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segunda-feira, 4 de setembro de 2017

O preconceito é fruto da ignorância, instrua-se e livre-se dele!

Riselda Morais

       As diferenças é o que torna a vida mais interessante, a diversidade nos ensina o conhecimento. Uma pessoa não é igual a outra, mas isto não significa que uma seja melhor ou pior que a outra, as diferenças existem e precisam ser respeitadas. O preconceito nada mais é que um juízo preconcebido fruto da ignorância, um desconhecimento pejorativo referente a pessoas ou lugares e só pode ser vencido pelo conhecimento e instrução, é a pessoa preconceituosa quem precisa se melhorar como pessoa e como ser humano e não a pessoa vítima da discriminação.
     Uma personalidade intolerante, autoritária, agressiva, limitada, arrogante, despreza qualquer idéia ou situação que ultrapasse a realidade preconcebida daquilo que considera normal. São muitos os tipos de preconceito e fica difícil acreditar que eles ainda existam em pleno século XXI, são erros passados de geração para geração e de pais para filhos, até que uma geração perceba que os conceitos associados a discriminação e as diferenças não revelam verdades e já não cabem no mundo de hoje.
Todos os tipos de preconceito geram hostilidade e violência, os mais comuns são:
 Bullying e cyberbullying: preconceitos, agressões desferidas de forma física e verbal contra uma pessoa seja de maneira real ou virtual. 
 Misantropia (ou antropofobia): é um tipo de preconceito determinado pelo ódio à humanidade ou à raça humana.
Preconceito racial: associado à etnia, o racismo está diretamente ligado ao aspecto físico e a cor da pele, principalmente entre brancos e negros. No Brasil esta pratica consiste em crime inafiançável (o criminoso não poderá pagar fiança para responder em liberdade, terá pena de reclusão) e imprescritível (não importa quanto tempo passe, quando o acusado for pego o Estado tomará as devidas medidas para o julgamento do infrator).        
Preconceito nativista/social/elitismo/linguístico: praticado contra imigrantes (migrantes internacionais) e pessoas que migram de um estado para outro dentro do próprio país, principalmente contra nordestinos. 
Elitistas são pessoas que odeiam pobres, acreditam que são todos bandidos e que gostariam de separar o Brasil do Nordeste, insensíveis à desigualdade social tão expressiva no país. O preconceito social, embora em menor escala, pode ocorrer de baixo para cima também, quando se acredita que todo rico é corrupto, inescrupuloso e explorador.
Comentários ofensivos contra nordestinos são uma constante nas redes sociais. Os livros didáticos passam implicitamente uma visão discriminatória retratando o nordeste como um lugar pobre e de privações por causa das secas. 
Os pais passam erroneamente a idéia preconcebida aos filhos ao tratar nordestinos e imigrantes no sentido pejorativo como “aquele paraíba”, “o cabeça chata”, “o ceará”, “todo baiano é preguiçoso”, “o ebola só podia vir da África”, “não gosto de argentinos”, com isto está implantado o preconceito em mais uma geração porque a educação está errada e fora da realidade. Seria diferente se levassem seus filhos para conhecer o Nordeste e os ensinasse a respeitar as diferenças e a usufruir de toda a beleza da região. Pobreza há como em todos os outros estados brasileiros, assim como também há muitas riquezas naturais e culturais.
Homofobia/lesbofobia/Bifobia e Transfobia são preconceitos de caráter sexual, de pessoas que não respeitam a opção sexual dos outros, a individualidade do próximo. Se entenderem que cada um deve cuidar da própria vida e não da vida dos outros, aprenderão a aceitar a opção alheia.
Gordofobia/peso/tamanho: é o preconceito ou intolerância contra pessoas gordas, mas a ditadura da beleza discrimina altos, baixos e magros também. Há um estereótipo e o preconceito está encravado principalmente contra pessoas acima do peso. Magro está com anorexia e gordo está obeso, enquecem-se que a beleza independe do peso e problemas de saúde exige cuidados e não críticas.
Perseguição e discriminação religiosa: a religião dominante ou fanáticos religiosos tentam impor os seus costumes aos seguidores de outras religiões, muitas vezes através da força, da segregação. Esquecem-se que Deus é um só, independente do caminho que percorremos para chegar até Ele.
Machismo/sexíssimo - a mulher luta arduamente pelos seus direitos, pelo reconhecimento profissional e por respeito. O preconceito contra as mulheres está enraizado na sociedade, onde muitos homens a tratam como se tivesse posse sobre ela, se fosse um objeto, coisa sua. Seu potencial é colocado em xeque, sofremos pela ditadura da beleza e da juventude, além dos muitos tipos de violência física, verbal e psicológica. 
Preconceito com deficientes - discriminar, inferiorizar e mau tratar pessoas com deficiência mental, emocional ou física. 

Liberte-se do preconceito, evolua, vença a si mesmo e seja mais feliz!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Preconceito e incitação pública de violência contra Nordestinos no Twitter

Por: Riselda Morais

Neste 1º de Novembro de 2010, fiquei impressionada com a maldade, o ódio que algumas pessoas preconceituosas manifestaram através da rede social Twitter contra os Nordestinos.
Alguns internautas esqueceram que o Brasil vive uma democracia e quiseram impor o candidato José Serra do PSDB de São Paulo como única opção aceitável para a Presidência da República, uma vez que a candidata do PT Dilma Rousseff foi eleita pela maioria do povo brasileiro, decidiram descontar suas frustrações e preconceitos em cima do povo Nordestino, que assim como todos os brasileiros, independente do Estado, naturalidade, cor, raça ou religião têm o direito e a liberdade de escolher seus representantes independente de partido, cor, raça ou religião, mas sim aquele ou aquela que julgar mais capaz de lhes representar.
Achei no mínimo curioso quando li estes twitters:





Não é o povo Nordestino BURRO por exercer a cidadania, seu direito de cidadão brasileiro de escolher seu representante,aquele candidato que julgou ser digno de lhe representar, se cada um fez ou não a melhor escolha só no decorrer do mandato da presidente se saberá, mas não há advinhos, senhor e senhora da verdade, sabe tudo que pode apontar o dedo e dizer quem presta e quem não presta.
O que é ser inteligente para você? Ter preconceitos? Ser má? Ignorar a democracia de um País?
A frase "Nordestino não é gente, faça um favor a SP, mate um nordestino afogado", escrita pela estudante de Direito (direito? ela sabe o que significa isso?)Mayara Petruso me deixou indignada e com pena dessa criatura ignorante, preconceituosa e má que estimula a violência, a intolerância em uma cidade cosmopolita como São Paulo, na qual o que a maioria dos moradores mais desejam é o fim da violência. Então é este o tipo de contribuição que as pessoas "inteligentes" têm a dar a cidade de São Paulo?
Sou uma Nordestina, radicada em São Paulo desde 1988, aqui formei família, abri uma empresa, trabalho como jornalista e editora apoiando e divulgando as reinvidicações da população, acompanhando e divulgando o trabalho realizado pela Prefeitura Municipal de São Paulo e pelo Governo do Estado de São Paulo independente de partido, o que me interessa é o crescimento, o desenvolvimento da cidade, é fazer uma ponte entre a população, quer seja a pessoa paulista ou não, do Norte, Sul, Centro-Oeste, Sudeste ou Nordeste do País e os governantes, deixando o povo mais perto de seus representantes já que eles governam para todos e, para mim não é a região que faz uma pessoa melhor que a outra e sim o caráter, a dignidade, a generosidade, a bondade, a capacidade de amar ao próximo. Por estes trabalhos já fui homenageada como "Cidadã que Contribui para o desenvolvimento e progresso da Cidade de São Paulo".


"Ama o teu próximo como a ti mesmo" (G1 5,14)



Mayara Petruso, que se diz estudante de Direito e os seguidores que acham que os nordestinos são burros parecem não conhecer as leis de nosso país que coibem a discriminação racial.

Const. Federal Lei Nº 7.716/89
Art. 1º
Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão de 2 a 5 anos.

Art. 20
. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Pena: reclusão de 1 a 3 anos e multa.

Código Penal

Injúria

Art. 140.
Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro.
Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes à raça, etnia, religião ou origem: Pena: reclusão de 1 a 3 anos e multa