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segunda-feira, 30 de julho de 2018

Brasil: Um país vaidoso

Mais que vaidade, procedimentos estéticos precisam, ser também, cuidados com a saúde e com a vida!

Riselda Morais

     Quando se trata de cuidados com o corpo, não existe crise no país. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking, com cerca de 31.800 academias frequentadas por mais de 7,9 milhões de alu-nos. A atividade física realizada de três a cinco vezes por semana, é imprescindível para manter a saúde, o corpo em boa forma e não tem contra indicação. 
No entanto, muitas pessoas buscam mais que boa forma e não gostam de fazer esforço físico, por isto, buscam soluções estéticas; umas pouco invasivas como a toxina botulínica, utilizada na eliminação de rugas da testa, em torno dos olhos e dorso do nariz e o preenchimento facial, feito com ácido hialurônico, nos lábios e na atenuação de sulcos faciais muito profundos (bigode chinês) .
Na linha de estética é importante fazer em clínica e com um bom profissional, as possibilida-des são infinitas e as ofertas dos tipos de produtos e procedimentos crescem de vento em pou-pa, mais de 390% ao ano . Uns procedimentos oferecem um bom resultado, sem perfeição, ou-tros nem tanto. Está cada vez mais comum vermos mulheres com a expressão facial completa-mente paralisada, com preenchimentos agressivos, volumosos e disforme por erro de aplicação.
Quando se trata de beleza, sempre queremos mais, e podemos. Umas pessoas sonham com um nariz perfeito, outras em tirar as rugas do rosto, outras em se livrar de vez daquela incomoda pochete na barriga, ou do excesso de pele, a incômoda flacidez que chega com o tempo. 
Nesta fase em que se deseja ter mais que boa forma, em que se busca o corpo ou o rosto perfeito, entram os cirurgiões plásticos em ação, para nos ajudar com as insatisfações consigo mesmo. É uma fase perigosa, porque muitas vezes a insatisfação não tem  só causa física, mas psicológica e nem uma e nem dez cirurgias deixam a pessoa satisfeita, aí os procedimentos estéticos viram obsessão. Mas como estar de bem com o espelho é o desejo de todos, desde a hora que acorda até a hora de ir dormir, o número de cirurgias plásticas e de procedimentos estéticos pouco invasivos já colocou o Brasil em segundo lugar no ranking, perdendo apenas para os Estados Unidos. E para quem pensa que plástica é coisa de mulher idosa querendo parecer novinha vai a informação correta.
A cirurgia plástica vem para melhorar a autoestima e a qualidade de vida das pessoas inde-pendentemente da idade ou do sexo.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, mais de 90 mil cirurgias plásticas realizadas, no Brasil, em 2017 foram em pacientes adolescentes e cresceu o número de procedimentos em pessoas com menos de 30 anos.
As mulheres lideram o número de cirurgias plásticas no mundo, são cerca de 18 milhões por ano, respondem por cerca de 86,5% dos procedimentos. Os mais realizados são a colocação de próteses nas mamas, a lipoaspiração ou lipoescultura (com colocação da gordura do próprio corpo nas nádegas), a blefaroplastia, a abdominoplastia, a mastopexia (para levantar os seios), a mamoplastia (redutora dos seios) e a rinoplastia. Os homens também já estão cedendo as próprias vaidades com  cerca de 3 milhões de procedimentos por ano, entre os mais procurados, a blefaroplastia é a campeã, seguida por lipoaspiração e ginecomastia. Entre as cirurgias reconstrutoras mais realizadas estão  as cirurgias para corrigir traços do câncer de pele, a pós-bariátrica (para retirar o excesso de pele) e a reconstrução mamária.
    Todo procedimento estético, seja uma cirurgia plástica ou um procedimento pouco invasivo oferece riscos e exige cuidados antes, durante e depois do procedimento para se obter um bom resultado.  
    Para garantir que o seu seja bem sucedido, que sua vida seja preservada e sua beleza também, é importante fazer todos os exames pré-operatórios e fazer a cirurgia em um hospital, com um cirurgião plástico com registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Existem cerca de 5.900 cirurgiões plásticos atuando no Brasil, mas  existem também, mais de 12 mil pessoas sem qualificação realizando “cirurgias plásticas”  e colocando pacientes em risco de deformidades, erros irreversíveis e até morte. Pesquise o profissional e coloque sua vida em boas mãos.