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sexta-feira, 11 de novembro de 2022

COVID 19: Nova variante BQ.1 e aumento de casos em São Paulo

 Baixa adesão as doses de reforço da vacina e aglomerações contribuem para o aumento de casos

Riselda Morais

   A sensação que a pandemia da COVID-19 acabou é falsa, o vírus continua circulando, sofrendo mutações e se proliferando no Brasil e no mundo. Quem faz a grande diferença hoje são as vacinas que estão nos protegendo de termos casos graves da COVID como antes da vacinação. No entanto, a volta das aglomerações, a baixa adesão as vacinas e principalmente as doses de reforço estão trazendo de volta o aumento no número de casos.

   A BQ.1 subvariante da Ômicron foi identificada agora no Brasil. Mas ela já foi detectada em 65 países, é uma das mais de 300 sublinhagens da Ômicron que circula pelo mundo. 

  A nova cepa que está crescendo rapidamente na Europa e Estados Unidos  foi identificada, aqui no Brasil,  por meio do sequenciamento genético, feito pela Fiocruz  - Fundação Oswaldo Cruz.  Os cientistas ainda trabalham para identificar a transmissibilidade da BQ.1, bem como, seus impactos para vacinas e testes de diagnósticos.

Casos da BQ.1 no Brasil.

  A Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou, nesta terça-feira (08), dois casos da BQ.1 na cidade de São Paulo. Uma mulher de 72 anos, com comorbidades, morreu dia 17 de outubro no Hospital São Paulo, onde ficou internada no período entre os dias 10 a 17 quando faleceu . Não se sabe sobre o esquema vacinal da mesma. E um homem de 71 anos, teve os primeiros sintomas em 7 de outubro, seu quadro clínico evoluiu bem, teve alta.

  Outro caso foi identificado no Amazonas dia 20 de outubro. Também foi identificado um caso no Rio Grande do Sul e outro no Rio de Janeiro, uma mulher de 35 anos, transmissão local, moradora da Zona Norte e sem sintomas graves.

    No Brasil, no período de 6 a 11 de novembro, foram notificados 57.825 casos de COVID-19 e 314 mortes. A média móvel dos sete dias ficou em 8.448 diagnósticos diários, representando um aumento de 120% em relação à semana anterior, com 3.834. A média móvel de óbitos foi de 46, um acréscimo de 28% se comparado com a última semana, com 36 óbitos por coronavírus.

  A cidade de São Paulo tem até esta quinta-feira (10), 2.315.233 casos confirmados de COVID-19 e 542.634  casos estão em investigação, segundo Boletim da Secretaria Municipal de Saúde. 

  Nesta sexta-feira (11) são 3.780 novos casos na cidade de São Paulo.  A média móvel dos últimos 7 dias é de 1.698 casos.

  Nos três últimos meses, foram confirmados na cidade de São Paulo, 4.110 casos de COVID-19 e 21 óbitos em Setembro; saltou para 10.549 casos confirmados e 18 óbitos em outubro e a primeira semana de novembro já confirma 7.210 casos e 1 óbito; segundo o eSUS. Um aumento significativo no número de casos. 

Conforme dados da SMS,  1.324.147 (57,31%) das pessoas com COVID são mulheres e 983.676 (42,57%) homens, em 2.691 (0,12%) registros não tem informação.

  Destes, quanto aos sintomas,  54,78% apresentaram tosse; 36,22% tiveram febre; 30,95% problemas na garganta; 20,92% tiveram perda de paladar;  19,53 % tiveram perda de olfato; 16,61% dispneia; 4,79 tiveram a saturação menor que 95%; 3,99% tiveram desconforto respiratório; 0,83% diarreia; 0,515 vômito e 0,26% dor abdominal. 

  Os principais fatores de risco e comorbidades foram cardiopatia em 4,66%; diabetes em 4,56% seguidas por pneumonia em 1,16% dos pacientes, segundo dados do eSUS.  Diante do quadro epidemiológico, vale manter os cuidados de sempre. Usar álcool gel, higienizar as mãos com água e sabão e sempre que possível evitar aglomerações.