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terça-feira, 13 de novembro de 2018

Dia D de combate às arboviroses na capital paulista contará com ação de 11 mil profissionais

Capital paulista lança plano intersetorial de combate ao mosquito Aedes Aegypti e de prevenção das doenças por ele transmitidas!

Foto e texto: Riselda Morais

Secretário Estadual de Saúde e Médico Infectologista Dr. David Uip, Prefeito Bruno Covas e o Secretário Municipal de Saúde Edson Aparecido durante lançamento do Plano Municipal de Enfrentamento às Arboviroses.


     As doenças arboviroses incluem a dengue, Zika, chikungunya e febre amarela. Todas essas doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, logo para evitá-las e para que o combate ao mosquito seja eficaz, é preciso mobilizar toda a população, além do poder público, especialmente os profissionais de saúde.
     Para que, antes das chuvas de verão, período de maior proliferação do Aedes, haja controle do mosquito e prevenção das doenças por ele transmitidas, a Prefeitura de São Paulo lançou na quinta-feira (08) às 11 horas, o Plano Municipal de Enfrentamento às Arboviroses com ações intersetoriais que incluem, além de instituições e da sociedade civil, o Gabinete do Prefeito e as secretarias de Governo, Gestão, Saúde, Assistência Social, Educação, Esporte e Lazer, Segurança, Mobilidade e Transporte, Verde e Meio Ambiente, Inovação e Tecnologia, Subprefeituras, Prodam e Defesa Civil.
  O Secretário Municipal de Saúde, Edson Aparecido informou que no Dia D de combate as arboviroses, marcado para 24 de novembro,  11 mil profissionais participarão das ações de combate ao mosquito e as doenças por ele transmitidas, sendo 8.500 Agentes Comunitários de Saúde, 240 Agentes de Proteção Ambiental e 2.292 Agentes de Controle Endêmicos. 
Também serão usados drones para visualizar e localizar focos em terrenos baldios, piscinas abandonadas e depósitos de pneus. 
Edson Aparecido enfatizou a importância da eliminação dos criadouros e falou sobre a rápida proliferação do mosquito: “O Aedes Aegypti tem um desenvolvimento extremamente rápido, da fase aquática (ovo, lava, pupa) tem duração de 07 a 12 dias, sua fase alada tem duração de no máximo 30 dias, mas o ovo permanece vivo por até um ano, até que uma gota de água caia sobre ele e dê origem ao mosquito” e alertou “a fêmea, de 08 a 12 dias, com a ingestão do sangue infectado com um vírus, ela já está transmitindo em um perímetro de 300 m²”.
      O plano prevê, além de busca ativa casa a casa, tanto para a vacinação contra a febre amarela quanto para o controle dos vetores, focos e criadouros do mosquito com auxilio do exército onde for necessário; orientação a população; eliminação de criadouros; limpeza de córregos; Manutenção de áreas verdes e campanhas publicitárias de conscientização e orientação a população.
Sob a coordenação de David Uip, médico infectologista e Secretário Estadual da Saúde, o plano prevê a prevenção das doenças, a capacitação dos profissionais para garantir o atendimento ao paciente, diagnóstico precoce e encaminhamento para o tratamento clínico, ampliação de oferta de salas de hidratação, leitos de observação e UTI e protocolos de atendimentos. “A eliminação dos criadouros é essencial, pois evita a proliferação do mosquito. Precisamos que as pessoas tenham consciência e cuidem de suas casas, pois é dentro das casas que estão 80% dos criadouros. O mosquito não respeita fronteiras. Dengue é uma surpresa a cada ano, temos quase todos os tipos, o indivíduo que tem o tipo 1, pode ter o 2, 3, e o 4. Já a febre nós trabalhamos com hipóteses de mortalidade de 30 a 50%”, disse o médico infectologista e concluiu: “Saúde não se limita a ação da Secretaria de Saúde, ela se estende a toda a sociedade e a todas as secretarias”.
     O prefeito Bruno Covas falou sobre os trabalhos que serão realizados, das metas a serem atingidas para evitar o crescimento no número de casos das arboviroses e enfatizou a importância do envolvimento da sociedade na eliminação dos criadouros do mosquito e principalmente em tomar a vacina contra a febre amarela. 
“O trabalho de busca ativa da população é um trabalho que já deu certo no caso da vacinação contra a pólio, onde conseguimos atingir 95% das crianças vacinadas; desejamos alcançar 95% da população vacinada contra a febre amarela, índice que não tem nem mesmo na Zona Norte, onde tivemos uma ação mais efetiva e menos de 90% da população daquela região foi vacinada. Na Zona Leste a vacinação não chegou a metade da população e na região central chegou a menos de 25% da população. Precisamos convencer a população a se vacinar e a eliminar os possíveis criadouros”, declarou Bruno Covas.

     Para dar maior eficácia a ação, uma “Sala de Situação” composta por todas as secretarias, conectada ao 156 e alimentada pelas 32 prefeituras regionais, receberá as denúncias e acionará as coordenadorias regionais de Saúde para as devidas providencias de combate ao mosquito e prevenção das doenças.