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sábado, 30 de junho de 2012

Atrasos em pagamentos elevam taxa de inadimplência em financiamentos de veículos e faturas de cartões de crédito

Por: Riselda Morais  


  Nos últimos três anos ficou muito mais fácil para o brasileiro  comprar carros novos e produtos em geral. O grande número de ofertas, os longos prazos para pagamento e a taxa de juros mais baixa, estimulou o consumo e também o índice de calote no mercado.  Muitos consumidores se endividaram e não estão conseguindo por as contas em dia, o que está resultando no aumento da taxa de inadimplência, tanto de  quem financiou veículos quanto de quem abusou no uso do cartão de crédito e agora pode ter como resultado uma bola de neve com os juros  cobrados das faturas não pagas, que incidem em até 600% ao ano.
    Segundo dados divulgados pelo Banco Central, nesta terça-feira (26/06) a inadimplência nos financiamentos de veículos registrou um novo recorde  em maio. Considerando atrasos  nos pagamentos superiores a 90 dias, a taxa chegou a  6,1%.         No mês de maio, a taxa de inadimplência que vem subindo desde o  mesmo período do ano passado, teve um aumento de 0,2 % em relação a abril, que já tinha registrado recorde de inadimplência.
    Para o chefe do  Departamento do Banco Central, Tulio Maciel,  a  inadimplência é influenciada pelo crescimento expressivo de vendas de veículos financiados no período de julho de 2010 a julho de 2011, uma vez que nos últimos doze meses as instituições financeiras estão mais cautelosas na concessão de crédito para a compra de veículos.
    A  inadimplência entre as pessoas físicas, em maio deste ano, teve o segundo pior resultado dos últimos 12 anos, alcançou 8% ficando atrás apenas do mês de maio de 2009 que teve uma inadimplência de 8,5 pontos percentuais. Das faturas de cartões de crédito, 29,5% estão em atraso por mais de 90 dias.
    Com as facilidades oferecidas pelo mercado e a fácil aceitação do dinheiro de plástico, o consumidor se empolgou gastando o que podia e o que não podia, caindo na armadilha do gasto excessivo e não lembrou que o crédito é apenas o adiamento de uma dívida que se adquire e como as faturas passaram a vir altas, passaram a pagar apenas o mínimo exigido pelos bancos que é de 15% do valor da fatura, formando uma bola de neve impossível de ser paga se não for renegociada.    
    O aumento da inadimplência não é bom para  o mercado, pode minar as chances do País retomar uma economia mais forte.