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sábado, 29 de março de 2008

O Dengue: extermine este mosquito

Riselda Morais



Nos últimos dias temos acompanhado o drama vivido pelos moradores do Rio de Janeiro que enfrentam uma grande epidemia de dengue, até hoje já são 54 mortos pela doença e milhares de pessoas doentes, sendo detectados cerca de 84 casos da doença por hora.

Aqui em São Paulo não estamos imunes à doença, assim como não estamos livres de enfrentarmos uma epidemia da doença. Há aproximadamente duas semanas, encontrei um mosquito em minha casa, como não tenho nenhum objeto com água parada que possa servir como foco de reprodução e moro em condomínio procurei descobrir se mais alguém havia percebido algum mosquito, recebi uma resposta afirmativa, então liguei para o 156 apesar de ter sentido muita dificuldade em ser atendida, a terceira atendente registrou a ocorrência e me passou o protocolo nº 7488309, contactei a Secretaria de Saúde e a Superintendência de Vigilância de Saúde da região mas até o momento nenhuma equipe veio ao local para fazer a pulverização.

Ontem minha vizinha veio a minha casa com os três mosquitos da foto para eu ver se era da dengue, eles foram encontrados na guarita do condomínio e na casa dela. O foco de mosquitos pode estar a até um quarteirão (de cada lado) do local onde ele foi encontrado ou dentro do próprio condomínio, como posso descobrir sozinha? O fato é que todos nas proximidades estão com sua saúde ameaçada enquanto eu aguardo uma atitude do poder público.

O Aedes Aegypti é um mosquito de cor escura, rajado, com manchas brancas pelo corpo e pernas. É menor que o pernilongo e ao contrário do pernilongo comum, tem hábitos diurnos, ou seja, só pica durante o dia e não faz zumbido ao voar.

A única maneira de se prevenir ou erradicar a doença é combatendo e exterminando o mosquito transmissor do vírus e isto é feito através da eliminação de objetos que possam acumular água como pneus velhos, latas ou vidros vazios, tonéis abertos, caixas d'água abertas, vasos com plantas. O Aedes Aegypti só se desenvolve através de água parada e limpa.

Veja algumas dicas:

- Não deixe acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Na hora de lavar o recipiente, passe um pano grosso ou bucha nas bordas. Substitua a água dos vasos de plantas por areia grossa humedecida.

- Esvazie as garrafas sem uso. Elas devem ser guardadas de boca para baixo, de preferência em lugares cobertos.

- Pneus velhos são um dos lugares preferidos do mosquito da dengue. Por isso, eles devem ser guardados em lugar coberto ou furados.

-Mantenha as caixas d´água, poços, latões e filtros bem fechados.

- Mantenha limpas as calhas, lajes e piscinas.

- Vasilha de água dos cães devem ser devem ser lavados com buchas e detergentes e a água trocada diariamente.

-Elimine a água acumulada em bambus, bananeiras, bromélias, etc. Evite plantas que acumulem água, como gravatás, babosa, espada-de-São-Jorge, entre outras.

Alguns dos sintomas da dengue são febre alta, dores musculares e articulares (na juntas), dores de cabeça, dor atrás dos olhos, fraqueza, prostração, falta de apetite e após três ou quatro dias pode surgir manchas vermelhas na pele. A dengue hemorrágica é o tipo mais grave. Os sintomas iniciais são os mesmos da dengue comum. Só que, quando a febre acaba, começam a surgir sangramentos, a pressão cai, os lábios ficam roxos, a pessoa sente fortes dores no abdómen e uma hora fica sonolenta, outra hora agitada. A dengue hemorrágica é muito perigosa e pode levar a pessoa à morte. Por isso, todo cuidado é pouco.

Estou fazendo minha parte, faça a sua você também e converse com seus vizinhos e amigos para que eles façam a deles, assim... exterminaremos o mosquito e erradicaremos a doença.

sábado, 15 de março de 2008

Pista é fechada para uso exclusivo de desmanche na Zona Leste da capital paulista

Por: Riselda Morais
Absurdo!!! - Quem passa pelo bairro de Jardim Imperador, Zona Leste da capital paulista se depara com uma verdadeira afronta ao cidadão que paga impostos e vê o dinheiro público desperdiçado. Um trecho da pista, com asfalto novo e sem buracos, foi interditado para uso de um desmanche na Rua Adelina Sanches Rodrigues, esquina com a Avenida Barreira Grande. Os veículos que circulam pela via são obrigados a seguir por um desvio complicado porque a pista tornou-se de uso exclusivo do desmanche. O que você acha disso, deixe seu comentário abaixo.

Camada de poluição cobre a capital paulista e tem efeitos nocivos à saúde da população

Riselda Morais

Olhar o horizonte e perceber uma nuvem de poluição sobre a região metropolitana já tornou-se uma constante. Não bastasse encobrir a beleza da cidade, a poluição do ar causa muitos problemas de saúde a população.
Os efeitos nocivos a saúde como ardor nos olhos, nariz e garganta, tosse seca, cansaço, crises de bronquites, rinites, pneumonia, entre outras doenças respiratórias e cardiovasculares fazem parte das conseqüências do alto nível de poluição produzido pela cidade de São Paulo.
Nos dias mais poluídos, com baixa umidade do ar os pronto-socorros da cidade ficam cheios, há um aumento aproximado de 50% nos atendimentos, sendo as vítimas que mais sofrem os idosos, as crianças e as pessoas portadoras de doenças pulmonar crônicas.
Este problema já não é novidade para o morador da capital paulista que vem sofrendo os efeitos nocivos da poluição, ano após ano. A novidade é que esta poluição já atinge uma área de 600 quilômetros, atingindo o litoral e parte do interior. A frota de veículos e as indústrias são os principais poluidores.

A poluição do ar na capital paulista aumentou em 2007, com um índice de 54% no número de vezes em que o ar ficou com qualidade inadequada ou má comparando a 2006.
O número de dias em que o ar esteve inaceitável, em pelo menos um local de medição da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) subiu 45,6% entre 2006 e 2007.
Entre os locais mais poluídos, está a região do Ibirapuera (Zona Sul), a Cidade Universitária (Zona Oeste) e Santana (Zona Norte).

A tendência da poluição do ar na capital paulista é aumentar cada dia mais, a não ser que sejam implementadas medidas que visem a melhoria da qualidade do ar, uma vez que as fontes de poluição atmosféricas são significativas.
São Paulo é a quinta cidade de ar mais poluído entre as vinte maiores metrópoles mundiais e a terceira da América Latina.
Com uma população de mais de 10 milhões de habitantes e a maior frota circulante do país, com 6,5 milhões de veículos automotores, concentra 5,5 milhões na capital, aproximadamente 1 veículo para cada 2 habitantes, além de mais de 500 carros de outros estados que passam pela cidade diariamente e uma tendência de crescente uso de veículo em detrimento do transporte público, estima-se que os veículos lançam na atmosfera 70% de toda a poluição do ar de São Paulo, podendo chegar a 90% se forem consideradas apenas as emissões de monóxido de carbono.
O aumento excessivo do uso de veículos, a produção industrial e a geração de energia expõe os habitantes a níveis de poluição que excedem os limites recomendados pela Organização Mundial de Saúde e além da causar danos a saúde da população a emissão do carbono em alta escala resultante do consumo de combustível, contribui para a elevação do efeito estufa que concorre decisivamente para a mudança climática global.
Pesquisas recentes mostraram que em dias de altos índices de poluição do ar o risco de morte por doenças respiratórias e cardiovasculares aumenta em 12%. Nos dias mais poluídos há um aumento aproximado de 50% nos atendimentos em pronto-socorros da cidade, a maioria envolvendo pessoas com bronquite ou pneumonia. Diante destes dados, vale lembrar quão importante é, a consciência pública a respeito da importância de estratégias de prevenção e controle da poluição do ar em São Paulo.

Cerca de 100 milhões de raios atingem o Brasil, por ano, saiba como se proteger

Riselda Morais

O Brasil é atingido anualmente, por cerca de 100 milhões de raios, que possuem uma intensidade média de 40.000 ampères, isto é, 10.000 vezes maior que a intensidade da corrente que circula nos aparelhos elétricos em nossas residências. Quando os raios atingem objetos causam danos, queimam computadores, aparelhos eletrônicos e também há interrupção de energia. Os prejuízos causados por raios aqui na capital paulista são da ordem de centenas de milhões de reais por ano, mas além de prejuízos financeiros os raios podem atingir as pessoas, causando graves ferimentos e até mesmo matando, em todo o País cerca de 200 pessoas morrem, por ano, atingidas por raios.
Quando uma pessoa é atingida por um raio, pode sofrer uma parada cardíaca e respiratória, nesses casos a pessoa tem chances de sobrevivência, desde que receba atendimento imediato, com massagem cardíaca e respiração artificial, boca a boca. O índice de sobrevivência é um para cinqüenta. Diante desta realidade é importante se proteger. Durante a tempestade evite ficar próximo às árvores, descalço, dentro d’água, em lugares altos, se possível fique dentro de casa.
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil registrou dez ocorrências de acidentes com raios, no período de 1º de dezembro de 2007 e 25 de fevereiro deste ano, aqui em São Paulo.
Os acidentes provocaram a morte de 13 pessoas, com idade entre 8 e 59 anos, sendo 9 homens e quatro mulheres, e deixou seis pessoas feridas, sendo um homem e cinco mulheres.
A Coordenadoria Estadual de Defesa Civil avalia que, por desconhecimento ou por não acreditar que os raios matem, as pessoas deixam de observar cuidados simples, como nunca permanecer em local descampado durante as tempestades e alerta que descargas elétricas ocorrem na maioria dos temporais. O raio pode alcançar duas ou mais vezes o mesmo lugar e normalmente atinge o objeto mais alto de cada área e recomenda que durante a tempestade:
• Abrigue-se em uma casa, edifício ou instalação subterrânea, como o Metrô, por exemplo. Caso esteja em veículo, não saia. Feche os vidros e não encoste nas partes metálicas.
• Evite lugares abertos: estacionamentos, praias, campos de futebol.
• Se estiver no mar, rio, lago ou piscina, saia imediatamente.
• Mantenha distância de objetos altos e isolados (árvores, postes, quiosques, caixa d’água, etc).
• Afaste-se de objetos metálicos grandes e expostos - tratores, escadas, cercas de arame.
• Evite soltar pipas e não transporte objetos como canos e varas de pesca
• Não ande de motocicleta, bicicleta ou a cavalo.
• Se não houver abrigo por perto, fique agachado, com os pés juntos, até a tempestade passar. Não deite no chão.
• Afaste-se de aparelhos e objetos ligados à rede elétrica: televisores, geladeiras e fogões.
• Não utilize o telefone (a menos que seja s/ fio ou celular).

quinta-feira, 6 de março de 2008

Violência doméstica atinge 15 de cada 100 mulheres brasileiras (Riselda Morais)

(Foto): Prefeito Gilberto Kassab assina convênio que garante assistência jurídica gratuita a mulher vítima de violência doméstica.

No dia 08 de março comemora-se o Dia Internacional da Mulher, logo é natural que se fale das conquistas femininas, mas não posso deixar de falar de um problema antigo e cultural que atinge as mulheres, as aflige, as violenta, lhes tira a dignidade e até a vida, um grande sofrimento que muitas mulheres enfrentam no dia-a-dia, a violência que está dentro dos lares brasileiros, não a violência de rua, é a violência doméstica que atinge 15 de cada 100 mulheres brasileiras. E não são apenas os maridos pobres quem espancam suas companheiras, as classes média e alta representam metade dos atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica, que se tornou tão corriqueira que muitos homens não a identificam e reconhecem como agressão “só se for um tiro”, por exemplo. Enquanto isso, a violência contra a mulher prejudica toda a família, sofrem os filhos, as filhas, os parentes próximos e apenas 40% das mulheres denunciam o agressor.
É preciso que as mulheres se fortaleçam e saiam da posição de vitimização e que os homens revejam seus valores, reflitam suas fraquezas e controlem seus impulsos, se conscientizem que há outras formas de resolução dos conflitos, que a violência é ilegítima.
As mulheres que sofrem violência no lar tendem a apresentar diversos tipos de problemas de saúde, que vão desde a baixo estima, a depressão, problemas mentais, até ao suicídio. Nos cuidados rotineiros com a saúde elas se cuidam menos, fazem menos sexo seguro e menos papanicolau, segundo pesquisas.
Precisa-se desbanalizar a violência, não ensinar esse comportamento as crianças, não ensinar uma cultura violenta aos meninos, precisa-se que as brasileiras que sofrem agressões físicas, morais e psíquicas dentro do convívio familiar denunciem seus agressores e que os agressores pensem duas vezes antes de levantar a mão para agredir uma mulher, afinal, vale buscar alternativas para que o convívio doméstico seja harmônico.
Entre os Estados brasileiros o Pernambuco vem se destacando como o mais violento contra a mulher, só neste ano, 60 mulheres foram assassinadas pelos maridos ou companheiros e nos últimos cinco anos, 1.862 mulheres perderam a vida pelas mãos dos companheiros. A região mais violenta é a Norte, lá, uma em cada cinco mulheres foram vítimas de violência.
Aqui em São Paulo, na semana do Dia Internacional da Mulher (8 de março), uma importante ação foi realizada em seu benefício, uma antiga reivindicação de entidades que trabalham com mulheres na cidade finalmente foi atendida, a defesa das mulheres estabelecida em termo de cooperação, trata-se de um convênio firmado entre o prefeito Gilberto Kassab e a Defensoria Pública do Estado de São Paulo. “ É mais uma ação da Prefeitura em apoio às mulheres”, afirmou Gilberto Kassab.
A parceria foi firmada por meio da Secretaria Municipal de Participação e Parceria, com a presença do secretário Ricardo Montoro. “ O convênio celebrado agora representa um avanço na conquista dos direitos das mulheres. É o anel que faltava nesta cadeia de proteção às mulheres. São 32 defensores públicos que prestarão atendimentos”, enfatizou Montoro.
O convênio garante atendimento jurídico gratuito a mulheres vítimas de violência doméstica. A partir de agora, os defensores públicos vão atender às terças e quintas-feiras, das 8h às 12h, em cinco Centros de Cidadania da Mulher e em Centros de Referência, localizados em vários bairros da capital paulista. Todos os locais são administrados pela Coordenadoria de Mulheres da Secretaria de Participação e Parceria.
A Prefeitura instituiu o Programa de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar em 2007.
A violência doméstica contra a mulher é um grave e antigo problema nos lares brasileiros, apesar de poder denunciar e ter acesso a serviços especializados, nem sempre às vítimas têm coragem para denunciar ou buscar ajuda. Achar que seus parceiros podem mudar esse comportamento e viver harmoniosamente, sem agredi-las, desconhecer seus direitos; viver sob a constante ameaça de que se falar para alguém haverá vingança contra as famílias; sentir-se intimidada de várias formas; sentir medo de que depois da denúncia o parceiro seja solto e volte ainda mais violento; sentir vergonha de falar da violência sofrida; dificuldades financeiras e sensação de não ter ninguém para ajudar são alguns dos diversos motivos pelos quais as mulheres espancadas passam anos se submetendo a violência doméstica. A violência no seio familiar é uma das mais freqüentes formas de abuso e maus tratos contra as mulheres.
A Secretaria de Participação e Parceria é responsável por serviços diretos que prestam atendimento a mulheres vítimas de violência. Mantém a Casa Eliane Grammont, Casa Brasilândia e Casa Abrigo Helenira de Rezende. Há ainda outros serviços que são prestados por meio de parcerias com casas e abrigos conveniados com a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. Durante a cerimônia que contou com a participação da Coordenadora Geral das Mulheres, Maryluci de Araújo Faria, e de representantes dos Defensores Públicos do Estado, foi aberto ciclo de palestras, mesas redondas e o lançamento de cinco guias que debatam políticas de igualdade e sistematizam a experiência dos Centros de Cidadania da Mulher e da Coordenadoria da Mulher. Entre as publicações, o destaque é a cartilha “Exija os Seus Direitos: Está na Lei”, sobre a Lei Maria da Penha.
O Brasil conta com 387 delegacias especiais e a Lei Maria da Penha que é específica para proteger as mulheres, mas o índice de denúncias é baixo, apesar de ser o método mais eficiente de combate a violência doméstica.
A violência doméstica é uma realidade que começa muito cedo na vida das mulheres. Do total de 15% das mulheres entrevistadas que já foram vitimas de violência doméstica, 35% afirmaram que a prática da violência começou até os 19 anos. O índice demonstra um dos lados mais cruéis da prática da violência doméstica, além dela ocorrer no ambiente da casa e da família, espaço que naturalmente deve ser de segurança e conforto, ela atinge as jovens e adolescentes. Ainda segundo as mulheres que sofreram agressões, os maridos e companheiros foram os responsáveis por 87% dos casos de violência doméstica.
Em relação ao tipo de violência sofrida, 59% apontaram a violência física, 18% sofreram violência psicológica e 17% vivenciaram todos os tipos de violência. Talvez as mulheres se sentissem mais seguras para denunciar seus agressores se as penas não se resumissem em o homem fazer doações de cestas básicas, mas que o agressor ficasse preso por um longo tempo e depois fosse obrigado a prestar serviços comunitários.
A lei Maria da Penha qualifica cinco tipos de violência: a física, a moral, a psicológica, a patrimonial e a sexual.
Os principais motivos da violência segundo as vítimas, são o uso de álcool (45%) e o ciúme dos maridos (23%). Ainda segundo as mulheres agredidas a violência é uma prática de repetição “ de vez em quando” ela volta para assombrar a tranqüilidade do lar.
As mulheres que precisarem de atendimento jurídico gratuito aqui na capital paulista, podem dirigir-se a um dos Centros de Cidadania da Mulher, nos endereços abaixo, nas terças e quintas-feiras, das 8h às 12 h. Zona Sul: Praça Salim Farah Maluf, s/n - Santo Amaro. Fones:5524-4782 e 5821-6626. Rua Terezinha do Prado Oliveira, 119 - Parelheiros. Fone:5921-3935. Rua Professor Oscar Barreto Filho, 350 - Capela do Socorro. Fone: 5925-5429.
Zona Leste: Rua Ibiajara, 495 - Itaquera. Fone: 6173-5706 / 6173-4863.
Zona Norte: Rua Joaquim Antonio Arruda, 74 - Perus. Fone: 3917-5955.
Casa Brasilândia - Rua Silvio Bueno, 538 - Vila Brasilândia. Fone: 3983-4294 / 3851-1771.
Casa Eliane de Grammont - Rua Dr. Bacelar, 20 - Vila Clementino. Fone: 5549-0335.
Centro de Referência da Mulher - Rua 25 de Março, 105 - Centro. Fone: 3106-1100

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A cirurgia para correção de escoliose

Riselda Morais

Dr. Adriano Massayuki Yonezaki com a paciente e minha filha Gabriela
     Escoliose é um desvio da coluna para os lados, em forma forma de "S", a coluna pode sofrer uma rotação, a doença pode ser diagnosticada através de Rx da coluna e pode ser tratada com sessões de RPG, uso de colete ou tratamento cirúrgico se estiver medindo mais de 40º.
Há dois anos atrás descobri que minha filha tinha escoliose. Até o diagnóstico eu nunca tinha ouvido falar nesta doença, faltava-me informações a respeito. Quando descobri que a Gabriela tinha escoliose fiquei desesperada, por falta de conhecimentos entrei em pânico e parecia-me que aquele era o único caso do mundo, por isto, estou inserindo este tópico, não como jornalista, mas como mãe para levar informações a outras pessoas que estejam se sentindo como me senti. A descoberta da doença se deu quando minha filha já tinha mais de doze anos e antes não havia nenhum sintoma, nada que levasse eu e meu marido a imaginar que nossa filha fosse ser acometida por essa doença. Achando que poderíamos ter deixado de prestar atenção nela em algum momento, a levamos ao pediatra para sabermos se ele, em algum momento havia percebido a doença e recebemos uma negativa. Pensamos em muitas possibilidades para sabermos o que poderia ter causado aquele desvio na coluna de nossa criança, entre as possibilidades estava o peso da mochila escolar, que era pesada para uma criança carregar. A partir daí, levamos a Gabriela em vários médicos e o diagnóstico era sempre o mesmo, "escoliose", o caso dela é cirúrgico. Ficávamos inconformados, chorávamos só de imaginar que nossa filha iria passar por uma cirurgia. Muitos medos surgiram, dúvidas e inúmeras perguntas. Pesquisamos na internet para obtermos informações sobre a doença e a levamos em mais de dez ortopedistas para ouvirmos suas opiniões e nada era satisfatório. Uma frase que nos aterrorizava era: "É uma cirurgia de alto risco, se houver lesão na medula ela pode ficar paralítica". Ah, baixava o desespero e as lágrimas faziam-se nossas companheiras.
Em um momento iluminado por Deus, marquei uma consulta com um médico ortopedista e traumatologista, especialista em coluna e a levei.
Nesta primeira consulta com Dr. Adriano, os mitos começaram a ser desfeitos, o enchi de perguntas e ele respondia a tudo com clareza, paciência, atenção e muita honestidade. O diagnóstico foi de que tratava-se de uma escoliose idiopática, sem uma causa específica.
A partir daí tomei conhecimento que a escoliose é uma doença antiga e que pode aparecer em qualquer idade, mas acentua-se ou aparece com o crescimento e que na maioria dos casos, aparece na adolescência.
Só percebia-se que a Gabriela tinha escoliose quando ela inclinava-se para a frente, assim podia-se verificar que suas costas não estavam em nível, um dos lados estava mais elevado que o outro e quando em pé, de frente, percebia-se que os ombros não estavam nivelados, um estava mais baixo que o outro. Ela não reclamava de dor, apenas descoforto nas costas e sempre pedia-me massagens.
O Dr. Adriano solicitou um Rx Panorâmico (é feito de toda a coluna, sem cortes, em um único filme) e foi aí que depois de ligar para dezenas de lugares que realizava exames de radiologia, descobri que nesta imensa cidade que é São Paulo, só dois lugares o realizava, um no Ibirapuera e o outro no Hospital Paulistano. Fomos ao Paulistano. Com o Rx em mãos o médico mediu os graus, estava em 46º. Nos explicou que até 40º pode-se fazer uso de colete, mas no caso dela não adiantava. Diante de nossa resistência a cirurgia ele prescreveu RPG e recomendou que ela continuasse fazendo natação, como já fazia três vezes por semana, para relaxar, alongar e fortalecer a musculatura na tentativa de segurar a coluna. Durante o tempo que ela fez as sessões de RPG (Reeducação Postural Global) a escoliose oscilou, em um mês diminuiu oito graus e no mês seguinte aumentou dez graus, o ápice, chegando a 53º. Não tínhamos saída, o caso era realmente cirúrgico.
O cirurgião nos explicou que a cirurgia é de grande porte, poderia durar até oito horas e é de risco." Toda cirurgia tem risco", disse ele. Nossa maior preocupação era que a cirurgia causasse perda de movimentos, foi aí que ele nos explicou que para evitar qualquer lesão neurológica, a cirurgia para correção de escoliose pode ser monitorada, trata-se de outro médico que coloca eletrôdos no paciente e o monitora através de um computador, garantindo que a correção será feita sem prejudicar os movimentos do paciente, a medula não é comprimida. Planos de saúde não pagam o monitoramento, mas ficamos certos que ela só faria a cirurgia com a monitoração. Outra atitude do médico que nos traqüilizou e nos levou a confiar muito nele, foi retirar uma câmera fotográfica de sua mochila e nos mostrar algumas fotos, as costas de adolescentes, meninas (a escoliose acomete mais as mulheres) da idade de minha filha, antes e depois da cirurgia e algumas fotos feitas durante a cirurgia, nos mostrava com detalhes os procedimentos da cirurgia, a colocação de hastes de titâneo, enxertos ósseos e parafusos colocados na coluna da paciente. Em todas as consultas que nos mostrou fotos das cirurgias eu sempre perguntava: - " E correu tudo bem"?. A resposta era sempre positiva, com um leve sorriso de satisfação, reação de quem conhecia sua própria competência. Uma única vez ele disse que uma garota que estava com mais de 100º de escoliose, depois de cirurgia uma haste havia soltado, bem eram graus demais.
Durante duas semanas a Gabriela passou com o pediatra, cardiologista e clínico geral fazendo exames pré-operatórios. O clínico descobriu que o pulmão direito dela já não expandia tanto quanto o esquerdo devido a escoliose, a curva da coluna comprimia o pulmão.
Na sexta-feira, 08/02/2008 às 10:00 hs internei a Gabriela no Hospital Paulistano para realizar a cirurgia no sábado 09/02 às 7:00 hs da manhã. A confiança de que tudo ia correr bem estava em 100%, estávamos preparadas psicológicamente, ela queria muito a cirurgia e estava nas mãos de um médico que por quase dois anos nos deu provas de sua competência. Sempre que o ouvia falando da cirurgia, mostrando detalhes, pensava: "Bendito seja Deus, que te concedeu mais que inteligência e conhecimentos, Ele te concedeu o dom de curar. Suas atitudes são de quem ama o que faz".
A noite foi longa, não conseguimos dormir. Ela ouvia o MP4, usava o celular, via TV e conversava comigo o tempo todo. Quando eu dizia-lhe para dormir, ela respondia: "Não mamãe, já vou dormir muito com a anestesia amanhã". As seis da manhã meu marido chegou e ficou conosco no quarto. Antes das sete da manhã, o pessoal do centro cirúrgico veio buscá-la. Fomos juntos do primeiro para o quinto andar, ela entrou para o centro e nós ficamos na sala. Poucos minutos se passaram e uma enfermeira veio buscar-me para ficar com ela, estava agitada, procurei acalmá-la. Logo, três membros da equipe do médico dela se aproximaram e começaram a conversar conosco. Era o anestesista, um membro do monitoramento e um médico, mas o Dr. Adriano ainda não havia chegado, os médicos deram início a alguns procedimentos básicos, fizeram-me perguntas, queriam saber se ela era alérgica a medicamentos e por fim, disseram: - Mãe, agora ela fica com a gente, a senhora pode ir". Este foi um momento difícil, por um instante queria colocá-la em meu ventre outra vez e não deixar ninguém chegar perto. Mas, não pudia deixar que ela percebesse, então a beijei e disse-lhe: - Te amo filha, seja forte, corajosa, a minha guerreira! Ela me deu um sorriso.
Na sala de espera perguntei para a recepcionista dos médicos se o médico dela havia chegado, ela olhou na lista e falou o nome de mais dois médicos que já se encontravam lá, mas o Dr. Adriano ainda não. Fiquei preocupada. - Fique tranqüila, primeiro chega a equipe e vai adiantando, os bam bam bam só chegam quando já é para agir mesmo", disse ela.
O sábado foi o dia mais longo de minha vida, ela entrou no centro cirúrgico as 7:00 hs e saiu às 16:30hs. As horas passaram a ter 90 minutos para mim, por mais que controlasse meus medos, eles me fizeram companhia e precisava fortalecer meu marido, dizendo-lhe que ia dar tudo certo. De vez em quando pedia para telefonarem no cirúrgico e perguntarem como a Gabriela estava, a resposta era que ela passava bem, mas a cirurgia ia demorar a acabar. Depois informaram que poderia terminar entre duas e três horas. Algum tempo depois o médico responsável pelo monitoramento saiu com uma mala enorme de equipamentos e veio falar conosco:
- Correu tudo como vocês queriam, está tudo perfeitinho como o esperado, nos tranqüilizou.
- Ela está com todos os movimentos e sem lesões neurológicas? - Perguntei.
- Sim, correu tudo bem, ela vai demorar a sair ainda, porque estão fechando, sabe como é, por camadas.
As quatro e meia da tarde a Gabriela saiu do centro cirúrgico, estava com os lábios brancos, pálida, gelada e tremia muito devido ao efeito da anestesia passando. Deixaram-nos falar com ela, estava meio confusa, mas consciente e se movimentando, a levaram para a UTI - Unidade de Terapia Intensiva onde ela teve que ficar durante 24 horas após a cirurgia. Logo a equipe médica veio falar conosco: - "Correu tudo bem", disse Dr. Adriano, que segurava um raio x da coluna dela depois da cirurgia.
- Deu tudo certo, né doutor? - perguntou meu marido.
- A primeira coisa que ela fez quando estava acordando da anestesia foi se espriguiçar, mexeu os pés e as mãos. - disse sorrindo o Dr. Luciano, membro da equipe.
Bom, não nego que olhei o raio x com admiração, um trabalho muito bem feito a colocação das duas hastes com quinze parafusos de titânio.
Permitiram que eu ficasse dentro da UTI. Fiquei aflita com a Gabriela coberta com dois cobertores térmicos, tremendo e me pedindo para colocar-lhe uma meia.
- Logo o frio passa mãe e ela vai pedir para tirar os cobertores, o centro cirúrgico é muito frio, a cirurgia foi longa, é o efeito da anestesia passando, disse-me um membro da UTI que a acompanhou durante e depois da cirurgia, ficando na UTI.
Uma enfermeira quis me convencer que seria melhor eu sair, mas fui enfática:
- Só saio daqui quando ela parar de tremer, a pressão (8x3) estabilizar e ela estiver dormindo.
É eles me deixaram lá e assim aconteceu.
No domingo, ficamos com ela das onze às onze e meia e quando chegamos na UTI na visita das 17:00 hs às 17:30 hs ela estava assistindo o jogo do Corinthians e vibrando por que ele estava ganhando. Foi uma alegria. Por volta das 18:30 hs ela foi para o quarto 124, onde fiquei com ela. A recuperação rápida me surpreende a cada dia, na segunda-feira ela já caminhou pelos corredores do hospital e na terça-feira teve alta. Na sexta-feira, 15/02 fizemos uma visita ao médico que nos explicou o procedimento realizado, olhou a cirugia que está cicatrizando muito bem, já que foram feitos pontos internos (tipo de plástica). Nesta noite de segunda-feira, 18/02 ela comemorou porque conseguiu deitar de lado, sem o encosto que usava desde que chegou do hospital, fizemos foto e nos alegramos com cada momento dela, cada sinal de recuperação, cada coisa simples que ela fazia sem sacrifícios antes da cirurgia, e agora no pós-operatório sentia dores ou medo de fazer. Cada momento, um vitória nas coisas mais simples.
Ela pode levar uma vida completamente normal, comer de tudo exceto pedra.
Março: - Gaby voltou a escola na primeira semana de março, mais precisamente dia 10 e já recuperou as matérias e as notas perdidas durante o mês que ficou de repouso.
Abril: - No final de abril dançou durante festa de comemoração dos seus quinze anos e não sentiu nenhuma dor.
(Fotos em nossos álbuns do orkut - Riselda Morais e ou Gaby Malta).
Na rotina diária: - Diz que as vezes até esquece que passou por uma cirurgia na coluna.

Álbum da recuperação da Gaby:http://www.orkut.com.br/Main#Album.aspx?uid=381172120215251444&aid=1222085885


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Aquecimento Global (Por:Riselda Morais)


O aquecimento global é uma realidade preocupante para quem pensa no amanhã, em seus descendentes. Os rios poluídos, o desmatamento da Amazônia, o derretimento das geleiras, o aumento do nível do mar, as Tissunames, os animais extintos ou ameaçados de extinsão, os deslizamentos de terra, os furacões, tornados e muitos outros desastres naturais são resultado da ação do homem interferindo na natureza.
Aqui no Brasil, sempre enchemos a boca para dizer que este é um País abençoado por Deus, não temos furacões, vulcões, terremotos, maremotos, mas a nossa realidade já vem mudando há alguns anos, precisamos parar e observar para percebê-las, e claro, fazermos algo e contribuirmos para a preservação de nossos recursos naturais. Já tivemos tempestades tropicais, terremotos com vítimas e freqüêntes leves tremores de terra.
Aqui em São Paulo o verão tem cara de outono, inverno, faz frio e chove sem parar, fazem-se as quatro estações em um mesmo dia, com os temporais muitas pessoas ficam desabrigadas, faz-se muitos pontos de alagamentos e complica o trânsito, carros e casas ficam embaixo d'água enquanto no Nordeste as pessoas e animais sofrem com a falta d'água.
Podemos contribuir para a preservação da natureza com atitudes simples no dia-a-dia. Não jogando óleo na pia, por exemplo, um litro de óleo pode poluir um milhão de litros de água, o óleo jogado pelo ralo polui os rios e a terra. Uma garrafa pet ou um filtro de cigarro pode levar cem anos para se deteriorar na natureza; o lixo jogado nas ruas polui rios e mananciais, tornando a nossa água doce imprópria para o consumo, logo encarece a que compramos. Se cada cidadão separar seu lixo para reciclagem (garrafas, plásticos, vidros, embalagens em geral) do orgânico já estará contribuindo e muito com a preservação.
Não jogar entulhos e lixos às margens de córregos e rios também evita enchentes, uma vez que o lixo obstrui os buieiros e bocas-de-lobo, provoca os alagamentos que prejudica tanto o paulistano.
Na foto acima, eu estou venstindo uma camiseta ecologicamente correta, acreditem... ela é feita de poliester proveniente de reciclagem de garrafas Pet. É macia, suave ao toque e confortável.
Faça você também, algo que preserve a natureza, a fauna, a flora, os rios e mananciais, o nosso bem estar e o bem estar de nossos descendentes, vivendo em harmonia com tudo que Deus nos concedeu gratuitamente!



terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Vai-Vai campeã do carnaval 2008 (Por:Riselda Morais)

A escola de samba Vai-Vai é a campeã do carnaval 2008. Ela levou para o sambódromo o enredo "Acorda Brasil", sobre a educação e fez críticas as políticas públicas de educação e o carro ao lado representou o cinismo. Tobias, o presidente da escola comemorou o título na quadra da escola na Bela Vista (Bixiga), por onde mais de dez mil pessoas passaram, entre elas, a presidente da Mocidade Alegre Solange Cruz Rezende.
A disputa foi acirrada entre a campeã Vai-Vai e a Vice-campeã Mocidade, o título só foi decidido no último quesito e com a última nota que deu uma vantagem de 0,5 pontos para a campeã. As escolas são unidas e comemoraram juntas.
A Nenê de Vila Matilde ficou em sétimo lugar, apesar de ter sido escolhida pelos internautas como a melhor escola, já é de praxe no carnaval a Nenê ser preferida pelo público e levantar a arquibancada. Este foi o primeiro ano que a escola desfilou sem a presença de seu fundador, ele esteve internado durante o carnaval com problemas renais.
A Leandro de Itaquera subiu para o grupo especial.