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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Haddad é o candidato que mais sofreu interrupção no Jornal Nacional

Riselda Morais

    Entre os presidenciáveis, o candidato Fernando Haddad do PT, foi o mais interrompido por William Bonner e Renata Vasconcelos durante as entrevistas no Jornal Nacional.

   Segundo levantamento da Fórum Haddad sofreu 62 interrupções em 16m 05s de fala,  foi o segundo em número de interrupções foi Jair Bolsonaro (PSL) com 36 interrupções e 16 m 47s. de fala, seguidos por Ciro Gomes (PDT) – 34 interrupções e 15m 20s de fala,  Geraldo Alckmin (PSDB) com 17 interrupções e 16m 17s de fala e Marina Silva (Rede) – 20 interrupções e 19m 30s de fala. O total de interrupções aos cinco candidatos a presidência foi de 169.

Alberto Goldman diz que conviveu com Bolsonaro e que ele levaria o Brasil as piores crises

 Riselda Morais
       Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo e ex-ministro de Estado do ex-presidente Itamar Franco, declarou que conviveu com Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados e que “ele não tem a menor condição de ser Presidente da República e que levaria o País as priores crises”.
Veja o vídeo.

Judeus brasileiros lançam manifesto de repúdio a Jair Bolsonaro

Riselda Morais
Promessas de segurança do candidato, "mascara a violência indiscriminada, diz manifesto
     
    Os Judeus brasileiros lançaram manifesto de repúdio e um abaixo-assinado de combate à intolerância e ao preconceito. Enfatizando todo o sofrimento causado ao povo Judeu, a mensagem de repúdio diz que ao "justificar a violência como método,  hostilizar mulheres, negros, oposicionistas políticos e quem não concorda com “sua” noção de normalidade sexual", Bolsonaro se coloca no mesmo patamar de doutrinas que causaram sofrimento aos judeus. 
       O manifesto lembra que o candidato enaltece o período militar, "um dos mais nefastos da história do país, e tudo de trágico que representou, especialmente a tortura contra seus oponentes. Entre eles, muitos judeus e judias".
     Para os Judeus as promessas de segurança do candidato, "mascara a violência indiscriminada, a defesa de privilégios e a exclusão de amplos setores da sociedade".
    O manifesto diz ainda que Bolsonaro  "representa uma visão intolerante, racista, machista, misógina e homofóbica que ameaça a ainda frágil democracia brasileira".  
    O abaixo assinado na página "Judeus contra Bolssonaro" teve a adesão de mais de três mil pessoas em poucas horas no ar e surpreendeu até mesmo os organizadores.        
            “Não imaginávamos uma adesão tão rápida e isso sinaliza uma oposição forte, dentro da comunidade judaica brasileira, ao crescimento da candidatura de Bolsonaro”, diz o empresário Mauro Nadvorny, organizador do abaixo-assinado. “Isso significa também que há milhares de judeus brasileiros, não importa quem sejam seus candidatos, contrários à intolerância racial e religiosa, à misoginia e à homofobia que Bolsonaro representa”, diz. “Nos tornamos um movimento apartidário em defesa da democracia”, conclui Nadvorny.
Leia o manifesto na íntegra:

https://www.change.org/p/tribunal-superior-eleitoral-judeus-contra-bolsonaro


segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A Democracia sob ameaça!

Ódio, intolerância e extremismo são destilados publicamente em palanques e redes sociais

Riselda Morais



       Os últimos acontecimentos na política, nos governos, nas redes sociais e nas ruas tendem a nos mostrar que a Democracia no Brasil está sofrendo ataques constantes, ameaçada em sua legitimidade. Derivada do grego “demokratia”, demos = povo, kratos = poder, a democracia é o “Poder do povo”.
      Cresci com essa linda frase na cabeça: “A Democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo”. Cresci com a convicção que na democracia não pode haver desigualdades e nem exclusões. 
     Muitas ações políticas dos últimos anos vêm tirando do povo a soberania. Em muitas importantes ações políticas, as decisões foram baseadas em interesses puramente políticos, em prol de si mesmos e não do povo. A ilegitimidade dos atos, dos votos e das ações se transformaram em uma fúria antidemocrática no país.
    Em contrapartida, as pessoas mais pobres sofrem as cruéis consequências de não ter acesso à educação ou saúde de qualidade, não tem boas condições de moradia e nem qualidade de vida. São mais de 52 milhões de brasileiros abaixo da linha de pobreza, submetidos a fome e a falta de tudo. Isto é exclusão.
     Enquanto cerca de 13,7 milhões de famílias sofrem essa exclusão e são auxiliados com o “Bolsa Família”, a mísera ajuda de custos de cerca de R$ 159,32 para quem mora em São Paulo, por exemplo, cujo total do benefício é de cerca de R$ 2,4 bilhões, ainda são taxadas nas redes sociais de ser responsáveis pela má situação do país. Uma inverdade e uma injustiça com os pobres brasileiros. Os custos dos impostos que estamos pagando não está indo para os pobres e sim para os ricos.
     O Bolsa-empresário premiou grandes empresários, nos últimos 14 anos, com R$ 1 trilhão, destes R$ 420 bilhões foram para o setor produtivo. Enquanto os programas sociais receberam no mesmo período apenas R$ 372 bilhões. 
Entre 2016 e 2018, enquanto o governo estava preocupado com a reforma da Previdência, em fazer o trabalhador brasileiro trabalhar mais tempo para poder se aposentar, simplesmente ignorou que as grandes empresas devem mais de R$ 426 bilhões ao INSS, três vezes o valor do déficit da previdência. 
     Neste mesmo período, um pequeno grupo de grandes empresas foram beneficiadas com a redução de tributos no valor de R$ 840 bilhões. Mas o pequeno e o micro empresário sofreu aumento em seus tributos e muitos comércios, diante da crise política e financeira, fecharam suas portas. As grandes empresas, grandes privilégios, as pequenas empresas que financiem seus juros subsidiados. Estas são grandes desigualdades que foram aprovadas por pessoas eleitas pelo povo, para governar para o povo e não cumprem seu papel.
     Saíamos da superficialidade dos ataques a democracia e cheguemos ao fenômeno da fúria antidemocrática, manifestações que evocam atos de força em discursos, comícios, ruas e redes sociais. Cheguemos aos presidenciáveis. 
     Enquanto por um lado, a maioria do povo trabalhador, expõe suas intenções de voto a um candidato que se encontra preso, mas que tem em seu discurso o desejo de paz e de combater a pobreza, mesmo que sua luta pela liberdade, seja evidentemente em vão, até passar as eleições. No outro lado, tem-se o oposto, um candidato que faz ameaças com gestos de “fuzilamento” e incita o povo ao crime, com discursos de ódio, preconceitos e em defesa da liberação de armas. Violência incitada no Acre. Violência sofrida em Juiz de Fora em Minas Gerais em forma de facada. Estes são dois exemplos de grandes ataques a democracia brasileira.
     Vivemos um processo de ódio insuflado nas plataformas políticas que repercutem no comportamento do povo nas ruas e nas redes sociais. Todos têm seus seguidores e têm aqueles que lhes aprovam.
     O que preocupa é a intolerância, a não aceitação de opiniões diferentes. Pode-se aceitar a opinião de outra pessoa sem concordar com ela. Pode-se conviver com pessoas de opiniões, pensamentos e ideias divergentes as nossas, basta respeitar o livre direito de escolha e a liberdade de expressão.

    Chega de discussões acaloradas em redes sociais. Chega de ódio, racismo, intolerância e extremismo. Respeite as escolhas dos outros para que as suas sejam respeitadas.
 Pense e vote bem.