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sexta-feira, 13 de abril de 2018

Aumentou número de famílias com dívidas ou contas em atraso em março

Riselda Morais



    O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou em março de 2018, segundo a pesquisa CNC - Endividamento e Inadimplência do Consumidor. 
    Segundo o levantamento 61,2% dos entrevistados relataram ter dívidas com cheque pré-datado, cheque especial, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, seguro ou prestação de carro. Em março de 2017 o número de famílias endividadas era de 60,8%.
Na comparação mensal o aumento no percentual de famílias endividadas passou de  24,9% em fevereiro para 25,2% março deste ano. 
As famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas aumentou de 9,7% em fevereiro para 10% em março de 2018. 
      Para as famílias que ganham até dez salários mínimos, o percentual de famílias endividadas alcançou 62,8% em março deste ano, 8,8% a mais que o percentual de 54,0% das famílias com renda acima de dez salários mínimos que declararam-se endividadas.
Entre os meses de fevereiro e março aumentou a proporção de famílias que se declararam muito endividadas, passando de 13,6% para 14,1% respectivamente.
O tempo médio de atraso das dívidas foi de 64,4 dias em março e o tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,9 meses, sendo que 25,9% delas estão comprometidas com dívidas até três meses, e 31,3%, por mais de um ano.

     Entre os tipos de dívidas o cartão de crédito ocupa o primeiro lugar no ranking das dívidas com 76,4% das famílias endividadas, seguido por carnês de lojas 16,6%, crédito pessoal 10,4%, financiamento do veículos ocupa o quarto lugar 10,2% e financiamento da casa própria 8,4% vem em quinto seguidos por cheque especial 6,2% e crédito consignado 5,8%.

quinta-feira, 15 de março de 2018

As lutas da mulher brasileira!

Riselda Morais



  Bonita, com personalidade forte, guerreira! Eis a mulher brasileira.
Ainda bem que somos guerreiras, porque temos muitas lutas diárias e muitos motivos para lutar. 
Conquistando cada dia mais espaço no mercado de trabalho, muitas vezes em mercados que têm o estigma de ser exclusivamente masculino e buscando, cada vez mais, ter grau de escolaridade mais alto e maior independência financeira, as mulheres brasileiras ainda têm um longo percurso na luta pela igualdade de gêneros.
Apesar da evolução na área profissional, as mulheres ainda são minoria em cargos de chefia e de diretoria nas empresas e, mesmo quando uma mulher ocupa um alto cargo, no mesmo nível que um colega do sexo oposto, dentro da empresa, ela ganha em média 15% a menos que o colega do sexo masculino. Em alguns cargos e áreas esta diferença chega a 53%. Essa disparidade salarial já não mais deveria existir uma vez que as mulheres geralmente têm maior nível de escolaridade.
Segundo dados do IBGE, entre os gêneros, na faixa etária de 25 a 44 anos de idade, o percentual de homens que terminaram o ensino superior é de 15,6%, enquanto o de mulheres é de 21,5%. Nas remunerações, o rendimento habitual médio mensal das mulheres é de R$ 1.764 e o dos homens é de R$ 2.306. Ou seja, as mulheres seguem recebendo cerca de 3/4 do que os homens recebem. 
Além da diferença no nível educacional e da diferença salarial, a mulher ainda tem que se defender do preconceito e do assédio tanto moral quanto sexual, no trabalho, no transporte público, nas ruas e nas redes sociais.
Segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo, quase dois milhões de mulheres, o correspondente a 25% das mulheres que moram na capital paulista já sofreram assédio no transporte público, a maioria com idade entre 16 e 34 anos e renda familiar de mais de cinco salários mínimos. 
No ambiente de trabalho, 16% das mulheres já foram assediadas e 19% das entrevistadas relataram ter sofrido preconceito ou discriminação no trabalho por ser mulher.
Diante da crise econômica, as mulheres são as principais vítimas, dos 18% de desempregados na capital paulista, cerca de 1,76 milhão de pessoas, 58% são mulheres.
A Pesquisa apontou que nas ruas, 13% das mulheres já passaram por abordagens desrespeitosas, cantadas grosseiras, foram agarradas ou beijadas sem consentir e 27% das mulheres que vivem em São Paulo têm medo de sofrer violência sexual. 
A pesquisa também demonstrou que 33% das mulheres têm medo de sair à noite e 62% temem a violência de forma geral. Entre os homens, esses números atingem 25% e 54% dos entrevistados, respectivamente.
No mundo virtual não é diferente. Uma pesquisa do Instituto Avon realizada entre 2015 e 2017, registrou um aumento de 324% nas menções de assédio contra as mulheres no ambiente online (Facebook, Twitter e Instagram). As denúncias de importunação virtual cresceram 26.000% no mesmo período.
Já as citações de violência contra a mulher no ambiente online cresceram 211% durante a pesquisa.
O Brasil tem 135 casos de estupros por dia, 49.275 mulheres são violentadas por ano.
Dados do ministério da Saúde apontam que os casos de estupro coletivo, mais que dobraram nos últimos anos, saltando de 1.570 casos, em 2011, para 3.526, no ano passado, uma média de 10 casos por dia, em todo o país.
Ocupando o 5º lugar no ranking de 83 países com maior índice de violência contra as mulheres, o Brasil tem uma média de   12,2 mulheres assassinadas por dia, duas mulheres assassinadas por hora. Em 2017 foram assassinadas 4.473 mulheres em todo o País.
O combate à discriminação contra mulheres e meninas e a busca pela igualdade de gêneros, é um grito mundial, é uma luta constante de todas as mulheres por toda a vida. A violência contra a mulher afeta todas as classes sociais, todas as etnias, todas as regiões, todos os países, todo o mundo. 
Apesar dos padrões culturais estarem sendo amenizados, as barreiras na vida das mulheres estarem sendo lentamente derrubadas, ainda estamos na sombra da montanha, galgando lentamente, com o objetivo de chegar ao cume.