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quarta-feira, 11 de abril de 2018

Em 2017, renda média da população diminuiu, aumentou o desemprego e a desigualdade na distribuição de renda

Riselda Morais
Rua Barão de Itapetininga - centro de São Paulo
     A desigualdade de distribuição de renda só aumentou em 2017, o rico ficou mais rico e o pobre ainda mais pobre. Quase metade (43,3%) dos R$ 263,1 bilhões do rendimento médio mensal real domiciliar per capita do país foram mantidos concentrados nas mãos de 10% da população mais rica enquanto os 10% mais pobre detiveram apenas 0,7% dos rendimentos.
     Segundo dados da Pesquisa Mensal por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), enquanto 1% da população brasileira teve um rendimento médio de R$ 27.213,00 em 2017, 50% da população recebia R$ 754,00, na média do país 36,1 vezes menos que o mais rico e se comparado ao rendimento do trabalhador nordestino essa razão sobe para 44,9 vezes menos.
      O rendimento médio (de todas as fontes) do brasileiro encolheu R$ 12,00 por mês, caiu de R$ 2.124,00 em 2016 para R$ 2.112,00 em 2017.Por região, a Centro-Oeste registrou o maior rendimento médio de todas as fontes com R$ 2.279,00.
      Já o rendimento proveniente do trabalho caiu R$ 31,00 no mesmo período, de R$ 2.268 para R$ 2.237, uma redução de 1,36%.
      Considerando apenas os brasileiros com renda proveniente do trabalho, o rendimento médio no Brasil ficou R$ 45 abaixo em 2017. Por região, a Sudeste apresentou queda na renda real do trabalho pela primeira vez, reduziu de R$ 2.625 para R$ 2.425, uma queda de R$ 200.
      Já o rendimento médio mensal real per capita teve uma redução de R$ 14,00, caiu de R$ 1.285 em 2016 para R$ 1.271 em 2017. A região Sul apresentou o maior valor R$ 1.567,00 e as regiões Norte e Nordeste os menores valores R$ 810,00 e R$ 808,00 respectivamente.
     Dos 207,1 milhões de brasileiros, 60,2% ou 124,6 milhões possuíam algum tipo de rendimento em 2017. Destes 86,8 milhões, 41,9% da população residente possuíam rendimentos do trabalho e 50 milhões (24,1%) rendimentos de outras fontes que incluem aposentadoria ou pensão (14,1%), outros rendimentos (7,5%), categoria que inclui seguro-desemprego, programas de transferência de renda, poupança, pensão alimentícia, doação ou mesada de não morador (2,4%) e aluguel e arrendamento (1,9%).