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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Brasil registrou 61.619 homicídios em 2016, maior índice de violência da história

Riselda Morais



  Segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado nesta segunda-feira (30), o Brasil registrou em 2016, um total de 61.619  assassinatos; 07 homicídios por hora, o maior índice de mortes violentas da história do País. A taxa de homicídios por 100 mil habitantes no País é de 29,9. 
Comparados a 2015, o crescimento no número de assassinatos foi de 3,8%, o maior índice da história.
Os estados que registraram o maior aumento no número de homicídios por 100 mil habitantes foram Sergipe com 64, Rio Grande do Norte 56,9  e Alagoas 55,9. Já as capitais com maiores taxas de assassinatos por 100 mil habitantes são Aracaju, com 66,7, Belém, com 64, e Porto Alegre, com 64,1.
O Anuário destaca que a violência no Brasil em 2016 foi correspondente a uma bomba atômica. “Os mais de 61,5 mil assassinatos cometidos em 2016 no Brasil equivalem, em números, às mortes provocadas pela explosão da bomba nuclear que dizimou a cidade de Nagasaki, em 1945, no Japão”.
O número de latrocínios teve um aumento de 50% no período de 2010 a 2016.  Só em 2016, morreram 2.703 pessoas vítimas de roubo seguido de morte. As maiores taxas por 100 mil habitantes foram registradas em Goiás 2,8, Pará 2,7 e Amapá 2,4.
Crimes contra o Patrimônio dispararam, segundo dados do anuário, a cada um minuto, um carro é roubado ou furtado no Brasil. 
No período de 2015 a 2016, foram subtraídos 1.066.674 veículos no Brasil.
O número de estupros teve um aumento de 3,5% em 2016, foram registradas 49.497 ocorrências.
O Anuário trouxe também, dados sobre homicídios de mulheres, feminicídios e sobre pessoas desaparecidas.
 Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas, um total de 4.657 mulheres foram assassinadas e apenas 533 casos foram classificados como feminicídios.
De 2010 a 2016, desapareceram 693.076 pessoas segundo os registros policiais. Só em 2016, desapareceram 71.796 pessoas.
A violência também aumentou dentro das escolas, 70% dos professores e diretores presenciaram agressão física ou verbal entre os alunos.
O registro do número de adolescentes infratores cumprindo medidas socioeducativas em 2014 foi de 24.628, destes 44,4% por roubo e 24,2% por tráfico de entorpecentes.
O número de policiais civis e militares vítimas de homicídio teve um aumento de 17,5% comparados a 2015. Só em 2016, foram assassinados 437 policiais, sendo 32,7% na faixa etária entre 40 e 49 anos, 56% negros, 98,2% do sexo masculino e 38,7% dos homicídios aconteceram a noite.
Em contrapartida as polícias ficaram 25,8% mais letais no mesmo período.  Em 2016, por decorrência de intervenções policiais, 4.224 pessoas foram mortas. 
No período de 2009 a 2016, 21.897 pessoas perderam suas vidas em ações policiais. Destes 99,3% são homens, 81,8% tem idade entre 12 e 29 anos e 76,2% são negros.
Na contramão do crime, que só aumentou, os gastos com as Políticas de Segurança Pública sofreu uma redução de 2,6%, teve gastos para União, Estados e Municípios de 81 bilhões. 
Já a Força Nacional teve aumento de 292% no número de profissionais mobilizados e despesas de R$ 319.684.253,83.