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sexta-feira, 29 de junho de 2018

Motociclistas e pedestres lideram estatísticas de fatalidades no trânsito de São Paulo

No país, óbitos tiveram redução de 14%, mas dobrou número de internações de condutores,  passageiros e pedestres nos últimos 10 anos

Riselda Morais



    A imprudência de uns e a distração dos outros é a fórmula perfeita para gerar acidentes de trânsito, muitas vezes, a impaciência de esperar segundos custa uma ou várias vidas.
A cidade de São Paulo tem conseguido, através de ações de segurança, reduzir o número de acidentes de trânsito. 
     Entre janeiro e maio, segundo o Infosiga, houve uma redução de 7,9%. Mesmo assim, o número de vítimas registrado nestes cinco primeiros meses ainda é alto, só no período noturno das 18h as 6h, foram 1.157 vítimas de acidentes, 55% do total de 2.087 vítimas.
    Por tipo de acidentes, as colisões entre veículos correspondem a 37,5% dos acidentes, enquanto os atropelamentos somam 28,7%. Choques contra objetos fixos equivalem a 15,1% dos casos e outros tipos de acidente somam 12,3%.
    No Estado de São Paulo foram registrados, só no mês de maio, 445 óbitos índice 14,1% menor, quando comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 518 óbitos.
    No acumulado do ano, a redução é de 7,9%, com 2.087 fatalidades em 2018 contra 2.267 em 2017, segundo levantamento do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito.
Ainda considerando só o mês de maio, os motociclistas lideram as estatísticas de fatalidades no trânsito com 157 acidentes, o correspondente a 35,2%, seguidos por pedestres com 123 fatalidades (27,6%), em terceiro no ranking aparecem ocupantes de automóveis com 102 vitimas fatais (22,9%) e ciclistas com 43 fatalidades. 
A maior parte dos acidentes, 54,3% acontecem durante a madrugada e 37,8% deles durante os finais de semana. Jovens com idade entre 18 e 29 anos são responsáveis por 126 ocorrências, 28,3% do total de fatalidades destes 82,3% são do sexo masculino.
Segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde o número de mortes por acidentes de trânsito no Brasil caiu 14% depois da implementação da Lei Seca, caindo de 38.273 óbitos em 2008 para 32.615 óbitos em 2017.
A região Sudeste foi quem apresentou a maior redução nos últimos dez anos (-31,6%) saiu de 15.189 para 10.378 óbitos; na região  Centro-Oeste o indicador saiu de 3.927 para 3.390 mortes (-13,6%); no Sul a redução foi de -13,6%, saiu de 7.157 para 5.816 óbitos; já a região Norte apresentou aumento de 16%, passou de 2.718 para 3.159 óbitos, seguido pelo Nordeste com aumento de 6,3%, passou de 9.282 para 9.872.
Em contrapartida a redução no número de  óbitos em três das cinco regiões, houve um grande aumento no número de internações ligadas a acidentes de trânsito em todo o país nos últimos dez anos.   
    Segundo informações do Ministério da Saúde, em 2008 foram internados 95.216 condutores, passageiros e pedestres no SUS - Sistema Único de Saúde, este número  quase dobrou, subiu para 181.120 vitimas de acidentes de trânsito internadas no SUS em 2017.