Segundo estudo produzido pelo IDC, dados da 13ª edição do Barômetro Cisco da Banda Larga, o Brasil ultrapassou a meta de 15 milhões de conexões banda larga no ano passado. Só no segundo semestre de 2009, o mercado total de banda larga cresceu 1,3 milhão de conexões, um crescimento de 9,5% em relação aos primeiros seis meses do mesmo ano e de 27% em relação ao ano de 2008.
Tendo em vista o investimento do governo brasileiro em ações de popularização da banda larga e os investimentos locais de provedores de serviços da internet, nova meta será estipulada para a próxima edição do Barômetro.
São apontados como motivadores para o crescimento do serviço, a manutenção da redução de impostos para computadores com custo de até R$ 4 mil e a migração de novos usuários da rede discada dial-up para pacotes econômicos da banda larga.
No Brasil, o Estado de São Paulo mantém a liderança nos acessos à banda larga fixa, com 41,3% do total. Mas a região Nordeste ganhou participação no total de conexões, quando comparado à totalidade do Brasil, com 5,8% dos acessos no primeiro semestre de 2009 e 6,3% em dezembro.
Ainda segundo o estudo, a velocidade média de navegação para a banda larga fixa continua aumentando. Velocidades acima de 2 Mbps foram as que mais cresceram no período analisado, somando 16,1% no primeiro semestre de 2009 e 18,5% no segundo. Além disso, a quantidade de assinantes de Banda Larga por meio da telefonia móvel (acesso em desktop usando modem ou data cards; ou em notebook ou netbook) em dezembro de 2009 foi de 3.517.095 assinantes, um crescimento de 32% em relação ao último semestre e 77% em relação 2009.
A empresa que ficar responsável por implementar o Plano Nacional de Banda Larga deverá receber do governo federal um investimento de cerca de R$ 3,5 bilhões em recursos do Tesouro Nacional. O montante será aplicado nos primeiros três anos do plano para fazer as redes principais, chamadas de backbones e os backhauls, as redes hierárquicas.
O investimento total pode chegar a 6 bilhões, até que o negócio se torne rentável e passe a se autofinanciar.
O governo trabalha com a possibilidade de criar uma nova empresa estatal gestora do Plano Nacional de Banda Larga mas antes tenta reativar a Telebras para atuar como gestora do plano, o que parece ser o caminho mais fácil e mais rápido por ser uma empresa estruturada.
Para o plano, além das operadoras de telefonia (fixa e móvel) e de TV por assinatura, existem cerca de 1,7 mil pequenos provedores que podem fazer o serviço chamado “última milha”, que é o trecho que liga a rede de telecomunicações à casa dos consumidores. A intenção do governo é não oferecer o serviço, que ficará a cargo das empresas privadas.