determinada ou para arrecadação de fundos para o financiamento de transplante ou enxerto em benefício de particulares.

Como é hoje    

O direito à vida está decretado na Constituição Federal de 1988. A Lei n° 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, institui a legalidade sobre a remoção de órgãos e tecidos do corpo humano para fins de transplante, desde que seja de livre vontade e autorizada pelo doador ou responsável, ou seja, a doação é livre.
     Após a morte, a retirada de órgãos e tecidos só pode ser feita após ser constatado e registrada a morte cerebral, através de exames realizados por médico que não faça parte da equipe de transplante e precisa que os pais ou cônjuge autorize.
Em si tratando de pessoas menores de idade ou pessoas com deficiência mental a lei atual, permite a retirada dos órgãos desde que, com autorização dos pais ou representante legal.
      O destino dos órgãos doados é determinado pela Central de Transplantes que seguem critérios de compatibilidade do organismo, gravidade da doença e tempo de espera. 

Com a mudança a pena para quem remove tecidos, órgãos ou partes do corpo passa dos dois a seis anos de reclusão previstos na Lei 9.434, de 1997, para de três a oito anos. Se o crime for cometido mediante recompensa ou motivo torpe, a reclusão mínima sobe de três para quatro anos, e a máxima vai de oito para dez anos.
Há previsão de aumento de pena especialmente se a vítima for pessoa ainda viva. Se o crime resulta em morte a pena mínima vai de oito para 12 anos e a máxima de 20 para 30 anos.
   
Para quem for contrário à doação de órgãos e tecidos, segundo o PL, terá que colocar a frase contrária ao que era colocado no RG anos atrás. A mensagem que antes era "Doador de órgãos e tecidos" agora deverá constar em documento "Não doador de órgãos"

O tráfico do órgãos e tecidos tem a pena de reclusão aumentada de três para cinco anos (mínima) e vai até dez anos (máxima). Os supostos médicos que realizam o transplante ou enxerto podem ter sentença de três a oito anos, ou seja, mais que a de um a seis anos prevista na atual lei de doação de órgãos.
Em todos os casos, há valores em dia-multa, muitos deles também aumentados pelo projeto apresentado pelo senador Major Olimpio.
A proposta aguarda relator na Comissão de Constituição em Justiça (CCJ), que deverá votá-la em caráter terminativo. Ou seja, se aprovada sem recurso para votação no Plenário ou em outras comissões, ela seguirá para a Câmara dos Deputados.
Com informações da Agência Senado.