Riselda Morais
O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (11), novo informe epidemiológico que indica registros de 3.530 casos suspeitos de microcefalia, a investigação de 46 óbitos de bebês com microcefalia e confirmou 04 óbitos de bebês por malformação relacionada ao Zica Vírus, ocorridos no período de 22 de outubro de 2015 a 09 de janeiro de 2016, em 724 municípios de 21 unidades da federação.
O estado com maior número de casos suspeitos de microcefalia é o Pernambuco, onde foram identificados os primeiros casos da doença, com incidência de 1.236 casos, já representa 35% do total registrado no Brasil. Em segundo vem o estado da Paraíba com 569 casos, seguido pela Bahia com 450, Ceará 192, Rio Grande do Norte 181, Sergipe 155, Alagoas 149, Mato Grosso 129 e Rio de Janeiro 122 casos segundo o informe do MS.
Segundo investigações clínico-epidemiológica realizadas pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), nos quatro óbitos de bebês confirmados, durante a gravidez, as quatro gestantes apresentaram febre e exantemas, os resultados somam-se às demais evidências obtidas em 2015 e reforçam a hipótese de relação entre a infecção pelo vírus Zika e a ocorrência de microcefalia e outras malformações congênitas.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a circulação do Zika é confirmada por meio de teste PCR, com a tecnologia de biologia molecular. A partir da confirmação em uma determinada localidade, os outros diagnósticos são feitos clinicamente, por avaliação médica dos sintomas.
Até o momento, estão com circulação autóctone do vírus Zika 20 unidades da federação. São eles: Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Roraima, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.
O MS orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doença, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.