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terça-feira, 20 de setembro de 2022

Bolsonaro discursa na ONU com "pautas" de campanha eleitoral

 

Presidente Jair Bolsonaro diz ter extinguido a corrupção no Brasil, que tem sido defensor incondicional da liberdade de expressão e ainda, que o Brasil chega ao final de 2022 com  emprego em alta e inflação em baixa


Riselda Morais

   

Foto reprodução transmissão ao vivo

Na 77  Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, o Presidente Jair Bolsonaro diz ter extinguido a corrupção no Brasil, que tem sido defensor incondicional da liberdade de expressão e ainda, que Brasil chega ao final de 2022 com  emprego em alta e inflação em baixa.

 Nesta terça feira, 20 de setembro, o Presidente Jair Bolsonaro (PL) e candidato a reeleição 2022 discursou na 77ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York. Em tom de campanha eleitoral Bolsonaro usou o tempo de cerca de 20 minutos e 24 segundos para dizer, entre outras coisas, que extirpou a corrupção no Brasil.

Veja discurso de Jair Messias Bolssonaro na íntegra:

Bolsonaro 

"Senhor Csaba Kőrösi, Presidente da Septuagésima Sétima Assembleia-Geral das Nações Unidas,

Senhor António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas,

Senhoras e Senhores chefes de Estado, de governo e de delegações,

Senhoras e Senhores,

Começo por cumprimentá-lo, Embaixador Csaba Kőrösi, pela eleição para presidir esta Assembleia Geral. Esteja certo de contar com o apoio do Brasil.

O tema escolhido para este Debate Geral gira em torno de um conceito que se aplica perfeitamente ao momento que vivemos: um divisor de águas.

Senhor Presidente,

Nossa responsabilidade coletiva, nesta Assembleia Geral, é compreender o alcance dos desafios que compõem esse divisor de águas. E, a partir daí, construir respostas que tirem sua força dos objetivos que são comuns a todos nós.

A tarefa não é simples. Mas, a rigor, não temos alternativa.

Esse esforço tem de começar no interior de cada um dos nossos países. Antes de tudo, é aquilo que realizamos no plano interno que dá a medida da autoridade com que agimos no plano internacional.

Deixe-me falar da perspectiva do meu país.

Quando o Brasil se manifesta sobre a agenda da saúde pública, fazemos isso com a autoridade de um governo que, durante a pandemia da Covid-19, não poupou esforços para salvar vidas e preservar empregos.

Como tantos outros países, concentramos nossa atenção, desde a primeira hora, em garantir um auxílio financeiro emergencial aos mais necessitados.

O nosso objetivo foi proteger a renda das famílias para que elas conseguissem enfrentar as dificuldades econômicas decorrentes da pandemia. Beneficiamos mais de 68 milhões de pessoas, o equivalente a 1/3 da nossa população.

Em paralelo, lançamos um amplo programa de imunização, inclusive com produção doméstica de vacinas. Somos uma nação com 210 milhões de habitantes e já temos mais de 80% da população vacinada contra a Covid-19. Todos foram vacinados de forma voluntária, respeitando a liberdade individual de cada um.

Da mesma forma, no terreno da economia, o Brasil traz a autoridade de um país que, em nome de um crescimento sustentável e inclusivo, vem implementando reformas para a atração de investimentos e melhoria das condições de vida de sua população.

No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e em desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares.

O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas.

Esse é o Brasil do passado.

Aprimoramos os serviços públicos com redução de custos e investimento em ciência e tecnologia. Hoje, por exemplo, o Brasil é o 7º país mais digitalizado do mundo: são 135 milhões de pessoas que acessam 4.900 serviços do meu governo. O Brasil foi pioneiro na implantação do 5G na América Latina.

Levamos adiante uma abrangente pauta de privatizações e concessões, com ênfase na infraestrutura. Concluímos o projeto de transposição do Rio São Francisco, levando água para o Nordeste brasileiro. Adotamos novos marcos regulatórios, como o do saneamento básico, o das ferrovias e o do gás natural. Além disso, melhoramos o ambiente de negócios, com a lei de liberdade econômica e a lei de start-ups. Como resultado, criamos oportunidades para o jovem empreender e ter empregos de qualidade.

Coroando todo esse esforço de modernização da economia brasileira, estamos avançando, a passos largos, para o ingresso do Brasil como membro pleno da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE.

Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta e inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo sob o impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada.

Os números falam por si só. A estimativa é de que, no final de 2022, 4% das famílias brasileiras estejam vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%. Isso representa uma queda de mais de 20%. O Auxílio Brasil, programa de renda mínima criado pelo meu governo, durante a pandemia, que atende 20 milhões de famílias, faz pagamentos de quase US$ 4 por dia às mesmas.

O desemprego caiu 5 pontos percentuais, chegando a 9%, taxa que não se via há 7 anos. Reduzimos a inflação, com estimativa de 6% no corrente ano. Tenho a satisfação de anunciar que tivemos deflação inédita no Brasil nos meses de julho e agosto.

Desde junho, o preço da gasolina caiu mais de 30%. Hoje, um litro no Brasil custa cerca de US$ 0,90. O preço da energia elétrica também teve uma queda de mais de 15%. Quero ressaltar que o custo da energia não caiu por causa de tabelamento de preços ou qualquer outro tipo de intervenção federal. Foi resultado de uma política de racionalização de impostos formulada e implementada com o apoio do Congresso Nacional.

Em 2021, o Brasil foi o 4º maior destino de investimento estrangeiro direto do mundo. Nosso comércio exterior alcançou a marca histórica de 39% do PIB, mesmo diminuindo ou zerando impostos de milhares de produtos.

No plano interno, também estamos batendo recordes em três áreas: arrecadação fiscal, lucros das empresas estatais e relação entre dívida pública e PIB. Aliás, em 2021 tivemos superávit no resultado consolidado de contas públicas. O PIB brasileiro aumentou 1,2% no segundo trimestre. A projeção de crescimento para 2022 chega a 3%.

Temos a tranquilidade de quem está no bom caminho. O caminho de uma prosperidade compartilhada. Compartilhada entre os brasileiros e, mais além, compartilhada com nossos vizinhos e outros parceiros mundo afora.

É isso que vemos, por exemplo, na produção de alimentos. Há quatro décadas, o Brasil importava alimentos. Hoje, somos um dos maiores exportadores mundiais. Isso só foi possível graças a pesados investimentos em ciência e inovação, com vistas à produtividade e à sustentabilidade. Faço aqui um tributo à pessoa de Alysson Paulinelli, candidato brasileiro ao Prêmio Nobel da Paz, por seu papel na expansão da fronteira agrícola brasileira com o uso de novas tecnologias. Este ano, o Brasil já começou a colheita da maior safra de grãos da nossa história. Estima-se pelo menos 270 milhões de toneladas. O Brasil também, em poucos anos, passará de importador a exportador de trigo.

Para o período 2022/2023, a previsão é que a produção total ultrapasse as 300 milhões de toneladas. Como afirmou a Diretora-Geral da Organização Mundial do Comércio, em recente visita que nos fez, se não fosse o agronegócio brasileiro, o planeta passaria fome, pois alimentamos mais de 1 bilhão de pessoas ao redor do mundo.

O nosso agronegócio é orgulho nacional.

Senhor Presidente,

Quero lembrar que, também na área do desenvolvimento sustentável, o patrimônio de realizações do Brasil é fonte de credibilidade para a ação internacional do nosso país. Em matéria de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, o Brasil é parte da solução e referência para o mundo.

Dois terços de todo o território brasileiro permanecem com vegetação nativa, que se encontra exatamente como estava quando o Brasil foi descoberto, em 1500. Na Amazônia brasileira, área equivalente à Europa Ocidental, mais de 80% da floresta continua intocada, ao contrário do que é divulgado pela grande mídia nacional e internacional.

É fundamental que, ao cuidarmos do meio ambiente, não esqueçamos das pessoas: a região amazônica abriga mais de 20 milhões de habitantes, entre eles indígenas e ribeirinhos, cuja subsistência depende de algum aproveitamento econômico da floresta. Levamos internet a mais de 11 mil escolas rurais e a mais de 500 comunidades indígenas.

O Brasil começou sua transição energética há quase meio século, em reação às crises do petróleo daquela época. Hoje, temos uma indústria de biocombustíveis moderna e sustentável. Indústria que contribui para a matriz energética mais limpa entre os países do G20.

Cerca de 84% da nossa matriz elétrica atualmente é renovável, e esse é o objetivo que muitos países desenvolvidos esperam alcançar somente depois de 2040 ou 2050.

No ano passado, o Brasil foi escolhido pelas Nações Unidas como país “campeão da transição energética”. Temos capacidade para ser um grande exportador mundial de energia limpa. Contamos com um excedente, já em construção, que pode chegar a mais de 100 Gigawatts entre biomassa, eólica, terrestre e solar, além da oportunidade, ainda não explorada, de eólicas marítimas de 700 Gigawatts, com um dos menores custos de produção do mundo. Essas fontes produzirão hidrogênio verde para exportação.

Parte desta energia 100% limpa abre a possibilidade de sermos fornecedores de produtos industriais altamente competitivos, especialmente no Nordeste brasileiro, com uma das menores pegadas de carbono do mundo.

A agenda do desenvolvimento sustentável é afetada, de várias maneiras, pelas ameaças à paz e à segurança internacional. Erguemos as Nações Unidas em meio aos escombros da Segunda Guerra Mundial. O que nos motivava, naquele momento, era a determinação de evitar que se repetisse o ciclo de destruição que marcou a primeira metade do século XX. Até certo ponto, podemos dizer que fomos bem-sucedidos.

Mas, hoje, o conflito na Ucrânia serve de alerta. Uma reforma da ONU é essencial para encontrarmos a paz mundial. No caso específico do Conselho de Segurança, após 25 anos de debates, está claro que precisamos buscar soluções inovadoras. O Brasil fala desse assunto com base em uma experiência que remonta aos primórdios da ONU.

É pela décima-primeira vez que ocupamos assento não permanente no Conselho. Temos buscado dar o melhor de nós para a solução pacífica e negociada dos conflitos internacionais, sempre guiados pela Carta da ONU e pelo Direito Internacional.

O Brasil também tem um longo histórico de participação em missões de paz da ONU. De Suez a Angola, do Haiti ao Líbano, sempre estivemos ao lado da manutenção da paz.

Também contribuímos para a paz ao abrirmos nossas fronteiras para aqueles que buscam uma chance de reconstruir suas vidas em nosso país. Desde 2018, mais de seis milhões de irmãos venezuelanos foram obrigados a deixar seu país. Muitos deles vieram para o Brasil.

Nossa resposta a esse desafio foi a “Operação Acolhida”, que se tornou referência internacional. Já são mais de 350 mil venezuelanos que encontraram, em território brasileiro, assistência emergencial, proteção, documentação e a possibilidade de um recomeço. Todos têm acesso ao mercado de trabalho, a serviços públicos e a benefícios sociais.

Nos últimos meses, chegam por dia ao Brasil, a pé, cerca de 600 venezuelanos, a grande maioria dos quais mulheres e crianças pesando em média 15 quilos a menos do que tinham antes, fugindo da violência e da fome.

A política brasileira de acolhimento humanitário vai além da Venezuela. Temos também recebido haitianos, sírios, afegãos e ucranianos.

Senhor Presidente,

O conflito na Ucrânia já se estende por sete meses e gera apreensão não apenas na Europa, mas em todo o mundo.

Quero, em primeiro lugar, renovar o agradecimento do Brasil aos países que ajudaram na evacuação de brasileiros que se encontravam na Ucrânia quando começou o conflito. Refiro-me especialmente à Eslováquia, Hungria, Polônia, Romênia e República Tcheca. A operação foi exitosa. Não deixamos ninguém para trás, nem mesmo seus animais de estimação.

Diante do conflito em si, o Brasil tem-se pautado pelos princípios do Direito Internacional e da Carta da ONU. Princípios que estão consagrados também em nossa Constituição. Defendemos um cessar-fogo imediato, a proteção de civis e não-combatentes, a preservação de infraestrutura crítica para assistência à população e a manutenção de todos os canais de diálogo entre as partes em conflito. Esses são os primeiros passos para alcançarmos uma solução que seja duradoura e sustentável.

Temos trabalhado nessa direção. Nas Nações Unidas e em outros foros, temos tentado evitar o bloqueio dos canais de diálogo, causado pela polarização em torno do conflito. É nesse sentido que somos contra o isolamento diplomático e econômico.

As consequências do conflito já se fazem sentir nos preços mundiais de alimentos, de combustíveis e de outros insumos. Estes impactos nos colocam a todos na contramão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Países que se apresentavam como líderes da economia de baixo carbono agora passaram a usar fontes sujas de energia. Isso configura um grave retrocesso para o meio ambiente.

Apoiamos todos os esforços para reduzir os impactos econômicos desta crise. Mas não acreditamos que o melhor caminho seja a adoção de sanções unilaterais e seletivas, contrárias ao Direito Internacional. Essas medidas têm prejudicado a retomada da economia e afetado direitos humanos de populações vulneráveis, inclusive em países da própria Europa.

A solução para o conflito na Ucrânia será alcançada somente pela negociação e pelo diálogo.

Faço aqui um apelo às partes, bem como a toda a comunidade internacional: não deixem escapar nenhuma oportunidade de pôr fim ao conflito e de garantir a paz. A estabilidade, a segurança e a prosperidade da humanidade correm sério risco se o conflito continuar.

Senhor Presidente,

Tenho sido um defensor incondicional da liberdade de expressão. Além disso, no meu governo, o Brasil tem trabalhado para trazer o direito à liberdade de religião para o centro da agenda internacional de direitos humanos. É essencial garantir que todos tenham o direito de professar e praticar livremente sua orientação religiosa, sem discriminação. Quero aqui anunciar que o Brasil abre suas portas para acolher os padres e freiras católicos que tem sofrido perseguição do regime ditatorial da Nicarágua. O Brasil repudia a perseguição religiosa em qualquer lugar do mundo.

Outros valores fundamentais para a sociedade brasileira, com reflexo na pauta dos direitos humanos, são a defesa da família, do direito à vida desde a concepção, à legítima defesa e o repúdio à ideologia de gênero.

Quero também destacar aqui a prioridade que temos atribuído à proteção das mulheres. Nosso esforço em sancionar mais de 70 normas legais sobre o tema desde o início de meu governo, em 2019, é prova cabal desse compromisso.

Combatemos a violência contra as mulheres com todo o rigor. Isso é parte da nossa prioridade mais ampla de garantir segurança pública a todos os brasileiros.

Os resultados aparecem em nosso governo: a queda de 7,7% no número de feminicídios e a diminuição do número geral de mortes por homicídio. Em 2017, eram 30 mortes por 100 mil habitantes. Agora são 19.

A violência no campo também caiu ao mesmo tempo em que aumentamos a regularização da propriedade da terra para os assentados. No meu governo, entregamos 400 mil títulos rurais, 80% deles para as mulheres.

Trabalhamos no Brasil para que tenhamos mulheres fortes e independentes, para que possam chegar aonde elas quiserem. A Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro, trouxe novo significado ao trabalho de voluntariado desde 2019, com especial atenção aos portadores de deficiências e doenças raras.

Senhor Presidente, Senhor Secretário-Geral, Senhoras e Senhores chefes de Estado e de governo.

Senhoras e Senhores,

Neste 7 de setembro, o Brasil completou 200 anos de história como nação independente. Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira.

Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade.

Muito obrigado a todos os senhores."

sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Após ameaças, Governador Rodrigo Garcia passa a usar colete e tem segurança reforçada

 

Discursos incisivos de combate a criminalidade feitos por Rodrigo Garcia, transferências de presos entre presídios do interior e aumento de quase 30% nas apreensões de drogas dentro do Estado incomoda crime organizado


Riselda Morais

    O Governador do Estado de São Paulo e candidato a reeleição, Rodrigo Garcia (PSDB) passou a usar colete a prova de balas e teve a segurança dele e da família reforçada depois de sofrer ameaças da facção criminosa PCC.

Foto: Governo do Estado de São Paulo
    As ameaças foram constatadas através de interceptações telefônicas e um bilhete escrito a mão encontrado no telhado de um dos presídios do interior de São Paulo.

Bilhete encontrado e atribuído ao PCC


    O Governador Rodrigo Garcia tem feito discursos contundentes sobre o combate ao crime organizado. Em um de seus recentes discursos, durante entrega de armas a Polícia Militar do Estado de São Paulo ele enfatizou: "A polícia n
ão vai fazer cafuné na cabeça de bandido".

     Outros motivos que estariam incomodando ao crime organizado seriam transferências de presos da facção entre presídios e o aumento da apreensão de drogas no Estado de São Paulo.

    A Casa Militar responsável pela Segurança do Governador enviou solicitação de imediato reforço de efetivo e material bélico para garantir a integridade do Governador Rodrigo Garcia e sua família.

Considerando a insatisfação do crime organizado, relacionada às movimentações de presos ligados às facções criminosas do Estado de São Paulo, e às informações sigilosas oriundas do Serviço de Inteligência da Secretaria de Assuntos Penitenciários, que tratam do aumento do risco de atentado contra a vida e integridade física do Exmo Sr Governador do Estado e familiares, solicito imediato reforço de efetivo e de material bélico para, com isso, reforçar a segurança institucional prestada por esta Casa Militar”, diz a solicitação do coronel da Polícia Militar Henguel Ricardo Pereira, Secretário-Chefe da Casa Militar.

Foto: Riselda Morais

    Em nota a imprensa, o Governo do Estado de São Paulo informou que sobre às ameaças recebidas pelo governador Rodrigo Garcia:

- A segurança do governador é realizada pela Casa Militar, com planejamento do seu Setor de Inteligência e execução pelo seu efetivo policial especializado.

- A Casa Militar não comenta dados estratégicos elaborados pelo Setor de Inteligência e não detalha o planejamento de segurança da autoridade estadual, com o objetivo de não expor a riscos o governador de São Paulo e seus familiares.

- A Casa Militar vai manter o constante monitoramento de qualquer ameaça e a readequação do planejamento da segurança, de acordo com o cenário.

Bicentenário da Independência terá mais de 50 atividades na capital paulista

 



Comemorações terá remontagem histórica do Grito de Dom Pedro I no Parque da Independência e desfile cívico-militar na Avenida D. Pedro I


Riselda Morais

  A Independência do Brasil proclamada por D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, emancipou o Brasil de Portugal. Neste dia, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro ergueu sua espada e gritou “Independência ou Morte”, frase hoje conhecida como "Grito do Ipiranga".

Independência do Brasil teve assinatura feminina

  Anteriormente, em 2 de setembro de 1822, cinco dias antes do Grito,  a Independência do Brasil foi assinada, não por D. Pedro, mas sim, por Maria Leopoldina.

   Sabe-se no entanto que, durante a viagem de D. Pedro a então província de São Paulo, Leopoldina permanece no Palácio Imperial no Rio de Janeiro e, como regente do Brasil, convoca e preside uma reunião com o Conselho de Estado na qual sanciona a deliberação para que fosse Proclamada a República.

Portanto, mostra a história que Carolina Josepha Leopoldina d’Áustria foi a primeira mulher a presidir o Brasil mesmo que por curto período de tempo. 

    Mas, ao passo que a história vai sendo contada, esse fato muitas vezes, parece ser ignorado. E mesmo neste, 02 de setembro de 2022, duzentos anos depois, os créditos da Independência continuam sendo comemorados para Dom Pedro I, enquanto a assinatura documentada na história é de Maria Leopoldina.

Comemorações do Bicentenário em São Paulo

    Como parte do Projeto Vozes da Independência, a Prefeitura de São Paulo tem mais de 50 atividades na programação comemorativa do Bicentenário que estará presente em mais de 200 pontos da cidade.

 Conforme programação o evento contará com atividades  artísticas, marcadas por vozes diversas, dentre elas, música, teatro, cinema, artes visuais, literatura, dança, intervenções artísticas e debates.

Destaques para o Parque da Independência e o desfile cívico-militar na Avenida D. Pedro I

  De acordo com a programação, o tradicional desfile cívico-militar de 7 de setembro, será realizado na Avenida D. Pedro I, das 9 h as 11h. Além da presença de autoridades e grupos integrantes da sociedade civil, o evento terá a parceria do Exército Brasileiro, Marinha do Brasil e Força Aérea Brasileira.

   O evento contará também com participações dos Paraquedistas Cometas, da Esquadrilha da Fumaça da Força Aérea Brasileira e da Cavalaria do Exército com uniforme oficial dos Dragões da Independência.

    No Parque da Independência às 15h haverá o espetáculo Vozes da Independência, para recontar a história do Grito do Ipiranga.    O ator Caco Ciocler encenará de forma apoteótica o personagem de Dom Pedro I.

    A remontagem histórica é, acima de tudo, uma encenação a céu aberto que aborda, de forma lúdica, os processos e personagens históricos importantes que fazem parte da história e da independência do Brasil. Nesse sentido, o público poderá perceber, principalmente, quais estruturas se alteram e quais se perpetuam até os dias atuais.  O objetivo é, principalmente, valorizar a cultura brasileira e sua importância na construção social, cultural e econômica do país.    

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Secretaria Municipal de Saúde define protocolos para prevenção e controle da Monkeypox em estabelecimentos comerciais

 

Estabelecimentos de prestação de serviços, como restaurantes, supermercados, salões de beleza, academias, hotéis e motéis devem seguir medidas de prevenção e controle da Monkeypox

Riselda Morais

   

Foto: HC UNICAMP

 A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, através do Comitê Técnico Operacional para enfrentamento da Monkeypox, definiu nesta quarta-feira (24/08) medidas sanitárias para prevenção e controle da Varíola Símia em estabelecimentos comerciais como hotéis, motéis, salões de beleza, academias, restaurantes e supermercados.
  De acordo com o documento os estabelecimentos comerciais devem manter os mesmos procedimentos de prevenção já adotados durante a pandemia de Covid-19.  

Vejamos as recomendações gerais que traz o documento para prevenção da Monkeypox:

Hotéis, motéis e congêneres

- Intensificar a limpeza e desinfecção dos ambientes destinados a uso coletivo como saunas, piscinas, vestiários, salões de jogos, salas de atividades, salas de TV, utilizando solução desinfetante padronizada e regularizada pela ANVISA;
- Realizar a limpeza dos quartos, sanitários e mobiliário e garantir a troca de roupas de cama e banho a cada usuário;
- Não sacudir roupas sujas retiradas para evitar que os microrganismos se espalhem, devendo estas serem segregadas e mantidas em sacos plásticos fechados até seu processamento final (lavagem).

Salões de beleza e congêneres

- Realizar processo de desinfecção, em mobiliários e objetos de uso comum (escovas e pentes) entre um usuário e outro, utilizando álcool 70%, solução de hipoclorito ou outra solução desinfetante padronizada e regularizada pela ANVISA;
- Não sacudir as roupas sujas (toalhas, capas, lençóis) para evitar que os microrganismos se espalhem, devendo estas serem segregadas e mantidas em sacos plásticos fechados até seu processamento final (lavagem).

Academias

- Posicionar kits de limpeza em pontos estratégicos das áreas de musculação, contendo toalhas de papel e produto específico de higienização para que os clientes possam usar nos equipamentos de treino, como colchonetes, halteres e máquinas. No mesmo local, deve haver orientação para descarte imediato das toalhas de papel;
- Higienizar colchonetes, bolas, rolos, pesos, caneleiras e demais materiais de apoio às atividades de condicionamento físico, entre um usuário e outro e submetê-los à desinfecção ao final das aulas;
- Providenciar separação e identificação dos materiais como “Higienizados” e “Não higienizados”;
- Não sacudir as roupas sujas (toalhas, lençóis, roupas de Neoprene utilizadas em eletroestimulação) para evitar que os microrganismos se espalhem, devendo estas serem segregadas e mantidas em sacos plásticos fechados até seu processamento final (lavagem).

Comércio Varejista de Alimentos (Hipermercados, Supermercados, Mini mercados, Restaurantes e similares)

Disponibilizar recipientes abastecidos com álcool em gel antisséptico ou produto similar para a higienização das mãos;
- Proteger as máquinas utilizadas para pagamento devem estar, com material impermeável que facilite a higienização (capa protetora ou filme plástico);
- Promover a limpeza das barras e alças com produtos saneantes notificados/ registrados junto à ANVISA em carrinhos ou cestos para os clientes;
- Evitar falar excessivamente, tossir, espirrar, tocar nos olhos, nariz e boca enquanto escolhe os produtos expostos.

Ambientes de trabalho

- Na presença de sinais e sintomas compatíveis com a doença, o funcionário/ colaborador deve ser encaminhado para uma Unidade de Saúde;
- Recomenda-se o uso de máscara facial, cobrindo boca e nariz, por funcionários e usuários dos serviços;
- Disponibilizar lavatórios com água, sabão, dispensadores de papel toalha e lixeira com tampa e acionamento por pedal, constantemente abastecidos para higienização frequente das mãos;
-Manter ambientes bem ventilados, privilegiando a ventilação natural;
-Intensificar a limpeza e desinfecção das dependências, incluindo sanitários, vestiários, refeitórios, maçanetas, barras de apoio e corrimãos.

    De acordo com a SMS, os protocolos que devem ser seguidos nas escolas ainda serão definidos em parceria com as Secretarias de Educação e Governo do Estado. “Estamos trabalhando no detalhamento das diretrizes, mas, de forma geral, a orientação é que pais ou responsáveis não encaminhem seus filhos à escola caso a criança apresente qualquer suspeita de sinal ou sintoma de monkeypox, como lesões na pele associadas ou não a febre, ínguas, cansaço e dores de cabeça, musculares e nas costas e procurem imediatamente a Unidade Básica de Saúde [UBS] mais próxima de casa para avaliação”, afirma Melissa Palmieri, médica da Vigilância Epidemiológica da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa).
     Integram o comitê as secretarias-executivas de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde, de Atenção Hospitalar, de Gestão Administrativa, de Regulação e Monitoramento e Avaliação e Parcerias. Membros do grupo se reúnem semanalmente para discutir as melhores condutas a serem adotadas de acordo com o cenário epidemiológico atual.
“Nossas equipes técnicas avaliam e monitoram atentamente o cenário epidemiológico da monkeypox na cidade elaborando estratégias assertivas e eficazes de controle da doença, assim como fizemos com a Covid-19.  A rede municipal está com toda a operação de atendimento, diagnóstico e monitoramento em pleno funcionamento para o enfrentamento da monkeypox”, destaca o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.

Forma de Prevenção da Monkeypox

- Evitar contato íntimo – beijar, abraçar ou manter relações sexuais, com pessoas que tenham erupções cutâneas e ou que sejam caso confirmado para Monkeypox;
- Usar máscara (cobrindo boca e nariz) para proteção de gotículas e saliva;
- Não compartilhar roupas de cama, toalhas, talheres, copos, brinquedos e objetos pessoais;
Higienizar frequentemente as mãos com água e sabão ou álcool em gel.
Segundo o Boletim da SMS, a cidade de São Paulo tem nesta quinta-feira (25), 1.964 casos confirmados de Varíola Símia, sendo 121 (6,16%) em pessoas do sexo feminino e 1.837 (93,53%) masculino. Há ainda 8 casos prováveis e 738 em investigação. O primeiro caso foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz dia 09 de junho.

 

sexta-feira, 29 de julho de 2022

Brasil registra primeira morte por Varíola dos Macacos

 

O Ministério da Saúde confirmou na manhã desta sexta-feira, (29) a primeira morte por Varíola dos Macacos em Minas e São Paulo registra primeiros casos em crianças

Riselda Morais

 

Reprodução

 A primeira morte por Varíola dos Macacos no Brasil é de um homem de 41 anos. O paciente era morador de Uberlândia e estava internado no Hospital Eduardo de Menezes em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Segundo o Ministério da Saúde o paciente tinha comorbidades e graves problemas de imunidade.  Encontrava-se em tratamento oncológico, tratando um câncer no sistema linfático.  No entanto, a causa mortes foi apontada como choque séptico agravada por infecção provocada pelo Monkeypox.

Esta foi também a primeira morte por Varíola fora do continente Africano.

São Paulo registra primeiros casos em crianças

     A Secretaria Muncipal de Saúde informou na noite desta quinta-feira (28) que registrou três casos da Varíola dos Macacos em crianças da capital paulista.

A SMS informou também que as três crianças estão sendo monitoradas.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

IBGE abre concurso com mais de 15 mil vagas para recenseador temporário

 As fichas de inscrições serão recebidas de 28 de julho a 1º de agosto nos postos do IBGE

 Riselda Morais

  

Divulgação IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) está com inscrições abertas para preencher 15.075 vagas temporárias para recenseador.

 A  contratação é para realizar o     Censo Demográfico 2022, exige nível fundamental completo e o contrato tem previsão de duração de três meses, podendo ser prorrogado.

 De acordo com o edital do concurso, as inscrições são gratuitas e a remuneração será por produção.

 O edital e as fichas de inscrições estão disponíveis no site do Instituto https://www.ibge.gov.br/acesso-informacao/institucional/trabalhe-conosco.html

 De acordo com o edital publicado no “DOU”  as inscrições deverão ser entregues entre esta quinta-feira (28/07) e segunda-feira (01/08) em um dos postos do IBGE listados no site.

 A principal função do recenseador é entrevistar moradores e coletar dados, para isso, o concursado receberá treinamento integral e obrigatório durante o qual aprenderá a realizar as abordagens aos moradores e fazer a coleta dos dados.
A jornada de trabalho recomendável para o recenseador é de , no mínimo 25 horas semanais.

 Ainda de acordo com o IBGE a “remuneração será por produção, calculada por setor censitário, conforme taxa fixada e de conhecimento prévio, de unidades recenseadas (domicílios urbanos e/ou rurais), tipo de questionário (básico ou amostra), pessoas recenseadas e registro no controle da coleta de dados”.

Varíola dos Macacos: Brasil tem 978 casos confirmados em 16 estados

 

Desde o dia 23/07  a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Varíola dos Macacos (Monkeypox) “Emergência de Saúde Global”


Riselda Morais

Divulgação Ministério da Saúde

Segundo informações do Ministério da Saúde (MS), divulgadas nesta quarta-feira (27/07), o Brasil tem 978 casos confirmados da Varíola dos Macacos, doença também conhecida como Monkeypox.

  Vale ressaltar antes de tudo que, apesar do nome “Varíola dos Macacos”, o macaco não é responsável pela existência do vírus e nem por sua transmissão.

  A doença já foi confirmada em 16 Estados brasileiros, tendo maior incidência em São Paulo, estado no qual, dia 09 de junho foi detectado o primeiro caso.

  • São Paulo (744)
  • Rio de Janeiro (117)
  • Minas Gerais (44)
  • Distrito Federal (15)
  • Paraná (19)
  • Goiás (13)
  • Bahia (5)
  • Ceará (4)
  • Rio Grande do Sul (3)
  • Rio Grande do Norte (2)
  • Espírito Santo (2)
  • Pernambuco (3)
  • Tocantins (1)
  • Mato Grosso do Sul (1)
  • Acre (1)
  • Santa Catarina (4)

    Sintomas da Varíola dos Macacos

      

    Reprodução

    A Varíola dos Macacos é uma infecção causada por um vírus e tem como principais sintomas febre, dor e lesões que aparecem pelo corpo e depois se transformam em feridas. As erupções cutâneas geralmente aparecem no rosto e se espalham para o resto do corpo.

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Dor nas costas
  • Erupções cutâneas (parecem catapora ou espinhas, surgem no rosto e se espalham)
  • Gânglios (linfonodos) inchados
  • Calafrios
  • Exaustão

Emergência de Saúde Global

  No sábado, (23/07) a Organização Mundial da Saúde declarou a Varíola dos Macacos (Monkeypox) como Emergência de Saúde Global. A doença já atinge 75 Países com mais de 16 mil casos e 5 mortes.

      O anúncio foi feito pelo diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma coletiva de imprensa.“Temos um surto que se espalhou rápido pelo mundo, através de novas formas de transmissão, sobre as quais entendemos muito pouco, e que se encaixa nos critérios do Regulamento Sanitário Internacional. Por essas razões, decidi que a epidemia de varíola dos macacos representa uma emergência de saúde pública de preocupação internacional”, esclareceu Tedros.

Forma de transmissão

   Segundo o Ministério da Saúde a principal forma de transmissão da Varíola dos Macacos é por meio do contato  pele/pele (pessoa a pessoa),  de secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado que você tenha contato. Por isso, o MS alerta que  é extremamente importante que, uma vez que o paciente está infectado, com o diagnóstico laboratorial concluído, esse paciente fique em isolamento e que todo seu material de roupa de cama, roupas, lençóis e objetos pessoais passem por um processo de higienização, de fervura, de lavagem com água e sabão para, dessa forma, impedir a transmissão.

Macacos não transmitem a doença

  

Foto: Comissão Pró-Primatas Paulistas

    A Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de São Paulo, por meio da Comissão Pró-Primatas Paulistas, informa que o Monkeypox virus, embora seja conhecido por causar a “Varíola dos Macacos”, é um vírus que infectou roedores na África; os macacos, assim como o homem, são hospedeiros acidentais.

    Apesar do vírus receber essa nomenclatura, o mesmo não tem a participação dos primatas na transmissão para as pessoas.

   De acordo com a Comissão todos os casos identificados até o momento pelas agências de saúde no mundo foram atribuídos à contaminação por transmissão entre humanos. 

     O alerta da Comissão Pró-Primatas Paulistas é importante para que “a população tenha consciência de que a espécie não é responsável pela existência do vírus e nem por sua transmissão e não deve sofrer nenhuma retaliação, como agressões, mortes, afugentamento, ou quaisquer tipos de maus-tratos”. 

Maus-tratos contra animais é crime ambiental segundo o Art. 29 da Lei n° 9.605/98

terça-feira, 28 de junho de 2022

O Amor não deve machucar

 

Crises de ciúmes, agressões verbais, xingamentos, destruição de objetos, explosões de violência, brigas, agressão física e morte. A vítima precisa quebrar o silêncio e buscar ajuda à tempo!

Riselda Morais

 


  Quando uma mulher se apaixona, tudo que ela quer é viver um grande amor, constituir família, ter um lar. Mas para muitas mulheres este sonho torna-se pesadelo, para umas ainda na fase de namoro e para outras só depois do casamento. Este pesadelo vivido por muitas mulheres não se restringe as brasileiras, mas a mulheres de muitas outras nacionalidades e culturas.
    Segundo a Organização Mundial de Saúde, 1/3 das mulheres em todo o mundo, sofrem agressões físicas e abusos sexuais de seus maridos ou namorados que resultam em ossos quebrados, contusões, complicações na gravidez, depressão e outras doenças psicológicas e para muitas, a morte. Mais de 600 milhões dessas mulheres vivem em países onde a violência doméstica não é considerada um crime, isto significa impunidade.
     Aqui não muda muito, o que muda é a forma do feminicídio e esta é uma das principais preocupações das mulheres brasileiras que sofrem mais agressões dentro de casa do que fora.
     O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de 84 países onde mais se matam mulheres. São cerca de 700 mil brasileiras alvo de agressões dos companheiros, sendo os principais fatores para motivos das agressões os ciúmes e o álcool.


O ciclo de agressões de tais “homens“ contra as companheiras ou namoradas é composto de três fases:


- A primeira fase é composta por crises de ciúmes, agressões verbais, xingamentos e destruição de objetos;
- A segunda fase com explosões de violência, as brigas e discussões chegam ao limite levando a agressão física.
- Na terceira fase, o agressor demonstra arrependimento e medo de perder a companheira, passa a tentar agradar a vítima e muitas vezes ela faz as pazes acreditando que a agressão não vai se repetir e, muitas vezes, além de se repetir é de uma forma que leva-a a morte.
Este é o mal feminino, perdoar aquele que lhe agride e quando perdoa ela participa do ciclo de violência contra si mesma. É na primeira fase desse ciclo violento, o das agressões verbais que a mulher deve repensar seu relacionamento e ver se vale a pena continuar, pensar as consequências para ela e para os filhos (se os tem).

Quebrar o silêncio e buscar apoio é necessário

    Ao sofrer ataques verbais e ameaças, a mulher já tem direito a uma rede de apoio, tem direito a psicólogos, assistente social e de afastar o agressor de casa, antes que chegue a fase da agressão física, afinal, é nessa fase que os muitos Boletins de Ocorrência que ela faz, acaba não conseguindo protegê-la, até que as agressões acabam levando-a ao óbito.
Precisa a sociedade libertar-se da ideia que mulher gosta de apanhar e percebê-la como uma vítima que se acha fraca diante da situação, que muitas vezes é chantageada pelo ex ou companheiro que ameaça matar seus filhos, seus pais, sua família, se ela o deixar.
      Precisam os machistas perceberem que a mulher não é sua propriedade, não é obrigada a se submeter a tudo que querem e muito menos aos seus maus tratos.
Precisam as mulheres, perder a vergonha que sentem de dizer que sofrem agressões de seus ex ou atuais companheiros, se encorajar e perceber-se fortes para denunciar, jamais deixar de lado, pois o silêncio pode ser o pior inimigo em casos de violência doméstica. Quanto mais você mulher silenciar, mais será agredida e mais a impunidade reinará e a consequência do silêncio diante das agressões pode ser a sua morte. Se uma mulher agredida pedir medida protetiva e for deferida, se o agressor descumprir a ordem judicial, principalmente se ele se aproximar dela poderá ser preso, mesmo após uma injúria.


Denuncie! O Ligue 180, da Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas, no ano passado, registrou mais de 79.661 mil queixas de mulheres de todo o Brasil, sendo 42 mil no estado de São Paulo. 

   O crime de violência física é o mais registrado, seguido de violência psicológica e violência sexual. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Mulher, lembre-se que você é capaz de se cuidar, se sustentar e de viver bem e que em caso de violência doméstica o silêncio é seu pior inimigo.

Só porque sou Mulher?

 Evite ser enganada, veja como e quando você deve verificar a água e o óleo de motor de seu veículo

Riselda Morais

 

Zumbido crônico no som do Honda City e provocado por aquecimento no imã do alto-falante  da porta traseira lado do passageiro. Autoretrato.

 A cultura machista arraigada de que carro é coisa de homem e que mulher não entende nada de carro ou dirige mal está ultrapassada senhores, vamos nos atualizar? Essa é a mesma cultura machista, que até hoje, ano 2022, tempos de mulheres independentes, que em nada lembram as submissas de antigamente, dificulta a vida feminina quando precisamos  de um profissional de manutenção de veículos.

   Trago-lhes neste artigo, uma experiência vivida esta semana, para solucionar um zumbido que apareceu no som do meu carro, cuja solução seria apenas trocar ou desativar um alto-falante.

   Trago-lhes também algumas informações úteis sobre como e quando verificar a água e o óleo de motor de seu veículo, para não se deixar enganar pelas inúmeras abordagens quando  vai abastecer.

   Sou Mulher e amo meu carro, então senhor profissional de manutenção de veículos, não tente me enrolar! O machismo arraigado na sociedade brasileira, especialmente nos homens, mas lamentavelmente em muitas mulheres também, faz, infelizmente, com que ao procurar um profissional para manutenção do carro, nós mulheres sejamos tratadas como total ignorantes a respeito de nossos veículos.

      No trânsito a mulher mesmo dirigindo melhor que muitos homens, muitas vezes sofre fechadas, é provocada por motoristas homens, que se enfiam na frente mesmo quando não é deles a preferência e sofre até agressões verbais, como palavrões, pelo simples fato de ser uma mulher ao volante.

    Muitos homens não suportam ver uma mulher agindo de igual para igual e se incomodam, visivelmente, até quando o carro da mulher que vê no trânsito é melhor que o deles.

    Essa semana pude constatar mais uma vez a desonestidade de profissionais que trabalham na manutenção de veículos quando se trata de atender uma mulher.

      Proprietária de um Honda City, percebi um zumbido agudo no som do veículo, além do som saindo bagunçado, com um certo pipoco.

No entanto enquanto ligado, o som saia ruim em todas os alto-falantes, mas com o som desligado o zumbido permanecia mais forte e apenas no alto-falante da porta traseira do lado do passageiro. O zumbido era tão incômodo que parecia que o escutava até quando estava dormindo, rs...

    Falando com minha filha, uma advogada apaixonada por carros, ela enfatizou: “É um problema crônico do Honda, é só mal contato ou um alto-falante que queimou. Fica esperta que vão tentar te enfiar um monte de coisa, dizer que é a central de multimídia de seu carro, não entra nessa”. Logo depois, ela me enviou um vídeo do Sound Store que demonstrava exatamente o mesmo problema em um City que usava exatamente o mesmo som que o meu.

    No dia seguinte, fui em três lugares que trabalham com som automotivo, sendo dois em Vila Matilde e um em Vila Guilhermina, São Paulo.

  No primeiro informei: “Preciso desativar o alto-falante dessa porta que está provocando zumbido no som. Quanto custa?

- Só para desmontar a parte interna da porta cobro 60 reais. Posso ver o carro?

- Claro. Abri a porta para ele entrar!

- Aaah, é um mal contato no som, mas pode ser em qualquer lugar, preciso desmontar tudo até achar onde é.

- Não moço, só quero mexer no alto-falante dessa porta. Só desativar.

- Já disse, preciso desmontar tudo, é mal contato no som, preciso achar onde é.

Disse OK e parti para um segundo profissional em Vila Matilde.

Mais uma vez, repeti: “Preciso desativar um alto-falante que está provocando zumbido”.

Ele entrou no carro, ligou o som e falou: É o módulo. Preciso desmontar tudo aqui por baixo para ver onde fica esse módulo.

- Não moço, não precisa desmontar tudo não. Só a parte interna de uma porta.

Ele foi enfático: - “Você compra o carro de outra pessoa, não sabe com quantos problemas o carro vem”.

Assustei: - Opaa! Comprei esse carro zero. Então é melhor levar na autorizada que eles sabem onde está o módulo.

    No terceiro ele mostrou que conhece bem de som. Ligou e afirmou: 

- “O problema é o som. A senhora pode comprar um aparelho desse aqui por uns 1.700 reais na internet. Mas se quiser um mais simples, tenho aqui uns de 700 a 900 reais que vai suprir suas necessidades”.

Fui para casa indignada!

     Diante de tanta esperteza, eu e minha filha, sob a supervisão de meu marido, desmontamos a parte interna  porta e desconectamos o bendito alto-falante, que estava com o ímã quente. O som ficou ótimo e o zumbido acabou.

   Outro lugar que nós mulheres precisamos saber dizer não, são os postos de combustíveis. Mal se estaciona e o frentista gentilmente oferece: 

- Quer dar uma olhada na água, no óleo?

Junto com um simpático sorriso, digo sempre: - Não, obrigada!

  Quando chego ao posto, meu carro esteve em funcionamento, o motor está quente, logo o óleo e a água estão circulando pelas galerias de condução dos fluidos no motor.  Ao conferir o nível do óleo na vareta, ele estará abaixo do nível ideal. Se completar o óleo com o motor quente teremos excesso do fluido quando ele voltar do motor para o cárter, isso vai sobrecarregar o motor para funcionar, o veículo vai gastar mais combustível e ter sua eficiência comprometida.

Devemos sim, manter os níveis dos fluídos, água e óleo de acordo com o recomendado, nos níveis ideais. 

Como verificar os níveis dos fluídos

Para verificar corretamente os níveis dos fluídos, faça-o em local plano, com o motor frio e desligado. Se tiver que ligar espere uns dez minutos até o óleo voltar ao cárter e se acomodar. 

Como abrir e fechar o capô do carro: 

Puxe a alavanca interna embaixo do painel, do lado esquerdo do banco do motorista. Você irá escutar o estalo da trava do capô soltando. Na frente do veículo, bem no meio e na ponta, com a mão localize a trava e aperte para abrir totalmente o capô. Na lateral à direita, está a haste que segura a tampa aberta.

Para fechar o capô, abaixe a tampa até que ela fique a 20 centímetros de distância da trava e então solte a tampa.

Para verificar o óleo de motor:

Próximo ao motor, há uma vareta com uma argola na ponta. Retire a vareta e limpe a extremidade com uma flanela branca. 

  Verifique a cor do óleo que deve estar amarelo-esverdeada. Se estiver escuro, significa que está na hora de fazer a troca.

  Reintroduza a vareta, gire para um lado e para o outro e retire mais uma vez, observe o nível que deve estar entre os riscos de mínimo e máximo. Abaixo do mínimo, precisa completar ou seu motor vai ficar sem lubrificação. Mas acima do máximo também não pode, precisa drenar ou o excesso vai causar problemas! Verifique o tipo de óleo no manual de seu veículo.

Para verificar a água do reservatório do radiador:

Abra o capô do carro, à direita e na parte mais próxima do farol, está o reservatório de água do radiador. Observe se o nível da água está acima do mínimo indicado pela seta do reservatório. Para completar a água do carro, abra a tampa do reservatório (sempre com o motor frio, nunca abra essa tampa com o motor quente) e complete com água aditivada. Verifique o tipo de aditivo no manual de seu veículo.

Como colocar água no limpador de para-brisa:

Completar a água do limpador de para-brisa é o muito fácil. O reservatório fica bem no cantinho superior direito, próximo ao vidro da frente.Não tem marcação de quantidade mínima e nem máxima de água.  É só abrir a tampa e colocar água de torneira o tanto que couber. Feche a tampa apertando bem e pronto. Somos mulheres e merecemos bons profissionais!

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Varíola dos Macacos: Brasil registra 17 casos, 11 deles em São Paulo

 

Infectologista do Hcor explica como prevenir a contaminação pela “Varíola dos Macacos”

Riselda Morais

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Nesta sexta-feira, (24/06), o Ministério da Saúde informou que subiu para 17 o número de casos da Varíola dos Macacos registrados no Brasil.

     Dos 17 casos confirmados em território nacional, onze pacientes foram diagnosticados em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro e dois no Rio Grande do Sul.

    Entre estes, 5 casos são autóctones, isto significa que a transmissão da doença foi local, sendo 3 em São Paulo e 2 no Rio de Janeiro.

   Em todos os casos, segundo o Ministério da Saúde, foram realizados o isolamento dos pacientes e o rastreamento das pessoas que com eles, tiveram contato.
    Ainda de acordo com o MS, dez casos suspeitos da doença estão sendo investigados, sendo, quatro no Rio de Janeiro, dois no Ceará, dois no Rio Grande do Sul, um em Santa Catarina e um no Acre.

     O primeiro caso no Brasil foi confirmado em São Paulo dia 9 de junho, no entanto, depois de 14 dias internado em isolamento no Hospital Emílio Ribas, ontem o paciente Anderson Ribeiro recebeu alta.

Como prevenir o contágio

      Diante do aumento no número de casos da “Varíola dos Macacos” confirmados no Brasil, é importante estarmos cientes sobre as formas de prevenir o contágio.
    De acordo com o Dr. Ingvar Ludwig, infectologista do Hcor, a transmissão para humanos pode ocorrer por:
    Contato direto ou indireto com sangue, fluidos corporais, lesões de pele ou membranas mucosas de animais infectados;
    Contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou, de forma menos importante, no contato com objetos recentemente contaminados;
   Relação sexual (diante do maior contato íntimo com eventuais lesões cutâneas infecciosas);
   Via gotículas respiratórias, usualmente por contato mais próximo com a pessoa infectada;
    Via placentária (da gestante para o bebê).
      O infectologista explica que o período médio de incubação é de 6 a 13 dias, podendo variar de 5 a 21 e a transmissão a partir de um indivíduo infectado pode ser longa: entre 2 e 4 semanas, sobretudo na presença de lesões ativas. “Os principais sintomas são: febre, mialgia, fadiga, cefaleia, astenia (diminuição da força física), dor nas costas e linfadenopatia (aumento gânglios, tecidos próprios do sistema imunológico). Três dias após o início das manifestações, a pessoa apresenta erupção cutânea, que se espalha rapidamente para outras partes do corpo, a partir da lesão inicial. De maneira geral, o prognóstico é bom e o cuidado habitual das lesões é o tratamento para os casos, não havendo terapia específica”, esclarece o Dr. Ludwig.