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segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Câmara Municipal de São Paulo homenageia o jornalista Vladimir Herzog com escultura “Vlado vitorioso”

Riselda Morais

Escultura de bronze “Vlado vitorioso”

Jornalista Vladimir Herzog



      A CMSP homenageou, na terça-feira (25), o jornalista Vladimir Herzog, morto sob tortura, no dia 25 de outubro de 1975, durante o regime militar nas dependências do DOI-CODI , com uma escultura de bronze “Vlado vitorioso” de mais de 2 metros de altura na praça de mesmo nome, ao lado da Câmara no centro da cidade.
   A  antiga Praça da Divina Providência, teve o nome mudado para Praça Vladimir Herzog em 2013, após um encaminhamento da Comissão da Verdade instalada na Câmara Municipal, agora passou por uma revitalização e recebeu a escultura.
O responsável pela concepção da estátua, foi o artista plástico Elifas Andreato e a obra olhando para cima e com os braços para o alto foi desenhada originalmente sob encomenda da Organização das Nações Unidas para um prêmio especial, distribuído em 2008, em comemoração aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
“A nossa geração foi vitoriosa contra a ditadura e o Vlado foi um mártir dessa geração. Então, eu precisava fazer algo que fosse a celebração dessa vitória contra o regime militar que o matou”, disse o artista plástico Elifas Andreato.
Para Ivo Herzog, filho de Vlado e diretor do Instituto Vladimir Herzog é importante trazer a memória da luta contra a ditadura e remover as homenagens àqueles que participaram de repressão. “As novas gerações estão sempre chegando e elas precisam conhecer essa história. Não podemos ficar cometendo os mesmos erros do passado. A gente tem que se preocupar com novas agendas e não ter de retomar agendas, lutas do passado. Temos que preservar as conquistas. E a maneira de fazer isso é a memória, através do conhecimento da nossa história”, afirmou Ivo.
O jornalista Vladimir Herzog trabalhava como diretor do telejornal Hora da Notícia, na TV Cultura, quando foi procurado em casa e no trabalho por agentes da repressão, se prontificou a comparecer no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) para prestar esclarecimentos, e ao se apresentar, foi preso e torturado até a morte. Os agentes da repressão divulgaram uma foto e uma falsa versão de que Vlado teria se enforcado na cela. 
A história foi desmentida na época, com base nos depoimentos e inconsistências nas evidencias apresentadas pelos militares. No entanto, só no ano de 2013, é que a família do jornalista recebeu o atestado de óbito com a verdadeira causa da morte, lesões e maus-tratos sofridos durante interrogatório no DOI-CODI.
     Além do artista plástico Elifas Andreato, a viúva de Vlado, Clarice Herzog e o filho Ivo Herzog também participaram da homenagem.

Câmara Municipal de São Paulo homenageia o jornalista Vladimir Herzog com escultura “Vlado vitorioso”

Riselda Morais

Escultura de bronze “Vlado vitorioso”

Jornalista Vladimir Herzog



      A CMSP homenageou, na terça-feira (25), o jornalista Vladimir Herzog, morto sob tortura, no dia 25 de outubro de 1975, durante o regime militar nas dependências do DOI-CODI , com uma escultura de bronze “Vlado vitorioso” de mais de 2 metros de altura na praça de mesmo nome, ao lado da Câmara no centro da cidade.
   A  antiga Praça da Divina Providência, teve o nome mudado para Praça Vladimir Herzog em 2013, após um encaminhamento da Comissão da Verdade instalada na Câmara Municipal, agora passou por uma revitalização e recebeu a escultura.
O responsável pela concepção da estátua, foi o artista plástico Elifas Andreato e a obra olhando para cima e com os braços para o alto foi desenhada originalmente sob encomenda da Organização das Nações Unidas para um prêmio especial, distribuído em 2008, em comemoração aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
“A nossa geração foi vitoriosa contra a ditadura e o Vlado foi um mártir dessa geração. Então, eu precisava fazer algo que fosse a celebração dessa vitória contra o regime militar que o matou”, disse o artista plástico Elifas Andreato.
Para Ivo Herzog, filho de Vlado e diretor do Instituto Vladimir Herzog é importante trazer a memória da luta contra a ditadura e remover as homenagens àqueles que participaram de repressão. “As novas gerações estão sempre chegando e elas precisam conhecer essa história. Não podemos ficar cometendo os mesmos erros do passado. A gente tem que se preocupar com novas agendas e não ter de retomar agendas, lutas do passado. Temos que preservar as conquistas. E a maneira de fazer isso é a memória, através do conhecimento da nossa história”, afirmou Ivo.
O jornalista Vladimir Herzog trabalhava como diretor do telejornal Hora da Notícia, na TV Cultura, quando foi procurado em casa e no trabalho por agentes da repressão, se prontificou a comparecer no Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) para prestar esclarecimentos, e ao se apresentar, foi preso e torturado até a morte. Os agentes da repressão divulgaram uma foto e uma falsa versão de que Vlado teria se enforcado na cela. 
A história foi desmentida na época, com base nos depoimentos e inconsistências nas evidencias apresentadas pelos militares. No entanto, só no ano de 2013, é que a família do jornalista recebeu o atestado de óbito com a verdadeira causa da morte, lesões e maus-tratos sofridos durante interrogatório no DOI-CODI.
     Além do artista plástico Elifas Andreato, a viúva de Vlado, Clarice Herzog e o filho Ivo Herzog também participaram da homenagem.