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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

No Brasil, 7 milhões de estudantes têm dois ou mais anos de atraso escolar, alerta UNICEF

Riselda Morais

UNICEF
     Nem todos os estudantes brasileiros que tem acesso a escola, tem acesso a qualidade na educação, e muitas crianças são privadas de outros direitos constitucionais, além de não ter assegurados os direitos de aprender e de se desenvolver na idade apropriada.  Sem uma boa trajetória no aprendizado, estas crianças e adolescentes estão fadadas ao fracasso escolar desde os primeiros anos do ensino fundamental.
     Dos 35 milhões de estudantes matriculados no ensino fundamental e no ensino médio, quase 5 milhões de crianças do ensino fundamental e mais de 2 milhões de adolescentes do ensino médio têm dois  ou mais anos de atraso escolar. São adolescentes que foram reprovados ou evadiram e voltaram em uma série não correspondente a idade, mostra o documento Panorama da Distorção Idade-Série lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), nesta quarta-feira (29). 
“Estar na escola não é suficiente. Garantir o direito à educação significa ofertar oportunidades reais de aprendizagem relevante para todos, sem deixar ninguém para trás. Os mais afetados pelo atraso escolar são meninas e meninos vindos das camadas mais vulneráveis da população, já privados de outros direitos. Por isso, é urgente desenvolver estratégias específicas para alcançar esses diferentes grupos populacionais”, ressalta a representante do UNICEF no Brasil, Florence Bauer.
A UNICEF alerta que estas crianças, são das camadas mais vulneráveis da população e  estão atados ao fracasso escolar e correndo o risco de exclusão, mais propensos a abandonar a escola para entrar no mercado de trabalho de modo precário e prematuro.
“A distorção idade-série é um fenômeno cumulativo que tem início nos primeiros anos do ensino fundamental e se arrasta por toda a trajetória escolar de meninas e meninos, que vão sendo deixados para trás. Uma parcela deles deixa de frequentar a escola já no ensino fundamental, outra alcança o ensino médio com muitas dificuldades de aprendizagem e muitos não conseguem concluir a jornada escolar com qualidade e na idade esperada”, diz o documento.
    Segundo a legislação, as crianças devem, obrigatoriamente, ingressar na escola infantil aos 4 anos de idade, aos 6 anos no ensino fundamental e aos 15 anos no ensino médio.
Segundo o Censo Escolar 2017, os índices de distorção-idade série atinge 12% dos alunos no início do ensino fundamental, 26% nos anos finais do ensino fundamental e 28% no ensino médio. 
    Os dados mostram ainda que os pontos mais críticos são no 3º e no 6º ano do ensino fundamental e no 1º ano do ensino médio, coincidindo com o final do ciclo de alfabetização, a mudança da sala de aula unidocente para a multidocente, a transferência da gestão municipal para a estadual.
     Segundo a UNICEF em todo o país foram identificados municípios com até 61% de estudantes com atrasos escolares na educação básica. Apesar das regiões mais atingidas ser a Norte e a Nordeste, há municípios do Rio de Janeiro, no Sudeste do país que apresenta níveis próximos aos do Maranhão.
    Nos anos iniciais do ensino fundamental, o País tem mais de 1,8 milhão de estudantes do 1º ao 5º ano do ensino fundamental com dois ou mais anos de atraso escolar. Isso representa 12% das matrículas nessa etapa de ensino. 
    Norte e Nordeste são as regiões que têm os indicadores mais preocupantes, respectivamente: 19% e 17% de taxa de distorção idade-série. 
    O Pará é o Estado que concentra a maior taxa de estudantes com dois ou mais anos de atraso escolar, 23%, seguido por Amapá e Acre, com 22%, e Bahia e Sergipe, com 21%. 
Com 4%, Minas Gerais possui a menor taxa do País nessa etapa, seguido por São Paulo e Mato Grosso, com 5%.
     Nos anos finais do ensino fundamental – do 6º ao 9º ano, são 3,1 milhões de meninas e meninos com dois ou mais anos de atraso escolar. Eles representam 26% dos estudantes matriculados nessa etapa de ensino. Os índices são maiores no Norte (36%) e no Nordeste 34%). O Estado com índices mais altos é Sergipe, com 43%, seguido por Bahia e Pará, com 41%, e Alagoas e Rio Grande do Norte, com 38%. Além deles, três Estados de outras regiões chamam a atenção pelas altas taxas: Rio de Janeiro (31%), Mato Grosso do Sul (32%) e Rio Grande do Sul (31%). Mato Grosso e São Paulo são os Estados que possuem as menores taxas de distorção idade-série, com 10% e 11%, respectivamente.
     No ensino médio são mais de 2,2 milhões de meninos e meninas, o que corresponde a 28% dos estudantes matriculados nessa etapa de ensino. 
A distorção idade-série é mais elevada no Norte e Nordeste, com 41% e 36%, respectivamente. Sul e Centro-Oeste contam com uma taxa de 26%, e o Sudeste, com 21%. 
     O Estado com maiores índices de distorção idade-série é o Pará, com 47%, seguido por Bahia, com 44%, Rio Grande do Norte e Sergipe, com 43%, e Amazonas, com 42%. 
     O Estado com os menores índices é São Paulo, com 13%, seguido por Paraná, Santa Catarina e Goiás, com 23%.
     As redes estadual e municipal são responsáveis pela maior parte das matrículas de ensino fundamental no País. Elas representam 81,6% das matrículas nos anos iniciais e 85% nos anos finais.      Já no ensino médio, a grande maioria das matrículas está nas redes estaduais, responsáveis por 84,5% do total.
      Por gênero, as taxas entre os meninos são de 14,7% nos anos iniciais do EF, 30,9% nos anos finais do EF e 32,1% no ensino médio. Enquanto as meninas apresentam atrasos de 9,0% nos anos iniciais, 20,7% nos anos finais e 24,6% no ensino médio. Fatores como gravidez na adolescência, trabalho doméstico e o casamento precoce estão associados ao atraso e abandono escolares, especialmente de meninas.
    Garantir a todos uma trajetória escolar bem-sucedida é um dever social de cada cidadão e também um esforço coletivo do País. Para a construção de trajetórias de sucesso escolar a UNICEF recomenda: 
- Realizar diagnósticos no município e na escola.
- Olhar para as necessidades de cada criança e cada adolescente.
- Desenvolver currículos específicos, centrados nos estudantes.

Brasil tem mais de 208,7 milhões de habitantes, segundo o IBGE

São Paulo é a capital mais populosa com 21,6 milhões de habitantes e Serra da Saudade (MG) a cidade com menor população, estimada em 786 habitantes.

Riselda Morais


    O Brasil tem uma população de mais de 208,7 milhões de habitantes, segundo estimativas do IBGE desta quarta-feira (29/08). A expectativa é de que chegue 233 milhões em 2047, quando começará a diminuir.
    Mais da metade da população, o correspondente a 118,9 milhões de pessoas vivem em 317 municípios (5,7%) com mais de 100 mil habitantes. Outros 64,9 milhões de habitantes, o correspondente a 31,2%, vivem em 46 municípios com mais de 500 mil habitantes. Em contrapartida, 68,4% dos municípios tem uma população menor que 20 mil habitantes, onde vivem 32,1 milhões de habitantes, 15,4% da população brasileira.
     Dos 5.570 municípios brasileiros, apenas três tem uma população com menos de mil habitantes: Serra da Saudade (MG) é o município brasileiro com menor população, estimada em 786 habitantes em 2018, seguido de Borá (SP), com 836 habitantes, e Araguainha (MT), com 956 habitantes.
     Em contrapartida um conjunto de 27 capitais totaliza 49,7 milhões de habitantes, representando 23,8% da população do país.
    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, entre as regiões metropolitanas, São Paulo é a mais populosa com 21,6 milhões de habitantes, seguida pela do Rio de Janeiro com 12,7 milhões de habitantes, por Belo Horizonte com 5,9 milhões de habitantes, e pela Região Integrada de Desenvolvimento (RIDE) do Distrito Federal e Entorno  com pupulação de 4,3 milhões de habitantes.    Ainda entre as Regiões Metropolitanas ou RIDES, 28 possuem população superior a 1 milhão de habitantes e somam 98,7 milhões de habitantes, representando 47,3% da população total.
     Fora as capitais, entre os dez municípios mais populosos, seis também estão em São Paulo, três no Rio de Janeiro e um no Pernambuco.
     Guarulhos (SP) com 1.365.899 habitantes, seguido por Campinas (SP) com  1.194.094, em terceiro vem São Gonçalo (RJ) com população de  1.077.687,  também no RJ  Duque de Caxias com 914.383, seguida por São Bernardo do Campo (SP) com 833.240, Nova Iguaçu (RJ) 818.875, Santo André (SP) 716.109, São José dos Campos (SP)  713.943, seguido por Jaboatão dos Guararapes em PE com 697.636 e Osasco em SP com 696.850.

Brasil atinge marca de 63,4 milhões de inadimplentes em julho

Riselda Morais


    A inadimplência no Brasil bateu o recorde de 63,4 milhões de pessoas em julho, chegando a um volume de dívidas de R$ 272,5 bilhões, uma média de R$ 4.426 em contas atrasadas por pessoa, segundo o SPC - Serviço de Proteção ao Crédito. No mesmo período do ano passado, o número de inadimplentes era de 60,4 milhões.
    A população mais pobre, com idade entre 36 e 40 anos, é a mais endividada. Cerca de  47,2% dos brasileiros nesta faixa etária está endividada com cartões de crédito, telefonia, bancos ou financeira.      Nos últimos dois anos, a inadimplência entre os idosos foi quem mais cresceu. Em julho 35,1% dos idosos com mais de 61 anos de idade estavam com contas atrasadas. Comparado a julho do ano passado, a taxa  de inadimplentes cresceu 2,6 pontos percentuais .
    Trata-se do maior índice de inadimplência apurado desde a série histórica em 2016, que havia apresentado uma leve melhora entre março e setembro de 2017.
   Os altos índices se deve ao enfraquecimento do ritmo de crescimento econômico que contribui para manter a taxa de desemprego em nível elevado.  Considerando a população adulta, em todo o país, 40,3% da população está endividada.

Mais de 4 milhões de crianças ainda não receberam a vacina contra poliomielite e o sarampo

Riselda Morais

Foto: Agência Saúde/Divulgação
     A vacina é um direito da criança e dever dos pais ou responsáveis levar a criança para receber a imunização contra as doenças, mas segundo informações do Ministério da Saúde, nesta última semana da Campanha Nacional de Vacinação, ainda faltam mais de 4,1 milhões de crianças de  todo o Brasil, tomar a vacina contra sarampo e poliomielite.
     A campanha que termina na próxima sexta-feira (31/08) tem como meta vacinar 11,2 milhões de crianças de um a menores de cinco anos. 
     Segundo o MS, com base na última atualização enviada pelos estados, até a sexta-feira 24, apenas 62% das crianças brasileiras haviam tomado as vacinas quando a meta é alcançar 95% do público-alvo.
     Mesmo estando na reta final da campanha, apenas 14 milhões de doses, 7 milhões da cada vacina, foram aplicadas. 
    Os estados com maior cobertura vacinal é Amapá, com 90,33% para a pólio e 90,14% para o sarampo, seguido por Rondônia com 89,86% pólio e 88,44% sarampo. Em contrapartida o Rio de Janeiro, com 40,15% do público-alvo vacinado contra pólio e 41,45% contra sarampo, e Roraima, que tem 44,61% contra pólio e 41,09% contra sarampo tem a menor cobertura vacinal até agora. 
    Com um público-alvo de 2.202.964 crianças, o  estado de São Paulo alcançou até agora, uma cobertura vacinal de 65,20%, sendo 66,13%  ou 1.456.870 de doses aplicadas contra poliomielite e 65,20% ou 1.436.251 de doses aplicadas contra sarampo.
     Segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde, até a segunda-feira (20) foram aplicadas 314.128 doses contra pólio (paralisia infantil) e outras 309.572 doses da vacina SCR que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, um total de 623.700 vacinas aplicadas no município de São Paulo. Os dados representam uma cobertura de 53,1% para poliomielite e 52,3% da tríplice viral. 
    A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo recomenda que “as crianças menores de 2 anos de idade NÃO devem tomar simultaneamente as vacinas contra o sarampo e contra a febre amarela. É recomendável um intervalo de 30 dias entre as doses, sendo que a da campanha deve ser priorizada. Em caso de dúvida, é importante levar a carteirinha para avaliação vacinal na UBS”.
    A SMS esclarece também que as doses contra o sarampo e a pólio são contraindicadas para pessoas que apresentam imunodeficiência congênita ou adquirida, como portadores de neoplasias malignas, submetidos a transplantes de medula ou outros órgãos; infectados pelo HIV, que estão em tratamento com corticosteroides em dose alta; ou que tenham alergia grave a algum componente da vacina ou dose anterior. Crianças com febre muito alta também devem evitar a aplicação.
      O Brasil enfrenta dois surtos de sarampo em Roraima e Amazonas. 
      Segundo informações do MS, até o dia 21 de agosto, foram confirmados 1.087 casos de sarampo no Amazonas, e 6.693 permanecem em investigação. Já o estado de Roraima confirmou 300 casos da doença e 67 continuam em investigação. 
     Alguns casos isolados e relacionados à importação, já que o genótipo do vírus (D8) que está circulando no país é o mesmo que circula na Venezuela,  foram identificados nos estados de São Paulo (2), Rio de Janeiro (18); Rio Grande do Sul (16); Rondônia (1), Pernambuco (2) e Pará (2). 
    Segundo informações da Organização Mundial da Saúde, nos primeiros seis meses deste ano, os casos de sarampo em crianças e adultos na Europa, chegaram ao número recorde de 41 mil infectados.

Ingresso no eSocial será obrigatório para micro, pequenas empresas e MEI a partir de novembro

Riselda Morais

    Implantado desde o primeiro semestre, o eSocial já registrou na terça-feira (21) o ingresso de 1 milhão de empregadores, segundo o MT.
    As empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões, formado por um grupo constituído por 13.707 empresas e cerca de 15 milhões de trabalhadores tiveram a obrigatoriedade de utilizar o sistema desde 08 de janeiro.
    A partir de novembro as micro e pequenas empresas, além dos microempreendedores individuais (MEI), cujos faturamentos sejam de até R$ 4,8 milhões estarão obrigadas a ingressar no eSocial. 
    Segundo informações do MT, o serviço já está disponível para os empregadores interessados em aderir ao serviço desde já. As empresas com faturamento inferior a R$ 78 milhões têm a obrigatoriedade desde 16 de julho.

   Serão obrigados a prestar informações apenas os MEIs com empregados,  um grupo de aproximadamente 155 mil empregadores.

Próximo período de pagamentos do Pis/ Pasep será aberto em 13 de setembro

Riselda Morais

    Segundo informações do Ministério do Trabalho, desde o final de julho,  mais de 1,3 milhão de trabalhadores sacaram 1,2 bilhão do Pis/Pasep. 
     Ainda segundo o MT serão disponibilizados R$ 17,3 bilhões para mais de 22,8 milhões de trabalhadores de todo o país com direito ao benefício.
     A partir de 13 de setembro, será disponibilizado o Pasep - Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público para servidores públicos que tem o número 2 no final da inscrição. Para trabalhadores da iniciativa privada, será disponibilizado os saques para quem nasceu no mês de setembro.
    Os trabalhadores com renda mensal média de até dois salários mínimos, que tenham trabalhado pelo menos 30 dias no ano-base receberão um abono salarial de até um salário mínimo por ano.
    Segundo informações do Ministério do Trabalho, o valor é proporcional ao tempo trabalhado em 2017, cada mês trabalhado garante 1/12 do salário mínimo em vigor no Brasil, de R$ 954. Quem esteve empregado durante todo o ano receberá a quantia cheia.

   Os valores ficarão disponíveis até 30 de junho de 2019. 
     A partir do termino desse prazo, o montante retornará ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que é vinculado ao Ministério do Trabalho. 
     Quem recebe PIS pode sacar o dinheiro na Caixa ou em uma lotérica, já funcionários públicos devem receber o Pasep no Banco do Brasil.

Mais de 56% dos roubos na capital paulista são a transeuntes

Roubos, furtos e estupros provocam sensação de medo e impotência na população
Riselda Morais


“Antes de sair de casa sempre faço uma oração pedindo para voltar viva e em paz para casa”, disse-me minha irmã mais nova outro dia, depois que fomos assaltadas, o ladrão levou meu celular e a agrediu com um soco no rosto, porque ela não estava com o celular para lhe entregar.
     A sensação de impotência e medo já faz parte do cotidiano de quem mora na capital paulista. Independente do bairro, das condições sociais e do tipo de atividade, transitar pelas ruas de São Paulo exige muito cuidado e atenção, se for a pé o cuidado deve ser redobrado. 
     Mais de 56% dos roubos na capital paulista é a transeuntes, um descuido e levam o celular, joias, os documentos, os cartões, o dinheiro e tudo que a vitima tiver. 
    Mais de 18%  dos roubos são de veículos, o munícipe pode ser vitima de arrastão no trânsito, pode ter seu carro levado enquanto faz um pequeno percurso ou pode tê-lo furtado, deixar estacionado e quando voltar seu veículo não estar mais lá ou, no mínimo encontrá-lo sem os pneus.
     Segundo estatísticas da Secretaria de Segurança Pública, no período de janeiro a junho deste ano, a capital paulista teve 20.175 veículos furtados e 13.428 veículos roubados, um total de 33.428 proprietários tiveram seus veículos levados por marginais. Outros tipos de furtos somaram 102.300  casos e outros tipos de roubo 139.287 no primeiro semestre deste ano.
     Vale lembrar que é considerado roubo  quando o ladrão apropria-se do bem alheio, abordando, ameaçando a vítima, sob contato físico, violência, agressão ou arma. O furto se dá com a apropriação da coisa alheia sem ameaça ou contato físico.
Os números da violência na capital paulista sequer citam especificamente o roubo ou furto de aparelhos celulares. Isto significa que lamentavelmente esse tipo de roubo está custando vidas e está sendo tratado como banal. 
    Quando mudaremos essa triste realidade?
     Só na Avenida Paulista foram roubados ou furtados 2.473 aparelhos celulares dentro do mesmo período, vale lembrar que em muitos casos a vitima sequer faz o B.O. para evitar o transtorno e o tempo que perde dentro da delegacia, uma vez que o celular nunca é recuperado, mesmo quando tem rastreio. 
   O aumento no número de roubo e furto de celulares é uma verdadeira epidemia que cresce a cada dia e junto com o número de roubos cresce também, o número de mortes mesmo quando a vítima entrega o aparelho.
    As estatísticas mostram também, o quanto precisa ser feito para proteger as crianças na capital paulista.
Segundo dados da SSSP/SP, a capital paulista teve no mesmo período deste ano, 1.331 casos de estupro, sendo 893 estupros de vulnerável. Caracteriza estupro de vulnerável, previsto no art. 217-A, do Código Penal, a conjunção carnal ou qualquer ato libidinoso com pessoa menor de 14 anos.
     Na Zona Leste da capital paulista, de janeiro a junho,  a Cidade Tiradentes totalizou 30 estupros, destes, 25 casos foram estupro de vulnerável. 
     Na região da Penha foram 20 estupros, 14 de vulnerável. 
    No bairro da Vila Matilde houve 158 casos de roubo e 456 furtos de veículos, do total de 614, apenas 87 veículos foram recuperados. Foram registrados 08 estupros, sendo 05 de vulnerável. 
    São Miguel Paulista registrou 14 estupros, 07 de vulnerável. 
     Já a Sé na região central registrou 19 estupros, 6 de vulnerável.
    A Vila Mariana, Zona Sul da capital registrou 06 estupros nos seis primeiros meses, sendo 03 de vulnerável.
    Em Vila Brasilândia, Zona Norte, foram registrados 16 estupros, 13 de vulnerável. 
   O Capão Redondo, Sudoeste da capital,  registrou 34 estupros, sendo 25 de vulnerável. Já no Morumbi, Zona Oeste, foram registrados 11 estupros no período, 05 de vulnerável.

Palácio dos Bandeirantes tem exposição com mais de 100 peças de valor histórico e cultural

Riselda Morais

Carruagem de luxo, fabricada no Rio de Janeiro, depois de 1889
Foto: Riselda Morais
     O Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, está com exposição aberta ao público que reúne peças de valor histórico e cultural.
    Os visitantes poderão ver peças da  Pinacoteca, do Museu Paulista que é mais conhecido como Museu do Ipiranga e a Arte e História nas Coleções Públicas Paulistas. Entre as peças expostas está uma carruagem de luxo, fabricada no Rio de Janeiro, depois de 1889, com estrutura de ferro e madeira e suspensão de molas, era movida por cavalos e pertence ao acervo do Museu Paulista. Entre as dezenas de peças, tem uma coleção de ferros de passar roupas de todas as épocas e modelos, além de móveis e pratarias das elites paulistas.
    Entre as telas pode-se apreciar uma gigantesca tela de Pedro Américo, o “Grito” de Independência de 4,15m de altura por 7,60m de comprimento, mostra um valente Dom Pedro I erguendo sua espada no ar, às margens do riacho Ipiranga. Entre outros pintores tem telas também de Benedito Calixto e Antonio Ferrign.
    O público pode ainda, acompanhar no ateliê, a restauração da maquete de gesso do projeto original do Museu Paulista, feita em 1880.
    O Palácio dos Bandeirantes fica na  Avenida Morumbi, 4.500. Com entrada franca, as visitas monitoradas são de terça-feira a domingo, das 10h às 16h, de hora em hora.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Veja o que você pode fazer para diminuir a violência no Brasil

        Riselda Morais

   
       Diminuir a violência, é hoje, um clamor nacional. O cidadão tem medo de sair de casa, de dia ou à noite, de carro ou a pé, devido aos seguidos atos de violência sofridos pela sociedade. Arrastão, roubo, furto, assalto, tentativa de homicídio e assassinato são atos violentos ao qual todos estão expostos, seja cidadão comum ou força de segurança.   Dentro das casas as pessoas estão cada dia mais assustadas, usam grades, travas de segurança, câmeras, sistemas de segurança, mas continuam sentindo-se vulneráveis.
      O Brasil tem 17 cidades entre as 50 mais violentas do mundo em números de homicídios, algumas com taxa de 31,1 mortes por 100 mil habitantes; acima da taxa de 10 homicídios por cada 100 mil habitantes, que é considerada pela Organização Mundial da Saúde como característica de violência epidêmica. Está entre os países com maior número de mortes no trânsito. Só no Estado de São Paulo 3.800 carros são roubados por mês mas apenas 6% dos roubos são flagrados. O número de roubo e furto de celulares sequer tem estatística.
       Um dos maiores desejos dos brasileiros hoje é: “Quero um Brasil sem violência”. Todos nós queremos não é mesmo? Mas o que se pode fazer no dia-a-dia para combater a violência? Vamos mudar o Brasil?
      Pequenas atitudes podem contribuir para o combate ou para o estímulo da violência. Se começarmos a mudança em nosso comportamento teremos mais força para cobrar boas atitudes dos outros.
Inúmeros são os celulares roubados ou furtados. Quando fruto de roubo (com agressão ou uso de armas) este celular pode ter custado a vida de alguém. Quando o infrator oferecer um celular de R$ 2 mil reais, por exemplo, por R$ 200,00 não compre. Se comprar você torna-se um receptador de acordo com o Código Penal, art. 180, com pena reclusão, de um a quatro anos e multa. Aí você pensa: “Isso não dá nada”. Mas ao adquirir você está incentivando e contribuindo para a criminalidade. Ao não comprar você está combatendo, uma vez que se não tiver a quem vender, não haverá porque roubar.
        O mesmo pensamento serve para carros roubados. O muito barato, é na verdade, muito caro para toda a sociedade.
        Outra forma de combater os roubos e furtos é no supermercado, na padaria, em todo o comércio legal e nos postos de combustíveis. No comercio legal, muitos são, os que adquirem produtos fruto de cargas roubadas. Aqueles que vendem o produto com preço muito abaixo de valor de mercado e tem movimentação suspeita, devemos desconfiar. Se a suspeita é confirmada, fazer uma denúncia anônima. Aqueles produtos oferecidos nas redes sociais, sem procedência ou nota fiscal, são geralmente fruto de roubo. O combustível muito abaixo do preço geralmente é gasolina ou etanol adulterado. Ao adquirirmos estamos contribuindo e incentivando a criminalidade.  Ao rejeitarmos estamos combatendo.
No trânsito você nunca está sozinho(a), respeite as leis e pense no próximo. Atitudes simples como ser cordial, dar seta antes de uma conversão, reduzir a velocidade próximo ao cruzamento, dar prioridade ao pedestre nas faixas, vias e nos semáforos (desde que não esteja com o semáforo verde para o veículo), respeitar o limite de velocidade e não colar no veículo a frente. Já o pedestre olhar para os dois lados antes de atravessar; Aguardar o sinal verde para pedestres; Atravessar na faixa; Ficar atento nos corredores, pontos e terminais de ônibus. São atitudes simples que combatem a violência no trânsito e podem poupar muitas vidas.
      Se quando você ouve falar que roubaram a carga de uma grande empresa, é daquelas pessoas que dizem: “É muito rica, tem seguro”. E pensa que não está sendo prejudicado(a) com este roubo está enganado(a). O roubo de cargas tem um forte impacto na economia do país e principalmente no seu, no meu, no nosso bolso. Os produtos mais visados pelos criminosos, principalmente os eletroeletrônicos, chegam ao mercado varejista com até 40% a mais no preço, que é a margem de risco de serem roubados, calculados pelas empresas desde a fabricação do produto, passando pelas transportadoras e chegando até a loja. Além deste prejuízo embutido pelo qual pagamos, temos ainda, o aumento no custo dos seguros, entre outros custos pelos quais pagamos. 
    Não aceite produtos de roubo, furto, produtos ensanguentados em sua casa, em sua vida. O combate à criminalidade também depende de cada um de nós, tanto quanto depende de leis justas, dos governantes, políticos e das polícias.

Campanha de vacinação contra poliomielite e sarampo vai até 31 de agosto

Foto: Reprodução de internet

Riselda Morais



      A Campanha Nacional de Vacinação contra poliomielite e sarampo pretende atingir um público-alvo de 11,2 milhões de crianças,  de 1 ano a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade, em todo o Brasil. 
   Segundo informações do Ministério da Saúde, na primeira semana, 1,16 milhão de crianças foram vacinadas contra a poliomielite (paralisia infantil) e 1,51 milhão contra sarampo, chegando ao total de 2,67 milhão de vacinas aplicadas. O quantitativo corresponde a 10,36% do público-alvo para a pólio e 10,27% para o sarampo.
      O Dia D de mobilização nacional será o sábado, (18/08) e contará com 36 mil postos de vacinação abertos em todo o país.
      Segundo informações do MS, todas as crianças nessa faixa etária devem se vacinar, independente da situação vacinal. Para a poliomielite, as crianças que não tomaram nenhuma dose durante a vida, receberão a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). Já os menores de cinco anos que já tiverem tomado uma ou mais doses da vacina, receberão a Vacina Oral Poliomielite (VOP), a gotinha. Em relação ao sarampo, todas as crianças receberão uma dose da vacina Tríplice viral que também imuniza contra a caxumba e a rubéola, independente da situação vacinal, desde que não tenham sido vacinadas nos últimos trinta dias.
      Segundo dados do balanço da campanha, até o dia 10 de agosto, o estado de São Paulo havia vacinado 609.862  (27,68%) crianças contra poliomielite e 599.820 (27,23%) crianças contra sarampo. O Estado recebeu 5.580.870 doses das vacinas VIP, VOP e tríplice viral e tem um público-alvo de 2.202.964.
A capital paulista antecipou o Dia D de vacinação para o sábado (04), todas as unidades de saúde funcionaram das 08h as 17h e assim como no resto do país, a campanha segue até o dia 31.
     A meta da campanha na cidade de São Paulo é atingir 95% do público-alvo, o equivalente a 562.392 crianças, segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde.

     Segundo orientação do MS, a vacina contra a poliomielite consiste em três doses aplicadas na criança aos 2, 4 e 6 meses de idade e duas doses de reforço, uma aplicada aos 15 meses e outra aos 4 anos. Já a vacina Tríplice Viral (sarampo, caxumba, rubéola) consiste na aplicação de duas doses, uma ministrada aos 12 meses e a segunda aos 15 meses.

Campanha de Vacinação contra a Raiva em cães e gatos começa dia 20 de agosto na capital paulista


Foto: Gabriela Malta


Edição: Riselda Morais



         A campanha de vacinação contra a raiva em cães e gatos será realizada no período de 20 de agosto a 02 de setembro e contará com 1926 postos de vacinação, que funcionarão das 10 às 16 horas em diferentes pontos da capital paulista, segundo informações da prefeitura de São Paulo.
       Para que a raiva em animais continue sob controle, é importante que a população leve seus pets até os postos, volantes ou fixos, de vacinação, onde eles receberão a vacina gratuitamente conforme a lei municipal nº 13.131/01. As seringas e agulhas são descartáveis.
Deverão receber a vacina, cães e gatos com mais de três meses de idade, que estejam saudáveis e não estejam prenhas.
       A raiva é uma doença transmissível pelo contato direto, como lambedura, arranhões ou mordidas de cães e gatos ou por morcegos infectados.
Para evitar fuga, os gatos devem ser levados em caixa de transporte ou similar. 
Os cães devem ser levados com coleira e guia, se o animal for bravo deve estar usando focinheira.
     O comprovante de vacinação é o documento que atesta a vacinação do animal contra a raiva, é valido por um ano. 

     O proprietário deverá identificar, no comprovante de vacinação, os dados do animal, como o nome e nº do Registro Geral Animal (RGA) que é identidade do animal.

Brasil e 11 países da America Latina assumem compromissos para prevenção e enfrentamento do AVC até 2030

Foto e edição: Riselda Morais



      Com o objetivo de melhorar a prevenção e reduzir a mortalidade por AVC - Acidente Vascular Cerebral, o Brasil e mais 11 países assinaram a Carta de Gramado que estabelece 16 compromissos sobre o cuidado do AVC em seus territórios, promover a saúde mental e o bem-estar da população até 2030.
     O documento foi assinado em 08 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Colesterol Alto, durante o XXI Congresso Iberoamericano de Doenças Cerebrovasculares, no Encontro Interministerial Latinoamericano de AVC.
      A cooperação internacional para avançar nas estratégias de combate ao AVC foi firmada pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. A doença é a segunda causa de morte na maioria desses países.
     O AVC acontece quando a circulação do sangue é alterada em parte do cérebro. Podendo ser isquêmico quando falta sangue na região do cérebro ou hemorrágico quando há rompimento de vasos. As células podem ser lesionadas ou até morrer. Os movimentos e a fala podem ser afetados.
      Entre os países da América Latina e Caribe, o Brasil apresenta a quarta maior taxa de mortalidade por AVC, com mais de 100 mil casos  de vitimas fatais por ano, segundo dados do Ministério da Saúde. Os dados apontam também que diariamente cerca de 300 pessoas morrem vítimas de AVC no Brasil e que em 2015 mais de 228 mil pessoas foram hospitalizadas no país com diagnóstico de AVC.
     O estado de São Paulo totaliza cerca de 60 vítimas fatais por dia e mais de 21.724 casos de AVC por mês.
      No mundo são 17 milhões de AVC por ano com 6,5 milhões de mortes. 
      O AVC atinge uma em cada seis pessoas durante a vida. É uma das maiores causas de morte e incapacidade, é uma das principais causas de afastamento das rotinas cotidianas e funcionais e traz enormes custos financeiros e sociais para o país.
     Na Carta de Gramado, os países se comprometem a implementar políticas públicas eficazes ligados aos fatores de risco para evitar o AVC:  proporcionar educação da população quanto aos sinais de alerta, urgência no tratamento e controle dos fatores de risco; promover ambientes seguros e saudáveis para estimular a realização de atividade física; implantar políticas para o controle do tabaco; estimular a alimentação saudável, para reduzir o consumo de sal, uso prejudicial de álcool e controlar o peso; visando diminuir a incidência de doenças cardio e cerebrovasculares.
     Os compromissos também incluem estabelecer estratégias de detecção de fatores de risco tratáveis como hipertensão, fibrilação atrial, diabetes e dislipdemias; promover a atenção, visando ao controle dos fatores de risco tratáveis; organizar o atendimento pré-hospitalar, priorizando o paciente com AVC; priorizar a estruturação de centros de AVC, organizar unidades de AVC com área física definida e equipe multidisciplinar capacitada, disponibilizar tratamentos de fase aguda baseados em evidência, disponibilizar exames para investigação etiológica mínima, promover alta hospitalar para prescrição de prevenção secundária, estimular o uso de telemedicina nos hospitais sem acesso e especialista em tempo integral para orientação do tratamento agudo.


Simplicidade - Poetisa Riselda Morais




Viver com simplicidade

se manter alegremente
pois a multiplicidade
complica o que se sente


Se a tudo quero ter

vou em muitas direções
tenho pressa de viver
liberdade e sensações


O muito não faz feliz

é caminho sem descanso
tenho tudo que eu quis
e de querer não me canso


Pois o ponto de chegada

é também o de partida
e o ponto de encontro
é também de despedida


Porem se meu coração

busca uma coisa só
vou em única direção
sabendo o que é melhor


Mantendo minhas certezas

convivendo em harmonia
podendo fazer gentilezas
conservando muita alegria


A vida é o que é

aprecio o momento
sem tristezas ou dores
ansiedade ou lamento


Feliz com o que sou

grata pelo que tenho
pois o ontem já passou
o que aprendi mantenho


Não trago o peso do ontem

nem a ansiedade do amanhã
tristezas que não me contem
pois da felicidade sou uma fã


Sigo com a leveza

de um simples existir
agindo com a destreza
de quem sabe onde ir


Quisera eu conseguir

ser simples como uma flor
que com água, sol e ar
dá ao mundo cheiro e cor!

Espaço Cultural Porto Seguro apresenta, com entrada gratuita, mostra Bob Wolfenson: Retratos, de 24 de agosto a 09 de dezembro


Riselda Morais

Retrospectiva traz  mais de 200 retratos de personalidades da cultura, do esporte,
 da política e da moda
Lázaro Ramos 2017. Foto: Bob Wolfenson

     No período de 24 de agosto a 09 de dezembro, o público poderá apreciar, com entrada gratuita, a mostra Bob Wolfenson: Retratos no espaço cultural Porto Seguro, sito a Alameda Barão de Piracicaba, 610, Campos Elíseos, na região central da capital paulista, com visitação de terça a sábado, das 10h às 19h; domingos e feriados, das 10h às 17h.
A mostra é uma retrospectiva dos mais de 45 anos de cliques do paulistano Bob Wolfenson, referência em retrato, fotografia de moda e nus, e reúne retratos de personalidades da cultura, do esporte, da política e da moda, com fotos produzidas para editoriais ou por iniciativa de Bob. 
Entre as fotos que o publico poderá apreciar, estão desde fotos inéditas de famosos como Hélio Oiticica, Fernanda Montenegro, Caetano Veloso, Tais Araújo, Marília Gabriela, Lázaro Ramos, Camila Pitanga, Anitta, Ludmila, Laerte, Zé Celso, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Paulo Maluf, Luiza Erundina, Eduardo Suplicy, Pelé, Ronaldo e muitos outros até o registro mais antigo, que é de 1973 do dramaturgo e diretor teatral José Celso Martinez Corrêa. A mostra traz também um conjunto de fotografias da atividade do fotógrafo como “paparazzo”.
 “A foto retrato é um campo cerrado de força. Quatro imaginários aí se cruzam, aí se afrontam, aí se deformam. Diante da objetiva, sou ao mesmo tempo: aquele que eu me julgo, aquele que eu gostaria que me julgassem, aquele que o fotógrafo me julga e aquele de que ele se serve para exibir sua arte”, diz Bob Wolfenson. 

Mooca: Bairro com nome indígena e colonização italiana, comemora 462 anos, com show gratuito no parque

Riselda Morais
Bairro da Mooca. Imagem Street View
    Fundado em 17 de agosto de 1556, o Bairro da Mooca tem seu nome indígena, originado no Tupi. Conforme o nome já diz, “OCA” é a habitação indígena, a casa e “MO” refere-se a forma de pedra redonda. A história da fundação do bairro mostra que os indígenas concentravam-se às margens do rio Tamanduateí, na época chamado de Tameateí ou Tometeri. O bairro que hoje mantém suas tradições italianas devido a sua colonização, mantém também, muitas ruas com palavras indígenas como: Javari, Taquari, Cassandoca, Itaqueri, Arariboia, Guaimbé, Tabajaras, Camé, Juatindiba e outras e o Museu do Imigrante que guarda documentos, objetos e muitas memórias dos imigrantes que chegaram na região.
    Hoje, a Mooca é um dos bairros mais tradicionais de São Paulo e abriga imigrantes de várias nacionalidades, mas guarda em suas raízes, a história da política de imigração quando o trabalho escravo foi substituído pelo trabalho livre de imigrantes, atraídos pela expansão urbana e atividades industriais que lhe renderam o título de “bairro operário” ou “bairro italiano”. 
    Segundo a história, a hoje movimentada Rua da Mooca, era uma trilha usada primeiro por índios Tupi-Guarani, durante a colonização passou a ser usada por brancos, animais e rodas de carroças. O bairro conserva também, uma rua de paralelepípedo com casas de três cômodos construídas por operários das fábricas locais, além de uma curiosidade:          Trata-se de uma placa da prefeitura, que antecipa a década de 50, colocada na confluência da Rua da Mooca com a Rua do Oratório, tratada como Marco Zero da Mooca.
     Para comemorar os 462 anos da Mooca, será realizado no sábado (18), a partir das 14h,  um show gratuito no Parque da Mooca, sito a Rua Taquari, 543. Entre as atrações de música se apresentarão a cantora e compositora Kell Smith com o hit “Era uma vez”; o coral Kemuel com influências que vão do gospel norte americano a música cristã contemporânea; o Grupo Maloka Chic que apresenta desde MPB até música internacional; Banda do P.A. cantando axé e o DJ MP7 com música eletrônica. Também se apresenta a Cia Tribo de dança, com  um espetáculo  teatral que trata sobre “como se livrar das mazelas desse mundo”. 

    O evento é uma parceria da secretaria de cultura da Prefeitura de São Paulo, com o apoio da Prefeitura Regional da Mooca.


segunda-feira, 13 de agosto de 2018

25ª Bienal Internacional do Livro tem 1500 horas de programação em dez dias

Riselda Morais



     Conhecer um novo mundo a cada página, conhecer pessoas sem as ver fisicamente, voar sem ter asas, viajar o mundo sem sair de casa, caminhar sem movimentar as pernas e sonhar sem precisar dormir. O mergulho no mar da imaginação e a imersão no mundo do conhecimento acontece a cada capítulo, a cada página virada, a cada livro.
     Para quem gosta do universo literário, ler, assistir palestras, conhecer autores e até mesmo para aquelas pessoas que erroneamente dizem que livro impresso vai acabar, está sendo realizada entre os dias 03 e 12 de agosto, a 25ª Bienal Internacional do Livro. 
     Ocupando uma área de 75 mil m² no Anhembi, com investimento de 32 milhões, a feira realizada pela Câmara Brasileira do Livro, tem 197 expositores, com 291 autores nacionais e 22 autores internacionais, traz selos editoriais de todos os gêneros, 14 espaços culturais  e 1500 horas de atividades para todos os públicos, de crianças a adultos.
Multicultural a Bienal une entretenimento, conhecimentos sem fronteiras, inovação e muita literatura durante esses dez dias de atividades. 
     Durante os encontros e palestras, os leitores podem ter contato com os autores A.J. Finn autor de “A Mulher na janela” que vai virar filme e será apresentado pela Fox; Victoria Aveyard; o autor da série “ A escola do bem e do Mal” Soman Chainani; Yoav Blum; Lauren Blakely, Mario Sergio Cortella, Maurício de Souza, Ana Maria Machado, Pedro Bandeira, Eva Furnari, Luiz Felipe Pondé, Fernanda Montenegro, Ziraldo, Carolina Ferraz, Thiago Castanho, Helena Rizzo, Pam Gonçalves, Carol Christo, Babi Dewet, a turma do Casseta & Planeta, Antonio Prata, Miriam Leitão, Djamila Ribeiro, Lázaro Ramos, Marcelo D’Salete e os gêmeos Gabriel Bá e Fábio Moon.
     O evento destaca o livro como principal fonte de conhecimento em meio aos milhões de canais de acesso a conteúdos de tecnologia. 
      Na área de negócios a feira trouxe este ano, a “1ª Jornada Profissional” com players nacional e internacional; o “InterLivro” fórum de discussões sobre o mercado editorial e “Papo de mercado” dedicado a reflexões sobre temas de interesse dos profissionais de cadeia do livro como tendências e futuro do setor.
Para os adeptos do Cosplay (representar personagem a caráter) houve o 1º concurso de Cosplay com camarim especial para os participantes e um dia com entrada gratuita para os cosplayers caracterizados.
     A acessibilidade foi apresentada com a tecnologia quebrando barreiras e igualando as oportunidades para todas as pessoas. 
     Uma das formas de promover acessibilidade foi uma câmera acoplada a armação de óculos que transforma automaticamente, os textos dos livros e jornais em áudio. Outras formas que podem ser apreciadas é a narração de histórias em libras e deficientes visuais contando histórias para o público, áudio livros e livros acessíveis em múltiplos formatos.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

4ª edição do “Pedale por uma Causa” promovido pela associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME) será realizada dia 26 de agosto

Riselda Morais


Pedale por uma Causa - São Paulo - Divulgação
    No domingo, 26 de agosto, será realizada aqui na capital paulista e em mais oito municípios de três regiões brasileiras, a 4ª edição do passeio ciclístico “Pedale por uma Causa” promovido pela associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME) .
      A ação visa dar visibilidade à Esclerose Múltipla, doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central (cérebro, nervos ópticos e a medula espinhal) e apesar de acometer mais de 40 mil pessoas no Brasil, ainda é desconhecida para 46% dos brasileiros, segundo pesquisa Datafolha. O dado é preocupante, porque o desconhecimento da sociedade sobre a EM gera demora no diagnóstico, demora em procurar o neurologista, dificuldade em encontrar o tratamento adequado e preconceito em relação a doença. 
     O Pedale por uma Causa será realizado quatro dias antes do Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, que é 30 de agosto, data estabelecida por meio da Lei nº 11.303, para dar visibilidade à patologia neurológica.
      No mundo a Esclerose Múltipla acomete cerca de 2,5 milhões de pessoas. Sem causas conhecidas, a doença acomete mais pessoas jovens, em especial mulheres, com idade entre 20 e 40  anos, não tem cura, mas tem tratamentos que podem ajudar a controlar os sintomas e reduzir a progressão. 
Segundo neurologistas, a Esclerose Múltipla acomete quando o sistema imunológico do corpo confunde células saudáveis com “intrusas”, e as ataca provocando lesões. O sistema imune do paciente corrói a bainha protetora que cobre os nervos, conhecida como mielina (substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso percorra os neurônios). 
Os principais sintomas da doença são: fadiga, fraqueza em geral, vertigens e náuseas; alterações ligadas a fala (fala lentificada, palavras arrastadas, voz trêmula); problemas de visão (diplopia, neurite óptica, vista embaçada); problemas de equilíbrio e coordenação (perda de equilíbrio, tremores, instabilidade ao caminhar (ataxia), falta de coordenação, alterações sensoriais; espasticidade (rigidez de um membro ao movimento, principalmente os membros inferiores); parestesia (formigamentos, sensação de queimação), transtornos cognitivos e emocionais.
Para chamar a atenção da população sobre a doença, a associação Amigos Múltiplos pela Esclerose realiza nas cidades de Belo Horizonte (MG), Florianópolis (SC), João Pessoa (PB), Porto Alegre (RS), Santa Maria (RS), Rio de Janeiro (RJ), Santo André (SP), Santos (SP) e São Paulo (SP) os passeios ciclísticos com inscrições gratuitas. As inscrições podem ser feitas via internet no link bit.ly/pedale2018.
“O Pedale foi criado para levar informação de qualidade para quem convive com a doença e, principalmente, para quem ainda não tem o diagnóstico”, explica Paula Prado Kfouri diretora de comunicação da AME. “Neste ano, na 4ª edição, em conjunto com outras associações, já temos mais de 1.500 inscritos”.
      Aqui na capital paulista, o passeio tem percurso de 7 km, com saída e chegada no Clube Atlético Paulistano , no bairro de Jardim América, Zona Sul e segundo Paula, esta edição já conta com 600 inscritos.
  “A iniciativa integra as diversas atividades promovidas pela AME durante o Agosto Laranja, que conta com uma série de eventos, debates, seminários e reuniões, online e presenciais para ampliar o conhecimento da população sobre a esclerose múltipla”, informa Paula.
Curiosidade 
     A cor laranja remete à alegria, vitalidade, prosperidade e ao sucesso. Representa a juventude e a vida. Para apoiar o Agosto Laranja, qualquer pessoa pode vestir uma roupa laranja, pintar uma parte do corpo, iluminar um prédio público, mandar uma imagem para contato@agostolaranja.org.br e publicar nas redes sociais com a hashtag #AgostoLaranja.
    A Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME) é uma organização sem fins lucrativos, que tem como missão divulgar a esclerose múltipla, promover a conscientização e dar apoio a pessoas que convivem com a doença. A AME trabalha para fortalecer o diagnóstico precoce e defende o tratamento adequado e para ampliar a qualidade de vida de pacientes, seus amigos e familiares.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Programa “Tem Saída” visa quebrar o ciclo de violência e dar autonomia financeira as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar

Parceria entre a PMSP, através da Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo (SMTE), Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, OAB-SP, ONU Mulheres, empresas e sociedade civil abre novas perspectivas para a mulher recomeçar.

Riselda Morais

Lançamento do Programa Tem Saída- Foto: Riselda Morais
     Foi lançado nesta segunda-feira (06), no Ministério Publico do Estado de São Paulo, o Projeto “Tem Saída” que atuará no enfrentamento da violência doméstica contra as mulheres. A data do lançamento foi escolhida por ser o dia em que completa 33 anos da fundação da primeira Delegacia da Mulher em São Paulo e véspera do dia em que a lei Maria da Penha completa sete anos.
    A Prefeitura de São Paulo, através da Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo (SMTE), Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, OAB-SP, ONU Mulheres, empresas e sociedade civil trabalharão, em conjunto, para fortalecer e incentivar as mulheres vítimas de violência doméstica e familiar a denunciar seus agressores e buscar sua autonomia financeira. 
      A mulher atendida no sistema judiciário, que declarar que quer um emprego, receberá um encaminhamento para o CAT - Centro de Apoio ao Trabalhador central na Avenida Rio Branco, onde receberá um atendimento especial e entrevista prioritária às vagas disponibilizadas pelas empresas parceiras do Programa. As empresas precursoras, cinco até agora, já disponibilizaram 150 vagas e se comprometeram com o empoderamento dessa mulher oferecendo acompanhamento especial. Para ter direito a vaga, é imprescindível fazer Boletim de Ocorrência e representação criminal, mesmo que o agressor não tenha sido preso.
   
Promotora do MP, Dra Maria Gabriela Prado Mansur.
 Foto: Riselda Morais
     Sugerido pela Promotora do Ministério Público, Dra Maria Gabriela Prado Mansur, depois de fazer um levantamento dos casos em que atuou em Taboão da Serra, entre 2014 e 2016 e constatar que, em 30% dos casos a vítima não havia denunciado antes ou tentava desistir do processo por dependência financeira e que 25% dessas mulheres se declararam desempregadas, o programa tem como pilar principal a autonomia financeira através do trabalho da mulher, mas tem também,  o objetivo de estimular a denúncia, com o objetivo de quebrar o ciclo de violência e evitar que ele perdure a vida inteira. “O projeto é simples, o custo é quase zero, mas o impacto social será enorme. Vamos colocar essas mulheres vítimas de violência doméstica no mercado de trabalho e dar a  elas, uma nova perspectiva de vida”, afirmou a promotora.
     O Programa Tem Saída faz parte de uma política público-privada que é ainda, apenas um passo, perto do muito que precisa ser feito em defesa da mulher. 
      O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking de países com maior número de feminicídio. Cerca de 4,4 milhões de mulheres são vítimas de agressões físicas por ano, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
No ano passado, 4.473 mulheres foram vítimas de homicídio doloso, destes 946 foram feminicídio. E no primeiro semestre deste ano, o ligue 180 recebeu 73 mil denuncias de agressão, segundo dados do Ministério de Direitos Humanos. 
A cidade de São Paulo registra 7 casos de estupros por dia, segundo dados da Fundação Thomas Reuter. E segundo a ONU, a violência domestica custa, por ano, um trilhão ao mundo. 
     Vale lembrar que os números devem ser maiores, se considerarmos que, muitas mulheres agredidas não denunciam seu agressor.
   
Secretaria Municipal do Trabalho, Aline Cardoso.
Foto Riselda Morais
 A Secretaria Municipal de Trabalho e Empreendedorismo, Aline Cardoso, observou que a violência doméstica ainda é um problema muito grave em nossa sociedade, que afeta todas as classes sociais. “Cerca de 500 mulheres são fisicamente agredidas por hora, enquanto estamos aqui, 1000 mulheres terão sido agredidas”, lamentou Aline e ressaltou a importância de termos políticas publicas para lidar com os problemas das mulheres na sociedade. “Estamos aqui para que as mulheres, de todas as classes sociais, tenham a coragem de procurar ajuda e romper a dependência emocional e financeira”, enfatizou.
     
Presidente do Grupo Mulheres do Brasil, Luiza Trajano.
Foto: Riselda Morais
    Para Luiza Trajano, presidente do Grupo de Mulheres do Brasil e da rede Magazine Luiza, uma das empresas parceiras do programa, a sociedade civil precisa assumir a responsabilidade do combate a violência doméstica. “A Delegacia da Mulher ainda não tem instrumento para trabalhar, não abre aos sábados e domingos e não tem psicóloga”, disse. 
O grupo Mulheres do Brasil tem hoje, 7 mil mulheres e segundo Luiza, levou a causa para a empresa quando uma gerente com 17 anos de carreira, foi assassinada pelo marido a canivetadas, na frente do filho. “Essa foi uma vítima fatal, amanhã, a vítima pode ser sua filha ou sua neta”, alertou Luiza.
Aline Yamamoto, secretária adjunta de Enfrentamento
à Violência contra as Mulheres, da ONU Mulheres
Foto: Riselda Morais
     Aline Yamamoto, secretária adjunta de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, da ONU Mulheres, enfatizou que não podemos tolerar a cultura da desigualdade, discriminação e a violência contra as mulheres. “A gente precisa avançar muito na compreensão e quais são as vastas consequências dessa violência, não só com as mulheres que sofrem diariamente, mas para todas as mulheres em seu entorno e para a sociedade em geral”, afirmou e lembrou que “a diferença salarial para a mulher é de 30% a 50%  a menos, em relação ao trabalho do sexo oposto” e falou sobre o Pacto Global da ONU: “Até 2030, o objetivo do desenvolvimento social, é alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres, no 50 a 50 e o fim da violência contra as mulheres é essencial para alcançar esse objetivo”, declarou Aline.
     O Juiz Mario Rubens de Assunção Filho falou sobre a importância de dar espaço e trabalho a estas mulheres para que elas saiam da invisibilidade, que segundo ele, é o maior problema. “A violência psicológica é invisível e está por trás de todas as violências que a mulher ou qualquer um pode sofrer, é a dor da alma que não se consegue tirar de jeito nenhum”, disse ele e esclareceu “A invisibilidade da mulher é porque ela não sabe que é violentada e não consegue expor a violência porque tem vergonha e nós do poder público, não sabemos ainda, tratar essa mulher com a dignidade que ela merece”.     
 
Prefeito de São Paulo, Bruno Covas
 durante assinatura do termo de cooperação.
 Foto Riselda Morais
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, iniciou seu discurso apresentando estatísticas e lamentado a violência contra a mulher. “Nessa uma hora e meia de evento, nós tivemos, 8 mulheres estupradas no Brasil, temos 1 mulher estuprada a cada 11 minutos. Tivemos também, 18 mulheres agredidas, 1 agredida a cada 5 minutos e uma mulher assassinada; uma é assassinada a cada duas horas”. E acrescentou um dado da ONU: “sete a cada dez mulheres já foram ou serão estupradas no mundo durante sua vida”. 

     Além de se declarar feliz de lançar o Programa para quebrar o ciclo negativo, em que as mulheres não denunciam o agressor, por causa da dependência econômica, o prefeito Bruno Covas se comprometeu  a enviar um projeto lei a Câmara Municipal, que autorize a PMSP, exigir cotas de empregos para as mulheres vítimas de violência, das empresas que lhe prestam serviços.
    Estiveram presentes na cerimônia de lançamento do programa, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção São Paulo (OAB SP), Marcos da Costa; o defensor público-geral Davi Eduardo Depiné Filho; a juíza federal do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região Mylene Pereira Ramos Seidl; a subprocuradora-geral de Justiça de Integração e Relações Externas, Lídia Helena Ferreira da Costa dos Passos; a vice-corregedora do MPSP, Tereza Cristina Maldonado Katurchi Exner; a integrante do Conselho Superior do MPSP, Joiese Filomena Teoto Buffulin Salles; a promotora de Justiça Maria Gabriela Prado Manssur; a coordenadora do Centro de Apoio à Execução do MPSP, Mylene Comploier; a promotora de Justiça Silvia Chakian; a secretária municipal do Trabalho e Empreendedorismo, Aline Cardoso; o secretário municipal de Justiça, Rubens Rizek Júnior; a vereadora Soninha Francine; a representante da ONU Mulheres, Aline Yamamoto; e a empresária Luiza Trajano.