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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Festividades dos 323 anos de Itaquera





As festividades de aniversário do bairro de Itaquera continuam em todos os fins de semana do mês de novembro. Marcando o aniversário do bairro, foram feitas homenagens aos artistas da região destacando catorze categorias artísticas, caminhada pela PAZ e encontros de capoeira. "Uma das missões do governo é levar cultura ao povo", esclareceu o subprefeito de Itaquera Laert de Lima Teixeira.


Em 6/11, data do 323º aniversário de Itaquera e da abertura oficial do calendário de festividades do bairro, milhares de pessoas participaram da 8ª Caminhada Pela Paz, promovida pela equipe da Obra Social Dom Bosco, com sede na região. A entidade realiza, desde 1981, um sério trabalho de capacitação profissional e educacional em parceria com o poder público.
A multidão se reuniu por volta das 8 horas na Praça Brasil, de onde partiu em caminhada até o SESC Itaquera. Lá desfrutaram um dia de muito lazer, participando de oficinas e demais atrações. "Eu gosto deste projeto. A nossa juventude precisa de momentos de lazer e de integração para que eles descubram outros valores", afirma Sueli, 50, instrutora da entidade.
"Nos esforçamos para cotidianamente construir uma sociedade mais humana, seja por intermédio de parcerias com entidades sócioeducativas que visam melhorar a qualidade de vida das pessoas, seja no apoio de ações como esta que incentiva o pleno exercício da cidadania", defende o subprefeito de Itaquera Laert de Lima Teixeira.
Este movimento surgiu após algumas tragédias ocorridas na região e que levaram um grupo de pessoas, composto por membros da equipe Dom Bosco, Subprefeitura de Itaquera e demais lideranças comunitárias, a refletirem sobre os motivos de tamanha violência contra cidadãos comuns. Desde então, decidiu-se realizar todos os anos uma caminhada como forma de gerar a consciência da paz às novas gerações.
A passeata tem o objetivo de levar a mensagem da não-violência para jovens e adolescentes do bairro. "Vamos juntar as nossas forças para provocar na mente dessa juventude a seguinte mensagem: somos irmãos, somos da paz, somos da não violência", concluiu o padre que preside a entidade, Rosalvino Morán Viñayo.
A ação conta anualmente com o apoio das Secretarias municipal e estadual da Educação. Este ano, teve ainda a participação de representantes da Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) e do Fundo das Nações Unidas para a Criança (Unicef).


Evento tradicional que também marcou o calendário de aniversário de Itaquera foi o 6º Encontro de Capoeiristas que reuniu no teatro do CEU Azul da Cor do Mar vários alunos do professor Zezão que atuam na Zona Leste da capital.
Embalados pelo som do berimbau, os capoeiristas resgataram a cultura africana, durante a solenidade de troca de cordas, que significa um passo avante na arte, que teve início no período da escravidão.
O evento, promovido em homenagem ao povo africano, mistura música, jogo e dança, o que transforma a capoeira numa das expressões culturais mais ricas do povo brasileiro.
O encontro foi organizado pela Associação Cultural Capoeira Quilombolas.


Também foi realizada uma festa de nomeação do auditório do Centro de Cidadania da Mulher de Itaquera (CCMI).
O auditório do CCMI, inaugurado há um ano, foi palco de uma homenagem à parteira e matriarca da família Roldan, Natividad Roldan Castro Poyatto que chegou ao Brasil em 1905.
Em Itaquera, onde residiu, ganhou fama pela profissão hoje não muito usual. Seu sucesso deveu-se pelo fato de nunca ter "perdido" uma criança ou mãe, apesar de 100 anos atrás não dispor de recursos tecnológicos e avanços na Medicina.
A iniciativa partiu da chefe de gabinete da Subprefeitura de Itaquera, Alice Coutinho Magro que, com o aval do subprefeito Laert, convidaram a única filha ainda viva para ser homenageada.