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segunda-feira, 11 de junho de 2018

As Rodas que movem o “Brasil”

 Riselda Morais



      A exagerada política de preços da Petrobras com os constantes reajustes nos combustíveis desencadeou a greve dos caminhoneiros que resultou em uma escalada de prejuízos pelo Brasil.
     Se o Brasil fosse bem administrado teria expandido o transporte sobre trilhos, teríamos trens de carga cortando todos os estados brasileiros, mas ao invés da expansão, foi feita a desativação. Por isso o Brasil é movido sobre eixos, sobre as rodas dos caminhões, sem eles, o país pára e os prejuízos são imensuráveis, porque vão além dos prejuízos financeiros. Eles dirigem como loucos pelas estradas, mas durante os dias em que paralisaram, pela ausência dos mesmos percebeu-se o seu valor. Os caminhoneiros dirigem feito loucos porque têm pressa, prazos para receber e entregar as cargas, umas a ser importadas, outras exportadas, outras para consumo interno, independente do que seja, têm prazos para transporte e também têm prazo de validade nos produtos. Horas ou dias de atraso representa prejuízo com efeito dominó.
    Com bloqueios totais ou parciais, impedindo a passagem de caminhões, mas permitindo a de veículos, nas rodovias brasileiras, com cargas paradas, os reflexos setoriais logo apareceram. Sem combustível chegando aos postos, o preço da gasolina e do etanol subiu, aumentou a procura, diminuiu a oferta e logo os aproveitadores elevaram combustível a preço de ouro e a população mais uma vez pagou o preço da má gestão brasileira.
     Os serviços essenciais a população, consultas, cirurgias, procedimentos médicos não puderam ser realizados, por falta de insumos e de profissionais que ficaram sem locomoção. Diminui a circulação de ambulâncias por falta de combustível. O transporte público foi reduzido em sua quantidade de veículos e de linhas por falta de combustível.
     Alimentos como frutas e verduras ficaram escassos em seus pontos de venda e distribuição, logo faltaram produtos nas feiras livre. Assim como grãos, farinhas, carnes e ovos logo ficaram mais caros nos supermercados.
Frigoríficos e abatedouros paralisaram suas atividades.
Criadouros perderam aves e suínos por falta de alimento.
    Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) 64 milhões de aves e pintinhos morreram, 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos ficaram sem ração, 167 unidades de produção de carne suspenderam as atividades e 234 mil trabalhadores tiveram as atividades interrompida. Correspondências não foram entregues.
      A falta de combustível gerou a falta de matéria prima para restaurantes, indústrias e empresas que tiveram problemas para lidar com a produção e até com a alimentação dos funcionários, umas deram férias coletivas, outras se mantiveram abertas mas com a produção reduzida ou parada.
     Dois terços das Universidades federais e escolas municipais suspenderam as aulas parcial ou totalmente. Eventos, jogos, reuniões foram canceladas ou adiadas. As vendas na internet também sentiram as consequências. O e-commerce não teve como entregar seus produtos e aumentou o prazo de entrega para 11 dias.
    A falta de combustível também afetou o transporte aéreo,11 aeroportos ficaram sem combustível. Aviões não puderam decolar, vôos foram cancelados, passageiros ficaram sem viajar e cargas não puderam embarcar ou ser descarregadas. A importação e exportação também sofreu as consequências. Nos portos não foi diferente, todo o fluxo foi prejudicado, cargas se acumularam e precisaram ser acomodadas e os navios saíram com pouca carga. As empresas ficaram sem acesso aos terminais seja para entregar os contêineres que embarcariam nos navios, ou para retirar contêineres vazios que embarcariam nas próximas semanas.
    Algumas das reivindicações dos caminhoneiros foram atendidas mas nem todos ficaram satisfeitos. Foi eliminada a cobrança de PIS-Cofins sobre o óleo diesel até o fim deste ano, redução nas bombas de 0,46 centavos por litro. Pedágios pararam de cobrar sobre o eixo suspenso e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou uma chamada pública para contratar cooperativas de caminhoneiros autônomos.
Mas e a população? Bem, esta continua pagando gasolina e etanol com preços abusivos que neste ano chegaram a ter 12 aumentos em 11 dias. E continuam pagando mais caro nas feiras-livre e supermercados.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Postos de combustíveis estão aumentando os preços para se beneficiar da crise de abastecimento

Por: Riselda Morais
A crise do abastecimento é resultado de protesto contra a restrição de caminhões na Marginal e mais 21 vias entre 4h e 10h e 16h e 22h de segunda a sexta-feira e, aos sábados, das 10h às 14h. 
Os postos de combustíveis estão aumentando os preços para se beneficiar da crise de abastecimento, esse aumento abusivo é crime contra o consumidor. Os gerentes e donos de postos de combustível estão sendo indiciados por crime contra a economia popular. A pena varia de seis meses a dois anos de detenção. Até agora o Procon recebeu 248 denuncias e 18 postos foram indiciados.
No posto de combustível da Rua Alfredo Pujol, em Santana a gasolina comum era vendida a R$ 4,49, a aditivada a R$ 4,99, e o etanol e o diesel a R$ 2,49 depois de indiciados, na quinta-feira, a tabela informava que a gasolina comum custava R$ 2,69; a aditivada, R$ 2,79; o etanol, R$ 1,89; e o diesel, R$ 2,09.
Na Alameda Barão de Limeira, no Centro um gerente foi preso por suspeita de vender gasolina a  preço abusivo. Na terça (6), o combustível custava R$ 2,69, mas na quarta era comercializado a R$ 2,99. O gerente também foi detido por volta das 8h pelo mesmo crime. O preço da gasolina, que era vendida a R$ 2,79, estava R$ 4,49 na manhã da quinta.
Na Rua Amaral Gurgel, na região central: o responsável pela gerência foi preso porque estaria vendendo gasolina, que custava R$ 2,79, a 2,89.
Na Avenida Itaquera, na Zona Leste: o gerente foi detido sob a acusação de aumentar o preço da gasolina de R$ 2,69 para R$ 2,99.
Na Rua Silveira da Nóbrega, na Zona Leste: gerente foi preso porque estaria vendendo gasolina, que custava R$ 2,49, a 2,99.
Na Avenida Senador Teotônio Vilela, na Zona Sul: gerente foi preso suspeito de vender gasolina, que custava R$ 2,49, a 2,89, e álcool, cujo valor era de R$ 1,79, a 1,89.
Na Rua Maria Amália Lopes de Azevedo, na Zona Norte  o gerente foi preso suspeito de vender gasolina, que custava R$ 2,78, a 2,88, e álcool, o valor era de R$ 1,88, a 1,98.
Na Avenida Aricanduva, na Zona Leste o gerente preso por vender gasolina, que antes custava R$ 3,39, a R$ 3,59.
Na Avenida Interlagos, na Zona Sul o gerente foi preso suspeito de vender gasolina, que custava R$ 2,69, a 2,89, e álcool, o valor era de R$ 1,69, a 1,99.

O consumidor deve denunciar os postos que aumentarem os preços a Delegacia do Consumidor através do telefone 3338-0155 e ao Procon através do número 151.
As vias passíveis de multa de R$ 85,13 para quem transitar sem estar devidamente cadastrado são: Marginal Tietê, em todas as suas denominações, sentido Rod. Castelo Branco, pista local, central e expressa, no trecho compreendido entre a Ponte Aricanduva (excluída a referida ponte) e a Av. Raimundo Pereira de Magalhães;
· Marginal Tietê, em todas as suas denominações, sentido Rod. Ayrton Senna, pista local e central no trecho compreendido entre a Rua Fortunato Ferraz e Ponte Aricanduva (excluída a referida ponte) e exceto pista local, sob Ponte do Tatuapé no trecho compreendido entre as alças ascendente e descendente para a Av. Salim Farah Maluf e pista expressa no trecho compreendido entre o Km 0 (zero) e Ponte Aricanduva (excluída a referida ponte); Av. General Edgar Facó em ambos os sentidos, no trecho compreendido entre Rua da Balsa e Ponte do Piqueri; Av. Ermano Marchetti, sentido Centro, no trecho compreendido entre Ponte do Piqueri e Praça Dr. Pedro Corazza (excluída a referida praça); Av. Ermano Marchetti, sentido Lapa, no trecho compreendido entre a Praça Dr. Pedro Corazza e a Praça Jácomo Zanella (excluídas as referidas praças) e no trecho compreendido entre a Praça. Jácomo Zanella (excluída a referida praça) e Ponte do Piqueri (incluída a referida ponte);
· Avenida Marquês de São Vicente, em ambos os sentidos e toda sua extensão, excluídas as praças Dr. Pedro Corazza, José Vieira de Carvalho Mesquita e Luís Carlos Mesquita; Rua Norma Pieruccini Giannotti, em ambos os sentidos e toda extensão; Rua Sérgio Tomás, em ambos os sentidos e toda extensão; Avenida Pres. Castello Branco, entre Rua Sérgio Tomás e Avenida do Estado; Avenida do Estado, em ambos os sentidos entre Av. Pres. Castello Branco (Marginal Tietê) até Av. Prof. Luiz Inácio de Anhaia Mello; Avenida Prof. Luiz Inácio de Anhaia Mello, sentido Vila Formosa, entre viaduto Grande São Paulo e avenida Salim Farah Maluf; Avenida Prof. Luiz Inácio de Anhaia Mello, sentido Ipiranga, entre rua Domingos Afonso e viaduto Grande São Paulo.