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terça-feira, 10 de junho de 2008

Dia Mundial do Meio Ambiente



O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado em 5 de junho. A data foi recomendada pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada em 1972, em Estocolmo, na Suécia. Por meio do decreto 86.028, de 27 de maio de 1981, o governo brasileiro também decretou no território nacional a Semana Nacional do Meio Ambiente.
Nos últimos 50 anos, o mundo perdeu 20% de suas terras férteis e 20% de suas florestas tropicais, com milhares de espécies ainda nem conhecidas. O nível do gás carbônico aumentou 13%, foi destruída 3% da camada de ozônio, toneladas de materiais radioativas foram despejadas nos solos, os desertos aumentaram, rios e lagos morreram por causa da chuva ácida ou de esgotos domésticos e industriais, mananciais foram poluídos, a Amazônia saqueada e muito desmatada.
É importante lembrar alguns dados que refletem a difícil situação mundial em relação ao uso dos 2,5% de água doce disponíveis no planeta. Segundo a ONU, mais de um sexto da população mundial, ou o equivalente a 1,1 bilhão de pessoas, não têm acesso ao fornecimento de água doce.


Com a comemoração do Dia do Meio Ambiente, 5 de junho, não posso deixar de lembrar dados que refletem na difícil situação mundial em relação ao uso dos 2,5% de água doce disponíveis no planeta. Segundo relatório da Unesco, órgão da ONU para a educação e responsável pelo Programa Mundial de Avaliação Hídrica, mais de um sexto da população mundial, ou o equivalente a 1,1 bilhão de pessoas, não têm acesso ao fornecimento de água doce.
Dos exíguos 2,5% de água doce existentes no mundo, apenas 0,4% estão disponíveis em rios, lagos e aqüiferos, gelo, neve e vapor. A situação tende a piorar, com o desmatamento, a poluição ambiental e as alterações climáticas dela decorrente: estima-se que será reduzido em um terço o total de água doce disponível no mundo. Enquanto isso, ações que poderiam reduzir o desperdício desse líquido cada vez mais raro e precioso, demoram a ser tomados pelas diferentes esferas governamentais.
Sabe-se que a maior consumidora de água doce é a agricultura, responsável por 69% do uso, e que grandes metrópoles têm edificações com sistemas hidrosanitários (bacias e válvulas sanitárias, torneiras, chuveiros, entre outros) gastadores.
Medidas de incentivo à troca de equipamentos gastadores por outros, economizadores - como bacias e válvulas que consomem 6 litros por acionamento, em vez dos 12 ou até mais de 20 litros por acionamento consumidos pelos equipamentos defasados, a instalação de arejadores e restritores de vazão de torneiras e chuveiros, são instrumentos bem sucedidos de diminuição de consumo. Os equipamentos economizadores estão disponíveis - e obrigatórios, por norma da ABNT - em nosso país desde 2003. Programas racionalizadores já foram adotados em Nova York e Austin, nos EUA, e Cidade do México. Entre 1994 e 1996, Nova York instalou mais de um milhão de bacias sanitárias economizadoras, com incentivo aos moradores e empresários para as trocas e passou a poupar 216 milhões de litros de água por dia.
No Brasil, temos campanhas esporádicas para diminuir o consumo de água, rapidamente abandonadas assim que acaba a eventual seca e os reservatórios estão cheios. Isto foi o que aconteceu aqui em São Paulo, em 2004, quando os cidadãos foram premiados com desconto de 20% em suas contas de água se atingissem as metas de redução. Há a necessidade de implementar-se programas duradouros e permanentes de incentivo à redução de água.
A concessionária Sabesp que atende a maior parte dos municípios paulistas desenvolve atualmente um projeto que custará cerca de R$ 100 milhões para trocar dutos antigos, cuja deterioração provoca vazamentos e perdas de água estimados em 34% do total produzido. Embora louvável a preocupação da concessionária em diminuir suas perdas e aumentar o lucro de seus acionistas, deveria se traduzir também em ações que beneficiassem o consumidor final e o contribuinte diretamente, como os programas de uso racional da água e o incentivo à troca de equipamentos obsoletos por outros, economizadores.
O governo federal, por sua vez, poderia desenvolver programas de incentivo aos agricultores que adotassem o método de gotejamentos na irrigação, poupando outros essenciais milhões de metros cúbicos de água. Assim, projetos como o da transposição do rio São Francisco, com investimento estimado em cerca de R$ 4,5 bilhões, poderiam ser melhor aproveitados.
A implementação de projetos de racionalização, resultaria em benefícios econômicos, sociais e ambientais para a sociedade como um todo.
É dever de todos, preservar e defender o meio ambiente, prover a sobrevivência de qualquer vida, mesmo a mais insignificante. Preservar não é moda e não deve ser ação passageira, preservar é fundamental para as forças vivas da sociedade. Preservar as florestas, os animais, a água; não poluir, conservar o solo, proteger a flora e a fauna terrestre e aquática. Não poluir os mares, rios, mananciais. Não saquear as florestas, não queimar os campos e não caçar os animais, entre outras, são formas de proteger a natureza.
A conscientização deve começar em casa, fazer parte da escola e ser fortalecida através dos meios de comunicação, porque desenvolver educação ambiental é formar para o exercício da cidadania responsável, preservar a água, o ar, a fauna e a flora, proteger a natureza como nossa fonte de vida.