Riselda Morais
Da esquerda – Major PM Calderari, Ten. Cel. Santiago, Ten. Cel. Leandro, Cel. Comandante Santana, Ten. Cel. Arantes, Major PM Storai. |
Cel. PM Comandante Marcelo Miranda de Santana e a Jornalista Riselda Morais |
Reunião entre o Comando de Policiamento CPA/M-4 e jornalistas da mídia regional |
Além de membros da imprensa regional, participaram também, os Comandantes das Unidades das áreas de atuação territorial Ten. Cel. Santiago - 2º BPM/M; Ten. Cel. Arantes - 29º BPM/M; Ten. Cel. Leandro - 39º BPM/M; Major Storai - 48º BPM/M; Major Calderari CPA/M-4; Ten. Ana Paula - CPA/M-4 e o presidente do Conseg Parque do Carmo Jaime Sato.
Segundo o Cel. Santana, na área que engloba os quatro batalhões são atendidas, diariamente, entre 450 e 600 ocorrências com viaturas no local, sendo que a demanda aumenta em feriados e finais de semana. São realizadas 12 a 13 prisões em flagrante e cerca de 04 foragidos da justiça são recapturados diariamente, alguns deles com mais de 20 passagens no sistema prisional. Uma arma de fogo é apreendida por dia.
“A cada 15 dias nós temos uma ocorrência de gravidade, onde o policial enfrenta o marginal em uma troca de tiros”, informou Cel. Santana e observou “O policial é um ser humano igual a qualquer um de nós. Um homem, uma mulher, que tem contas para pagar, que tem filhos, tem um marido ou uma esposa e a cada quinze dias ele (a) é obrigado a trocar tiros com o ladrão”.
Para o Ten. Cel. Leandro preservar a qualidade do profissional que executa o serviço de segurança garante a qualidade dos serviços que são prestados e os resultados. Ele falou sobre o esforço da instituição que dispõe de três núcleos de atendimento psicossocial, sendo um núcleo na sede do 2º BPM/M, um núcleo no 39º BPM/M e o terceiro no 4º Batalhão de Ações Especiais e servem aos policiais de toda a Zona Leste e do Alto do Tietê. “A Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse apontou que o profissional da Polícia Militar ocupa o primeiro lugar no ranking das profissões mais estressantes do Brasil e existe um esforço institucional para que se preserve a qualidade do profissional, para que ele preste um melhor serviço”, enfatizou o Ten. Cel. Leandro.
Quanto as reclamações da população, em relação a demora da viatura em passar em patrulhamento nas ruas do bairro, o Cel. PM Comandante Santana explicou que “quando uma viatura atua em um flagrante, demora no mínimo, quatro horas no Distrito Policial, não podendo neste período realizar o patrulhamento”. Ele esclareceu também que o efetivo policial desta região é de 2.842 policiais fixos e que “este efetivo não é suficiente para manter policiais parados nas ruas o tempo todo, as mudanças da previdência, estão impactando negativamente no efetivo, acelerando a inatividade dos policiais através da aposentadoria, com uma média de dois policiais a cada três dias se inativando”, informou ainda “Estamos procurando otimizar nosso serviço através da tecnologia e cada vez mais envolver a comunidade no trabalho de segurança pública, através do Programa “ Vizinhança Solidária”. São medidas simples que podem muito contribuir”, afirmou.
Para os Comandantes dos Batalhões, acima citados, as ocorrências de roubo, a transeunte, a residência, comércio, de veículo, de celular são a maior preocupação, porque impactam diretamente na sensação de segurança da população. “Há a violência com arma, faca ou outro instrumento, então nosso foco aqui, é combater primeiro os delitos de roubo”, enfatizou o Comando.
Quando se fala em “pancadões” ou “baile funk desorganizado” o Comando de Policiamento de Área Metropolitana - 4 afirma que a solução envolve várias áreas, a Polícia Militar; a Polícia Civil; o Conselho Tutelar porque muitos menores vão ao pancadão sem o conhecimento dos pais; da Prefeitura porque geralmente acontecem junto a bares ou tabacarias que funcionam até tarde e envolve veículos com aparelhagem de som irregular; da comunidade, denunciando o pancadão antes dele se formar. “É um problema complexo e de difícil solução, o caminho é envolver vários órgãos. No pancadão você tem tráfico de drogas, prostituição, furto e roubo de veículos para ostentar. Apreender os veículos com o som potente, fechar o bar, recolher os menores para o Distrito Policial e só liberar com a presença dos pais, pode coibir ou pelo menos diminuir essa incidência”, afirmou o Cel. Santana.