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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

População sofre com falta de médico nas UBS

Riselda Morais
   
Falta médico na equipe 3 da UBS Vila Guilhermina há mais de 06 meses.
A cidade de São Paulo conta com 47,3% dos médicos de todo o Estado, no entanto, faltam médicos nas periferias e as populações mais carentes estão desassistidas.
Segundo pesquisa da Faculdade de Medicina da USP, 45% dos médicos que atuam nas UBS da Zona Leste deixam o emprego no primeiro ano e a maioria deles são recém-formados e sem especialização.
 Quem precisa de tratamento médico e depende do atendimento nas UBS, muitas vezes, fica em situação de abandono. 
   As UBS trabalham com médicos generalistas, o tempo de espera para o paciente conseguir uma consulta é de meses, o que piora a saúde da população que não consegue trabalhar com prevenção, mas na tentativa de cura das doenças.
  Para o paciente passar em consulta com um médico especialista é necessário primeiro agendar a consulta com o médico generalista na UBS, esperar alguns meses até a consulta; depois agendar os exames, esperar, fazer os exames e esperar o resultado; voltar a agendar consulta com o médico generalista, esperar mais alguns meses e, se for necessário esse médico dará encaminhamento para um médico especialista. O paciente fica na fila de espera mais alguns meses até conseguir passar em consulta com o médico especialista. Muitas vezes a doença já está em estado grave.
  O problema burocraticamente cansativo se complica quando na UBS falta o médico generalista, este problema ocorre em muitas Unidades Básicas de Saúde na capital paulista, principalmente nas regiões mais periféricas.
  Para não ter a justificativa de que “os médicos não querem ir trabalhar em lugares distantes e perigosos” usaremos como exemplo, o que acontece na UBS Vila Guilhermina – Doutor Américo Raspa Neto, que tem metrô próximo e que trabalha como todas as outras, com Estratégia Saúde da Família (ESF), uma porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), através de uma equipe multidisciplinar, que segundo o Ministério da Saúde, deve ser composta por no mínimo (I) médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; (II) enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; (III) auxiliar ou técnico de enfermagem; e (IV) agentes comunitários de saúde. Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal.
  Na prática é bem diferente.
    Na UBS Vila Guilhermina existem três equipes, cada uma responsável por um determinado trecho geográfico do bairro.
       Pacientes entraram em contato conosco reclamando que: “meus exames deram uma alteração e estou na fila de espera para passar com especialista, sem previsão. Procurei a UBS para marcar com o clínico, informaram que a minha rua pertence a equipe 3 que está sem médico, há mais de seis meses e tudo o que podem fazer é agendar com uma enfermeira, ela olha os exames e se for necessário ela encaminha para o médico”, disse uma paciente que pediu para manter seu nome em sigilo.
Fui checar a informação e a história se repetiu.  A UBS confirmou que a equipe está sem médico, mas não quis dar mais informações sobre os pacientes serem atendidos pela enfermeira.
       Questionada sobre as dificuldades que os pacientes enfrentam até conseguir consulta médica a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste informou que: “a Equipe de Saúde da Família (ESF) está ligada à Unidade Básica de Saúde (UBS) local e seu nível de atenção resolve 80% dos problemas de saúde da população. Se o usuário precisa de um cuidado mais avançado, a ESF realiza o encaminhamento”.
    Quando questionada sobre o fato da UBS Vila Guilhermina não ter médico especialista em Ginecologia para a prevenção e saúde da Mulher e nem médico generalista na equipe 3,  a SMS afirmou que: “Faz parte do escopo técnico de atuação dos médicos generalistas da ESF o acompanhamento da saúde da mulher, conforme protocolos da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo e do Ministério da Saúde. Ela ainda afirmou que: “As unidades também contam com os ginecologistas e outros profissionais da equipe do Núcleo Ampliado de Saúde da Família (NASF)”.
      Segundo a SMS, as vagas ocupadas pelo Programa Mais Médicos estão sendo preenchidas com novas contratações e que os profissionais que atuavam pelo Programa e que possuem a inscrição no Conselho Regional de Medicina (CRM) poderão ser contratados através de processo seletivo realizados pelas Organizações Sociais (OS) que atuam na capital paulista em parceria com a Prefeitura de São Paulo.

terça-feira, 12 de março de 2013

TESTE RÁPIDO: Medida autoriza enfermeiros, com curso superior, a realizarem testes de HIV, sífilis e hepatites virais


Por: Riselda Morais



   O Cofen - Conselho Federal de Enfermagem aprovou medida que permite aos enfermeiros realizar testes rápidos para diagnosticar  doenças sexualmente transmissíveis como hepatites virais, sífilis e HIV.   A autorização segue as orientações do Ministério da Saúde que objetiva aumentar o acesso da população a exames dessas doenças.
A autorização para realizar o teste rápido estende-se apenas aos enfermeiros que possuem nível superior e que estejam capacitados de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais.
Para o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, trata-se de um extraordinário avanço para o SUS e para a categoria de enfermagem e comemora:  “Nós sempre consideramos isso, a bem do usuário, que deveria ser feito pelo enfermeiro. É muito próprio da atividade do enfermeiro porque é muito parecido como dar uma injeção. Agora, nós provocamos e estimulamos ao Conselho Federal de Enfermagem é a deliberar sobre isso e, felizmente, o Conselho Federal deliberou pela propriedade do enfermeiro em fazer o teste rápido”.
Para a assessora técnica do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Andressa Bouzan já existem várias frentes de testagens, mas tirar a possibilidade de testagem somente do serviço de saúde laboratorial e coloca-lo através do teste rápido é a melhor forma de atingir a população. “Eu ofereço teste rápido em grandes mobilizações, em carnaval, em parada gay. Então eu tento chegar o mais próximo possível dessa população com o teste, além das informações que a gente passa de incentivo à testagem, de incentivo à prevenção que a gente tenta trazer essa pessoa que não sabe o seu status para conhecer o seu status sorológico através dessa testagem”.
Segundo dados do Ministério da Saúde, existem cerca de 150 mil brasileiros que não sabem que estão infectados pelo vírus HIV. Para Andressa Bouzan, estas pessoas precisam ser diagnosticadas o mais rápido possível, por isto ela considera positiva a medida que autoriza mais profissionais da saúde a realizarem o teste rápido.