Riselda Morais
“A violência contra a mulher é um problema que a gente só vai resolver, a hora que todos se conscientizarem que todas tem que ser tratadas com respeito”, enfatizou a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Cidade de São Paulo, Berenice Maria Gianella, durante ação de Prevenção da Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres.
“A violência contra a mulher é um problema que a gente só vai resolver, a hora que todos se conscientizarem que todas tem que ser tratadas com respeito”, enfatizou a Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Cidade de São Paulo, Berenice Maria Gianella, durante ação de Prevenção da Violência Doméstica e Familiar contra as Mulheres.
A Coordenação de Políticas para Mulheres atendeu o público acolhendo denúncias de violência e orientou as mulheres sobre os seus direitos, incluindo esclarecimentos sobre a rede de proteção à mulher, durante um mutirão no sábado (11) no bairro de Itaquera.
O número de feminicídios na cidade de São Paulo teve um aumento de 76% nos primeiros três meses de 2019, foram 37 vítimas fatais, a maioria das vítimas tinha algum vínculo com o assassino e 26 feminicídios ocorreram dentro de casa.
Em 2018, foram registrados 119 casos de feminicídios entre os meses de janeiro a novembro, aumento de 26,6% em relação no mesmo período de 2017 quando foram registrados 94 casos de feminicídios.
A nível nacional, o número de feminicídios também aumentou em todos os Estados brasileiros, foram noticiados nos primeiros dois meses, 344 casos de violência contra a mulher, com uma taxa de letalidade de 60%, sendo 207 feminicídios e 137 tentativas, segundo levantamento do doutor em Direito Internacional pela USP, Jefferson Nascimento.
A maioria dos feminicídios íntimos acontecem quando a mulher resolve romper o relacionamento abusivo, que muitas estão sendo vítimas há anos, mas a cultura machista faz o “homem” se sentir contrariado e desafiado por sentir-se dono da mulher, como coisa sua e a sentencia com a frase possessiva: “Se não for minha, não será de mais ninguém”, chegando ao extremo de matá-la.
Para Berenice, a violência contra a mulher precisa ser trabalhada no aspecto do machismo preponderante na sociedade, que é mais forte na América Latina. “A cultura machista Latino Americana, ainda é algo que permeia as relações entre as pessoas”, afirmou.
A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da Cidade de São Paulo possui uma Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.
Berenice esclareceu que “nos Centros de Cidadania da Mulher (CCM), Centros de Referência à Mulher (CRM) e nos Centros de Defesa e Cidadania da Mulher (CDCM), a mulher será acolhida por profissionais capacitados, informada sobre seus direitos e encaminhada para os serviços necessários, como apoio psicológico e assistência jurídica”, disse.
Quando a mulher já sofreu algum tipo de ameaça, em casos com risco de morte, Berenice esclarece que “a vítima será encaminhada para uma Casa Abrigo, com endereço sigiloso” garantiu ela e acrescentou que “a mulher poderá estar acompanhada dos filhos (as), menores de 18 anos.
A mulher vitima de violência doméstica, seja a agressão verbal ou física também poderá solicitar medida protetiva, para afastamento do agressor – a medida pode ser requerida nos centros, delegacias ou diretamente no GEVID (Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica)”.
Mulher, não sofra em silêncio, busque ajuda. O preço do seu silêncio pode ser a sua vida!
Denuncie, ligue 180!