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quarta-feira, 6 de março de 2019

Por uma sociedade livre e sem violência de gênero

Riselda Morais


     No mês das mulheres, no qual comemoramos o Dia Internacional da Mulher em 08 de março, temos muitas conquistas a comemorar, mas temos também, muitas lutas diárias pela frente até conquistarmos a igualdade de gênero, vencermos a violência e o preconceito.
      Aos poucos, as mulheres estão ocupando cargos que antes eram ocupados exclusivamente pelos homens, essa inserção feminina está em todas as áreas profissionais.
Corajosas mulheres, mães, donas de casa e chefes de família estão desbravando novas fronteiras e indo a luta, estão identificando as necessidades organizacionais e agregando valores as equipes, antes formadas só por homens, ocupando espaços que vão desde as plataformas de petróleo até o canteiro de obras. 
    
 Participação no mercado de trabalho

    O número de mulheres em cargos de chefia, nas 150 melhores empresas para trabalhar aqui no Brasil, passou de 11% em 1997 para 42% em 2018.
No entanto estas conquistas ainda causam estranheza e resistências na sociedade que dificulta-lhes a execução de suas funções por mais focadas e objetivas que sejam.
     Enquanto de um lado o mercado de trabalho atual exige requisitos encontrados nas mulheres como a sensibilidade, dinamismo, percepção aguçada, bom relacionamento interpessoal e versatilidade, por outro lado, nega seus direitos no cargo oferecendo um salário médio 30% menor que o dos homens. 
Quando se trata de desempregados, o número de mulheres é duas vezes maior que a de homens.


Participação na política

   Apesar de ser maioria na sociedade, 52% do eleitorado, as mulheres brasileiras têm historicamente uma reduzida participação em cargos de poder, na legislatura (2019-2022) ocupam 77 das 513 cadeiras, o que representa 15% na Câmara dos Deputados e apenas 12 das 81 cadeiras do Senado.    
   Quando se trata de política, o Brasil ocupa a posição 156º no ranking de 190º em participação das mulheres na política.
   

Violência contra as mulheres

    Segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde, o Brasil é a 5ª nação mais perigosa para as mulheres entre as 84 pesquisadas. Mais de 4 mil mulheres são assassinadas, anualmente, no Brasil.  
    É possível que fique ainda mais perigoso, com a flexibilização da posse de armas, conforme decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, o número de feminicídios cometidos com arma de fogo pode aumentar significativamente.
      Segundo dados da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), atualizados anualmente, o Brasil concentrou em um ano 40% dos casos de assassinatos de mulheres ocorridos nos 23 países – com 1.133 mulheres assassinadas apenas por serem mulheres.

     O número de assassinatos de mulheres em 2019 aumentou, ocorreram 126 feminicídios e 67 tentativas de homicídio, crimes cometidos por parceiros ou ex-parceiros.
   
  Segundo dados do Mapa da violência contra as Mulheres 2015, no período de 1980 a 2013, foram assassinadas 106.093 mulheres e hoje, uma mulher é assassinada a cada duas horas no Brasil.
    Cerca de 55,3% dos feminicídios acontecem no ambiente doméstico, 50,3% dos assassinatos são cometidos por familiares e 33,2% dos assassinos são marido, namorado ou ex. Esses dados colocam o Brasil como o sétimo país do mundo com maiores taxas de feminicídio.
     Segundo a ONU, diariamente 119 mulheres morrem no mundo, seis mulheres são assassinadas por hora, vítimas de seus parceiros.
     Os estupros que antes eram cometidos nas vielas, nos becos e no escuro, são agora cometidos de forma coletiva e em público, dentro de parques, escolas, campus de faculdades, festas. 
    Em 2017 foram registrados 60.018 casos de estupros no Brasil, uma média de 164 estupros por dia, um estupro a cada dez minutos.


Enfrentamento


    Apesar das muitas conquistas femininas, ainda temos que encarar os problemas das desigualdades salariais, da pouca representatividade na política e da violência doméstica.
No trabalho se faz necessário que reconheçam cargos e esforços iguais com remuneração igual para homens e mulheres. A valorização profissional não deve depender de gênero e sim de competência e capacidade!
É hora dos homens de mente primitiva perceberem que devem conservar os bons costumes e não o machismo e a violência.
É hora de reconhecerem que a mulher é um ser individual, com vida própria e não o objeto do qual ele se acha dono.
    Nos lares, é hora dos pais ensinarem aos seus meninos a mudança de atitudes e comportamentos machistas; ensinar a respeitarem as meninas, as tratarem com gentilezas e não com agressão; que nos momentos de estresse não se deve aliviar as tensões maltratando ninguém, falando com desdém, rispidez, desvalorizando; ensinar aos meninos para que possam se tornar bons homens, bons namorados, bons maridos, bons pais e antes de tudo bons filhos, porque uma personalidade agressiva vai maltratar a todos, inclusive aos próprios pais.
Os homens têm a responsabilidade de eliminar a violência contra as mulheres e meninas.
     Devemos também, ensinar as nossas meninas a se dar valor e mostrar-lhes que ter valor não é ter preço.
Ensinar as meninas que não devem ter medo de denunciar ameaças ou agressões e que não deixem de fazer por vergonha, pois quem deve se envergonhar é o homem ou o menino que agride uma mulher ou uma menina. A lutar para conquistar cargos e bens por merecimento em seu trabalho, em sua profissão!
    Pela igualdade, para o bem e pelo avanço de uma sociedade livre e sem violência de gênero!

terça-feira, 5 de março de 2019

Com enredo ‘Oxalá, salve a princesa! Mancha Verde é campeã do carnaval de São Paulo

Riselda Morais

 
     A escola de samba Mancha Verde foi, pela primeira vez, a campeã do carnaval de São Paulo. A escola levou para o sambódromo uma homenagem a figura de Aqualtune, avó de Zumbi dos Palmares, e sua luta pelos direitos de negros e mulheres, com o enredo Oxalá, salve a princesa! 
    A apuração das notas do Carnaval de São Paulo 2019 foi realizada na tarde desta terça-feira 05. A Mancha fez 270 pontos, seguida pela Dragões da Real com 269,9.
     Detentora de 15 títulos no carnaval paulistano,  a escola de samba Vai-Vai  teve a menor nota, com 268,8 pontos foi rebaixada. 
    A segunda menor nota foi da Acadêmicos do Tucuruvi, 269,2. As duas escolas rebaixadas desfilarão no Grupo de Acesso em 2020.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Jornalista Ricardo Boechat morre em acidente de helicóptero

Riselda Morais



      O jornalista Ricardo Boechat, 66 anos, morreu no início da tarde desta segunda-feira (11) em acidente de helicóptero.
    O helicóptero que o apresentador da TV Bandeirantes estava, caiu na altura do quilômetro 7 do Rodoanel, próximo ao pedágio, sentido Castelo Branco. 
     Com o acidente, um caminhão foi atingido, o helicóptero pegou fogo, o corpo do jornalista e do piloto ficaram carbonizados.O motorista do caminhão foi socorrido.
Ricardo Boechat era casado e deixa 5 filhas.
  Foram feitas interdições parciais nas pistas do Rodoanel.

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Em discurso de posse no Palácio dos Bandeirantes, João Doria diz que será o governador de todos e que tem uma seleção de secretários de fazer orgulho

Riselda Morais

Governador João Doria oficializa posse no Palácio dos Bandeirantes. Foto: Riselda Morais
     Na manhã desta terça-feira, 1º de janeiro de 2019, o governador de São Paulo, João Doria e o vice-governador, Rodrigo Garcia, tomaram posse de seus cargos e oficializaram a posse dos secretários.
   Em uma primeira cerimônia realizada na Assembléia Legislativa de São Paulo, com início as 9h, João Doria e Rodrigo Garcia foram recebidos pelo presidente da Alesp, deputado Cauê Macris, fizeram o juramento e assinaram o termo de posse.
    As 10 horas, no Palácio dos Bandeirantes foi feita a transmissão e a oficialização de posse. Em discurso Doria prometeu fazer um governo descentralizado e com igualdade de condições para todos, especialmente para os mais pobres e os mais carentes. 
Governador, vice-governador e secretários durante solenidade de posse.
 Foto: Riselda Morais

“Serei o governador de todos, de todos os brasileiros de São Paulo. E serei um governador municipalista, decentralizador para atender do menor ao maior município, igualdade de condições. Não farei governo partidário, muito menos ideológico, uma das principais razões de eu ter vindo para a política foi exatamente para combater isso e, por isso, jamais praticarei ideologias, partidarismo à frente do Governo de São Paulo. O Governo de São Paulo a partir de agora é o governo de todos, para todos especialmente os mais humildes, os mais pobres e os mais carentes do nosso Estado”, afirmou Doria.
    Doria oficializou ainda a posse dos secretários do governo. “Não temos um time de secretários, mas uma seleção de secretários de fazer orgulho”, enfatizou.
    Doria citou como prioridade o crescimento da economia e a geração de empregos em São Paulo, explicando porque chamou o Meireles para a economia. “Chamei o Meirelles para controlar as finanças e mantê-las no azul e implantar propostas para garantir um novo ciclo de crescimento para São Paulo, vamos zelar, Meirelles, pelo dinheiro público e fazer São Paulo crescer”.
    Doria declarou que seus 52 salários, no valor de mais de um milhão e quatrocentos mil reais, serão todos doados às instituições humanitárias, sendo o primeiro, mês de janeiro doado para a AACD, Associação de Assistência à Criança com Deficiência e o de fevereiro será destinado ao Graacc, Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer.
   Ao tomar posse, a primeira medida tomada por João Doria foi a assinatura de projeto de lei, que será enviado para aprovação na Alesp, que permite ao Governo do Estado extinguir, fundir ou incorporar a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), a Companhia de Processamento de Dados do Estado (Prodesp), Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS), a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), a Imprensa Oficial do Estado São Paulo (Imesp) e a Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp).
   O governador João Doria assinou também seis decretos que definem ações da atual gestão para aprimorar a aplicação de recursos e garantir a redução de gastos, com a revisão ou mesmo cancelamento de contratos.
Governador João Doria, primeira-dama Bia Doria, vice-governador Rodrigo Garcia
 e Luciana recebem  cumprimento de autoridades e políticos. Foto: Riselda Morais
 Logo depois o governador João Doria e o vice-governador Rodrigo Garcia, acompanhados de suas esposas, receberam cumprimento de autoridades e políticos. O vereador Eduardo Suplicy levou um documento para entregar, ler para o João Doria.
    Entre os secretários que tomaram posse, seis vieram do governo Michel Temer: Henrique Meireles, que vai comandar a Fazenda; Rossieli Soares, Educação; Sérgio Sá Leitão, Cultura; Alexandre Baldy; Transportes metropolitanos; Vinicius Lummertz, do Turismo; e Gilberto Kassab, Casa Civil, cuja ausência foi notada por ter pedido licença para se defender.  

Composição do Governo do Estado de São Paulo:
Governador - João Doria
Vice-governador - Rodrigo Garcia
FUSSESP - Bia Doria, primeira-dama do Estado de São Paulo
Procuradoria Geral do Estado - Lia Porto Corona
Secretárias:
Administração Penitenciária - Coronel Nivaldo Cesar Restivo.
Agricultura e Abastecimento - Gustavo Junqueira
Casa Civil - Gilberto Kassab - Secretário-Chefe
Walter Nyakas Júnior - Secretário-Chefe da Casa Militar e Coordenador da Defesa Civil do Estado
Comunicação - Cleber Mata
Cultura - Sérgio Sá Leitão
Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Trabalho - Patricia Ellen da Silva
Desenvolvimento Regional - Marco Vinholi
Desenvolvimento Social - Célia Parnes
Direitos da Pessoa com Deficiência - Célia Leão
Educação - Rossieli Soares da Silva
Esportes - Aildo Rodrigues Ferreira
Fazenda, Planejamento e Gestão - Henrique Meirelles
Governo - Rodrigo Garcia
Habitação - Flavio Amary
Justiça - Paulo Dimas Mascaretti
Logística e Transportes - João Octaviano Machado Neto
Relações Internacionais - Júlio Serson
Saneamento, Recursos Hídricos e Meio Ambiente - Marcos Penido
Saúde - José Henrique Germann Ferreira
Segurança Pública - General João Camilo Pires de Campos
Transportes Metropolitanos - Alexandre Baldy de Sant’Anna Braga
Turismo - Vinicius Lummertz

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Dia D de combate às arboviroses na capital paulista contará com ação de 11 mil profissionais

Capital paulista lança plano intersetorial de combate ao mosquito Aedes Aegypti e de prevenção das doenças por ele transmitidas!

Foto e texto: Riselda Morais

Secretário Estadual de Saúde e Médico Infectologista Dr. David Uip, Prefeito Bruno Covas e o Secretário Municipal de Saúde Edson Aparecido durante lançamento do Plano Municipal de Enfrentamento às Arboviroses.


     As doenças arboviroses incluem a dengue, Zika, chikungunya e febre amarela. Todas essas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, logo para evitá-las e para que o combate ao mosquito seja eficaz, é preciso mobilizar toda a população, além do poder público, especialmente os profissionais de saúde.
     Para que, antes das chuvas de verão, período de maior proliferação do Aedes, haja controle do mosquito e prevenção das doenças por ele transmitidas, a Prefeitura de São Paulo lançou na quinta-feira (08) às 11 horas, o Plano Municipal de Enfrentamento às Arboviroses com ações intersetoriais que incluem, além de instituições e da sociedade civil, o Gabinete do Prefeito e as secretarias de Governo, Gestão, Saúde, Assistência Social, Educação, Esporte e Lazer, Segurança, Mobilidade e Transporte, Verde e Meio Ambiente, Inovação e Tecnologia, Subprefeituras, Prodam e Defesa Civil.
  O Secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido informou que no Dia D de combate as arboviroses, marcado para 24 de novembro,  11 mil profissionais participarão das ações de combate ao mosquito e as doenças por ele transmitidas, sendo 8.500 Agentes Comunitários de Saúde, 240 Agentes de Proteção Ambiental e 2.292 Agentes de Controle Endêmicos. 
Também serão usados drones para visualizar e localizar focos em terrenos baldios, piscinas abandonadas e depósitos de pneus. 
Edson Aparecido enfatizou a importância da eliminação dos criadouros e falou sobre a rápida proliferação do mosquito: “O Aedes Aegypti tem um desenvolvimento extremamente rápido, da fase aquática (ovo, lava, pupa) tem duração de 07 a 12 dias, sua fase alada tem duração de no máximo 30 dias, mas o ovo permanece vivo por até um ano, até que uma gota de água caia sobre ele e dê origem ao mosquito” e alertou “a fêmea, de 08 a 12 dias, com a ingestão do sangue infectado com um vírus, ela já está transmitindo em um perímetro de 300 m²”.
      O plano prevê, além de busca ativa casa a casa, tanto para a vacinação contra a febre amarela quanto para o controle dos vetores, focos e criadouros do mosquito com auxilio do exército onde for necessário; orientação a população; eliminação de criadouros; limpeza de córregos; Manutenção de áreas verdes e campanhas publicitárias de conscientização e orientação a população.
Sob a coordenação de David Uip, médico infectologista e Secretário Estadual da Saúde, o plano prevê a prevenção das doenças, a capacitação dos profissionais para garantir o atendimento ao paciente, diagnóstico precoce e encaminhamento para o tratamento clínico, ampliação de oferta de salas de hidratação, leitos de observação e UTI e protocolos de atendimentos. “A eliminação dos criadouros é essencial, pois evita a proliferação do mosquito. Precisamos que as pessoas tenham consciência e cuidem de suas casas, pois é dentro das casas que estão 80% dos criadouros. O mosquito não respeita fronteiras. Dengue é uma surpresa a cada ano, temos quase todos os tipos, o indivíduo que tem o tipo 1, pode ter o 2, 3, e o 4. Já a febre nós trabalhamos com hipóteses de mortalidade de 30 a 50%”, disse o médico infectologista e concluiu: “Saúde não se limita a ação da Secretaria de Saúde, ela se estende a toda a sociedade e a todas as secretarias”.
     O prefeito Bruno Covas falou sobre os trabalhos que serão realizados, das metas a serem atingidas para evitar o crescimento no número de casos das arboviroses e enfatizou a importância do envolvimento da sociedade na eliminação dos criadouros do mosquito e principalmente em tomar a vacina contra a febre amarela. 
“O trabalho de busca ativa da população é um trabalho que já deu certo no caso da vacinação contra a pólio, onde conseguimos atingir 95% das crianças vacinadas; desejamos alcançar 95% da população vacinada contra a febre amarela, índice que não tem nem mesmo na Zona Norte, onde tivemos uma ação mais efetiva e menos de 90% da população daquela região foi vacinada. Na Zona Leste a vacinação não chegou a metade da população e na região central chegou a menos de 25% da população. Precisamos convencer a população a se vacinar e a eliminar os possíveis criadouros”, declarou Bruno Covas.

     Para dar maior eficácia a ação, uma “Sala de Situação” composta por todas as secretarias, conectada ao 156 e alimentada pelas 32 prefeituras regionais, receberá as denúncias e acionará as coordenadorias regionais de Saúde para as devidas providencias de combate ao mosquito e prevenção das doenças.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Doenças causadas por poluição do ar, podem matar, por ano, 6,4 mil pessoas na grande São Paulo e 9 milhões de pessoas no mundo

Segundo estudo, em todo o Estado de São Paulo, estima-se que até 2030, haverá 250 mil mortes precoces e 1 milhão de internações hospitalares devido a má qualidade do ar!

Foto e texto: Riselda Morais



    Olhar a capital paulista e ver a cidade coberta pela poluição provocada pelos gases poluentes emitidos por milhões de veículos, principalmente pelos caminhões, responsáveis pelo transporte de cargas e pelos ônibus, que fazem o transporte de passageiros, já faz parte do cotidiano dos moradores e isto tem um preço alto à saúde de população e aos cofres públicos.
    Alguns dias sem chover na capital paulista e o número de crianças e idosos nos prontos-socorros com problemas respiratórios se multiplicam, isto todos nós já sabemos. Mas os danos causados à saúde devido a poluição do ar, vai muito além das doenças respiratórias, pode causar AVC, doenças cardiovasculares e até câncer de pulmão.
    Segundo informações de um estudo sobre a poluição, divulgado na quarta-feira (24) pelo Instituto de Saúde e Sustentabilidade e a Escola Paulista de Medicina, se a poluição na       Grande São Paulo continuar como está hoje, até 2025, mais de 51 mil pessoas terão morrido por doenças provocadas pela má qualidade do ar.
Este número representa, 18 mortes por dia e 6,4 mil mortes por ano, só na Grande São Paulo, território que inclui a capital paulista e mais 39 municípios.
    Segundo os médicos da Associação Paulista de Medicina, até 2025, diariamente, pelo menos 11 pessoas deverão dar entrada nos hospitais com doenças respiratórias, cardiovasculares ou câncer de pulmão.
     O estudo prevê que, os gastos com as doenças causadas pela poluição do ar, cheguem a 22 bilhões nos próximos 8 anos.
     No que se refere a todo o Estado de São Paulo, área que subdivide-se em 645 municípios, o estudo estima que até 2030, haverá 250 mil mortes precoces e 1 milhão de internações hospitalares, com dispêndio público de mais de R$ 1,5 bilhões por ano.
Além da capital paulista, entre as cidades mais poluídas do Estado de São Paulo, estão: Santa Gertrudes, Cubatão, Rio Claro, Osasco, Cordeirópolis, Piracicaba, Americana, Catanduva, Paulínia e Bauru.
     Os pesquisadores alertam que, a poluição em São Paulo, mata duas vezes mais do que acidentes de trânsito, cinco vezes mais do que câncer de mama e sete vezes mais do que a AIDS. Para chamar a atenção das autoridades para que os padrões nacionais de qualidade de ar e os limites de emissão de poluentes sejam revistos a Associação Paulista de Medicina lançou o manifesto “Um minuto de ar limpo”.
    Outro importante alerta sobre a poluição no Brasil, foi dado pela Federação Mundial de Neurologia, que através da campanha “Ar limpo para a saúde do cérebro”, enfatizou os prejuízos da poluição do ar a saúde da população.
    O estudo Global Burden of Disease, realizado em 188 países, concluiu que o ar poluído é responsável por 30% dos casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e que é fator de risco para as doenças vasculares, assim como a Doença de Parkinson e de Alzheimer.
Estimativas mundiais atribuem 9 milhões de mortes anuais aos problemas causados pela contaminação do ar.
    Os cientistas explicam que “a poluição também aumenta a agregação plaquetária e diminui a oxigenação do cérebro” e confirma que “os poluentes entram no corpo através dos tratos respiratório e alimentar, causando respostas inflamatórias subliminares e atingindo o cérebro através da corrente sanguínea ou do sistema respiratório superior. O dano resultante à microbiota intestinal também pode ter um impacto no cérebro”.
“No Brasil, temos cerca de 220 mil novos casos de AVC por ano. Do total, aproximadamente 90 mil vão a óbito, 20% ficam com sequelas graves e outros 20%, sequelas moderadas”, informa o diretor científico da ABN (Academia Brasileira de Neurologia), o neurologista Rubens Gagliardi. Ele explica também que o ar poluído aumenta a pressão arterial, “que é a principal causa do AVC”.
    Ocupando a 44ª posição no ranking de países mais poluídos do mundo e um dos que mais contribuem para o aquecimento global, por emitir grandes quantidades de compostos químicos como ácido nítrico, dióxido e monóxido de carbono, dióxido de enxofre e dióxido de nitrogênio, o Brasil tem cidades com até 64 microgramas de poluentes por metro cúbico de ar. Volume 3,2 vezes maior que a quantidade de poluentes considerada aceitável por metro cúbico de ar, que segundo a Organização Mundial da Saúde, é de 20 microgramas.
    Ainda segundo informações da Organização Mundial da Saúde, a poluição do ar mata 50 mil brasileiros por ano e no mundo, nove de cada dez pessoas respira ar poluído.
     Em Estados como São Paulo, com o maior número de cidades poluídas do Brasil e do Rio de Janeiro que é a cidade com o maior nível de poluição, o grande desafio é como combater a poluição de forma eficaz nos grandes aglomerados urbanos. Os estudos alertam para a importância da população mudar seus hábitos e dos governos investirem em estratégias e políticas públicas para reduzir a poluição, com foco na limpeza da atmosfera, pois os impactos ambientais causados pelo homem geram consequências mundiais para a saúde da população e do planeta.


Vinte e sete milhões de mulheres brasileiras não têm acesso ao saneamento básico

Texto e foto: Riselda Morais

     Segundo o estudo “O Saneamento e a Vida da Mulher Brasileira” realizado pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a BRK Ambiental, uma em cada quatro mulheres brasileiras, o equivalente a 25% não tem acesso a água tratada, coleta e tratamento de esgotos.
São 27 milhões de mulheres que não têm acesso adequado à infraestrutura sanitária e o saneamento é variável determinante em saúde, educação, renda e bem-estar. 
    O estudo mostra que a falta de saneamento básico tem impactos negativos para toda a sociedade, e o problema é um dos fatores que reforçam a desigualdade de gênero no Brasil. A universalização dos serviços tiraria imediatamente 630 mil mulheres da pobreza, sendo a maior parte delas negras e jovens.
    O economista Fernando Garcia de Freitas, responsável pela pesquisa, lembra que quando há falta de água em casa ou quando alguém da família adoece em decorrência da falta de saneamento, em geral a rotina das mulheres é mais afetada – o impacto desses problemas no tempo produtivo delas é 10% maior que o dos homens. “Temos um retrato evidente de como a falta de água e esgoto impacta a criança, a jovem, a trabalhadora, mãe e a idosa, impedindo a melhoria de vida e aprofundando as desigualdades”. 
   Para o Infectologista Dr. Artur Timerman um diagnóstico específico sobre os impactos à saúde da família é importante para compreender os problemas que a ausência do saneamento básico provoca na sociedade. “A situação do saneamento básico no Brasil é preocupante e este estudo mostra que infelizmente estamos deixando gerações, sobretudo de mulheres brasileiras, às margens devido a um problema que não corrigimos ainda. A mulher é peça importante na sociedade e na construção de uma família, é ela na maioria das vezes quem tem a preocupação com a saúde familiar. Sem oferecer água tratada e esgotamento sanitário adequado a todos, estamos condenando o nosso futuro”, afirma. 
   O estudo aponta também que, as meninas que não têm acesso ao banheiro tem menor rendimento na escola com até 46 pontos a menos na média do ENEM quando comparadas à média dos estudantes que tem acesso ao saneamento básico. As meninas são prejudicadas também no ingresso ao mercado de trabalho, uma vez que o acesso à água tratada, coleta e tratamento de esgoto poderia reduzir em até 10% o atraso escolar da estudante.
   Além de prejudicar no rendimento escolar e no mercado de trabalho, o estudo mostra ainda que a falta de saneamento básico afeta principalmente a saúde dessas meninas e mulheres, é uma das principais causas de incidência de doenças diarreicas, que levam as mulheres a se afastarem 3,5 dias por ano, em média, de suas atividades rotineiras. O afastamento por esses problemas de saúde afeta principalmente o tempo destinado ao descanso, lazer e atividades pessoais. 
   Meninas de até 14 anos são as maiores vítimas desse quadro, com índice de afastamento por diarreia 76% maior que a média em outras idades (132,5 casos de afastamento por mil mulheres contra 76). Já no caso da mortalidade, o déficit de saneamento é mais perigoso para a mulher idosa, que corresponderam a 73,7% das mortes entre as mulheres sem acesso ao saneamento. 
   O estudo aponta que no caso da renda, o acesso ao saneamento traria ainda um acréscimo médio de R$ 321,03 ao ano para cada uma dessas brasileiras, o que representaria um ganho total à economia do país de mais de R$ 12 bilhões ao ano.
   Os impactos negativos  da falta de saneamento básico na vida de 25% das mulheres brasileiras deve-se ao fato do país não estar investindo o suficiente na infraestrutura sanitária e o saneamento conforme prevê o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB), lançado em 2013 pelo Governo Federal, para alcançar a universalização do abastecimento de água e da coleta e tratamento de esgoto até 2033. Para cumprir a meta o Brasil teria que investir cerca de R$ 20  bilhões por ano, praticamente o dobro do que investe hoje.
Fonte: Instituto Trata Brasil

Manhã de Primavera - Poetisa Riselda Morais

Foto: Riselda Morais



Esplêndido no amanhecer
O sol começa a brilhar
A voz do alvorecer
É a dos pássaros a cantar

Gorjear, voar, festejar
A estação dos amores
O primor das vivas cores
Que estão a desabrochar

Os ventos primaveris
São carícias, brisas suaves
Que ao semear o pólen
Assobiam, brindam as arvores

A terra está radiante
Folhas, flores a brotar
Fértil, plena, elegante
A luz a lhe contemplar

Abrem-se as mais lindas flores
Adornos simples, sedutores
Pétalas macias, orvalhadas
Perfumadas, delicadas

Formoso o beija-flor
Bate asas a bailar
Sugando o néctar da flor
O pequeno corpo a alimentar

Os perfumes mais diversos
sobre os campos são dispersos
com harmonia e perfeição

Magnífica natureza, 
tua pureza,
tua beleza, 
faz sublime a estação!

“Corpo fitness”: Dietas da moda ou alimentação saudável?

Texto e foto: Riselda Morais


    Para ter um “corpo fitness” muitas pessoas aderem as dietas da moda vastamente publicadas na internet sem a orientação de nutricionistas, opções não faltam, é dieta do ovo, da sopa, da proteína, dos sucos detox entre muitas outras que criam expectativas irreais relacionadas à velocidade e à quantidade de peso perdida. No entanto, o esperado milagre do emagrecimento nem sempre acontece e quando acontece não se mantém, o peso volta rápido. Você sabe porque?
   Ao fazer uma dessas dietas você está consumindo poucas calorias diárias, mas não está fazendo uma reeducação alimentar e quando volta a alimentar-se como de costume, volta a ingerir muitas calorias diárias e recupera o peso outra vez.
    As dietas da moda constituem padrões de comportamento alimentar não usuais, são dissociadas dos determinantes da saúde e da nutrição e seu sucesso muito tem a ver com a motivação de tentar algo novo. Por longo tempo podem causar riscos à saúde causando deficiências nutricionais.
Quer mesmo emagrecer?     
    A melhor receita é fazer as pazes com seu corpo, fazendo reeducação alimentar e atividade física regularmente.
Para fazer uma reeducação alimentar e ter resultado duradouro, é necessário montar um cardápio com uma alimentação equilibrada, com carnes magras, frutas e hortaliças, reduzindo a quantidade dos alimentos, comendo mais vezes em porções menores.
   Como base de uma boa alimentação pode-se incluir produtos in natura e minimamente processados como frutas, verduras, legumes, leite, iogurte natural, feijões, cereais, raízes, tubérculos, ovos, carnes magras (bovina, suína, frango e peixe) , farinhas, macarrão, castanhas, frutas secas, sucos integrais, chá, café e água potável. 
   Ao temperar estes alimentos devemos utilizar pequenas quantidades de óleos, gorduras, sal e açúcar. Na hora de preparar dar preferência aos grelhados, assados e cozidos. Evitando frituras, que assim como o açúcar que favorece cáries e diabetes, o sódio e as gorduras favorecem o ganho de peso e aumentam o risco de hipertensão e doenças cardíacas.
   Devemos evitar produtos industrializados, sucos, refrigerantes e todos que sofrem processos que agregam sal, açúcar, óleos, gorduras, conservantes, estabilizantes, corantes, edulcorantes, aromatizantes e outras substâncias ao alimento original. Quando consta nas informações da embalagem cinco ou mais ingredientes na composição, evite-o, é um alimento ultraprocessado.
    Entre os alimentos ultraprocessados, que são considerados saudáveis, mas segundo médicos especialistas, podem trazer consequências negativas à saúde, estão presunto, peito de peru, biscoitos e bolacha integral, barra de cereal, sopa instantânea, pão de forma light, suco de caixinha, chocolate diet, pipoca de micro-ondas, farinha láctea, entre outros.
   Se ainda preferir dieta ao invés de manter alimentação saudável e fazer atividade física, procure o/a nutricionista para obter melhores resultados mantendo a saúde.

Com 51,75% dos votos válidos, João Doria (PSDB) é eleito governador de São Paulo

Com disputa acirrada entre Doria e França, resultado só foi confirmado com 98,49% das urnas apuradas

Riselda Morais


      O ex-prefeito de São Paulo, João Doria foi eleito nas eleições deste domingo (28), governador do Estado de São Paulo.
     Com 98,49% das urnas apuradas, as 19h34m, o resultado foi confirmado favorável para o tucano que obteve 10.990.350 votos, o equivalente a 51,75% dos votos válidos contra 48,25% de votos para Márcio França(PSB) que totalizou 10.248.74 votos.  A diferença no número de votos entre os dois candidatos foi de apenas 741.610 votos.
    O número de votos nulos totalizou 3.543.394, o equivalente a 13,71% e brancos 4,08%, 1.054.978 votos.
    Governadores do PSDB já virou tradição no Estado de São Paulo, este é o sétimo governador tucano nos últimos 24 anos e há 16 anos a eleição não era decidida no segundo turno.
    João Doria venceu em 392 municípios dos 645 no estado, o equivalente a 60% das cidades do interior paulista e Márcio França venceu em 253 municípios, incluindo a capital paulista, e quase todas as cidades do litoral sul, principalmente em São Vicente, onde já foi prefeito duas vezes e no Vale do Ribeira.
    Confirmada a vitória, Doria prometeu fazer uma gestão transparente, liberal e inovadora ao governar para todos os brasileiros de São Paulo. Enfatizou que o PSDB não terá mais “muro” e que a velha política será aposentada a partir de 1º de janeiro quando tomará posse como Governador do Estado de São Paulo, gestão 2019 a 2022.
    No Palácio dos Bandeirantes, Márcio França comentou o resultado desta, que para ele foi a 17ª eleição que participou de alguma forma, declarou que sai frustrado mas, com mais vontade de fazer política e ajudar as pessoas. 
O eleito governador João Agripino da Costa Doria Junior é publicitário, jornalista e empresário bem sucedido, proprietário do Grupo Doria.