Riselda Morais
A capital paulista tem atualmente, 2.600 pontos viciados de descarte irregular de lixo e 100 Ecopontos, segundo o prefeito Bruno Covas.
O descarte irregular, como este da foto da margem do córrego Gamelinha, é consequência da má educação e falta de consciência ambiental do munícipe, que poderia levar o lixo até um dos 2 Ecopontos que existem na Avenida Dr. Bernardino Brito da Fonseca, sendo um a menos de 800 metros de distância. O mal comportamento de uns, provoca transtornos que atingem todas as camadas sociais e moradores de todas as faixas etárias e de todos os bairros.
O lixo jogado nas ruas é carregado pelas chuvas para dentro das redes de drenagem e, com isso, as galerias ficam entupidas; é então que a água, que não tem por onde escorrer, alaga ruas e dificulta a passagem de veículos e pedestres, invade casas e comércios. O resultado são os alagamentos e os prejuízos por eles acarretados, como a perda de móveis, veículos, comércios e até vidas, além de trânsito lento ou interrompido e proliferação de doenças.
Ao descartar lixo na rua o cidadão ou cidadã está contribuindo para as obstruções das galerias de águas pluviais e transbordamento dos rios, em troca recebe as enchentes, lama, lixo e esgoto.
O lixo descartado irregularmente, além de servir de abrigo e alimento para ratos, baratas, escorpiões, moscas, pernilongo e mosquitos como o Aedes Aegypti, que são pragas urbanas e vetores de doenças, contamina o solo, córregos, rios e mananciais.
As doenças mais comuns transmitidas pelos roedores, insetos e mosquitos são a leptospirose, peste bubônica, tifo murino, febre tifoide, cólera, malária, febre amarela, dengue, zica, chikungunya, leishmaniose, elefantíase, diarreia, viroses e hepatites.
Questionado sobre o combate ao descarte irregular de lixo, o prefeito Bruno Covas declarou que no início de sua gestão, existiam 4 mil pontos viciados de descarte irregular de lixo, que já conseguiu reduzir para 2.600 e prometeu dobrar o número de Ecopontos de 100 para 200 até o final da gestão.
“Quem faz isso está cometendo um crime ambiental, previsto na legislação”, afirmou o prefeito e esclareceu ao munícipe que “esse tipo de comportamento, ajuda a ter mais alagamentos, mais problemas, mais doenças e faz com que ele pague redobrado os custos com equipes para a limpeza desses pontos; poderíamos usar esses recursos para aumentar vagas em creches, bibliotecas, teatros... são recursos que deixamos de usar na área social porque temos que utilizar para poder contratar equipe para limpar a rua”, enfatizou Bruno.
O descarte irregular de lixo e entulho é considerado crime ambiental e passível de multa de R$ 18.420,79 na capital paulista. As punições são aplicadas de acordo com a lei 13478/02.
A fiscalização do descarte irregular de lixo e também por realizar a limpeza dos pontos de descarte irregular de entulho e ainda fiscalizar a limpeza de terrenos compete a prefeitura regional.
A população pode solicitar fiscalização por meio de contato telefônico na central 156 e nas Praças de Atendimento instaladas nas 32 prefeituras regionais.