Pesquisar

Mostrando postagens com marcador hipertensão. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador hipertensão. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Hipertensão Arterial, doença atinge uma em cada quatro pessoas adultas no Brasil

     Riselda Morais



  A Hipertensão Arterial é uma doença crônica assintomática, caracterizada pela elevação da pressão do sangue nas artérias e que já atinge uma em cada quatro brasileiros adultos.
No dia 26 de abril, Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, o Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão fez um alerta para a prevenção e controle da doença.  “A hipertensão arterial normalmente não dá sintoma, a não ser que suba muita rapidamente e para valores muito elevados. Nesse caso, o paciente apresenta um quadro intitulado de “crise hipertensiva” e apresenta sintomas como dor de cabeça, náuseas, vômito e tontura”.  
A hipertensão arterial ocorre quando os níveis da pressão estão acima de valores de referência para a população geral. Apesar de o valor normal da pressão arterial ser de 120 mmHg x 80 mmHg, considera-se alteração de pressão quando os valores forem superiores a 140 mmHg x 90 mmHg. No caso das crianças, os valores variam de idade para idade e são sempre mais baixos do que a referência nos adultos, alerta o CIDH.  
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, o aumento da pressão arterial é responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
Segundo o estudo de 2015 Heart Disease and Stroke Statistics (Estatísticas sobre doenças cardíacas e infartos), da American Heart Association, durante a última década pesquisada, de 2001 a 2011, a taxa de morte por hipertensão, em mais de 190 países, aumentou 13,2%.     O Brasil figura no sexto lugar entre os países com a mais alta taxa de morte, 552 por doenças cardíacas, infartos e hipertensão arterial, de homens e mulheres de 35 a 74 anos. Rússia está em primeiro lugar com 1.639 (entre 100 mil pesquisados); Ucrânia em segundo, com 1.521; Romênia em terceiro, com 969. O mesmo estudo mostrou ainda que a doença arterial coronariana é a principal causa de morte em todo o mundo, com 17,3 milhões por ano, e que se espera para 2030 mais de 23,6 milhões. 
   A segunda maior causa de morte no mundo AVC - acidente vascular cerebral, teve redução entre 1990 e 2010. Mesmo com a redução, o número esperado de pessoas com o primeiro episódio de AVC ou recorrente em 2030 será de 33 milhões.
   Segundo a pesquisa de risco global da hipertensão, em 2025 haverá 1,6 bilhão de pacientes no mundo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a relação entre a pressão arterial (PA) e a quantidade de sódio ingerido é heterogênea, sendo esse fenômeno conhecido como sensibilidade ao sal. 
Apesar das diferenças individuais de sensibilidade, mesmo modestas reduções na quantidade de sal são, em geral, eficientes para reduzir a pressão arterial. Tais evidências reforçam a necessidade de orientação a hipertensos quanto aos benefícios da redução de sódio na dieta.
A hipertensão arterial, conhecida popularmente como pressão alta, é uma das doenças mais crônicas e frequentes que podem atingir indivíduos em qualquer idade.    O excesso provém, em grande parte, dos alimentos processados, já que eles contêm sal na forma de seu princípio ativo, o sódio. 
A necessidade diária de sódio para os seres humanos é a contida em 5 gramas de cloreto de sódio ou sal de cozinha. O consumo de sal, médio, do brasileiro corresponde ao dobro do recomendado. Vários são os fatores de risco para a hipertensão arterial. Entre eles está a predisposição hereditária, a obesidade, o diabetes,  o consumo excessivo de sal e álcool, estresse e sedentarismo. Além disso, o uso abusivo de fármacos, como corticoide, vasoconstrictor nasal, anti-inflamatórios e o uso de anticoncepcionais, principalmente nas mulheres obesas.
O diagnóstico precoce é muito importante. Os adultos devem  medir a pressão a cada seis meses, principalmente quem tem casos de hipertensão na família. As crianças não estão livres da doença, existem mais de 3,5 milhões de crianças hipertensas no Brasil, logo, todas devem medir a pressão nas consultas com o pediatra. 
A hipertensão não tem cura, mas tem controle. Uma vez controlada o paciente poderá viver muito bem e com excelente qualidade de vida.  O melhor tratamento para todos os hipertensos é a mudança no estilo de vida, com a adoção de uma dieta balanceada, aliada a prática de exercícios pelo menos três vezes na semana. 
Dicas para diminuir o sal e ter mais saúde: - Retirar o saleiro da mesa; controlar o uso do sal no cozimento; preferir alimentos frescos; substituir o sal por temperos e ervas frescas ou secas (como alho, cebola, salsa e pimenta vermelha fresca); evitar temperos prontos; temperar a salada de outras formas (com azeite de oliva, limão, vinagre, vinagre balsâmico e ervas, por exemplo); evitar sopas prontas e embutidos, conservas salgadas, salgadinhos, frios salgados e queijos gordos; ler os rótulos dos alimentos e escolher as versões com pouco sódio; consumir adoçantes como estévia, sucralose, frutose e aspartame, já que os mais comuns têm sódio. Para as comidas enlatadas, como milho e palmito em conserva, a dica é remover o excesso de sal deixando-as de molho em água fresca por uma hora; fracione a alimentação, ou seja, coma de três em três horas; fazer atividades físicas; evitar o consumo de bebidas alcoólicas, principalmente as destiladas, que muitas vezes causam o aumento da pressão; evitar refrigerantes, eles têm excesso de açúcar e contem muito sódio.