A poesia entrou em minha vida quando eu era criança, em minha percepção particular do mundo, em minha forma de falar. Fui desenvolvendo a sensibilidade e expandindo meu mundo real, construindo poesias com palavras que representavam as fantasias, os sonhos, os desejos, sons, idéias e imagens. Sou uma pessoa que gosta de ler poesias, elas sempre me estimulam a pensar, imaginar, perceber a criatividade através da forma e do conteúdo de cada estrofe, a ler atentamente, percebendo a forma e me envolvendo na leitura e não de forma automatizada como acontece com a maioria dos textos.
Ler poesias da geração de 1930, grandes poetas como Carlos Drummond de Andrade, Vinícius de Morais me dão prazer e, me servem de exemplo poemas célebres como o impasse existencial (E agora José?) de Drummond. O poeta escreve para transmitir idéias e sensações, o poeta não se apóia unicamente no significado exato das palavras e em suas relações dentro da frase. Ele utiliza sobre tudo os valores sonoros e o poder sugestivo dessas mesmas palavras combinadas entre si.
Poesia é a forma especial de linguagem, mais dirigida à imaginação e à sensibilidade do que ao raciocínio. Em vez de comunicar informações de forma imparcial ou formadora de opinião como faço como jornalista, através da poesia transmito sobretudo emoções, sentidas, pensadas, vividas, situações imaginárias ou reais.
Poiésis em grego significa produzir, fazer, criar. É disso que gosto, soltar a imaginação e criar poesias e sempre gostei da forma como a poesia surgiu no Brasil. Conta-se que a poesia em nosso País teve origem com os padres Jesuítas, na colonização do Brasil, no século XVI, mais precisamente com o evangelizador e mestre, “jesuíta das Canárias”, José de Anchieta que escrevia versos à Virgem nas areias da praia. Ao longo dos séculos, a poesia se desenvolveu, passando por muitas escolas até chegar ao atual momento, chamado de pós-modernismo, em que não temos mais regras únicas para a produção poética. Hoje a poesia segue o estilo do próprio autor, gosto disso... acredito que quando um autor é obrigado a seguir regras na rima ou na métrica muito se perde de seu dom natural, de sua criação, de sua percepção poética.
No livro Anjo Dourado, através de 88 poesias, o leitor encontra a poesia existencial, cujos temas são algumas das minhas experiências de vida, esperança, amores, decepções, sonhos, desejos, ilusões entre tantos outros tipos de emoções, como as descritas na poesia “11 de Setembro” que relata as reações e sentimentos diante das imagens do ruir das torres gêmeas; outras que falam de amores vividos, amores inesquecíveis, tipos de amores ”Há amores”; homenagens às mães “Mãe és fina flor”, “A beleza da Rosa”, “Mãe, obrigada por existir” e homenagem as mulheres “Mulher” entre tantas outras e, a poesia social com temas políticos e sociais como “O candidato e o Eleitor” uma poesia que visa fazer o eleitor votar consciente, “Brasil 500” fala do Brasil desde o seu descobrimento aos dias atuais, “Vitimas da Desigualdade Social”, “Carnaval” e “Carnaval 2000 faz um registro das escolas de samba e do que levaram à ao sambódromo”, “São Paulo” e “Respira São Paulo”, faz homenagens à cidade e chama a atenção para a qualidade do ar, Zona Leste e Água doce, entre outras que tematizam questões políticas e sociais.
O livro Anjo Dourado tem preço popular, com um custo de apenas R$ 18,00 o leitor pode sentir o prazer da leitura ao viajar em fantásticas histórias contadas em forma de poesias.
Cada verso, cada estrofe, cada inspiração foi escrita com muito amor e carinho, sonho e esperança, uma luz que tomou conta de minha vida e de meu coração, por isto, através do livro Anjo Dourado, de minha vida eu lhes ofereço a Poesia. Riselda Morais