Estado de São Paulo lidera lista com 91 óbitos e antecipa campanha de vacinação
Riselda Morais
Todos já tivemos gripe várias vezes, mas agora evitá-la é uma preocupação e uma grande precaução. Quando eu era criança (há bem pouco tempo, rs) enfrentava uma gripe achando que era apenas uma doença chata que me provocava coriza, espirros, febre e mal estar, jamais poderia imaginar que havia sido acometida por um vírus mutante que poderia matar. É, agora a visão da população mudou em relação as gripes, tanto para as crianças quanto para os adultos, hoje sabemos que a gripe pode ser causada pelos vírus influenza A (H1N1), B e C. A gripe é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito.
Segundo dados do Boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, no período de janeiro a 09 de abril de 2016, o Brasil registrou 1.012 casos de H1N1, conhecida como gripe A e 153 mortes.
Devido ao aumento de casos da gripe H1N1 no Estado, São Paulo antecipou a vacinação para os grupos de risco que são: crianças menores de 5 anos de idade; gestantes; adultos com 60 anos ou mais; portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, além dos profissionais de saúde.
Com 758 registros de infecção pelo vírus, a Região Sudeste concentra o maior número de casos, sendo 715 em São Paulo.
Outros estados que registraram casos neste ano foram Santa Catarina (86), o Paraná (32) e Goiás (29); o Distrito Federal (26), Minas Gerais (21) e o Rio de Janeiro (20); o Rio Grande do Sul (15), Pará (14) e Mato Grosso do Sul (13); a Bahia (12), Pernambuco (11), o Ceará (5) e Mato Grosso (3); o Rio Grande do Norte (3), Espírito Santo (2), a Paraíba (2), o Amapá (1) e o Amazonas (1).
Com relação ao número de óbitos, São Paulo segue no topo da lista, com 91 registros, seguido por Santa Catarina (10) e Goiás (9). São seguidos pelo Rio de Janeiro (8), Rio Grande do Sul (6) e Minas Gerais (4); o Distrito Federal (3), Mato Grosso do Sul (3), a Bahia (3) e o Pará (3); o Mato Grosso (2), Paraná (2), Rio Grande do Norte (2) e o Ceará (2). Na lista aparecem também Pernambuco (1), a Paraíba (1), o Amapá (1) e o Amazonas (1).
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, o vírus influenza causa de 3 a 5 milhões de casos graves e de 250.000 a 500.000 mortes todos os anos, acometendo de 5 a 10% dos adultos e de 20 a 30% das crianças.
Os tipos de vírus da gripe que representa maior importância clínica, cerca de 75% dos casos são o tipo A (H1N1) e B, estes são os responsáveis por doenças respiratórias com duração de quatro a seis semanas e estão associados ao aumento nos casos de pneumonia. Já o vírus tipo C raramente causa doença grave.
Os tipos A (H1N1) e B sofrem frequentes mutações e são responsáveis pelas epidemias sazonais, são transmitidos pelo contato de partículas eliminadas por pessoas infectadas e através de objetos contaminados por secreção, por isto é importante não usar objetos de terceiros, lavar as mãos com água e sabão ou álcool gel sempre que toca em corrimão, sai de ônibus, trens e metrô.
A transmissão tem maior incidência em ambientes fechados e semi-fechados como transporte público, shoppings, cinemas, creches e escolas, uma vez que os vírus sobrevivem em superfícies como madeira, tecidos e aço por um período de 8 a 48 horas.
O vírus A (H1N1) tem sintomas similares ao do influenza humano: Febre, tosse, garganta inflamada, dores no corpo, dor de cabeça, calafrios, fadiga e pode causar uma piora de doenças crônicas já existentes.
Se a febre estiver acima de 38º, 39º, tiver com início repentino, dor muscular, dor de cabeça, de garganta e nas articulações, irritação nos olhos, tosse, coriza (nariz escorrendo), cansaço, inapetência (falta de apetite) e em alguns casos, também podem ocorrer vômitos e diarréia procure um médico imediatamente para que ele faça um levantamento dos sintomas, solicite exames laboratoriais e faça o diagnóstico. Jamais faça automedicação para não criar resistência do vírus.
Tomar a vacina é a melhor forma de imunização, São Paulo já antecipou a Campanha de Vacinação e outros Estados iniciarão a campanha nacional de vacinação contra o H1N1 no dia 30/04 e a campanha vai até 20/05. Quem se vacinou em 2015 deve se vacinar outra vez.
Para quem não tem direito a tomar uma das 400 mil doses de vacina gratuita que o Ministério da Saúde está disponibilizando e não tiver condições de tomar a vacina em uma clínica particular, cuja dose varia de R$ 100,00 a R$ 120,00 (cem a cento e vinte reais) pode se proteger seguindo as seguintes recomendações:
- Evitar aglomerações e ambientes fechados.
- Intensificar a lavagem das mãos com água e sabão, principalmente após tossir e espirrar.
- Utilizar produtos a base de álcool para higienização das mãos.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Cobrir o nariz e a boca com um lenço de papel quando tossir ou espirrar, jogando o lenço no lixo após o uso.
- Se tem direito a vacina gratuita, participar da campanha de vacinação, especialmente se fizer parte do grupo de risco.
- Não levar as mãos aos olhos, boca ou nariz depois de ter tocado em objetos de uso coletivo.
- Não compartilhar copos, talheres e outros objetos de uso pessoal.
- Procurar assistência médica se surgirem sintomas que possam ser confundidos com os da infecção pelo vírus da influenza tipo A (H1N1).
Em caso de suspeita ou confirmação da presença do vírus: - Limitar ao máximo o contato com outras pessoas.
- Não comparecer a Escola, ao trabalho e ambientes fechados e aglomerados.