Riselda Morais
A primeira Vila Operária de São Paulo, Vila Maria Zélia, está comemorando seus 100 anos com festividades e luta para recuperar sua história e seu patrimônio.
As casas antigas no entorno da capela abriga descendentes dos primeiros moradores da antiga Vila Operária, fundada para abrigar os trabalhadores da Companhia Nacional de Tecidos de Juta, idealizada pelo dono da fábrica, Jorge Street, nos tempos em que os moradores podiam nadar e pescar lambaris para o almoço no rio Tietê, onde as suas margens a Vila começava e se estendia até a Avenida Celso Garcia, Zona Leste da capital paulista.
Cem anos depois, 171 casas ainda fazem parte da Vila, os moradores e a Associação Cultural da Vila Maria Zélia estão tentando resgatar sua história para devolver a cidade de São Paulo um de seus patrimônios históricos até então abandonado.
As festividades do centenário da Vila, que tem inicio no sábado (06) e se estende por todos os finais de semana deste mês de maio, incluem debate sobre a história do bairro, desafios urbanos e de arquitetura; o papel do poder público; teatro e participação de atores implicados no processo de tombamento e restauração da Vila; lançamento do livro “Vamos falar do Belenzinho?”; Exposição; Caminhada Fotográfica; Inauguração do Centro de Memória Maria Zelia na antiga sapataria; Show de Marionetes; Serenata; Leitura dramática - memórias do presídio da Ditatura Vargas, Vídeo na praça; no dia 20 a festa do centenário será na praça Jorge Street com Piquenique comunitário as 16h, música e bolo de aniversário.