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sábado, 10 de agosto de 2019

São Paulo registrou média de 23 desaparecimentos de crianças e adolescentes no primeiro semestre

Riselda Morais


Mães da Sé - Foto: Divulgação


     Um luto sem fim, a tortura de não saber onde está um ente querido, se está com fome, com frio, se está vivo ou morto. 
     O sofrimento da perda sem explicação, a incerteza é o sentimento de muitas famílias brasileiras.
     
Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo foram registrados no primeiro semestre deste ano, uma média de 23 desaparecimentos de crianças e adolescentes, por dia, o que nos leva a ter mais de 4.197 menores desaparecidos em São Paulo nos últimos seis meses. No mesmo período foram encontradas 5.135 pessoas.
     
     Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o estado de São Paulo registrou 24.368 desaparecimentos de pessoas em 2018.  Desse total, 1/3 era criança ou adolescente - 215 eram crianças de 0 a 7 anos, 1.035 eram crianças de 8 a 12 anos e 7.255 eram adolescentes. Isso representa 8.505 crianças e adolescentes  desaparecidos no estado. Número inferior a 2017, quando São Paulo registrou mais de 25 mil desaparecidos.
    
Em todo o Brasil são cerca de 226 desaparecimentos por dia. Em 2017, foram registrados em todo o Brasil 82.684 desaparecimentos, aumento considerável se comparado a 2016, quando o país registrou 71.796 casos de pessoas desaparecidas.
    
Um estudo realizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha no Brasil indicou que foram registrados de 2007 a 2016, 693.076 boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas. Neste período desapareceram em média 190 pessoas por dia no Brasil. Nesse levantamento, o estado de São Paulo também lidera as estatísticas com um total de 242 mil pessoas desaparecidas no mesmo período.
      
 É considerado desaparecimento o sumiço de alguém sem avisar familiares ou amigos. Quando a pessoa não for encontrada  nos lugares que costuma frequentar, nem em hospitais ou IML, considera-se desaparecido. 
A recomendação é que não se deve esperar 24 horas para procurar ajuda, porque quando o desaparecimento é involuntário ou forçado, procurar ajuda rápido aumenta as chances do reencontro.
    Os desaparecimentos de pessoas são classificados de três formas: 

Voluntário (fuga do lar devido a desentendimentos familiares, violência doméstica ou outras formas de abuso dentro de casa).

- Involuntário (afastamento do cotidiano por um evento sobre o qual não se possui controle, como acidentes ou desastres naturais).

- Forçado (sequestros realizados por civis ou agentes de Estados autoritários).
    O desaparecimento forçado, em geral, é provocado por redes de pedofilia, tráfico de órgãos, prostituição ou escravidão.

     A Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos divulgou, em julho desse ano, o balanço anual do Disque 100 referente ao tráfico de pessoas no Brasil. Em 2018, foram registradas 159 denúncias, destes 36 foram em São Paulo.

     Os dados apontam as violações mais registradas durante 2018, entre elas: tráfico interno para exploração sexual (16,9%), internacional para exploração sexual (8,1%), interno para adoção (7,5%), interno para exploração de trabalho (6,9%), internacional para exploração de trabalho (5,0%), internacional para adoção (2,5%), internacional para remoção de órgãos (1,8%) e, por fim, interno para remoção de órgãos (0,63%). Outros representam 57,23% das violações.

     Entre as vítimas 53,1% são do sexo feminino, seguidas por sexo masculino (11,7%), e de sexo não informado (35,14%). 

    O balanço também informou o percentual de vítimas com idade entre 15 a 17 anos (18,9%), 0 a 3 (7,2%), 25 a 30 (6,31%), 12 a 14 (4,50%), 18 a 24 (3,6%) e recém-nascido (1,8%). Desses, 54,9% não informaram a faixa etária.
    Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) Brasil, estima que o tráfico de pessoas movimenta 32 bilhões de dólares anualmente, e ocupa a segunda atividade ilícita mais lucrativa do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas em termos de rentabilidade.

     A Cartilha de Enfrentamento ao Desaparecimento do Ministério Público de São Paulo orienta que em caso de desaparecimento, deve-se primeiro fazer Boletim de Ocorrência do desaparecimento imediatamente, quanto mais rápido se iniciar as buscas mais chances de encontrar. 

   É importante que constem no BO todas as informações do desaparecido que possam auxiliar na investigação:
• Características físicas;
• Cicatrizes, marcas de nascença, tatuagens, piercings, pintas visíveis, próteses etc.;
• Roupas e pertences pessoais usados na última vez em que foi visto/a;
• Hábitos e estado emocional recente;
• Último lugar em que foi visto/a;
• Dados do aparelho celular, se for o caso;
• Contexto do desaparecimento: qual o último lugar em que a pessoa foi
vista, como ela estava vestida, para onde ela estava indo, com quem ela estava,
etc.
   Procurar outros órgãos que possam auxiliar na busca, em São Paulo tem o Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID), do Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), Mães da Sé, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo, por meio do setor conhecido como SMADS-Desaparecidos e o Balcão de Atendimento da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, também da Prefeitura.

   Descartar o possibilidade de falecimento, procurar em hospitais e prontos-Socorros, no Instituto Médico Legal (IML) e no Serviço de Verificação de Óbitos da Capital (SVOC).

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Casos de mordidas de morcego aumentam 54% na capital paulista em 2019

Riselda Morais

   
Morcego. Foto: Reprodução
Segundo informações da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) , a capital paulista registrou no período de janeiro a agosto deste ano, 164 casos de mordidas de morcego, um aumento de 54% em relação aos 106 casos registrados no ano passado, no entanto, o número de casos pode ser bem maior, uma vez que nem todas as pessoas atacadas procuram o serviço de saúde.

    O maior número de casos foi registrado em Cidade Tiradentes, Zona Leste da capital paulista, que teve entre os meses de maio e agosto deste ano, 49 pessoas atacadas por morcegos. Em 2018 foram registrados apenas 19 casos de mordidas de morcego na região.

Apesar de nenhum dos casos de ataque, a pessoa ter contraído da raiva humana, o aumento no número de casos preocupa o serviço de saúde. 
Dois morcegos foram capturados durante uma operação na Área de Proteção Ambiental da Cidade Tiradentes, onde  9 pessoas foram atacadas. Os morcegos foram encaminhados para análise laboratoriais para saber se são portadores do vírus da hidrofobia (raiva humana). 

A operação de caça aos morcegos foi realizada pela Supervisão Técnica de Saúde com a parceria da Polícia Militar Ambiental, Guarda Civil Metropolitana, Polícia Militar, UVIS, Zoonose Central e Subprefeitura de Cidade Tiradentes.
Os morcegos podem transmitir a raiva através da mordida, arranhadura, contato direto com o mamífero.

      Se tiver algum contato com morcego, lave bem o ferimento com muita água corrente, sabão ou detergente e procure o serviço de saúde que realiza tratamento para a raiva imediatamente. Pode ser necessário tomar doses da vacina antirrábica, única forma de prevenir a doença que pode ser fatal.

    Se seu animal foi mordido, leve-o ao veterinário e comunique a Divisão de Vigilância de Zoonoses pelo telefone 156. 

    Os morcegos são mamíferos de hábitos noturnos que vivem em pedras, grutas, pendurados nas árvores, mas na área urbana podem se abrigar em forros, telhados, porões, sótãos ou entre vãos da paredes das residências e prédios. É importante fechar, vedar espaços onde os morcegos possam se esconder.

    Existem mais 1.000 espécies de morcegos no mundo, vivem entre 10 e 30 anos, são considerados úteis aos homens e a natureza, por isso são protegidos pela Lei Federal nº 9605 de fevereiro de 1998. (Lei do Meio Ambiente) que torna matar morcego crime ambiental passível de multa e até prisão.

    Entre as espécies estão os que se alimentam de insetos, frutas, néctar das flores e apenas uma espécie é vampira, ou seja, são hematófagos que se alimentam de sague de animais ou de sangue humano. No entanto, todos podem transmitir a raiva.
   
    Aqui no município de São Paulo, os morcegos que se alimentam de sangue e atacam pessoas podem ser encontrados na APA - Área de Proteção Ambiental entre o Iguatemi e a Cidade Tiradentes, Parque  e reserva do Carmo, do Bororé, do Capivari-Mono, Parque Anhanguera, Parque da Cantareira, entre outros parque e reservas, é importante evitar estes locais à noite.

A Vigilância de Saúde alerta que quando contaminados pela raiva, os morcegos podem apresentar mudanças em seu comportamento, como: atividade alimentar diurna, hiperexcitabilidade, agressividade, tremores, falta de coordenação dos movimentos, contrações musculares e paralisia, óbito.

    O Centro de Controle de Zoonozes recomenda que “Nunca se deve tocar nos morcegos que eventualmente adentrem as edificações ou apareçam caídos no chão. Neste caso, se possível, imobilizar o animal jogando um pano ou caixa de papelão emborcada para baixo, de modo a mantê-lo preso. Em seguida, entrar em contato com  o 156, que enviará equipe para retirar o animal e encaminhá-lo para exame laboratorial de raiva e identificação da espécie”.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Vítimas da Desigualdade Social – Riselda Morais

Páteo do Colégio_morador de rua. Foto_Riselda Morais
A tristeza desta gente
Chega a me dar calafrio
Ver um ser inteligente
A tremer, a morrer de frio!
Cruel é seu sofrimento
Sua dura realidade
Sua pobreza, seu tormento
Sua grande penalidade
Embaixo do viaduto
Ou jogadas nas calçadas
Outrora já trabalharam
e já foram respeitadas
Agora perderam tudo
por mendigos são tratadas
Com desprezo e desdém
como ovelhas desgarradas
Não precisam os excluídos
de nossa sociedade
Que lhes viremos a cara,
lhes tratemos com maldade
Precisam de nossa ajuda,
A chamada caridade
Que lhes estendamos a mão,
com muita generosidade
E se você estivesse,
em igual situação?
Iria querer que lhe tivessem,
bondade de coração?
Que lhes dessem a mão amiga,
respeito e atenção?
De sua parte ganhariam
amizade e gratidão?

Aquela roupa usada,
Que serve para aquecer
Aquela cama quentinha,
É tudo que querem Ter
Um trabalho lhes faria,
outra vez querer viver
Teriam uma família,
alimento para comer
Não precisa ter poder,
para fazer uma doação
é importante que dê,
a sua colaboração
Com humildade para Deus,
a sua contribuição
poderá simbolizar
Da alma a salvação!
Permitida reprodução desde que citado o nome da autora.
Riselda Morais


    Muitas doenças infecciosas já poderiam ter sido erradicadas no mundo se todas as pessoas que tem acesso as vacinas se imunizassem e vacinassem seus filhos. 

    Entre as doenças evitáveis que poderiam estar extintas está o sarampo e a poliomielite.
    
No Brasil, das oito principais vacinas, disponibilizadas gratuitamente e obrigatórias para bebês, apenas a BCG, vacina que previne tuberculose, tem alcançado a meta de cobertura da vacinação por ser aplicada nas maternidades. As outras sete vacinas alcançaram no ano passado, cobertura bem abaixo da meta de 95% do público alvo.

    Apesar da vacinação proteger contra doenças potencialmente graves e que levam a morte, da vacina estar disponível gratuitamente na rede pública, das campanhas terem seus prazos, na maio-ria das vezes, prorrogados para alcançar uma maior cobertura... a adesão continua baixa, como é o caso das vacinas contra sarampo, gripe e febre amarela.
     A resistência a vacinação dos menores tem trazido de volta ao Brasil doenças antes erradica-das como é o caso do Sarampo.

     O Sarampo é uma doença transmitida por vírus e altamente contagiosa. É transmitido por meio de contato direto e pelo ar.

Antes da existência da vacinação, em 1963, ele causou aproximadamente 2,6 milhões de mortes, segundo a Organização Pan-americana da Saúde.
     
    A Organização Mundial da Saúde tem alertado sobre o surto de sarampo em outros países.
    Apesar da maior incidência do Sarampo ser na Ásia e na África, em 2017, os casos de sarampo aumentaram em 400% em 53 países da Europa. No mesmo ano, 110 mil pessoas morreram por sarampo, sendo a maioria, crianças menores de 5 anos.
       Segundo dados da OMS, os casos de sarampo cresceram, neste ano, 300% em comparação a 2018. Foram registrados casos da doença em 170 países.
       
   No Brasil mais de 10 mil pessoas tiveram sarampo na região norte em 2018, já neste ano, o epicentro do surto foi no estado de São Paulo que contabilizou 484 casos de janeiro a julho., a maioria na capital paulista.

Mas afinal porque alguns grupos optam por não vacinar seus filhos?

       O movimento antivacinas surgiu em 1998, quando foi publicado na revista Lancet, um artigo científico, uma pesquisa fraudulenta na qual, o médico inglês Andrew Wakefield associou o aumento no número de crianças autistas com a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.
A partir daí muitos pais deixaram de vacinar seus filhos.
       Alguns anos depois a revista se retratou. O trabalho foi investigado e os dados eram falsos. Foi descoberto que o médico recebia pagamentos de advogados em processos por compensação de danos vacinais.
       
Nas redes sociais, em especial no Facebook existem grupos antivacinas com mais de 11 mil membros que trocam informações, em sua maioria, falsas.

       A informação é a melhor forma de se proteger e proteger as crianças. Se tem dúvidas converse com o pediatra do seu filho, ouça suas recomendações.
    A vacinação deve fazer parte da vida da pessoa desde seu nascimento, é a melhor forma de prevenir doenças e reforçar o sistema imunológico da criança.

Pela legislação brasileira, não vacinar as crianças é ilegal. O artigo 227 da Constituição Federal, prevê que “Família, sociedade e Estado devem assegurar a criança, com absoluta prioridade, o direito à vida e a saúde.

     Já o Estatuto da Criança e do Adolescente, no artigo 14, diz que “é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias”.
    Não se trata de os pais terem direito de escolher se os filhos vão ou não tomar as vacinas e sim, do direito da criança receber a vacina.
     Logo, os pais que optam por não vacinar os filhos, podem ser legalmente responsabilizados.
Vale lembrar que a vacinação além de prevenir doenças na criança é também uma questão de saúde coletiva. É importante manter a carteira de vacinação atualizada e as vacinas em dia.

Projeto Lei torna toda pessoa doadora de órgãos, salvo manifestação contrária e crime hediondo retirada ilegal de órgãos

Projeto Lei 3.176/2019 de Major Olimpio, altera a Lei nº 9.434/97 e a Lei nº 8.072/90, para tornar presumida a doação de tecidos, órgãos e partes do corpo humano, tornar hediondos os crimes de retirada ilegal de órgãos, permitir campanhas para arrecadação de fundos para financiamento de transplante ou enxerto
 Por: Riselda Morais

 
Major Olimpio - Foto Pedro França - Agencia Senado
Tramita no Senado o Projeto Lei 3.176/2019 de Major Olimpio que torna a doação de órgãos e tecidos um ato de consentimento presumido, isto quer dizer que, se uma pessoa maior de 16 anos não se manifestar contrária a doação, será considerada doadora até que se prove o contrário.
    O projeto Lei do Major Olimpio propõe que  "a retirada do material em menores de 16 e pessoas com deficiência mental sem discernimento depende de autorização do parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o quarto grau, inclusive".
O projeto lei propõe também que os crimes ligados à remoção ilegal de órgãos sejam enquadrados na Lei 8.072, de 1990 que trata de Crimes Hediondos.
O PL 3.176/2019 torna a lei de doação de órgãos mais flexível em relação à veiculação de anúncio ou apelo público por doação a uma pessoa determinada ou para arrecadação de fundos para o financiamento de transplante ou enxerto em benefício de particulares.

Como é hoje    

O direito à vida está decretado na Constituição Federal de 1988. A Lei n° 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, institui a legalidade sobre a remoção de órgãos e tecidos do corpo humano para fins de transplante, desde que seja de livre vontade e autorizada pelo doador ou responsável, ou seja, a doação é livre.
     Após a morte, a retirada de órgãos e tecidos só pode ser feita após ser constatado e registrada a morte cerebral, através de exames realizados por médico que não faça parte da equipe de transplante e precisa que os pais ou cônjuge autorize.
Em si tratando de pessoas menores de idade ou pessoas com deficiência mental a lei atual, permite a retirada dos órgãos desde que, com autorização dos pais ou representante legal.
      O destino dos órgãos doados é determinado pela Central de Transplantes que seguem critérios de compatibilidade do organismo, gravidade da doença e tempo de espera. 

Com a mudança a pena para quem remove tecidos, órgãos ou partes do corpo passa dos dois a seis anos de reclusão previstos na Lei 9.434, de 1997, para de três a oito anos. Se o crime for cometido mediante recompensa ou motivo torpe, a reclusão mínima sobe de três para quatro anos, e a máxima vai de oito para dez anos.
Há previsão de aumento de pena especialmente se a vítima for pessoa ainda viva. Se o crime resulta em morte a pena mínima vai de oito para 12 anos e a máxima de 20 para 30 anos.
   
Para quem for contrário à doação de órgãos e tecidos, segundo o PL, terá que colocar a frase contrária ao que era colocado no RG anos atrás. A mensagem que antes era "Doador de órgãos e tecidos" agora deverá constar em documento "Não doador de órgãos"

O tráfico do órgãos e tecidos tem a pena de reclusão aumentada de três para cinco anos (mínima) e vai até dez anos (máxima). Os supostos médicos que realizam o transplante ou enxerto podem ter sentença de três a oito anos, ou seja, mais que a de um a seis anos prevista na atual lei de doação de órgãos.
Em todos os casos, há valores em dia-multa, muitos deles também aumentados pelo projeto apresentado pelo senador Major Olimpio.
A proposta aguarda relator na Comissão de Constituição em Justiça (CCJ), que deverá votá-la em caráter terminativo. Ou seja, se aprovada sem recurso para votação no Plenário ou em outras comissões, ela seguirá para a Câmara dos Deputados.
Com informações da Agência Senado.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Seleção Brasileira - Riselda Morais




Vamos lá meu Brasil
Vamos minha Seleção
É o verde e o amarelo
vencendo a competição!

Mostrando seu futebol
desde a fase inicial
nas oitavas e nas quartas
chegando a semifinal

Na copa em todas as edições
está o time brasileiro
alegrando os corações
bem sucedido e guerreiro

Consistente entre as nações
mais forte futebol do planeta
vence todas as seleções
bom no ataque e na defesa

Grande domínio de bola
defesa, drible e velocidade
Nas jogadas coletivas e
quando há individualidade

É o time da renovação
que ao futebol aperfeiçoou
foi jogando com paixão
que mais copas conquistou

És o maior vencedor
meu Brasil universal
Elimina o adversário
Vence a partida final

Mais uma vez campeã
a seleção artilheira
é dela que eu sou fã
da seleção brasileira!

Permitida reprodução desde que citado o nome da autora.

Seleção Brasileira enfrenta o Peru no Macaranã na final da Copa América

Brasil volta ao estádio onde foi campeão na Copa das Confederações há seis anos

Riselda Morais
Foto: Lucas Figueiredo/CBF


Foto: Lucas Figueiredo/CBF

    No próximo domingo (07/07) às 17 h, a Seleção Brasileira enfrentará o Peru no estádio do Maracanã pela final da Copa América 2019.
     As expectativas são otimistas.  A última vez que o Brasil enfrentou o Peru foi na Arena Corinthians, no sábado (22/06) as 16h, venceu por 5×0, com gols de Casemiro, Firmino, Everton, Daniel Alves e Willian e garantiu a liderança do Grupo A na Copa América.

  Já a última vez que a Seleção Brasileira jogou no Maracanã foi na final da Copa das Confederações de 2013, foi campeão, vencendo a Espanha por 3×0.
      Entre os jogadores que entrarão no estádio do Maracanã para a final da Copa América, apenas Daniel Alves, Thiago Silva e Filipe Luís permanecem no time da Seleção. Além deles, Gabriel Jesus e Marquinhos também já atuaram com a camisa da seleção no estádio, mas não pela Seleção Principal.

    Para os outros 17 jogadores que compõe o elenco, será a primeira vez que pisarão o gramado do Maracanã com a Seleção Brasileira.
     Para Tite, que por várias vezes durante sua trajetória no futebol brasileiro, atuando por clubes  como Corinthians, Palmeiras, Internacional e outros, esteve no Maracanã, desta vez o gostinho é especial, ele volta ao estádio a frente da Seleção e com total apoio e confiança da CBF. 
   Após a vitória por 2 a 0 sobre a Argentina, o treinador comentou, durante entrevista coletiva, a felicidade por finalmente realizar este sonho de estar lá com a seleção.
– Chego com muita tranquilidade, sabendo que é uma exposição muito grande. Mas com muita paz, de fazer o trabalho, de seguir na mesma forma e preparação, pedindo para os atletas buscarem recuperação. Tem outra coisa, vou me tornar verdadeiramente técnico da Seleção Brasileira. A boleirada fala assim: “jogou bola?”. Eu falo: “joguei”. Eles perguntam: “jogou no Maracanã?”. Eu vou treinar no Maracanã - falou Tite.

terça-feira, 2 de julho de 2019

Parques e áreas públicas de lazer terão que ter profissional de Educação Física

Contando com o apoio do cardiologista e médico do esporte Nabil Ghorayeb, em sua elaboração, o PL prevê suprir a  necessidade de  estrutura profissional e com equipamento de primeiros socorros para evitar mortes súbitas durante prática esportiva nestes locais
 Riselda Morais
Deputado Marcos Damasio. Foto: Divulgação
     Foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, na terça-feira (25/06), o Projeto Lei 548/2016, de autoria do Deputado Estadual Marcos Damasio (PL) que propõe a obrigatoriedade de parque e áreas de lazer públicos com equipamentos de ginástica e grandes frequência de pessoas ter a presença de profissionais de Educação Física.
      O PL propõe ainda, que estes profissionais sejam capacitados em treinamento de Emergências Cardiovasculares Básico (TECA B) e de Desfibrilador Externo automático (DEA).
O documento segue para sanção do Governador João Doria.
     O objetivo é que o educador físico, além de orientar corretamente a prática esportiva, possa fazer o primeiro atendimento em eventuais emergências. “Este projeto foi desenvolvido com a parceria do renomado profissional Nabil Ghorayeb, referência em Cardiologia e Medicina do Esporte, preocupado com as mortes súbitas durante a prática esportiva em locais públicos e a falta de um socorro rápido, que pode fazer a diferença entre a vida e a morte”, disse o parlamentar.
    A aprovação do Projeto Lei 548/2016 pela Alesp foi comemorada tanto pelo médico Nabil, quanto pelo deputado: “Muito feliz de ver que meus nobres colegas entendem a importância e o alcance desta iniciativa”, concluiu Damasio.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Metrô: 36 Estações terão portas de plataformas instaladas

Riselda Morais



    Para melhorar a segurança dos usuários e reduzir o número de interferências nas vias, aumentando a regularidade da circulação dos trens, serão instaladas portas de plataforma em 88 fachadas de 36 estações das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, do Metrô.

    O anúncio foi feito pelo Governador João Doria, na terça-feira (11). Os serviços incluem toda a elaboração e execução do projeto, além da implantação de um simulador de testes e manutenção. 
As estações beneficiadas são: Ana Rosa, Anhangabaú, Armênia, Artur Alvim, Belém, Brás, Bresser-Mooca, Carandiru, Carrão, Conceição, Consolação, Guilhermina Esperança, Jardim S. Paulo, Liberdade, Luz, Marechal Deodoro, Paraíso, Parada Inglesa, Patriarca, Pedro II, Penha, Portuguesa-Tietê, Praça da Árvore, República, Santa Cecília, Santa Cruz, Santana, São Bento, São Joaquim, São Judas, Saúde, Sé, Tatuapé, Tiradentes, Vila Mariana e Vergueiro.

A implantação dos equipamentos de segurança nas estações, custarão R$ 342,4 milhões e será feita pelo Consórcio Kobra – selecionado por meio de licitação internacional - ao longo de 56 meses, prazo previsto no contrato para a elaboração de todas as etapas de execução: desenvolvimento e aprovação dos projetos executivos; fabricação e instalação das portas de plataforma; testes, comissionamento e operacionalização do sistema. 

    De acordo com o contrato, as portas deverão ter características básicas como 2,10 metros de altura, sensor de presença de pessoas no vão entre os trens e as portas, transparência mínima de 70% nas áreas das fachadas, além de uma estrutura modular que permita a montagem por etapas, facilitando a logística de instalação e diminuindo as interferências na operação ao longo do processo.
As estações Sacomã, Tamanduateí e Vila Prudente (Linha 2-Verde); Vila Matilde (Linha 3-Vermelha); Adolfo Pinheiro (Linha 5-Lilás); todas das linhas 4-Amarela e 15-Prata já possuem portas de plataforma.

     Nas estações terminais Jabaquara e Tucuruvi, da Linha 1-Azul; Corinthians-Itaquera e Palmeiras-Barra Funda, da Linha 3-Vermelha; e Vila Madalena, da Linha 2-Verde; as portas já estão contratadas e o serviço deve ser concluído até 2021.

   Ainda segundo informações do governo, na Linha 5-Lilás, os equipamentos fazem parte do projeto de ampliação do ramal até Chácara Klabin. A fornecedora Bombardier atrasou os trabalhos e foi multada em mais de R$ 50 milhões. Na estação Brooklin os equipamentos foram instalados e funcionam em operação assistida fora do horário de pico. A estação Santa Cruz está em fase final de testes.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

São Paulo intensifica ações de combate a violência doméstica e a feminicídios

Riselda Morais

Governador João Doria; a Sec. de Desenv. Social, Celia Parnes; a Delegada Elisabete Sato; a Sub-procuradora Geral da Justiça, Lídia Passos; a Procuradora Geral do Estado, Lia Porto Corona;  Fabíola Sucasas .Foto: Riselda Morais


Evento contou com a presença do Secretário de Comunicação Cleber Mata e do publicitário Duílio Malfatti
  Fotos: Riselda Morais


      O conjunto de medidas foi anunciado em uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (13/06) no Palácio dos Bandeirantes, pelo governador João Dória e por uma equipe de mulheres empoderadas que representaram as áreas do Desenvolvimento social, segurança pública e judiciário.

     O governador João Doria reforçou a necessidade de criar políticas públicas de proteção a mulher, cujas violências sofridas, são cometidas em 71% dos casos, pelos atuais ou ex-companheiros e lamentou que, este tipo de crime tenha aumentado em todo o País, tendo o Estado de São Paulo registrado 54 casos nos meses de janeiro a abril. “Sensibilizar a opinião pública para denunciar, defender a vida e a integridade física das mulheres, prender os agressores”[...] não podemos permitir que mulheres continuem a sofrer ameaças, chingamentos, constrangimentos, a ser espancadas ou mortas, dentro ou fora de casa, por seus atuais ou ex-companheiros”, afirmou Doria.
      
      Em todo o Estado, existem 1.408 centros de referência de assistência social para identificar e amparar vítimas de violência. Destes centros, 291 são especializados no combate à violência doméstica. Há ainda 23 abrigos para mulheres e seus filhos, cada um com capacidade para atender até 20 mulheres durante seis meses.
       
      Para a Secretária de Desenvolvimento Social, Celia Parnes, a rede de apoio com ações intersecretariais será fundamental para tirar a mulher do ciclo de violência em que se encontra. “Nessa linha, estamos atuando firmemente com várias ações que envolvem saúde, educação, habitação e segurança pública, [...] recebendo as denúncias, fazendo visitas domiciliares e realizando o atendimento, declarou Celia.
      
O Estado de São Paulo conta com 133 Delegacias da Mulher, 6 ficam na Grande São Paulo e 108 estão no interior e litoral. Apenas 10 delegacias ficam abertas 24 horas por dia. Segundo o governador, ainda não tem mais DDMs abertas 24 hs porque “todas as DDMs devem ser comandadas por delegadas” e para que isso aconteça terá concursos para o cargo.
      
      Para a Procuradora Geral do Estado, Lia Porto, é importante atuar não só no combate, mas também, na prevenção da violência contra a mulher. “Informar, prevenir e combater, essas três fazes são importantes”, enfatizou Lia.
Já a Subprocuradora geral de Justiça, Lidia Passos afirmou que ações como esta “já fazem parte do DNA do Ministério Público, instituição cuja maior atuação são problemas sociais, de juventude, mulheres, idosos e ao grupo de gênero”.

    Foi lançado o aplicativo SOS Mulher, em que mulheres que já contam com medidas protetivas podem acionar a polícia com um simples toque na tela do celular em caso de risco iminente. O tempo limite para a chegada a polícia ao local solicitado é de 15 minutos e, segundo Doria, já tem 70 mil mulheres cadastradas na aplicativo. 

    A Promotora de Justiça, Fabiola Sucasas lembrou que a violência contra a mulher se encontra em 5º lugar no cenário mundial e que por trás do feminicídio existe um histórico de violência sofrido por essas mulheres. “ O feminicídio se encontra no final de uma etapa, de uma série de diversas formas de violência, que sofrem as mulheres vítimas de atentados ou assassinatos”; depois de falar sobre o papel do MP e sobre os pilares do enfrentamento da violência doméstica, “a prevenção, proteção e assistência a mulher”, lembrou da frase usada por todos os agressores de mulheres: “ Se você não for minha, não será de mais ninguém. Um dia vou te matar”, e completou: “Que esse dia não chegue nunca mais”.
     A Delegada Geral da Polícia Civil, Elisabete Sato falou sobre o papel da polícia, na repressão e investigação. “No combate a violência doméstica e ao feminicídio estamos todas prontas para executarmos nossas missões”, falou sobre a dignidade da pessoa [...] e alertou; “Há um antecedente antes do feminicídio que começa com a ameaça a honra”, disse a delegada e encerrou sua fala afirmando: “Quando não há respeito entre homens e mulheres, crimes graves acontecem”.

    O Novo Hospital Pérola Byington, na nova Luz, capital paulista, tem como meta, ampliar em 50% os serviços de atendimento à saúde da mulher, em comparação ao atual Centro de Referência de Saúde da Mulher que no ano passado, realizou cerca de 4.200 atendimentos. As obras devem começar em agosto.

    Outro serviço em fase de implantação é a Casa da Mulher Brasileira. O centro especializado vai oferecer serviços como acolhimento 24h, delegacia e juizado de violência doméstica, cela de detenção para agressores e equipe multidisciplinar de apoio a vítimas.

    A campanha publicitária foi desenvolvida pelas agências TBWA\Lew Lara e Z515, com coordenação da Secretaria de Comunicação.

terça-feira, 4 de junho de 2019

Enamorados - Poetisa Riselda Morais




O pulsar forte do coração
sintomas ardentes da paixão
revelando os enamorados
os pares agora encontrados

A loucura do desejo ardente
vontade de estar junto que se sente
O olhar com um que de apaixonado
O toque suave, leve e delicado

A beleza encontrada no carinho
Os risos que brotam com alegria
A felicidade que logo contagia
As palavras pronunciadas baixinho


O calor e aconchego de um ninho
A saudade quando se está sozinho
O respeito que logo vai surgindo
e o amor que sem avisar está vindo

A magia que torna tudo lindo
O olhar que brilha como o sol
Os atos que parecem desatino
Os corpos se unem como um só

O contentamento sentido no peito
cheiros, sensações e pensamentos
dizem que esse amor já foi aceito
e tem que ser vivido, são momentos

Mas para que falar de sentimento
ou se enganar que o amor é eterno
o que importa é que seja  intenso
e o prazer venha com gemido terno

Enamorar é muito mais que querer ver
é guardar este momento na lembrança
mas sem ter que manter a esperança
de um amor infinito estar a viver

É se entregar sem ter medo de sofrer
e que o amor te toque como o vento
que logo pode ter um contratempo
e a tempestade logo irá se fazer

É simplesmente não ter medo de sentir
e deixar que apareça em seu rosto
o que você está vivendo tem o gosto
e o sabor de um amor e do prazer

Sabendo que o ser amado
que agora está bem ao teu lado
seguirá seu caminho sossegado
sem te fazer chorar e nem sofrer!

Primeiro Amor - Poetisa Riselda Morais




Cabeça e corpo de menina
Cheia de boa intenção
Muitos sonhos de beleza
Mas nenhuma curtição

Quão belo, era este tempo
Em tudo, tinha emoção
Elevava o pensamento
Até outra dimensão

Mas quando ele chegou
Enchendo o mundo de cor
Sorrindo ele me olhou
E todo o céu se estrelou

Foi ao se aproximar
Tocar-me a mão e falar
Que senti meu coração
Feliz a me avisar

Estou entrando em ação
Aceite o meu clamor
Sinta a minha reação
É o meu primeiro amor

A encantar na adolescência
Na simplicidade da palavra
A revelar a inocência
Dos beijos com que sonhava

Ao sentir-me tocada
Todo o corpo estremeceu
Quis-me tua, te quis meu
Senti-me tão desejada

Plenamente apaixonada
Entreguei-me ao sentimento
E não quis pensar em nada
Só quis viver o momento

Lembro e não volto atrás
Suspiro, mas não lamento
Deixar esse amor já faz
Parte do meu crescimento

Com o passar do tempo
Esse amor adormeceu
E a menina se escondeu
Em um corpo de mulher!

No Brasil, cinco pessoas morrem vítimas de acidente de trânsito por hora

Riselda Morais

     
Flagrante de acidente na Radial Leste, motoqueiro colide na traseira e vai para no banco dianteiro do veículo. Foto: Riselda Morais
Os acidentes de trânsito, seja nas ruas das grandes cidades ou nas estradas, são responsáveis por 5 óbitos por hora. 

    Segundo dados do levantamento elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), nos últimos dez anos, os acidentes de trânsito deixaram mais de 1,6  milhão de pessoas feridas  ao custo direto de quase R$ 3 bilhões para o Sistema Único de Saúde (SUS). 

No período de 2008 a 2016, foram a óbito pelas mesmas causas 368.821 pessoas em nosso país.

Ainda a nível nacional, o levantamento do CFM mostra que, a cada hora, em média, cerca de 20 pessoas dão entrada em um hospital da rede pública de saúde com ferimento grave decorrente de acidente de transporte terrestre. 
Ao avaliar o volume total de 1.636.878 vítimas graves do tráfego nos últimos dez anos, é possível verificar que 60% desses casos envolveram vítimas com idade entre 15 e 39 anos, sendo menor a frequência nas faixas etárias que vão de zero a 14 anos (8,2%) e em maiores de 60 anos (8,4%). 

Outra constatação: quase 80% das vítimas eram do sexo masculino.  

Para o coordenador da Câmara Técnica de Medicina de Tráfego do CFM, José Fernando Vinagre, o levantamento mostra que os acidentes de trânsito constituem um grave problema de saúde pública e que provoca sobrecarga nos serviços de assistência, em especial nos prontos-socorros e nas alas de internação dos hospitais. “É preciso reconhecer o importante aprimoramento da legislação ao longo dos anos e também o aumento na fiscalização, especialmente após a Lei Seca. No entanto, precisamos avançar nas estratégias para tornar o trânsito brasileiro mais seguro”, destacou.

Por Estado, o levantamento mostra que no período de 2019 a 2018, houve um crescimento de 33% na quantidade de internações em todo o País. 

O pior cenário, identificado  pelo CFM, foi no estado de Tocantins, que saiu das 60 internações, em 2009, para 1.348, no ano passado (aumento de 2.147%). Na sequência aparece Pernambuco, onde o salto foi de 725% na última década. Apenas cinco estados registraram queda no número de internações por acidente de transporte: Maranhão (redução de 40%), Rio Grande do Sul (22%), Paraíba (20%), Distrito Federal (16%) e Rio de Janeiro (2%).

  O Estado de São Paulo teve um total de 379.793 internações por acidentes de trânsito no período de 2009 a 2018. O ano com maior número de internações foi 2011 com 40.664, com menor número foi 2009 com 35.076 e 36.849 em 2018.
As despesas de internação em São Paulo foram R$759.109.440,73 no mesmo período e o número de óbitos foi de 62.930.

     Em números absolutos, 43% do volume total de internações registradas no SUS no período ficou concentrado em estados do Sudeste, região que reúne também metade da frota de veículos automotores do País. Outros 28% dos casos graves ficaram no Nordeste e o restante ficou diluído entre o Sul (12%), Centro-Oeste (9%) e Norte (7%).

    Para a presidente da CFM, Carlos Vital, a solução para reduzir os acidentes depende de uma série de fatores de prevenção, reforço na fiscalização e sinalização, além de questões de infraestrutura e aprimoramento dos itens de segurança dos veículos. “Neste contexto, os médicos desempenham papel fundamental nas discussões sobre direção veicular segura. O impacto desses acidentes nos serviços de saúde é alto. Leitos são ocupados, hospitais e médicos se dividem no atendimento entre os acidentados e os que procuram assistência médica para patologias que não poderiam prevenir, diferentemente dos acidentes de trânsito, que podem ser reduzidos e prevenidos”, destacou.

     Em todo o Brasil, os números do levantamento do CFM, que considerou também dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde, mostram que em 2016, foram registrados 37.345 óbitos decorrentes de acidentes de transportes terrestres. Segundo o levantamento, embora a quantidade seja a menor registrada no período analisado (2007 a 2016), o número de mortes tem avançado em alguns estados, sobretudo das regiões Nordeste e Norte do País.

    Na região Norte, a mortalidade por acidentes subiu 30%. Da mesma forma, no Nordeste houve um crescimento de 28% dos casos. No Centro-Oeste também houve aumento do indicador (7%), enquanto nas regiões Sul e Sudeste apresentaram menor quantidade de óbitos em 2016, frente à 2007, com queda de 15% e 18%, respectivamente.

    Embora os estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná liderem o ranking nacional em números absolutos de mortes no trânsito durante os últimos dez anos, o Piauí foi a federação que apresentou o maior crescimento proporcional no período: 56%. Em 2007, 670 óbitos haviam sido registrados naquele estado, número que saltou para 1.047 dez anos depois. 
Na mesma proporção, de 56%, cresceram os registros vítimas fatais no Maranhão no período. 

    Ao todo, 16 estados notificaram aumento desse tipo de agravo.
    De outro lado, o estado de São Paulo, que é o mais populoso do País, informou queda na quantidade de óbitos desta natureza. Em 2016 foram 5.740 mortes, 24% a menos que o indicado em 2007 (7.550). 

    No quadro nacional, também figuraram com redução significativa de casos fatais no período os estados de Santa Catarina e Roraima, ambos com queda de 23%; Distrito Federal (22%); e Espírito Santo (20%).

     Antonio Meira Júnior, diretor da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) e membro da Câmara Técnica do CFM, enfatiza que os custos com os acidentes de trânsito vão além das hospitalizações. “Estamos falando de um custo médio de aproximadamente R$ 290 milhões ao ano, que obviamente foi investido para salvar vidas, o que é justificável. Se conseguíssemos diminuir o número de vítimas do trânsito, no entanto, teríamos um impacto muito grande também nas contas públicas. São recursos que poderiam ser direcionados para outras áreas prioritárias da assistência em saúde no País”, pontua.