Por: Riselda Morais
O Supremo Tribunal Federal liberou o aborto de anencéfalos por 8 votos a 2. A legalização do aborto a partir de agora é valido para gravidez resultante de estupro, quando há risco de morte para a mulher e no caso de anencefalia, para todos os outros casos a mulher que pratica o aborto pode receber pena de três a dez anos de prisão.
A aprovação legaliza mas não elimina a polêmica que envolve o aborto e nem o sofrimento pelo qual a mulher passa. Durante a gestação de um bebê anencéfalo a mãe sempre sofrerá ao saber que não vai amamentar, vestir, ensinar seu filho a andar, falar, enfim, tê-lo como gostaria e se decide por fazer o aborto ela vai sofrer também por saber que está antecipando a morte de um filho desejado.
A anencefalia é um tipo de má formação do tubo neural que afeta a constituição do cérebro, tratada por profissionais da saúde como pacientes de alta gravidade e com baixa expectativa de vida.
No caso de uma gravidez resultante de estupro ou de um bebê anencéfalo, há agora a legalização para não obrigar uma mulher a gerar um filho indesejado, quando ela não tem condições psicológicas, físicas ou econômica para manter a gestação e o aborto é pago pelo SUS. Mas não muda o fato que é a mulher quem decide, não só sobre a vida dela mas de outro indivíduo, que saudável ou doente, desejado ou indesejado é outra vida, um ser sem direito a escolher lutar pela vida ou morrer para não fazer sofrer a quem de forma voluntária ou não o gerou.
Quanto ao aborto em si, sempre ouvimos que o aborto é uma questão de saúde pública, é realmente, afinal muitas mulheres perdem a vida ao realizar procedimentos clandestinos de aborto, em qualquer lugar, nas mãos de qualquer um. A grande diferença entre as situações, está que essas mulheres fazem suas escolhas, existe o anticoncepcional, a camisinha, muitas formas de prevenção, mas elas abrem mão do cuidado e se deixam engravidar, depois decidem que não querem aquele bebê e optam pelo aborto em clínicas clandestinas, logo elas assumem os riscos enquanto o bebê não tem escolha.
Em todos os casos de aborto está a mulher limitando o direito a vida da criança. A questão é:
- O sofrimento dos pais justifica a interrupção da gravidez?
No caso de uma gestação resultante de um estupro, há a repulsa do ato e a rejeição emocional e psicológica que é transferida para o feto, melhor que esteja legalizado e que a mulher tenha o direito de escolha, mas não seria o caso de tratar essa mãe psicologicamente para que ela entenda que aquela criança também é parte dela, sangue de seu sangue e carne de sua carne? Um ser indefeso e inocente, que se o direito a vida lhe for preservado irá nascer e poderá lhe trazer muitas alegrias como mulher e mãe?.
No caso da gestação de anencéfalo em que a mãe sofre a tortura psicológica de saber que tem em seu ventre um bebê que não sobreviverá, que poderá morrer em seu ventre ou fora dele, é sem dúvida um dano emocional e uma dor da alma. Mas também ela tem direito a escolha e o bebê não.
Olhando a vida friamente e de uma forma egoísta, é justo que o poder público custeie os procedimentos de forma segura para que as mulheres não façam o aborto em condições precárias que podem lhes levar a morte ou a graves lesões e olhando com os olhos da alma, digo que, é injusto tirar a vida de uma criança e uma vida é sempre uma vida e só Deus tem o direito de decidir sobre o seu fim.
A liberdade de escolha e de decidir sobre o próprio corpo, sobre a própria vida é concedido as mulheres, mas que não confundamos a anencefalia com outras deformidades congênitas do cérebro, que a vida de crianças que têm condições de viver fora do útero não sejam ceifadas ou se tornará um crime consentido pela justiça. Como mulher acredito que em todos os casos de aborto a mulher sofre danos, independente de ser o aborto legalizado ou não. Acredito que não somos só corpo, mas também alma, espírito e cada aborto realizado é uma vida que é ceifada e a lei não tem o poder de mudar isso. Mas reconheço que cada mulher tem o direito de decidir sobre a própria vida e sobre o próprio corpo, apesar de não concordar que alguém decida sobre tirar a vida de seu semelhante, principalmente se este semelhante for seu filho e estiver em seu ventre! Gostaria de acreditar que todas as mulheres , independente do tipo de gestação e do tipo de legalização do aborto, irão agir com o amor da alma e permitir que a natureza decida o momento que seus bebês devem lhes deixar e não marcar uma hora para ceifar-lhe a vida por mais curta que seja!
A aprovação legaliza mas não elimina a polêmica que envolve o aborto e nem o sofrimento pelo qual a mulher passa. Durante a gestação de um bebê anencéfalo a mãe sempre sofrerá ao saber que não vai amamentar, vestir, ensinar seu filho a andar, falar, enfim, tê-lo como gostaria e se decide por fazer o aborto ela vai sofrer também por saber que está antecipando a morte de um filho desejado.
A anencefalia é um tipo de má formação do tubo neural que afeta a constituição do cérebro, tratada por profissionais da saúde como pacientes de alta gravidade e com baixa expectativa de vida.
No caso de uma gravidez resultante de estupro ou de um bebê anencéfalo, há agora a legalização para não obrigar uma mulher a gerar um filho indesejado, quando ela não tem condições psicológicas, físicas ou econômica para manter a gestação e o aborto é pago pelo SUS. Mas não muda o fato que é a mulher quem decide, não só sobre a vida dela mas de outro indivíduo, que saudável ou doente, desejado ou indesejado é outra vida, um ser sem direito a escolher lutar pela vida ou morrer para não fazer sofrer a quem de forma voluntária ou não o gerou.
Quanto ao aborto em si, sempre ouvimos que o aborto é uma questão de saúde pública, é realmente, afinal muitas mulheres perdem a vida ao realizar procedimentos clandestinos de aborto, em qualquer lugar, nas mãos de qualquer um. A grande diferença entre as situações, está que essas mulheres fazem suas escolhas, existe o anticoncepcional, a camisinha, muitas formas de prevenção, mas elas abrem mão do cuidado e se deixam engravidar, depois decidem que não querem aquele bebê e optam pelo aborto em clínicas clandestinas, logo elas assumem os riscos enquanto o bebê não tem escolha.
Em todos os casos de aborto está a mulher limitando o direito a vida da criança. A questão é:
- O sofrimento dos pais justifica a interrupção da gravidez?
No caso de uma gestação resultante de um estupro, há a repulsa do ato e a rejeição emocional e psicológica que é transferida para o feto, melhor que esteja legalizado e que a mulher tenha o direito de escolha, mas não seria o caso de tratar essa mãe psicologicamente para que ela entenda que aquela criança também é parte dela, sangue de seu sangue e carne de sua carne? Um ser indefeso e inocente, que se o direito a vida lhe for preservado irá nascer e poderá lhe trazer muitas alegrias como mulher e mãe?.
No caso da gestação de anencéfalo em que a mãe sofre a tortura psicológica de saber que tem em seu ventre um bebê que não sobreviverá, que poderá morrer em seu ventre ou fora dele, é sem dúvida um dano emocional e uma dor da alma. Mas também ela tem direito a escolha e o bebê não.
Olhando a vida friamente e de uma forma egoísta, é justo que o poder público custeie os procedimentos de forma segura para que as mulheres não façam o aborto em condições precárias que podem lhes levar a morte ou a graves lesões e olhando com os olhos da alma, digo que, é injusto tirar a vida de uma criança e uma vida é sempre uma vida e só Deus tem o direito de decidir sobre o seu fim.
A liberdade de escolha e de decidir sobre o próprio corpo, sobre a própria vida é concedido as mulheres, mas que não confundamos a anencefalia com outras deformidades congênitas do cérebro, que a vida de crianças que têm condições de viver fora do útero não sejam ceifadas ou se tornará um crime consentido pela justiça. Como mulher acredito que em todos os casos de aborto a mulher sofre danos, independente de ser o aborto legalizado ou não. Acredito que não somos só corpo, mas também alma, espírito e cada aborto realizado é uma vida que é ceifada e a lei não tem o poder de mudar isso. Mas reconheço que cada mulher tem o direito de decidir sobre a própria vida e sobre o próprio corpo, apesar de não concordar que alguém decida sobre tirar a vida de seu semelhante, principalmente se este semelhante for seu filho e estiver em seu ventre! Gostaria de acreditar que todas as mulheres , independente do tipo de gestação e do tipo de legalização do aborto, irão agir com o amor da alma e permitir que a natureza decida o momento que seus bebês devem lhes deixar e não marcar uma hora para ceifar-lhe a vida por mais curta que seja!